O Pedido de Pansy
Adoro ler, acho que já deixei esse fato claro; e lendo em silêncio, leio rápido, ainda mais se a história me agrada, minhas mãos se prendem ao livro e meus olhos as palavras e quando percebo, já estou no final. Meu único problema é ler em voz alta em frente a outras pessoas, eu simplesmente não consigo fazer isso, eu leio, mas as palavras ficam presas dentro da minha garganta, e quando saem, saem aos poucos, ou seja, eu gaguejo, além de ficar com falta de ar e com um repentino mau humor. Enfim, hoje fui para aula de História da Magia na esperança de que o professor tivesse mudado de idéia de fazer os alunos apresentar em frente toda a turma o trabalho, mas ele continuava com o mesmo pensamento. E como todos sabem, pouca desgraça é bobagem: ele iria sortear os grupos que apresentariam. E qual foi o primeiro grupo sorteado? Sim, o meu. Fomos eu, a Lilá e a Pansy para frente da sala. Eu estava morrendo de vergonha, e por um momento pensei que a Pansy seria legal e deixaria eu ler a parte do meio, mas ela nem ligou pro meu temperamento. Na verdade, a sádica notou minha ansiedade e foi lendo o mais devagar o possível, como se quisesse me maltratar, e ela estava conseguindo. Mas então decidi que não daria o gosto para Pansy de me ver naquele estado. Quando ela finalmente terminou de ler, não entrei em pânico: respirei fundo várias vezes até me acalmar, olhando para os meus pés, tentando ao máximo parar de tremer. Aos poucos meu corpo respondeu as minhas tentativas e se acalmou. Quando estava totalmente relaxada, me senti preparada para começar a leitura. Eu olhei para a minha parte da leitura e pensei em dizer que eu meio que havia criado a minha própria Hermione Debi Monê, mas achei melhor não falar nada, ir direto ao ponto era o caminho mais fácil para uma nota máxima! Sem tropeçar em qualquer sílaba que fosse, eu fui lendo a minha história, falando do quanto Hermione Debi era parecida com homens, e porque ela era até confundida com soldados. Com a maior calma que consegui, fui contando o que havia escrito, contando a história que eu havia usado um pouco da minha imaginação para contar. Meus colegas até riram de algumas partes nas quais eu usei um pouco de humor para falar sobre a heroína. Eu já estava chegando ao final, contando a minha versão, de que Hermione Debi não havia morrido na fogueira, queimada por trouxas; quem morrera foi um amigo dela, seu amado Harry Douph, um personagem que eu inventei com o nome baseado no meu querido Harry Potter. Mas o professor interrompeu minha leitura dando um grito. -Que brincadeira é essa? Nunca, em todos os meus anos, escutei tamanha besteira sobre Hermione Debi. Mal tive tempo de explicar que era uma ficção que eu havia inventado, tentando deixar a história mais interessante, pois ele já estava me dando bronca, dizendo que trabalhava ensinando História e não Literatura. Achei que ele iria me dar um zero, sem nem sequer me deixar terminar a leitura, mas não foi isso que aconteceu: ele me mandou prosseguir. E eu, que perdi a coragem com a interrupção do professor, comecei a ler muito rápido, de tanto nervosismo, explicando como Harry Douph havia ajudado Hermione Debi de ser queimada em praça pública. O plano também garantia a segurança dele, mas os soldados que o ajudariam não apareceram, o que sobrou na tragédia que se seguiu. O garoto foi então queimado vivo no lugar da amada, enchendo assim os olhos dela de lágrima. Ainda faltava um parágrafo, no qual eu ainda explicava o que Hermione Debi fizera após ver o amigo e amado ser queimado, mas o professor perdeu a paciência e não me deixou terminar, anunciando a minha sentença: zero! Pansy logo tratou de revoltar, dizendo que só havia feito uma parte do trabalho e que por isso, não devia ficar com uma nota baixa por minha culpa, afinal ela não estava envolvida com o final do trabalho. Eu até iria dizer que havíamos feito tudo em grupo, mas não achei justo prejudicar a Lilá, então assumi a autoria da redação, mas o professor não quis saber: zero para as três. E como castigo, eu teria que escrever um novo trabalho sobre a heroína, contando apenas os fatos, sem usar minha imaginação. Por pouco não soltei a voz, perguntando onde estava a liberdade de expressão naquela aula, mas achei melhor