Adeus, Dursley!
Meia-noite. Harry Potter não conseguira dormir. Estivera o tempo todo pensando que no dia seguinte iria finalmente deixar a casa dos Dursley para sempre, já que faria (ou melhor, acabou de fazer) dezessete anos e o encantamento que Dumbledore lançara sobre ele perderia efeito. Partiria para a Toca e encontraria seus amigos Rony e Hermione e também... Gina.
Ele não conseguiu esquecê-la durante todo esse tempo. O pensamento de que voltaria a vê-la no dia seguinte, dois dias antes do casamento de Gui e Fleur, o animava, mas cada hora parecia um milênio. Harry a via todo o tempo em seus sonhos, e marcava no calendário os dias que faltavam para vê-la.
A Lua cheia iluminava o quarto, acompanhada de algumas estrelas. De repende, algo pequeno, branco e voador ultrapassou a janela do quarto.
Edwiges voltara de sua caçada noturna, dessa vez trazendo uma caixa e uma carta amarrada em sua perna.
Harry pegou a carta o mais rápido possível, pois esperava notícias de seus amigos e de Gina.
Querido Harry,
Antes de tudo, desculpe por mandar essa carta de madrugada!
Espero que tenha gostado dos bombons que acabei de te mandar – fui eu que fiz! Resolvi mandá-los adiantado (felizmente a Edwiges apareceu aqui – o Errol talvez teria problemas em levar a carta e a caixa) porque se eu os mandasse amanhã provavelmente iriam querer “unzinho só”, mas eu fiz os bombons especialmente para você, e só pra você.
“Todo segundo é como um minuto e todo minuto é como um dia, quando você está longe”
Até amanhã!
Com amor,
♥Gina♥
Harry leu e releu a carta várias vezes. Ela continha o perfume floral que Gina usava (teria ela borrifado-o de propósito na carta?). Resolveu deixar os bombons para sua viagem à toca e, tendo notícias da namorada, pôde dormir em paz.
Na manhã seguinte, Harry acordou às seis da manhã. Aquele seria o seu dia de liberdade. Finalmente sairia da casa dos Dursley. Ele enfeitiçou o malão para que coubessem todos as suas coisas que ficavam naquele lugar, e, para sua surpresa, sobrou espaço até para sua Firebolt, que não faria diferença na viagem, já que iria de Nightbus. Sem esperar que os tios acordassem, se arrumou, deixou um bilhete explicando o que fizera pregado com um imã de flor na geladeira (mesmo sabendo que eles não sentiriam a sua falta), comeu alguns bombons de Gina como café-da-manhã (que, por sinal, estavam muito bons), saiu da casa e fez sinal para o Nightbus.
O enorme ônibus roxo parou à sua frente, mas Lalau Shumpnike não estava lá. Harry se perguntou se ele ainda estava injustamente preso pelo Ministério da Magia ou se simplesmente estava de férias. Falou para o motorista o lugar para onde gostaria de ir, e procurou um lugar no terceiro andar do ônibus. Assim que entrou lá, teve a ligeira impressão de ver a magra silhueta de tia Petúnia lendo seu bilhete na cozinha. Mas, antes que pudesse ver a reação dela, o ônibus voltou a andar. Edwiges reclamava da velocidade do ônibus, mas não importavam a mobília desparelhada do Nightbus, a ausência de Lalau ou mesmo as freadas bruscas que faziam metade das cadeiras virarem: o importante é que em pouco tempo, estaria vendo Gina de novo.
Eram sete e meia quando ele chegou à porta dos Weasley. Harry se perguntou se chegara muito cedo, pois combinara às oito horas com os Weasley. De qualquer forma, ele bateu a porta da casa do Weasley e ouviu um “Peraí!!” como resposta. Uns cinco minutos depois, Gina Weasley abriu a porta.
- Gina!
- Harry!
Ao ver a menina, Harry não se conteve e abraçou-a fortemente, como se tivesse medo que ela fosse embora e nunca mais voltasse. Gina sorriu. Seus rostos estavam a poucos milímetros de distância, até que...
- Cof, COF!!!
Hermione Granger observava a cena da escada. Harry e Gina se soltaram e prestaram atenção, desconcertados, para a amiga.
- Oi Harry! E antes que eu me esqueça, feliz aniversário! O seu presente está lá em cima, já vou buscar!!
