Apenas o começo
Meses depois, última semana de aula...
- É, eu acho que, depois de RAB, nossas pesquisas na biblioteca não têm sido mais tão produtivas assim - assumiu Hermione, em uma tarde de domingo na qual ela havia arrastado todos até a biblioteca.
- Oooh, Hermione, pra quem é tão inteligente, você demorou um pouquinho demais pra perceber, não? - provocou Rony.
Hermione o ignorou.
- Bom, então eu acho que podemos passar nossas últimas horas de domingo fora daqui, não? - sugeriu Gina.
Hermione pensou por um momento.
- Okay então gente. Vamos para os jardins?
- Claro! Temos que aproveitar, não? Não é sempre que recebemos uma proposta dessas vinda de você, não é Mione?
- Muito engraçado, Ronald. - disse ela levantando-se e pagando a pilha de livros que estava à sua frente para devolvê-los aos seus lugares. Todos fizeram o mesmo.
Saíram da biblioteca e foram direto aos jardins, sentando-se sob a habitual faia.
- Harry, já estamos no final do nosso último ano e mal planejamos o que fazer ano que vem. - disse Hermione.
- Para mim, já está muito claro.
- Eu estou falando de detalhes, Harry, detalhes.
- Mas não seria melhor decidirmos isso com a Ordem, daqui a uma semana? - sugeriu Rony.- Afinal, são eles que têm os detalhes das localizações das Horcruxes.
- Sim, mas também não podemos chegar lá sem idéia alguma.
- Então o que você sugere, Mione? - perguntou Gina.
Os quatros passaram um bom tempo conversando sobre os assunto, pensando em detalhes como: onde e como se esconderiam durante as noites quando estivessem em alguma busca, como fariam para comer, o que levariam e quanto dinheiro precisariam (bastando levar apenas o essencial). Depois, passaram ainda mais um tempo sob a faia falando de assuntos menos importantes, como quadribol (o que não agradou muito Hermione).
Quando a noite caiu e os quatro já estavam com bastante fome, voltaram ao Salão Principal. Porém, algo estava estranho, pois o mesmo estava um verdadeiro alvoroço. Todos estavam cochichando algo incompreensível, devido à quantidade de vozes falando ao mesmo tempo e, a grande maioria dos alunos estava em pé, a volta de suas mesas.
- Por Merlin, o que está acontecendo aqui? - perguntou Rony.
- Deve ser alguma coisa muito boa, para provocar todo esse alvoroço - disse Gina.
- Ou muito ruim - completou Harry.
- Vamos descobrir. - disse Hermione.
Ao passarem pela mesa da Lufa-Lufa, Hermione chamou um garoto, que parecia ser do primeiro ano, e que estava realmente empolgado contando algo a um grupo de amigos.
- Com licença, será que você poderia nos dizer o que aconteceu aqui?
- Vocês não sabem?
- Se nós soubéssemos, não estaríamos aqui perdendo nosso tempo para te perguntar.
O garoto fez uma cara feia para Rony.
- Olha, ignore ele, ok? Agora nos diga, o que houve?
- O professor Cole! Ele foi pego com uma aluna.
Harry, Hermione, Rony e Gina se entreolharam, incrédulos.
- Quando? Como?
- Foi a uma meia hora atrás. E, pelo que umas alunas do terceiro ano da Corvinal, que estavam passando pelo corredor na hora, contaram, elas viram, primeiro, a professora McGonagall indo, com um ar de apreensão, até a sala do professor e, então, ao abrir a porta, seu ar mudou de apreensão para surpresa e, em seguida, de surpresa para espanto. O professor estava com uma aluna!
Os quatro ouviram a tudo paralisados.
- Você sabe onde estão agora? - perguntou Harry.
- Acho que na sala da diretora.
- Tá, muito obrigada! - agradeceu Hermione, enquanto os quatro seguiam para o local.
- Ei, esperem! Vocês não querem saber quem era a aluna?
Mas eles não pararam. Afinal, já sabiam quem era e queriam chegar o mais rápido possível à sala da diretora.
Chegaram rapidamente lá mas, então, descobriram que não sabiam a senha para entrar.
- E agora? - indagou Gina.
- Bom, o jeito é esperar. - respondeu Hermione.