não criar caso. Se a situação já estava péssima, não seria eu a piorar. ~~* Depois da aula, Pansy veio falar comigo com aquele ar de superioridade costumeiro. Se ela já era cheia de si e achava que podia me pisar em mim, depois da aula, então, ela tinha essa certeza. A primeira coisa que ela me disse foi me dar uma bronca pelo que eu havia feito com o trabalho. Eu nem dei bola para o que ela estava falando, simplesmente virei as costas e continuei a andar, não iria perder meu tempo com ela. Mas infelizmente, não era só aquilo que ela queria falar comigo. -Hm, a única coisa boa do seu texto é que foi bem escrito. – ela disse com desdém na voz. -O que é que você quer garota? Fala de uma vez que eu não estou com a menor paciência! Acabei de levar um zero, não estou nos meus melhores dias. – falei, sem nem olhar para ela, com toda minha impaciência. -Na verdade, eu queria pedir sua ajuda! – ela falou devagar. Parecia estar escolhendo as palavras certas para pedir. -Minha ajuda? – ela disse zombeteira. Parei e olhei para ela, para ter certeza de que era com a Pansy com que eu falava – Eu ouvi direito? Você ta me pedindo ajuda, é isso? Ela ficou quieta por um tempo e depois criou coragem para falar: “É o seguinte: eu estou apaixonada, mas ele parece não se interessar por nada que eu faço; então eu pensei que se eu entregasse poemas para ele, ele se interessaria mais por mim, afinal ele parece ser um garoto tão sensível, que eu tenho certeza que iria gostar de algo assim.” Depois de falar, ela me olhou, esperando minha resposta, mas eu ainda não entendia o que ela queria dizer. Talvez por isso, ela continuou. “E eu realmente não tenho a menor vocação para escrever poesia. Poesia é para idiotas! E como você é um deles, e sabe escrever bem, pensei que talvez você pudesse me ajudar.” Eu fiquei boquiaberta. Não só pelo falo de Pansy estar apaixonada e querer dar poesias para o garoto que ela gosta, mas pelo fato de ela ter me pedido ajuda. Isso nunca aconteceria; não em um mundo normal. Mas como estou começando a pensar que estou vivendo num mundo alternativo e paralelo, não estou mais tão assustada. Porém se vocês acham que eu disse que ajudaria, estão muito enganados. Só pelo fato de ter sido chamada de idiota, já perco o ânimo de ajudar quem quer que seja. E além de tudo, é a Pansy. Por que eu haveria de ajudá-la? Que ela compre poemas; não vou ajudá-la e ponto! Estava com esse pensamento, e nem quis ouvir mais nada. Virei as costas e sai andando! Onde já se viu? Eu escrevendo poemas para a Pansy entregar para o amor dela! Nem em pesadelos... ~~* Lembra aquela garota que eu tinha falado que é nova em Hogwarts, que está na Grifinória? A tal da Debi? Então, o nome dela é Débora Klein. Mas ela prefere que a chamem de Debi... Bom, ontem depois de apresentar o trabalho e ter aquela conversa com a Pansy, meu humor estava péssimo. Eu realmente estava o cão ontem. Tenho dó de quem se aproximou de mim ontem, coitadinhos! Então, eu estava naquela minha péssima lua. E não queria conversar com ninguém! Sentei-me em baixo de uma das árvores, em frente ao lago, pedindo aos céus que a maldita lula gigante me devorasse viva. Mas minha preces não foram ouvidas: ao invés disso, me mandaram a aluna nova que se sentou ao meu lado, um pouco perdida. Eu a olhei, revoltada. É impressionante, quando mais queremos ficar sozinhas, é quando todo mundo decide nos procurar. Ela se assustou com meu olhar, quem não se assustaria. -Não posso sentar aqui? – a voz dela era baixa e tímida. Respirei fundo, afinal, a novata não tinha culpa da vida que eu levava. -Desculpa, estou no péssimo dia. – foi o que eu consegui dizer. -Ah, tudo bem! – ela disse, se levantando. – Eu que peço desculpas. – ela olhava os próprios pés e eu senti dó por aquela garota, então segurei seu braço, movida pelo impulso. -Não, pode ficar, não tem problema. – ela abriu um sorriso tímido, sem saber o que fazer e voltou a se sentar, ainda sem me olhar. Eu pude ver seu rosto corar e soube que ela não iniciaria a conversa. -Quer ajuda no que? – impressionante como eu fico grossa quanto estou estressada. -É que eu não conheço ninguém por aqui e estou me sentindo muito deslocada, sabe? – direta a garota, não? O rosto dela corou ainda mais e seus olhos continuavam