E subiu as escadas, sumindo de vista.
- Gina... onde eu deixo o meu malão?
A menina apontou para um canto ao lado da lareira. Harry e Gina se sentaram em um sofá grená [N/A: essa cor existe sim! É uma espécie de roxo bem avermelhado] em frente á lareira, ainda um tanto envergonhados.
- Qual foi a reação dos Dursley quando você saiu de casa?
- Não sei! Saí de lá antes que eles acordassem, e deixei um bilhete. Coincidência ou não, passei por Godric’s Hollow antes de vir pra cá. O primeiro lugar em que eu vou procurar as Horcuxes é na casa dos meus pais.
- Mas como nós vamos pra lá se você não é o Fiel do Segredo?
- Boa pergunta... Mas o que você quer dizer com nós?
- Ué, eu, você, Rony e Hermione.
Harry deu um suspiro pesaroso.
- Não posso te deixar ir, Gina... Correremos muito perigo e...
- Eu tenho plena consciência do que estou falando. – disse, cortando a fala de Harry – Sei que vamos nos arriscar, mas não vou ficar aqui esperando você, meu irmão e Mione resolverem tudo. Posso ser mais nova que vocês, mas...
- Não importa a sua idade, mas quero você segura. Eu não quero te perder, Ginny.
- Do que adianta estar segura, em casa, sem você? Quero te ajudar!
- No final, você não poderá me ajudar em nada, pois...
Harry não sabia se poderia contar a profecia à Gina.
- Pois...?
- Não acredito que estou contando isso à você. Tá, porque aquela profecia do Departamento de Mistérios dizia que ou eu vou matar o Voldemort – Para a surpresa dele, a ruiva não demontrou nenhum incômodo ao ouvir o nome do Lorde das Trevas – ou ele vai me matar. No final, ninguém vai poder me ajudar.
Ele explicou toda a história da profecia para ela. Um curto silêncio passou entre os dois.
- Qual o problema de contar isso a mim? – disse Gina, lenta e tristemente – Não interessa o que você diga, eu vou procurar as Horcruxes junto com vocês, já que sei a profecia toda.
- Não vai não!
Hermione e Rony aparecem da escada, trazendo dois embrulhos.
- FELIZ ANIVERSÁRIO!! – disseram em uníssono.
Hermione entregou-lhe um pequeno embrulho, de papel de presente vermelho com listras douradas. Rony lhe entregou um embrulho maior, azul com pomos acobreados.
Harry abriu primeiro o presente de Hermione, que era um marcador de livros no qual você poderia anotar os deveres de casa e eles não desapareceriam até que eles tivessem sido feitos.
- Aliás, Harry, por que chegou tão cedo? – disse Rony, sentando-se em uma poltrona ao lado do sofá, enquanto seu amigo abria seu presente (um Kit Mata-Aula, incluindo um Desmaiclete, artigo que Harry não conhecia).
- Vontade de sair daquela casa mais cedo. Nem esperei os Dursley acordarem – só deixei um bilhete dizendo que fui embora e saí.
- Mudando o assunto: gente, vocês sabem se vamos voltar para a escola esse ano? – disse Gina.
- E você ainda tem dúvida? – disse Harry, soltando Edwiges da gaiola – dizem os professores que “Hogwarts sempre estará aberta para aqueles que a ela recorrerem”. Em todo o caso, estou esperando uma confirmação...
-...Que está chegando agora, via coruja. – disse Hermione, apontando para quatro corujas cinzentas que vinham em direção à casa.
As corujas entregaram as cartas aos quatro ocupantes da sala (duas cartas para cada pessoa). Harry pegou as suas e leu a primeira:
Prezado aluno (a);
Gostaria de informá-lo (a) que as aulas continuarão normalmente em Hogwarts, apesar do falecimento do Sr. Alvo Dumbledore, ex-diretor deste estabelecimento de ensino. A Sra. Minerva McGonagall será, portanto, a nova diretora de Hogwarts, e a nova subdiretora será a Srta. Frini Coamenel, que também será a professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. As aulas começarão no dia 31 de Agosto. Seguem junto a essa carta a passagem de trem para Hogwarts e a sua lista de material.
Atenciosamente,
Frini Coamenel
O garoto ficou feliz em saber que cursaria seu último ano em Hogwarts naquele ano. Reveria seus amigos, mas também teria que estudar muito – os N.I.E.M.’s eram muito puxados. É, mas então, como procuraria as Horcruxes? Nas férias de Natal e nas de verão?
