Nem tudo são flores



- Então, se divertiu muito no feriado?



- Muito, foi bem legal.



- Tinha muito homem lá?



Ela riu.



- É... tinha. Por que, tá com ciúmes? – perguntou ela divertida.



- Eu? Não! Perguntei só por perguntar...



- Ah, ainda bem! Porque você sabe que eu só tenho olhos para você, né? – disse ela em tom de bricadeira.



- Acho bom mesmo – respondeu ele também divertidamente, antes de puxar a namorada para um beijo.





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Harry acordou no dia seguinte com bastante disposição. Apesar de não ter tirado a história da horcruxe da cabeça, o feriado fora bem relaxante, ojudou-o bastante a pensar. Mas, mesmo assim ainda não tinha tomado sua principal decisão: contar ou não aos amigos? E aquela dúvida estava acabando com ele. Decidiu que falaria com Cole na primeira oportunidade, precisava desabafar, conversar, receber sugestões e faria isso nesse mesmo dia, pois aproveitaria que a última aula do dia seria com ele.

Os tempos de aula antes do almoço pareceram se arrastar. Harry não sabia se era porque as aulas eram muito chatas ou se era porque estava super ancioso para falar logo com Cole. Bom, talvez fosse os dois...



- Aconteceu alguma coisa, Harry? – indagou Mione durante o almoço - Você está tão calado.



- Não Mione, não aconteceu nada não. Deve ser só impressão.



- Tem certeza?



- Absoluta.



Terminaram de almoçar rapidamente e seguiram para as aulas da tarde, que também não foram muito melhores que as da manhã. Harry não acreditou quando chegou a hora da aula do Cole, achou que nunca chegaria.



- Ai, finalmente. Mais um dia de aula se foi – exclamou Rony ao final da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas – Vamos? Estou morrendo de fome.



- Já estou pronta – anunciou Hermione ao terminar de guardar o último livro.



- Vão indo – disse Harry – eu quero falar com o Cole antes.



- Quer que a gente fique? – indagou Rony.



- Não precisa. Não é nada demais, só algumas dúvidas.



- Okay... então vamos, Rony.





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Não estava achando Harry em lugar nenhum. "Onde ele se meteu?". Avistou Rony e Hermione entrando de mãos dadas na sala comunal, foi até eles.



- Gente, você viram o Harry? Queria falar com ele...



- Está na sala de Defesa – respondeu Rony – falando com Cole.



- Brigadão – agradeceu ela já saindo pelo retrato da mulher gorda.



Andou rapidamente até a sala de Cole e quando chegou lá, não pode deixar de ouvir a conversa, antes mesmo de abrir a porta. Mas ouvia apenas sussurros.



- ... e é isso. Eu to super indeciso.



- Olha Harry, eu já te disse minha opinião a respeito disso. Eles sempre te apoiaram em tudo, não é? – houve uma pausa, antes de Cole continuar – Então, não é justo você esconder uma informação tão valiosa deles.



Gina começou a ficar realmente curiosa. Sabia que não era certo o que estava fazendo, mas não conseguia evitar.



- O pior de tudo é que eu sei disso. Mas é um lugar tão perigoso, como você mesmo disse e eu sei que se eles ficarem sabendo vão querer ir atrás de mim e eu não quero isso.



- Harry, você pediu minha opinião e ela está dada. Eu se fosse você contaria tudo para Rony e Hermione e para Gina também.



- Não, não, nem pensar. Para Gina não, ela não pode ficar sabendo.



Gina não suportou ouvir aquilo. Depois de tudo que ela tinha dito para ele, Harry ainda não confiava nela. Droga, ele ainda não tinha entendido que, aconteça o que acontecer, ela queria estar sempre ao lado dele? Não ouviu mais nada , saiu correndo em direção aos jardins.





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- Mas por que?



- Eu a amo tanto.



- E é justamente por isso que eu acho que deve contar. É uma prova de confiança. Você não pode simplesmente esconder dela. Ela não escolheu ficar ao seu lado? – Harry concordou com a cabeça – Isso prova que ela quer que você confie inteiramente nela, se abra com ela, conte sempre. E tem outra, eu acho que mais cedo ou mais tarde, ela vai acabar sabendo. Afinal, praticamente toda a famíla dela faz parte da Ordem e a Gina é muito inteligente, Harry. É esperta demias para não perceber que tem algo na história que ela não ficou sabendo. E aí ela vai ficar muito magoada com você. E digo o mesmo sobre Rony e Hermione, que nunca te abandonaram em momento algum.



- Ah Cole. Acho que você tem razão, não vou mais esconder isso deles. Vou contar hoje mesmo.



- Que bom. Acho mesmo que é o mais certo a se fazer.



- Muito obrigado, Cole. Já não estava mais agüentando, precisava falar com alguém, pedir opinião.



- Imagine. Saiba que, antes de tudo, eu sou seu amigo, Harry.



- Eu sei. Então estou indo, já estou ficando com fome.



- Tchau.



- Tchau – cumprimentou Harry antes de sair pela porta.