Ficaram esperando por um bom tempo a porta da sala quando, finalmente, os três saíram. Cole estava com um ar perdido, desamparado e passava o braço pelo ombro de Ama, que chorava compulsivamente e Harry se deu conta de que era a primeira vez que via a índia chorando. McGonagall estava com um ar sério, porém não como de costume, havia algo como lamentação em seus olhos. Harry teve a impressão de que aquela cena não se devia apenas ao flagrante, havia algo mais no ar.
- O que vocês fazem aqui? - perguntou a diretora, porém, não os deixou responder, emendando outra pergunta - Vocês já sabiam, não?
Os quatro concordaram timidamente com a cabeça. McGonagall fez um ligeiro sinal de desaprovação com a cabeça e, então, dizendo a senha, voltou ao seu escritório.
- O que houve? - perguntou Hermione.
Cole deu de ombros tristemente.
- O que já esperávamos, fui despedido.
Ama ainda chorava bastante.
- Há algo mais, não há? - perguntou Harry.
A índia começou a chorar ainda mais compulsivamente, se é que isso era possível. Cole afirmou pesadamente com a cabeça.
- Por Merlin gente! Digam, o que foi? - dessa vez, foi Gina.
Os seis ficaram um bom tempo em silêncio então, Cole olhou significativamente para Ama e, em seguida, disse:
- A hora em que McGonagall nos pegou em minha sala, ela tinha ido até lá para me dar uma notícia. - ele fez uma pausa - Voldemort descobriu que o pai de Ama estava agindo contra ele e armou um ataque na casa de Ama.
- Céus! - exclamou Hermione.
- O pai dela, bom... -ele novamente fez uma pausa - Eram muitos e a Ordem não conseguiu chegar a tempo.
Harry estava incrédulo. Não, aquilo não era possível.
Ama chorava demais e sem parar. Cole a abraçou carinhosamente. E ficaram um bom tempo assim: Ama chorando, Cole a abraçando e os outros quatro estáticos, ainda absorvendo o que tinham acabado de ouvir.
- Não sei nem o que dizer, Ama - Hermione quebrou o silêncio. - Não posso dizer que sei o que está sentindo porque, sinceramente, não sei. Mas eu espero que você consiga superar isso. Meus pêsames.
- Obrigada, Mione - sussurrou ela entre lágrimas.
- Bem, acho melhor irmos agora, não? - sugeriu Gina.
Então, os quatro saíram, deixando Ama e Cole no corredor.
- Gente, eu mal posso acreditar. - soltou Rony, ao chegarem na sala comunal.
- A Ama deve estar sofrendo tanto... - sussurrou Hermione.
- E o pior é que ela já não tinha a mãe, não é? - perguntou Gina.
- Segundo ela, morreu no parto. - confirmou Harry.
Passaram longos minutos em silêncio.
- Vou dormir, gente. Boa noite - anunciou Gina, dando um selinho em Harry e, então, seguiu para as escadas do dormitório.
- Também vou subir - Hermione depositou um suave beijo em Rony e seguiu Gina.
- Vou até a cozinha para comer alguma coisa. Não jantamos, estou com fome. - disse Rony - Você vem?
Harry negou com a cabeça.
Quinze minutos depois, Ama entrou no dormitório, ainda era possível ver a marca das lágrimas em seu rosto avermelhado e seus olhos negros ainda estavam inchados. Ela sentou-se ao lado de Harry. Ficaram se encarando por um bom tempo.
- Eu quero que você saiba - começou Harry, sem encarar Ama - que, qualquer coisa que você precisar, nós quatro estaremos aqui para te ajudar, okay?
Ama o encarou e ensaiou um sorriso.
- Obrigada, Harry. Sei que posso contar com vocês.
Último dia de aula...
- Então, Ama, já sabe o que fazer? - perguntou Rony, enquanto os cinco estavam sentados em um vagão, no Expresso Hogwarts.
- Bom, para casa não vou poder voltar ainda, está bastante danificada. E, além do mais, eu nem conseguiria. Não agora. - disse ela tristemente.
- Eu já disse, Ama, fique lá em casa. - disse Gina.
- Não vou incomodar?
- Incomodar? Que isso, Ama! Imagine! Minha mãe adora quando a casa está cheia. Pode ficar o tempo que precisar.
- Obrigada, Gi, não sei nem como te agradecer.
- Que isso.
- E o Cole, Ama? - perguntou Hermione.