Harry ficou preocupado ao lembrar-se das próximas férias de verão. Já que não morava mais na casa dos Dursley, onde ficaria quando cursasse o curso para auror? Na casa dos Weasley?
- Harry? Tudo bem com você? – disse Gina, alisando seus cabelos negros.
- Não, nada...
O Sr. e a Sra. Weasley desceu da escada. Ao ver Harry, ela desejou-lhe feliz aniversário e deu-lhe um abraço, e ele, um aperto de mão. A Sra. Weasley começou a botar a mesa para o café-da-manhã, enquanto os outros ocupantes da casa – Fred, Jorge e Carlinhos – davam os parabéns para o aniversariante. Estando a mesa posta, todos foram se sentra.
- Mione, quem você acha que vai ser o novo professor de Transfiguração? – perguntou Rony.
O Sr. Weasley deu uma leve risadinha. Harry se perguntou se ele sabia de alguma coisa.
- Mas o cargo azarado não era DCAT? – perguntou Carlinhos, interessado.
- É – respondeu Rony – mas nós já sabemos quem é. Uma tal de Frini Coamenel, que também é a subdiretora.
- Mas os subdiretores são sempre os professores de Transfiguração.
- Eu sei, está em Hogwarts: uma história. – disse Hermione – Mas acredito que nesses tempos, é mais importante ter um professor de DCAT como subdiretor.
Rony se levanta da mesa; já tinha terminado de tomar seu café-da-manhã. Ao sair, ele mexe no cabelo de Hermione e diz algo como “Quero falar com você’, mas Harry parece ser o único a perceber isso além de Hermione; todos estão muito preocupados em discutir como será a Profª. Frini Sei-lá-das-quantas.
- ...mas talvez o Malfoy vá de vez para Durmstrang. – disse Gina.
- Butchê vuxê axaixo? – disse Jorge, a boca cheia de croissant.
- Não fale de boca cheia!! – repreendeu a Sra. Weasley.
- Dixcuba – Jorge engoliu a comida na sua boca – Por que você acha isso, Gina?
- Não é óbvio? – diz Gina, enquanto Hermione se levanta da mesa – Você acha que ele teria a cara-de-pau de estudar na escola cujo diretor tentou matar? – ela agora se serve de um pouco de bacon – E, além de tudo, ele está do lado de Voldemort.
- Mas então, logicamente, ele não pode ir para Durmstrang também.- Disse Fred
- Mas o diretor é um ex-Comensal e amigo de Lúcio, pode esconder facilmente o Draco.
- Mas – disse o Sr. Weasley – não podemos nos esquecer que os aurores búlgaros também estão à busca de Você-Sabe-Quem. Descobririam facilmente se Draco estudasse em Durmstrang.
Dessa vez, foi Harry que saiu da mesa, enquanto os outros ainda estavam conversando. Queria saber o que Rony tanto queria falar com Hermione.
Por intuição, sabia que estavam no quarto de Rony. A porta estava trancada. Ele abriu-a com um Alohomorra, mas...
O amigo estava segurando as mãos de Mione, seus rostos tão próximos quanto o dele e da Gina quando ela os interrompeu. Ao ver Harry, as orelhas de Rony coraram furiosamente, bem como seu rosto. Hermione olhou-o com uma expressão muito severa e fechou e impertubabilizou a porta com um feitiço; Harry pensou tê-la visto com o rosto levemente rosado.
Como tinha sido tão tapado??Estava na cara!! Rony e Hermione se apaixonaram um pelo outro!!
N/A: Olá, pessoas...
Taí o primeiro capítulo da minha primeira fanfic, espero que gostem! Tentei escrever de uma forma bem “Rowlingiana”, mas nada se compara à obra original.
O trecho entre aspas da carta da Gina é a tradução de uma música chamada Wish You Were Here (quando eu fui baixar, apareceu q é de uma banda chamada Blackmore’s Night, mas eu nunca ouvi falar dessa banda o.0)
Os que gostam de fanfics-que-supõem-o-último-livro: prestem bastante atenção nos personagens secundários da fanfic.
Os que gostam de shippers [(R/Hr) e (H/G)]: prometo mais romance para esses dois casais! ^ ^
† Lαdy_Nocturnα †
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