Toxic
Em uma noite fria, Hermione Granger se encontrava sozinha na floresta proibida. Ela usava uma linda camisola fina e vermelha, e sentia muito frio. Aos poucos ela começou a correr desesperadamente e quanto mais ela corria, ela tinha certeza que alguém corria atrás dela. Hermione sentiu seu coração gelar quando ela parou de correr, por estar muito cansada, e viu um vulto negro parado à sua frente. Com sua respiração ofegante e um medo terrível que a consumia, Hermione tentava perguntar quem era, mas nenhuma palavra saiu de sua boca. Quanto mais ela tentava falar, mas o vulto ia se aproximando e ela só conseguia ouvir sua respiração que também estava ofegante. Ele foi chegando cada vez mais perto e de repente a agarrou. Hermione estava presa em seus fortes braços e ela só pôde ver seus brilhantes olhos negros. “Quem será?” Perguntava ela a si. Mas sem obter qualquer tipo de resposta, Hermione só sentiu um calor intenso percorrer todo seu corpo enquanto o vulto a beijava fortemente. Depois de alguns segundos, Hermione conseguiu se desvencilhar dele e começou a correr. Mas estava tudo muito escuro e ela não conseguia ver nada a sua frente, e de repente, ela caiu. Caiu em um abismo sem fim.
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-Aaaaaaaaaahhhhhhhhhh!
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-Que foi Mione? Perguntava Gina que levara um grande susto com o grito de Hermione.
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-Gina, é você? Perguntou Hermione confusa.
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-Claro que sou eu. Que foi? Teve outro pesadelo?
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-Acho que sim, e dessa vez ele me beijou.
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-Não brinca, mas que vulto safado – brincou Gina se sentando na cama de Hermione – e agora, você conseguiu ver o rosto?
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-Não. – respondeu Mione limpando seu suor – só pude seus brilhantes olhos negros e sentir sua boca... Macia... Quente... Saborosa...
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-Você só pode estar louca Hermione. Você precisa encontrar um namorado com urgência.
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-Já encontrei Gina, é ele, e eu vou descobrir quem é, nem que seja a última coisa que eu faça na vida.
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-Você nem sabe se ele existe! E mais, pode ser muito perigosa essa sua atitude de procurar esse tal vulto.
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-Eu sei disso Gina, mas eu gosto do perigo...
Gina achou que Hermione estava levando essa história muito a sério e com uma certa curiosidade, ela perguntou a amiga:
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-E como é que você vai encontrar esse tal vulto?
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-Bem pequena Gina – respondeu Mione ficando de pé e levando as mãos à cabeça – irei fazer uma minuciosa pesquisa.
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-Como assim? Quis saber Gina.
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-Ora Gina vou investigar todos os caras que tem olhos negros...
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-Mione não tem muitos desses por aqui, você sabia?
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-Sabia. E é por isso que vai ser muito fácil descobrir quem é.
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-Você só pode estar ficando maluca – bradou Gina indignada – E o que você vai fazer, vai beijar todos?
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-Ótima idéia Gina. – Respondeu Hermione rindo.
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-Você não tá falando sério, tá?
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-Claro que não sua boba...
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-Mione, eu não acredito que você está apaixonada por algo que aconteceu em um pesadelo. Isso não me parece nada bom.
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-Não se estresse com isso Gina, deixa comigo.
Hermione disse isso sorrindo e não disse mais nada. Gina estava muito preocupada com Hermione, mas decidiu que a ajudaria da melhor forma possível para ela não se decepcionar.
Hermione e Gina terminaram de se arrumarem e desceram rapidamente para tomar seu café da manhã. Nisso, Harry e Rony já estavam no salão principal esperando por elas. Elas chegaram e cumprimentaram os garotos e se sentaram rapidamente. Durante o café, enquanto todos comiam ferozmente, Hermione calmamente fazia algumas anotações em um de seus cadernos. Rony passou a fitá-la e achou que a amiga, talvez pela primeira vez na vida, não tivesse feito seu dever. Rony começou a rir alto e disse em alto e bom som:
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-Não posso acreditar que a srta. sabe tudo não fez seu simples dever. Que lástima!
Hermione o olhou séria e disse com bravura virando o rosto para o rapaz:
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-Pode tirar esse sorrisinho idiota da sua cara, pois não me esqueci de nenhum dever e se isso acontecer um dia, pode ter certeza que você nunca saberá, pois não possui capacidade para isso...
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-Qual é Mione! Gritou Rony ficando de pé e debaixo dos risinhos de todos os alunos presentes.
Hermione o olhou desdenhosa e Harry disse:
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-O que tá acontecendo Mione? Você não é assim!
Hermione não quis responder, deu um beijo no rosto de Harry e saiu do salão principal.
