“Mens Sanu In Corporis Sanu”
==================================================================================
Duas Realidades
Episódio VII - “Mens Sanu In Corporis Sanu” (Mente Sadia Em Corpo Sadio - prov.
latim)
==================================================================================
Snape permanecia sentado em seu sofá na sala, lendo um grosso livro encadernado
em couro envelhecido. Em sua mão esquerda, uma fumegante xícara de chá. Sobre a
pequena mesa de jantar da sala, havia uma travessa com bolinhos doces e
croissants recheados com queijo cremoso, um bule de cerâmica e uma xícara vazia.
Hermione chegava a sala, saida do banho. Seus dedos penteavam seus cabelos
úmidos, formando grandes cachos. Trajava o conjuntinho de calça e camiseta
largos azul pastel, que, apesar de marcar levemente suas curvas, a deixava com
jeitinho de moleque.
_Desculpe por ter demorado além do necessário... é que aproveitei para lavar
minhas roupas. Coloquei para secar na área aberta ao lado do banheiro... tudo
bem, né ?
O banho morno deixou Hermione visivelmente mais relaxada e serena, dando-lhe um
aspecto mais saudável. Suas faces e lábios estavam mais corados devido a água
morna do banho e com aqueles cabelos compridos caindo em cachos por sobre seu
ombro e colo, tirou o fôlego de Snape, que dirigia o olhar na direção da voz que
lhe falara. Mesmo com o coração descompassado, manteve a mesma frieza habitual.
_Não há problema nenhum, senhorita. É para isso mesmo que serve a tal área.
_Por que você mora num prédio de trouxas, se detesta trouxas? Isso é estranho,
jamais imaginei que Severus Snape se permitiria levar uma vida simples e comum
como um trouxa qualquer... - Hermione só percebeu a sua bobagem quando terminou
de proferir a frase. Levou a mão até a boca para abafar um gemido e virou-se pra
qualquer lado, tentando disfarçar e rezando para que o jovem Snape não tivesse
prestado atenção ao que estava lhe dizendo, o que realmente não foi o que
aconteceu.
_A senhorita parece me conhecer muito bem, Srta Granger. Jamais imaginei ter uma
admiradora secreta em Hogwarts... ou será que a senhorita é muito mais que isso?
Snape alcançava para a moça uma xícara fumegante de chá, que havia preparado
para ela. Hermione gelou com a última parte da pergunta e pegou a xícara de
forma trêmula. Snape a convidava para sentar-se à mesa e comer dos pães que ali
estavam. A garota sentou-se, ainda trêmula, pois havia surgido um fato novo que
não havia cogitado: será que o jovem Snape estaria achando que ela era alguma
espiã, uma armadilha preparada para ele? Isso estava ficando sério demais e ela
precisava urgentemente de uma saída. Até declarar-se uma admiradora apaixonada e
platônica seria capaz, mas tinha que tirar essa idéia de ‘muito mais que isso’
da cabeça do rapaz!
_O que você quer dizer com essa insinuação, Severus? - Tentava manter a voz
calma e macia, mirando toda a sua atenção para o pedaço de croissant que partia
com as mãos.
_Qual delas ? A de admiradora apaixonada ou de espiã a serviço de Dumbledore ? -
Falou secamente, enquanto um fio de ódio passava em seus olhos. Hermione não
precisou olhar para ele para sentir esse ódio que começava a pulsar lentamente.
Forçou uma risada sem muito ânimo, virando-se para ele, encarando-o :
_Não seja ridículo, Snape ! É claro que sou uma espiã a serviço de Dumbledore -
embora eu não saiba por que seria... er, bem, você acreditou mesmo que eu seria
uma admiradora secreta sua, amargando por anos uma paixão recolhida ?!
Por mais que tentasse, não conseguia evitar seus olhos se marejarem, mais por
constatar que o jovem Snape diante de si era realmente um comensal da morte
ativo, do que ele pudesse lhe fazer uma vez acreditando fervorosamente de que
ela era uma espiã !