- Ainda não conversamos direito, mas vamos continuar juntos.
Ao chegarem à estação, Harry, Rony, Gina e Ama seguiram para A Toca, enquanto Hermione seguiu para casa, combinando de ir para A Toca dali a duas semanas.
- Bom dia, meninos! - exclamou a senhora Weasley, ao entrarem n'A Toca. - E você é a Ama, não? - acrescentou ela para Ama, que confirmou com a cabeça - Meus pêsames. Sabe, seu pai era um grande homem.
- Obrigada, Sra. Weasley. Desculpe perguntar mas, a senhora o conhecia?
- Sim, conhecia. E, aliás, a Gina vai te mostrar o quarto dela, onde você ficará hospedada e, a seguir, depois que você tomar um banho e comer alguma coisa, precisamos ter uma conversa séria com você, meu amor.
- Sim senhora. - disse antes de seguir Gina até o quarto da mesma.
Um pouco mais de meia hora depois de sua chegada, A Toca estava tomada de gente, todos membros da Ordem. Quando desceu, Ama parecia assustada com a quantidade de gente que havia no lugar.
- Venham comer alguma coisa - chamou a Sra. Weasley.
Harry, Rony, Gina e Ama seguiram para a cozinha e se serviram de uma maravilhosa sopa de legumes e, em seguida, foram chamados para a sala, onde todas as pessoas estavam reunidas. Harry, Rony e Gina cumprimentaram a todos, enquanto Ama os era apresentada. Foi Remo Lupin quem tomou a palavra:
- Amanari, estamos todos aqui reunidos, pois precisamos lhe comunicar algo. - começou o ex-professor de Defesa Contra as Artes das Trevas - Como você certamente sabe, seu pai foi um grande homem e vinha nos ajudando muito em nosso objetivo principal: destruir Lord Voldemort. Nós todos aqui presentes somos membros de uma Ordem, A Ordem da Fênix, que há anos visa esse objetivo. Queremos lhe perguntar se aceita se juntar a nós, assim como seu pai. Logicamente, você tem todo o direito de recusar, tendo em vista o que aconteceu a seu pai.
Houve silêncio antes de Ama se pronunciar.
- É tudo o que eu mais quero agora, Sr. Lupin, continuar o que meu pai estava fazendo, mesmo não podendo garantir a mesma qualidade que ele. Será um prazer ajudar os senhores e destruir esse ser repugnante que acabou com a vida de meu pai, assim como de tantas outras pessoas, a maioria inocentes. - ela tinha uma lágrima nos olhos.
- Bom, nós ficamos muito satisfeitos por ter aceito a oferta. Agora, lhe contaremos tudo o que sabemos e como poderá nos ajudar.
Mais tarde, nesse mesmo dia, Harry, Gina, Rony e Ama estavam reunidos na sala.
- Sabe, fico feliz em poder ajudar - disse Ama - não imaginava que vocês estavam envolvidos em algo tão grande.
Harry sorriu.
- E eu também fico feliz em ver que parece um pouco mais animada.
- Gente, posso perguntar uma coisa para vocês?
Todos concordaram.
- Vocês me prometem que vão voltar bem dessa aventura?
Todos sorriram.
- Queria muito ir com vocês, mas, além de já ter gente demais nisso e mais gente só for atrapalhar ao invés de ajudar, pelo que me disseram, serei mais últil por aqui.
Sorriram novamente.
- Olha, Ama - disse Gina - prometer nós não podemos, mas faremos o possível.
N/A: Lá, lá, lá...
Oi, gente!
Bom foi um cap. bem pequeno porque, afinal, foi mais o fechamento da história que já tinha praticamente chegado ao fim no cap. 22.
Sei que demorei um século... mas, o epílogo não irá demorar não, começarei a escrever agora mesmo, até porque é bem pequeno.
Aaaaaaah, gente, esse foi o últimooo cap., tudo bem que ainda tem o epílogo, mas ele é tão pequeno e é só pra dizer o que aconteceu depois de um tempinho, história, história mesmo não tem mais. Buááááá!!! Vou sentir saudades dessa fic!
Beijos no coração!
N/B: Gente, que cap. triste!! u_u
Tipo, eu adorei o cap, mesmo ele sendo meio depressivo...
Tadinha da Ama. =(
Até o Epílogo. =D
Beijoo*
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