Enquanto isso, Harry fez com que Rony se sentasse e se acalmasse, e depois perguntou baixinho a Gina:
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-O que deu nela?
Gina deu de ombros e continuou seu café, mas decidiu que conversaria com sua amiga.
Depois das aulas, Gina tentava encontrar Mione. Já estava quase na hora do jantar quando eu sua cabeça veio à imagem da biblioteca. “É claro!” Disse Gina “Ela só pode estar lá”. Gina correu para a biblioteca e viu Hermione sentada, sozinha em um canto fazendo suas anotações.
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-Pô Mione, precisava falar aquilo para ele. – perguntou Gina se sentando perto da amiga. – Tudo bem que ele é um idiota, mas não precisava falar na frente de todo mundo.
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-Você viu como ele falou comigo? Não gosto disso. Seu irmão é um perfeito mala sem alça e sem rodinha de papelão em um dia de chuva.
Ao terminar isso, as duas caíram na gargalhada, mas foram advertidas por Madame Pince que não gostou nada. As duas abaixaram a voz e Gina perguntou:
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-Já encontrou o tal?
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-Tô chegando lá...
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-Qual é o problema?
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-Tô sim. – respondeu Hermione mostrando suas anotações para Gina – Tá vendo? Só tem seis pessoas com olhos negros em Hogwarts.
Gina leu o último nome e sentiu um grande calafrio.
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-Mione, você tá louca? Como você pode considerar o nome do Snape?
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-Ora Gina querida, eu considero o nome dele porque tudo nesse mundo pode ser possível.
Gina ficou estática. Ela não podia acreditar que a amiga levasse em consideração o nome do professor Snape, mas tentando não transparecer sua indignação ela desconversou:
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-Vamos jantar então?
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-Não tô com fome. – respondeu Mione despreocupadamente – Vai você Gina e depois a gente se fala no salão comunal. Mas não se preocupe, não leve a sério o nome do Snape.
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-Que bom. - disse Gina aliviada.
As duas se levantaram e saíram da biblioteca se despedindo uma da outra. Hermione caminhava lentamente quando viu um vulto dobrar o corredor. “Não é possível! Eu não posso estar sonhando” disse ela a si. Hermione tinha certeza que era a pessoa que ela procurava e decidiu ir atrás para saber definitivamente quem era. Quando Hermione estava se aproximando, o vulto parou e olhou para trás. Hermione sentiu que seu coração queria sair pela boca, mas ela permaneceu parada no mesmo lugar. O vulto caminhou lentamente até ela e parou a sua frente. Agora só era possível ouvir a respiração acelerada de ambos. Hermione estava enfeitiçada e louca para saber quem era, e com muita paixão e coragem, ela o beijou com toda a sua vontade.
Hermione se sentia muito feliz “é ele.” Ela dizia para si. “ Seus lábios tem o mesmo sabor”.
Depois de alguns instantes se beijando, eles se separaram e o vulto se afastou. Hermione percebeu que ele estava muito constrangido, mas ela se sentia muito feliz, pois sabia que o tinha encontrado, mas mesmo com tanta felicidade, ela sentia um friozinho de medo.Aos poucos, o lugar onde eles estavam foi se iluminando e Hermione viu que seu louco amor era o temível Severo Snape.
Snape estava vermelho de vergonha e nenhuma palavra saia de sua boca. Sua fisionomia estava surpresa com o ocorrido. “Como ela pôde me beijar? Ela nem sabia quem era!”. Hermione estava completamente rubra e quando tentou dizer algo para salvar a sua pele, ela achou melhor correr para sair dali o mais rápido possível. Enquanto ela corria, Snape só conseguia segui-la com os olhos. Hermione correu tanto que chegou a torre da grifinória poucos segundos depois.
Snape continuou no mesmo lugar sem entender nada, mas no fundo, ele tinha gostado do beijo, e muito.
Gina chegou alguns minutos depois e se assustou com a cara de assombro de Hermione.
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-Mione, o que aconteceu?
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-Você não vai acreditar Gina. – disse Hermione pausadamente – Eu o encontrei.
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-Quando?
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-Quando eu vinha para cá.
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-E dessa vez você viu quem era? Perguntou Gina rindo.
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-Você não vai acreditar... É o Snape!
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-Não pode ser. – respondeu Gina se assustando – E com você pode ter certeza?
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-Eu o beijei... – respondeu Mione envergonhada.
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-Você o beijou? Não acredito que você fez isso. E agora?
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-Agora nada. Foi só um impulso. – respondeu Mione sorrindo – Mas sabe de uma coisa, ele beija tão bem...
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-Você tá doida, isso só pode ser loucura ou algum feitiço.
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-Não é nada disso Gina. Aconteceu e eu adorei...