O rapaz ficou desconsertado e levemente nervoso, pois estava quase certo de que
ela talvez fosse uma armadilha preparada para si, pois já ouvira falar de casos
semelhantes onde outros comensais foram pegos por aurores e aliados de
Dumbledore desta maneira. Não esperava exatamente essa reação da garota, pois a
formação de lágrimas em seus olhos denunciavam algo além de seu controle ! Ele
não poderia simplesmente matar alguém que o conhecia e o amava por isso! Isso já
seria demais!
_Por que... por que essa pergunta tão estranha, Severus? - Hermione mantinha-se
fixa sobre a caneca, apreciando a fumacinha que saía de seu interior e aquecendo
suas mãos. Naquele momento, a temperatura parecia ter desabado para graus
negativos! - Não era sobre isso que iríamos falar... por que... o que quis dizer
com espiã de Dumbledore?
Um lampejo de ousada coragem passou por Hermione... afinal, uma sabe-tudo pode
se passar por uma tolinha também, desde que sua fama não seja conhecida pelo seu
interlocutor.
_Por acaso você... - olhando de forma inquisitiva para Snape, esse lhe dirigiu
um olhar mordaz, mas demonstrava sua ansiedade com o que ela iria falar, tinha
certeza que ela perguntaria se ele era um comensal, mas...
_...Por acaso você saiu devendo alguma coisa em Hogwarts, Severus Snape? Aposto
que pegou livros emprestados da biblioteca e não devolveu até hoje! - Até mesmo
a própria Hermione achou graça do que falara, então abriu um sorriso alegre no
fim da frase, deixando escapar umas risadinhas, o que fez quebrar totalmente a
tensão que pairava no ar.
“O que está pensando, Severus! Tá ficando louco, paranóico?! Você encontrou a
garota quase morta e ela nem sequer porta uma varinha! Desde quando ela seria
uma espiã?!”
Snape apoiava a cabeça sobre as mãos, olhando para o topo da mesa. Não conseguiu
disfarçar a leve risada, então resolveu encarar de vez a garota e acabar
definitivamente com esse clima desagradável.
_Garanto que todos os livros que possuo são propriedades minhas mesmo! Embora eu
confesse que muito me tentou levar de lembrança alguns livros de lá,
principalmente do...
_...bibliotáfio, a seção reservada! - Hermione completou com um sorriso muito
alegre. _É, eu sei como é isso! Me senti tentada diversas vezes também! E olha
que Madame Pince gostava de mim!
_E como não me lembro de você, garota? Nada, em absoluto...
_Ah... bem, eu... simplesmente não existia...
_Como assim, não existia?
_Oras, Severus! Já chega por hoje, não acha? E eu duvido muito que você se
lembre de algo além de livros ou de pessoas que lhe causaram ódio! Bom, não sou
um livro e suponho não ser alguém que você tenha odiado, espero... por favor,
gostaria muito de ir dormir, se você não se importa.
_Tudo bem, Hermione! Pode dormir em minha cama... fique no quarto, é mais
confortável.
_Claro que não! Eu posso perfeitamente ficar no sofá. Não quero tirar seu
conforto por mais uma vez!
_O sofá é confortável e, já dormi em lugares muito piores que esse... além
disso, gosto de ler até tarde e gosto de fazer isso na sala. Durma no quarto,
boa noite e não se discute mais isso!
_Tudo bem... muito obrigada por tudo, Severus...e boa noite.
Hermione despedia-se cansadamente, mas com um leve sorriso no rosto... havia
sobrevivido mais um dia, mas o futuro parecia ser mais otimista agora do que
alguns minutos atrás. Snape limitou-se a observá-la até sumir atrás da porta do
quarto. Algo estava estranho nele e isso era fato.
Hospital St. Mungus
14:25h - 21 de agosto de 2001
Um rapaz alto e de cabelos negros rebeldes andava de um lado para o outro
enraivecido, reclamando e xingando em altos brados. Na saleta branca e de
decoração simples, como um vaso de planta e alguns quadros pequenos mostrando
paisagens, estavam acompanhando-o um rapaz ruivo, que tentava a todo custo
acalmar o moreno e um homem de cabelos longos e claros, presos num displicente
rabo de cavalo que caia sobre seu colo, observava o nada através da janela da
sala de estar, indiferente à raiva quase descontrolada de Harry.
