Um longo caminho
N/A: desculpa a demora. Eu sei. Mas é que eu tava com muitas coisas pra fazer e outras fics pra atualizar, e meus professores fizeram uma parceria com a minha mãe pra não dar tempo pra a Gaby atualizar. Mas eu consegui, aqui vai o capítulo, bem pequeno mesmo.
Espero que gostem! =*
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-TIAGO ISAAC POTTER. – berrou Lily, fechando os punhos e sentindo a raiva se alastrar pelo seu corpo. – O que significa isso?
Tiago sorriu amarelo, enquanto Sirius tentava inutilmente ajudar Harry, que chorava descontroladamente com a cabeça encostada no ombro do padrinho.
-Er... Lil... Foi que, eu e o Sirius estávamos na sala, sabe, conversando com o Harry, você sabe como ele adora isso, o Sirius começou a fazer cócegas na barriga dele e ele começou a rir e... – começou Tiago, mas Lily o interrompeu.
-TIAGO POTTER, NÃO ENROLE E FALE A VERDADE, ANTES QUE EU DEIXE A SUA LÍNGUA DESSE TAMANHO! – berrou Lily, colocando as mãos na cintura.
Tiago ficou pálido e abriu e fechou a boca várias vezes.
-Lily... Você não sabe o que nos aconteceu! – disse Tiago, fazendo uma expressão chorosa. – Eu queria te poupar, mas já que você insiste...
-Um grupo de bruxos das trevas invadiu a casa, Lily! – disse Sirius, numa expressão convincentemente apavorada.
-Ameaçou cortar nossos pulsos com uma gilete... – continuou Tiago.
-Ou virar um caldeirão de Felix Felicis direto na gente, pra que a gente ficasse com excesso de confiança e resolvesse fazer umas loucuras por aí...
-E eu fiz uma aposta com eles... – disse Tiago. – E o Sirius teve uma briga com um Comensal...
-E o Tiago perdeu a aposta, porque ele apostou que eu ia ganhar minha briga... – disse Sirius, e Lily os olhou como se fossem loucos.
-E no meio da briga o feitiço que ia atingir o Sirius, atingiu o Harry! Mas aí eu e o Sirius os tiramos de casa aos pontapés... – disse Tiago, em tom heróico.
-E agora está tudo bem, como você vê! – disse Sirius, com um sorriso de orelha a orelha.
-Antes que eu fique com uma panela de pressão no lugar da cabeça, contem a verdade. – disse Lily num tom ameaçador que intimidou os dois.
-Bem, Lil... Foi que... O Harry acabou fazendo... As necessidades. – disse Tiago, enquanto Lily estava vermelha de raiva.
-E...? Eu te disse o que fazer se isso acontecesse, NÃO É? – perguntou Lily, com cara de quem ia dar um coice na primeira pessoa que desejasse bom dia a ela.
Tiago deu um passo pra trás sorrindo amarelo.
-É, Lil, mas é que eu e o Sirius não temos muita experiência com isso sabe, é o meu primeiro filho de muitos que nós com certeza vamos ter, o Harry precisa de irmãos e...
-TIAGO PÁRE DE ENROLAÇÃO SE NÃO EU VOU REALMENTE ME IRRITAR... – berrou Lily, colocando as mãos na cintura: posição de ataque.
-Tá, enfim... Nós não sabíamos o que fazer e... – Tiago colocou a mão na frente da boca. - Usamos a varinha.
-Fizeram o quê? – perguntou Lily num sussurro rouco, se aproximando de Tiago como uma homicida.
-Nós... Usamos a varinha, Lil. – disse Tiago, com cara de culpa.
-SÉRIO? VOCÊS USARAM A VARINHA? COMO SE FOSSE ASSIM TÃO SIMPLES? PEGARAM UMA VARINHA E USARAM PARA CUIDAR DO MEU FILHO ENQUANTO ELE É SÓ UM BEBÊ E PODIA TER MORRIDO COM OS CUIDADOS MAL FEITOS DE VOCÊS? – Lily puxou Tiago pelo colarinho da camisa e colocou o dedo na cara de Sirius. – Olha-aqui-se-vocês-ousarem-encostar-um-dedo-no-Harry-numa-atitude-irresponsável-se-considerem-homens-mortos -ENTENDIDO? – perguntou Lily, sem conseguir conter a velocidade que falava, de modo que pareceu que ela estava narrando um jogo de futebol.
Tiago e Sirius confirmaram com a cabeça, pálidos de susto e medo da expressão nada amigável da ruiva.
-Agora vocês tratem de me acompanhar... Nós vamos levar o Harry pro hospital e se alguma coisa muito grave tiver acontecido com o meu filho, vocês vão se arrepender do dia que colocaram os pés no mundo! – disse Lily em tom furioso, batendo a porta com força e em seguida abrindo-a. – E venham logo porque nós vamos de carro.