Chegou no Salão Principal e avistou Rony e Hermione jantando animadamente.



-Rony, Mione, eu preciso falar com vocês. E com a Gina também, vocês a viram?



- Não... faz tempo que eu não vejo a Gina... – respondeu Rony – Aliás, eu pensei que ela estivesse com você. Saiu daqui te procurando.



- Me procurando?



- É, Harry. Quando a gente chegou na sala comunal ela já veio logo perguntando por você, aí a gente disse que você estava na sala do Cole. Pensei que ela tinha ido te encontrar...



- Que estranho... Vou dá uma olhada nos jardins, preciso falar com vocês três. É importante.



Dizendo isso, saiu, esquecendo até de jantar. Quando chegou aos jardins logo avistou uma massa ruiva sentada à beira do lago. Ela estava de costas, abraçando as pernas e com o rosto enterrado entre elas, os cabelos formando uma cortina ao redor. Caminhou lentamente até a namorada.



- Não vai jantar? – perguntou docemente.



Mas, ao invéz de responder, Gina levantou-se bruscamente e saiu em direção ao campo de quadribol. Harry nada entendeu. "O que deu nela?". Levantou-se e saiu atrás dela.



- Gina! – chamou enquanto tentava alcança-la – O que houve? – perguntou quando chegou aos seus cancanhares.



Ela parou de repente e virou-se, encarando-o com um olhar furioso.



- Nada, Potter. Não houve nada. Absolutamente nada. – respondeu ela friamente e com a voz carregada de ironia.



- Não é o que está parecendo. Qual é o problema?



- Já disse que nenhum.



- Gina, me responde!



- Okay... você quer saber qual é o problema? Você nasceu, Potter, você nasceu.



E, dizendo essas palavras, começou a correr em direção ao castelo. Harry ficou sem reação. O que tinha feito de tão grave, afinal? Não conseguiu fazer mais nada à não ser ficar lá, parado, vendo sua namorada correr, até ela deseparecer pelas enormes portas de carvalho. Depois só conseguiu jogar-se no chão. E ficou lá, deitado na grama, sem saber o que fazer.



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"Idiota! Estúpido!". Como ele ainda tinha coragem de vir assim, na maior cara de pau, e perguntar o que aconteceu? Como assim o que aconteceu? Não era óbvio? Ele havia recusado, ou até mesmo despresado, uma das coisas mais importantes que ela havia oferecido a ele: a confiança. Droga, por que ele tinha que ter feito isso? Ele não havia entendido que tudo que ela mais queria era estar sempre ao seu lado? Mas não, o idiota tinha que vir sempre com aquele papo ainda mais idiota de proteção! Ela já não falou que não quer ser protegida? Por que ele tinha que agir assim? Por que ele tinha que ser assim? E por que, mesmo assim, ela ainda tinha que ama-lo tanto?

Gina estava muito confusa, eram muitas dúvidas, muitas perguntas. Mas uma certeza ela já tinha em mente: não iria chorar. Não, não derramaria uma lágrima por Harry Potter.



- Gi, o que foi?



Era Hermione, que a havia encontrado no dormitório do sexto ano.



- Nada, Mione.



- Você não me engana, Gina! Pode falando!



- Foi o Harry, Mione. Sabe quando vocês me disseram que o Harry estava na sala do Cole? – ela continuou sem esperar resposta - Então, eu fui até lá...



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- Será que a Mione vai conseguir descobrir alguma coisa? – pergutou um ancioso Harry.



- Claro que vai, cara. Estamos falando de Hermione Granger, né? – respondeu um confiante Rony.



Harry deu uma risadinha sem emoção. Ficaram a maior parte do resto do tempo em silêncio, apenas quebrado por um ou outro comentário. Quase uma hora depois eles avistaram uma massa de cabelos castanhos e cheios descendo as escadas.



- Então? O que aconteceu, afinal?



- O que aconteceu, Harry, foi que ela ouviu um trecho da sua conversa com o Cole.



- Então foi isso... Mas eu ia contar, hoje mesmo! Quando eu disse que precisava falar algo importante com vocês.



- Ela está muito chateada, Harry. Muito mesmo.



- Não quero nem imaginar... Mas vou falar com ela, assim que ela sair do quarto.



- Acho melhor você não arriscar agora não. Ela não quer te ver nem pintado de de ouro. Ah, e a propósito – ela pôs a mão no bolso e tirou algo de lá – Ela pediu para te entregar.



Ela estendeu a mão e depositou na de Harry um delicado anel de ouro branco, que ele rapidamente reconheceu como o que dera a Gina no Natal.



- Mas... – ele não sabia o que falar – Eu...



- Harry, não querendo ser chato, mas... – começou Rony – o que exatamente ela ouviu na sala do Cole, para chegar à esse ponto.



Harry pôs o anel no bolso e começou a narrar toda a conversa para o amigo.



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N/A: Bom, gente....

É isso aí....

Cap. minúsculo e triste...

Foi tão ruim de escrever....



Beijos***

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