De ódio irremediável...
Capitulo I - De ódio irremediável...
Uma Lílian extremamente silenciosa penteou os cabelos e arrumou o uniforme no corpo, sentindo que aquele dia provavelmente seria horrível pra ela. Preparou-se, pois essas sensações sempre dão certo. Sua intuição nunca falhara, e não seria á essa altura do campeonato que ela falharia. Deu mais uma olhada no espelho pra ver se estava tudo certo e saiu do dormitório silencioso e escuro. Deviam ser umas 4:30min da manhã, mas Lílian não estava com sono. Acordara as 4:00 com aquela sensação ruim. Desde então não conseguira mais dormir.
-Já acordada á essa hora, Evans? – Uma voz soou fria e desdenhosa do outro lado do salão comunal, já iluminado pela claridade rosada que vinha das janelas abertas. Ela abraçou os livros e reprimiu as lágrimas. Ele estava a tratando assim á alguma tempo. Desde que ela gritou a plenos pulmões nos jardins que ele lhe dava náuseas. Desde que ela descobrira que o amava.
-E então, Evans, deu pra não responder mais ás perguntas diretas feitas á você? Engraçado, pois vi perfeitamente você respondendo á todas as perguntas dos professores com seu jeito repugnante de ‘eu sei tudo’ ontem – Ele replicou, sarcástico – Ah, desculpe, eu me esqueci – Ela olhou pra ele numa vaga esperança de um real pedido de desculpas – Você não fala com vermes asquerosos que te dão náuseas, não é? – Ele completou friamente, passando a mão pelos cabelos espetados, uma expressão de crueldade e prazer quase doentios no rosto. Ela nunca pensou que veria isso. Ela nunca pensou que sentiria isso. Deixou-se cair no chão de joelhos, abraçando os livros, as grossas lágrimas cortando-lhe a face. Thiago fez menção de levantar da poltrona que estava pra ajuda-la, mas reprimiu o ato. Fizera uma promessa a si mesmo de que nunca mais sofreria pela ruiva, mas o que estava sentindo agora não poderia ser denominado de outra forma que não fosse sofrimento. Suspirou resignado, mas não sucumbiu. Seu coração gritava pra que parasse com aquilo, mas sabia que nem que quisesse aquilo teria volta. Não tão cedo. Se levantou da poltrona e passou direto por ela, que ainda estava ajoelhada no chão, se escondendo atrás da parede da escada.
-Por que?? Por que ele tem que ser assim?? Por que ele tem que ser assim comigo logo quando eu descubro que... – ela fungou e hesitou – logo quando eu descubro que...o amo. – A voz chorosa de Lílian e seus constantes soluços cortaram o silencio do salão comunal e o coração de Thiago. Mas não havia volta.
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Oii...
Eu sei, eu sei, sou má. Mas depois as coisas melhoram XD
Tchau Povoo...
Kisu :*
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