-Lil, nós podemos aparatar com o Harry! – sugeriu Tiago.
-Chega de acidentes por hoje Tiago Isaac Potter, apenas siga as minhas recomendações. – disse Lily ameaçadoramente, deixando um Tiago desesperado olhando para Sirius.
-Eê que cara é essa? Tô te estranhando. – disse Sirius, marotamente.
-Lily no volante = perigo de vida. Lily fula da vida no volante = tentativa de suicídio. Lily fula da vida com o Harry chorando desesperadamente no carro = ... – Tiago ficou pálido. – Já encomendamos os caixões?
-Não exagera, vai. – riu Sirius. – Não pode ser tão mal assim.
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-SOCOOOOOOOORRO!! – berrou Sirius, do banco traseiro, enquanto batia a testa no banco da frente quando o carro freou bruscamente. – Lily, você tá tentando nos matar?
-Bem que eu deveria, mas se eu não o faço é porque eu vou acabar sendo despedida do meu emprego por ser homicida... – concluiu Lily. – E SE VOCÊ DEIXAR O MEU FILHO BATER COM O ROSTO NO BANCO DA FRENTE NÃO QUEIRA VIVER PRA SABER O QUE VAI ACONTECER COM VOCÊ!
-Lilyzinha, tente se acalmar, certo... Duvido que isso esteja bem pro Harry, ele vai acabar enjoando com esse balanço do carro. – disse Tiago calmamente.
-É, pode até ser... – disse Lily, encarando o Tiago e fingindo estar pensativa sobre o assunto. – Mas eu tenho uma notícia pra te dar, Tiago... O meu filho já está enjoado... PORQUE A LÍNGUA DELE ESTÁ DA LARGURA DA COXA DELE E DUAS VEZES A SUA ALTURA! – berrou Lily.
-Lily, você podia pelo menos tentar se acalmar, tá! Você acha mesmo que eu quis fazer mal pro meu filho? – perguntou Tiago, cruzando os braços.
-Não disse que foi a intenção, disse que simplesmente o fez, sem ligar o mínimo pra saúde do Harry e sim fazendo a ‘lei do menor esforço’, ou seja, usar a varinha em vez de limpar a bunda do SEU FILHO! – disse Lily, furiosa.
-Eu não tenho experiência! É o meu primeiro filho, Lílian! Mulheres têm um instinto materno! Eu sou uma negação, reconheço, mas eu me esforço! – disse Tiago, chateado, no que Lily virou-se para encara-lo.
-Eu sei, mas a questão é...
-VAI BATER... – a voz de Sirius veio de trás do carro, quando o carro bateu num impacto em alguma coisa e o vidro da janela rachou. – Na velhinha.
-AI. MEU. DEUS. EU MATEI UMA IDOSA! – Lily levou as mãos a boca, pálida com o susto e a informação que latejou no seu cérebro, no que Tiago saiu do carro para acudir a senhora.
A idosa xingou um palavrão alto – e meio impróprio para uma senhora nos seus setenta anos – e foi acudida por Tiago, levantando-se com a mão no joelho.
-Filho da... – o olhar da senhora foi desde os olhos esverdeados de Tiago até seus lábios rosados, entreabertos em sinal de preocupação, e a senhora deu um sorrisinho. – Por Deus, estou passando muito mal! – fingiu a senhora, levando as mãos até a testa, no que Tiago a ajudou a ficar de pé.
-Está tudo bem senhora, vamos te levar ao hospital, me desculpe, foi a minha esposa, ela... – disse Tiago, preocupado, no que a senhora jogou-se em seus braços.
-Ai meu Deus, eu tenho problema de coração meu rapaz, mas pode me chamar de Amélia, não sou assim tão velha para me chamar de senhora... – disse Amélia, com os lábios pintados de vermelho voltando-se para um sorrisinho. Tiago fez uma expressão de nojo.
-Ahn... Claro, dona Amélia, vamos leva-la ao hospital, entre no carro... – insistiu Tiago.
-Amélia. Só Amélia. – disse a senhora, alisando os cabelos de Tiago, no que o maroto deu graças a Merlin quando Lily saiu do carro para ajuda-lo.
-Senhora, foi tudo minha culpa, mil perdões... Entre no carro, estamos indo para um hospital, sim? – disse Lily gentilmente, aparentemente preocupada.
A senhora fechou a cara.
-Viu como ela é agressiva? Querendo matar pobres idosas? Se eu fosse você escaparia enquanto há tempo... Divórcio é algo tão requisitado hoje em dia. – disse Amélia, no que Lily arqueou uma sobrancelha.