_Maldição! Por que ela tem que ser tão estúpida?! Caralho!! A vontade que tenho
é de esbofeteá-la até que ela fique com a cara inchada!!
_Calma, Harry! Porra! Você tá num hospital, cara! Esse teu nervosinho não vai
melhorar em nada a situação!
_Foda-se, Rony! O que quero saber é por que Hermione é tão idiota?! Aquela
imbecil! De que vale o estudo dela?! De que adianta a nossa preocupação se ela
não passa de uma imbecil!
_Cala a boca, Harry! Hermione podia estar morta! E ela ainda pode morrer,
diabos! Ela está mal, lá na UTI e você fica aqui xingando ela?!!
Lupin aproxima-se dos garotos e segura Harry pelos ombros, na tentativa de
acalmá-lo um pouco.
_Harry, sei que está muito preocupado com Hermione e que está com raiva da
imprudência dela, mas tente se controlar... isso não vai ajudá-la em nada.
Harry tenta conter as lágrimas que se formam. Sua face está rubra por causa de
sua alteração raivosa. Desvencilha-se de Lupin e vai até a porta da sala,
olhando para o corredor.
_E onde está aquele miserável do Snape?! Já era pra ele ter voltado! Por que tem
que ir apenas uma pessoa por vez para vê-la?!
*
_Como é possível que ela tenha entrado em coma apenas por ter recebido um
feitiço estuporante? - Snape olhava inquisitivamente para o medibruxo que
carregava uma prancheta, juntamente com uma mulher, também medibruxa,
aparentando uns 50 anos, que não desviava os olhos da paciente sobre o leito
branco.
_Por favor, Sr. Snape, pela última vez: nós ainda estamos analisando o caso
dela! Não é muito comum alguém sofrer um coma depois de ser atingido por um
feitiço estuporante... não é apenas incomum, não temos nenhum caso parecido
relatado! Os outros medibruxos estão entrando em contato com todos os hospitais
bruxos do mundo para ver se conseguimos alguma informação! - o medibruxo já
estava impaciente e cogitando chamar a segurança para encaminhar Snape para fora
do Hospital.
_Enquanto vocês procuram por informações aí fora, Hermione continua sofrendo a
ação do feitiço! Ela parece ter sofrido uma maldição imperdoável e vocês não
estão sabendo identificar!! - Apesar de manter a voz baixa, Snape demonstrava
ali todo o seu ódio pela suposta ineficiência dos medibruxos em relação ao
estado de Hermione. Seus punhos estavam cerrados com tal força que os nós dos
dedos estavam ficando azulados. Parece que toda a frieza que construiu e
cultivou por tantos anos havia derretido-se por completo naquele momento, pois
não era o mesmo Severus Snape, frio e insensível, que ali estava.
_Já chega, Snape! Você não tem competência para julgar a nossa capacidade! Você
sairá agora mesmo deste hospital pela for...
O jovem medibruxo foi interrompido com um aceno pela senhora que os acompanhava.
_Por favor, Ben... veja como estão indo os outros medibruxos em relação a nossa
pesquisa e depois me espere na sala dos médicos, sim? Preciso esclarecer alguns
pontos ao Sr Snape.
_Sim, senhora! - Ben girou em seus calcanhares e saiu, ainda bufando com a
insolência daquele bruxo antipático, sem questionar ordens - era o que mais
queria fazer: ficar o mais distante possível de Snape!
_Doutora, não precisa mais desperdiçar seu precioso tempo com a mesma explicação
vazia! Eu mesmo irei procurar saber o que acometeu Hermione Granger pelos meus
próprios meios! - Snape já dava as costas e saía, quando a medibruxa o
interrompeu secamente e em tom decisivo.
_Fique, Sr. Snape. Quero que veja algo.