fitando os próprios pés, como uma criança envergonhada. -Hermione Granger, muito prazer – eu disse, estendendo a mão. Boas ações rendem prêmios Nobel! -Débora Klein – a garota enfim levantou o rosto, abrindo um sorriso, e eu pude mirar, finalmente, os belos olhos verdes que ela tinha. ~~* Estava a caminho do Salão Principal para o jantar com Debi quando fui puxada pela vaca da Pansy. Ela me olhava com aquela ridícula expressão de superior que só ela sabe fazer e que tanto me dá nojo. -E então, pensou sobre o meu pedido Granger? – ela perguntou, soltando meu braço e limpando a mão em suas vestes, como se eu estivesse suja. -Que pedido? -Sobre os poemas! – ela me olhou de cima a baixo, arrogante. -Por que eu te ajudaria? -Porque eu sou linda e popular, você morre de inveja de mim e quer ser como eu. – ela disse. Não sabia dizer se minha vontade de rir era maior que a de vomitar, então reprimi ambas. – E porque se você não me ajudar, eu vou fazer da sua vida um inferno. -Como se você já não fizesse isso. -Por favor, Granger. Eu estou desesperada. Se não estivesse, não pediria isso para você – e ela realmente estava desesperada, eu podia ver pelo tom de sua voz. Eu podia até ajudá-la, se ela não fosse Pansy Parkinson. -Não vou precisar ver sua cara de fuinha nunca mais se eu te ajudar? – por que eu não sei dizer não para as pessoas? -Só para entregar os poemas. E eu prometo não te encher mais o saco, não quando não for de extrema necessidade. – Pansy disse, voltando ao seu jeito arrogante de sempre. -Ótimo! Se me dá licença, minha extrema necessidade agora é vomitar, então eu vou jantar para pode fazer isso do melhor jeito possível. – e lhe dei as costas, voltando para a companhia de Debi que me aguardava. N/A: Oi a todos! Por favor, não me matem pela demora.. Eu sei que eu mereço morrer, mas poxa, aqui estou eu com novidades! Três novidades para falar a verdade: como podem ver, estou finalmente continuando com BILHETES [férias, finalmente, me possilitaram essa proeza]. E estou com tudo! Não sei quando vou postar o próximo capítulo, por causa das outras novidades que eu já conto, mas não pretendo demorar muito. A segunda novidade é que eu também estou voltando com A AGENDA SECRETA DO MEU NAMORADO ! Então, para aqueles que lêem aquela fic também, essa novidade é para vocês. E finalmente, a novidade mais esperada de todas é a seguinte: FORÇAS DO DESTINO 3 já está para sair ! Ainda não tenho data de lançamento, porque eu comecei a escrever a fic faz poucos dias, não quero lançar sem ter pelo menos uns quatro capítulos prontos para não matar ninguém de curiosidade .. Mas vocês, leitores de BILHETES [e os leitores de A AGENDA SECRETA DO MEU NAMORADO], terão privilégio, pois todas as novidades de FORÇAS DO DESTINO 3 serão postadas nos N/A dessas duas fics, assim como no meu blog :D Só para deixar vocês mais felizes, aqui vai os dois primeiros parágrafos do capítulo 1! "Hermione abriu os olhos, assustada, e se levantou em pulo. Algo dentro dela dizia que estava atrasada. Para seu alívio, ao olhar o relógio, viu que estava no horário certo, o despertador ainda não havia tocado, por pouco. Assim que ela se pôs em pé, ele tocou, fazendo Lilá, que roncava na cama ao lado, chiar pedindo por silêncio. Pedindo desculpas, a garota desligou o despertador, depois separou seus pertences. Enquanto caminhava para o banheiro feminino, lembrava do sonho da noite anterior. Tentava na verdade: tudo que vinha a sua mente eram imagens embaçadas, a maioria com referência a Draco Malfoy. Já havia se passado duas semanas desde que ela voltara ao seu estado de sã consciência e ódio ao loiro, mas ainda sim, em seus sonhos ele aparecia. Na verdade, eram todos pesadelos. Sempre via o sonserino duelando contra si própria. O fim variava: às vezes ela o derrotava, mas na maioria das vezes, era o loiro que a assassinava." O trailer ainda não está pronto, afinal, ainda não decidi tudo o que vai acontecer. Tenho quase tudo definido, só faltam alguns detalhes, mas esses detalhes me impedem de fazer o trailer. O título provisório é : FORÇAS DO DESTINO III - ASAS PARA O AMOR. Conseguem tirar alguma conclusão do título? Bom, mais novidades eu trago no próximo capítulo .. Beijos a todos ! 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