-Deve ter sido efeito da queda. – disse Tiago, no que Lily confirmou com a cabeça e os dois ajudaram a colocar Amélia dentro do carro.
-Está tudo bem mocinha, eu posso muito bem entrar no carro com as minhas próprias pernas! Está me chamando de incapaz? – perguntou a senhora, erguendo um dedo para Lily.
-Não senhora, claro que não! – argumentou Lily, temerosa.
-PORQUE EU NÃO SOU! NEM VELHA!
-Eu tenho plena certeza disso, mas...
-Porque não entramos todos no carro? – sugeriu Tiago e as duas concordaram com a cabeça. Tiago deu em ombros enquanto entrava no carro, sentando-se na frente, ao lado de Lily.
O sinal abriu e Lily acelerou, fazendo todos do carro se moverem brutalmente, enquanto ela ultrapassava todos os carros que estavam a caminho.
-Obviamente que agora entendo como fui atropelada... O que você pretende, matar todos em Londres hoje? – perguntou Amélia, cruzando os braços, no que Lily a encarou pelo retrovisor.
-Eu estou indo rápido por causa do meu filho! – disse Lily, apontando para Harry e sua língua gigantesca.
-Meu Jesus Cristo, como é que o seu filho ficou com isso no lugar da língua? Óbvio que por pura irresponsabilidade da mãe que não cuida direito dele... Meu rapaz, você realmente deveria procurar uma mulher mais... experiente, não acha? – perguntou Amélia, apertando as bochechas de Tiago, no que Sirius teve um ataque arrasador de risos no banco de trás.
-Pode rir o quanto quiser... Nunca ouviu falar que panela velha é que faz comida boa? – perguntou Amélia, no que Lily a fuzilou com o olhar. – Além do mais, está estragando sua vida. Não se acha novo demais para ter filhos? Porque se não for tão novo, tem uma ótima aparência, querido...
Lily freou e olhou pra trás.
-Ele sabe. – disse a ruiva secamente, puxando Tiago e o beijando. Amélia revirou os olhos e Sirius mostrou-se desesperado.
-Vão bater atrás de nós! – berrou Sirius segurando Harry com força, no que Lílian acelerou. – Meu Merlin, se eu não morrer hoje, não morro mais.
-Essa é mesmo a mulher que quer ficar ao lado pelo resto da vida? – perguntou Amélia, mexendo seu cabelo, que parecia ter sido mumificado com laquê há anos.
-É. – confirmou Tiago encarando Lily, no que os dois sorriram e Amélia revirou os olhos.
De lá, todos seguiram para o hospital. Quando chegarem lá, uma Amélia desorientada por ter vistos cortes mágicos (“Isso até parece mágica de verdade!”) e ela foi até uma salinha para ser atendida (“Espero que possamos nos ver em breve! – disse ela se pendurando no pescoço de Tiago, que cambaleou enquanto Lílian revirava os olhos.”) e Sirius, Tiago e Lily levaram Harry para a ala de Acidentes provocados por Feitiços.
-Pontitas atrai o amor velhitas... O terror da 3ª idade... – disse Sirius entre risos, enquanto o amigo o fuzilou com o olhar.
-Porra Almofadinhas, dá pra parar com a gozação? – perguntou Tiago cruzando os braços, enquanto o amigo prendia o riso.
-Entenda, a oportunidade é boa demais pra eu desperdiçar... Essa cena vai ficar sempre na minha cabeça... Espero que possamos nos ver em breve, Tiaguito! - disse Sirius sorrindo e se pendurando em Tiago, do jeito que Amélia fez.
-Tá me estranhando, é Sissi? – perguntou Tiago o empurrando levemente. – Sou macho, vai procurar a Susan em outro lugar!
-Muito engraçado. – disse Sirius fazendo uma careta. – Que saudades da minha garota.
-Que romântico... Agora se as crianças me dão licença, eu vou entrar na salinha com o Harry. – disse Lily, abrindo a porta da sala.
-Nós vamos também. – disse Tiago, mas Lily o parou.
-Claro que não! Eu sou a responsável pelo meu filho, afinal não fui eu que deixei ele nesse estado... Eu que vou falar com o David. – disse Lily.
-Lógico que não! O David já foi o seu namorado, esqueceu? – perguntou Tiago, enciumado. – E você vai ficar trancada numa sala com ele?
-Vou. Da próxima vez você pensa antes de fazer essas coisas. Tchauzinho. – disse Lily, entrando na sala com um sorrisinho maroto.
Sirius riu quando Lily entrou na sala.
-Iih, Pontitas... Vai ficar com lindos galhos pra enfeitar essa sua cabecinha. – disse Sirius rindo, no que Tiago xingou e o empurrou.
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N/A: rsrsrs. E aí? =*
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