Snape apenas deu-se o trabalho de olhar por sobre os ombros quando viu a
medibruxa apontar a varinha sobre Hermione e uma neblina acinzentada a envolver.
Acima da cabeça da garota, formou-se um círculo azulado translúcido. Em poucos
instantes, pequenas labaredas de luzes vermelhas, azuis e amarelas surgiram de
dentro do círculo e se movimentavam freneticamente, com intensidades variadas,
como se fosse um equalizador. Snape sabia do que se tratava, mas as atividades
intensas das labaredas chamaram sua atenção.
_Isso é a atividade cerebral dela... mas se ela está em coma, por que está tão
intenso?
_Não é apenas atividade cerebral, Sr. Snape. As labaredas vermelhas representam
o organismo. Como Hermione está em sono profundo, sua atividade é menos intensa,
porém suas labaredas são maiores, por motivos óbvios: seu organismo está vivo e
saudável. As labaredas azuis representam sua mente, que está muito ativa, porém
são menores, o que não é, nem de longe, algo que possa ser considerável o mínimo
aceitável: sua atividade cerebral é a mesma de uma pessoa acordada e em
atividade, mas a consistência é de alguém inconsciente... o que temos aqui é uma
grande contradição. A mente de Hermione está ao mesmo tempo vaga e ativa, e não
há termo médico que defina isso.
_... e quanto às labaredas amarelas? - Snape sentia-se ainda mais atordoado do
que minutos atrás. Ao menos as não-explicações do outro medibruxo eram mais
aceitáveis do que essas que a mulher estava dizendo.
_São as que mais me intrigam... - a medibruxa expirou fundo, expulsando todo o
ar de seus pulmões, como para ganhar novo fôlego para encarar suas suspeitas.
_As labaredas amarelas representam a atividade espiritual de Hermione. Como se
sabe, mente e espírito caminham juntos, logo, a atividade de ambos devem estar
sempre no mesmo nível, apenas a consistência sofre alteração, quando, por
exemplo, a pessoa dorme, se distrai ou faça atividades que relaxam a mente.
Tanto a atividade quanto a consistência do espírito de Hermione estão baixas
demais, mesmo para alguém em coma. - a medibruxa interrompeu-se, olhando
diretamente para o Mestre de Poções, que estava ainda mais pálido do que seu
habitual. Ela própria temia o mais que tinha para informar.
_Clara, por favor, o que significa isso? - Snape engoliu seco, temeroso pela
resposta da medibruxa que talvez confirmaria sua suspeita.
_Ah, Severus, gostaria que não tivesse me perguntado, mas... tanto a atividade e
consistência do espírito de Hermione é notado apenas em pacientes que estão em
estágio terminal de doenças, que nem sequer representam mais atividade cerebral
significativa, pessoas em estado vegetativo, semi-mortas...
Snape apoiou-se na parede, pois sentira o chão desaparecer debaixo de seus pés e
a vista turvar. Levou as mãos ao rosto, apertando-o fortemente. Estava ofegante,
mas a respiração era difícil. Sentiu como se o céu estivesse desabado naquele
momento. Ele não podia acreditar naquilo, não queria acreditar que Hermione
Granger estava morrendo de forma lenta e silenciosa!
A medibruxa segurou Snape pelos braços, forçando-o a olhá-la. Sua expressão não
era mais animadora do que daquele homem que acabava de jogar por terra toda a
sua reputação de calculista gélido.
_Ouça, Severus: É por isso que nós estamos insistindo que o mal que acomete a
Srta Granger neste momento é o coma! Nós simplesmente não sabemos com absoluta
certeza o que está acontecendo. Temos nossas teorias e estamos trabalhando o
mais rápido possível para encontrar logo a solução, para trazê-la de volta ao
mundo real! Por favor, não perca as esperanças! Essa menina precisa de muita fé,
para continuar vivendo! Sei que é estranho e nada plausível, mas é a nossa mais
provável teoria no momento!
Snape encara a medibruxa com os olhos rasos d’água e uma voz embargada, quase
sumindo:
_E qual é essa teoria, Clara? Quero saber qual a suspeita de vocês, mesmo que
não tenham a absoluta certeza, mas preciso saber!