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-Mas Mione, ele é seu professor... E é mais velho... E é diretor da Sonserina.
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-Eu sei, mas agora é tarde demais.
Gina se sentou em sua cama, pensou um pouco e perguntou com receio da resposta.
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-E o que você pretende fazer?
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-Ora Gina vou deixar rolar. Sabe, pra ver se ele quer o mesmo que eu.
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-Bem Mione. – disse Gina – Se isso te faz feliz, então vai em frente, mas saiba que eu estou aqui pro que der e vier.
Hermione se levantou emocionada e abraçou a amiga.
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-Mas Mione vai com calma. – advertiu a amiga – Não quero que você se machuque por causa dele, tá?
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-Gina, se ele sentir o mesmo que eu, eu não vou me machucar e nem me arrepender, mas se isso não acontecer, vou ficar triste, mas um dia vai passar.
Gina e Hermione se abraçaram mais uma vez. Gina sabia que sua amiga era otimista, mas não sabia que era tanto. As duas terminaram a conversa e foram dormir.
Enquanto isso, em sua fria masmorra, Severo Snape sorria sem saber o por que. Na realidade ele sabia, mas queria admitir. Há muito tempo que ele não se sentia assim, querido, desejado. Mas com tantas coisas boas aguçando seu ego, ele que era tão temido por todos não podia acreditar que pudesse ser bem querido por uma pessoa tão maravilhosa quanto a srta. Granger.
Amanheceu em Hogwarts. Hermione ainda estava fascinada com sua impulsiva atitude. Mas mesmo com tanta confiança em si, um grande medo a consumia, pois ela teria aula de poções naquela manhã. Hermione levantou rapidamente e começou a percorrer todos os cômodos do dormitório. “Será que ele vai dizer alguma coisa na frente de todo mundo?” Perguntava Hermione a si desesperada. “Ai meu Deus, o que eu faço?” “ Já sei, é tarde demais para voltar atrás.” “ Tenho que enfrentar. Eu sou forte.” “Estou pronta.”
Enquanto Hermione pensava sobre a noite passada, em sua masmorra, Severo Snape pensava a mesma coisa. “Será que ela vai falar algo na frente de todos?” Dizia Snape. “ E como vai ficar a minha reputação?”
Chegou a hora da aula. Snape estava muito apreensivo esperando a entrada dos alunos do 7° ano da Grifinória e da Sonserina. Seu coração batia desesperadamente e ele já não sabia mais o que pensar. Todos os alunos foram entrando e Hermione foi à última. Ela entrou e tentou não olhar para o professor, mas seus olhos a traiu. Seu coração parecia que ia sair pela boca. Seu estômago revirava e definitivamente ela não estava se sentindo bem.
Snape também não estava bem. Ele começou a aula, deu as devidas instruções e se sentou à mesa bem quieto. Mas na realidade, ele estava morrendo de medo de, de repente, dizer algo que o comprometesse. Todos os alunos estranharam, pois ele sempre inspecionava todas as poções. Hermione, por sua vez, ficou muito aliviada, pois assim ele não chegaria perto dela. Ainda bem, pois se ele chegasse, ela poderia fazer uma grande besteira.
Todos foram terminando e Snape os mandou guardar seu material e sair. Hermione, como era a última a terminar de arrumar suas coisas, hoje correu contra o tempo e foi a primeira. Quando ela se preparava para sair, Snape foi até ela e disse receoso e baixinho:
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-Acho que precisamos conversar srta. Granger. Por favor, espere até que todos saiam e volta para a sala.
Hermione assentiu e saiu cambaleando. Snape se deu conta do absurdo que ele havia feito e olhou para todos os lados, mas felizmente ninguém percebera o que tinha acontecido. Ele tinha que admitir que a discrição era o seu forte. Aos poucos, os alunos foram saindo e ele ficou aguardando com o coração na mão. Passaram-se alguns martirizantes minutos e Hermione entrou na sala, completamente envergonhada.
Ela foi até o professor e quando ia dizer algo, foi interrompida bruscamente:
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-Quero que fique bem claro que nada justifica o que ocorreu ontem.
Hermione ficou ruborizada e ele continuou polidamente.
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-O seu impulso foi algo que eu nunca vi antes. Estou muito envergonhado com esta situação e gostaria muito que a srta. não fizesse mais isso.
Hermione sentiu seu rosto se manchar por grossas lágrimas e assentiu com respeito. Snape percebendo o quanto fora duro nas palavras disse com gosto:
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-Não faça mais isso. Eu lhe peço. De agora em diante, deixe que eu mesmo faço.
E prendendo-a em seus fortes braços a beijou com muita paixão e emoção. Ele agora sabia que fazia parte da vida de alguém.
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