A medibruxa afasta-se de Snape, retira os pesados óculos e massageia o topo do
nariz, uma forma de ganhar alguns instantes para formular sua resposta.
_Um sábio trouxa disse certa vez: ‘existe muito mais entre o céu e a terra do
que supõe a nossa vã filosofia’. Isso também vale para nós bruxos. Apesar de
toda a nossa magia, há bilhões de coisas que não entendemos, sequer temos idéia
de sua existência. A nossa teoria sobre o estado da Srta Granger é a mais
estapafúrdia, mas, ao mesmo tempo, a mais provável: acreditamos que a menina
esteja presa em alguma dimensão paralela a nossa. Porém, não sabemos como isso
foi causado e, portanto, não sabemos como reverter a situação. Eu lhe asseguro,
Severus, que estamos trabalhando com muito afinco para descobrirmos o porque,
para sabermos o que fazer...
_Presa em outra dimensão... realmente, não é a coisa mais brilhante que ouvi nos
últimos anos... mas, é ainda melhor do que crer que ela esteja morrendo, em
coma, que muitas vezes é irreversível...
_Eu não acho. Ao menos, em coma, sabemos que o espírito permanece preso ao
corpo, auxiliando a mente... lamento muito lhe dizer que o estado dela é ainda
pior do que um simples coma. Sua mente física está em um lugar que não é o seu
corpo, e isso a matará aos poucos... o corpo não sobrevive sem a mente...
_Maldição, Clara! E você ainda quer que eu tenha alguma fé depois de me dizer
isso?! - Snape voltava ao seu humor e estado típicos, certamente sua vontade era
a de estrangular a medibruxa, precisava descarregar toda angústia e frustração
que estava sentindo nesse momento!
A medibruxa fazia um sinal com a mão para que Snape se acalmasse. Não era hora
nem lugar para perder o controle da situação. Ela mesma já estava impaciente com
tudo aquilo.
_Precisamos da sua ajuda, Severus Snape. Não da ajuda do mestre de poções, mas
da ajuda de um grande conhecedor de magia negra. Irei entregar-lhe cópias de
nosso relatório a respeito do estado clínico da Srta Granger, inclusive o nosso
relatório extra-oficial, onde consta todas as nossas teoria e análises a
respeito do caso. Quero que você e, se possível, com a ajuda de Alvo Dumbledore,
nos auxilie com a menina. Precisamos de toda a ajuda possível e precisamos
correr contra o tempo. Não queremos que a menina torne-se um zumbi, isso seria
muito pior do que a morte!
==================================================================================
Fim do Capítulo VII - continua...
By Snake Eye's - 2004
==================================================================================
N/A: E aí, sentiu a viagem? Pois é, não podia ficar na conversa fiada todo o
tempo, precisava de um argumento esdrúxulo para sustentar a história. Não queria
que fosse mais uma fic em que Hermione fosse arremessada ao passado por causa de
um acidente com o vira-tempo e se envolvesse lá com o jovem Snape. Pode até
mesmo ser uma eca de idéia, mas pelo menos é menos básica, não é? Absolutamente
nada contra tais histórias, tanto que a fic “Um pouco de seu tempo” de
Serpentina Malfoy e traduzida para o português por Sarah Snape, é uma das
melhores fics que já li! Mó show! Nota 10, mesmo! Mas não queria criar uma nova
fic que fosse apenas o eco dessa. Mesmo que seja ruim, tem que ser original (bom
slogan pra propaganda de refri, não é ^_^).
O lance do “equalizador gráfico” que mostrava a intensidade cerebral, física e
espiritual de Hermione, foi tirado do longa animado ‘Akira’, de Katsuhiro Otomo
(que todo mundo conhece...). Essa parada aparece durante os exames que
comparavam Tetsu com Akira. Eu sempre achei esse lance muito maneiro e sempre
quis usar em alguma coisa...
<:~~~~~~Snake Eye’s~~~~~~:>
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!