Jantando com o Inimigo!
*Lumus*
Quase um esm depois...
Cap. novo: Jantando com o inimigo!
Espero que sgotem... e vamos ao cap.
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À noite com, sua misteriosa sensualidade, me encanta. É como se nós, seres humanos imortais, estivéssemos nesse mundo apenas para deslumbrar sua magnitude e exuberância nada mais que isso e eu como amante das coisas boas apenas me deixo levar pela volúvel que se chama noite londrina.
Estaria tudo na perfeita harmonia se eu não estivesse na porta desse pub esperando a mais de meia hora a última mulher que imaginaria fazer uma refeição, muito menos um jantar. A Granger não é tão burra assim de furar um compromisso comigo. Na verdade ela furaria um compromisso comigo sim se não fosse estritamente profissional, eu sei, mas estou falando de uma aposta e como sei, mesmo há anos não admitindo, que de baixo daquela juba de leão, que por sinal já não é tão juba assim, se esconde um cérebro brilhante que não se deixaria enganar quanto ao fato de que se ela não comparecer a esse jantar ele contar como um a menos nas noites que teria sua magnífica companhia.
Mas por que demorar tanto? Será que deve estar pensando que esse é um encontro mesmo e por isso esta se embelezando toda? Ah! Claro que não! Mas que idéia Draco! Mas se bem que se a Granger se arrumasse um pouquinho, colocasse uma maquiagem, uma roupa diferente, como aquela que usava quando nos reencontramos ela ate se tornaria uma mulher desejável. Isso é claro que se ela mudasse o nome também ou então todo o seu passado como bruxa, grifinoriana, amiga do Potter... Se ela nascesse de novo com toda a certeza eu daria uma chance a ela. No entanto, como isso é impossível o que me resta é abusar de sua má vontade em jantar comigo e pagar a conta do mesmo. Ah! Como sou perfeito. Como tenho uma mente brilhante. E inacreditável que por um breve momento pude ficar receoso quanto a ganhar a tal aposta.
Mas isso é para a Granger perceber com quem ela esta lhe dando. Passou o tempo que Draco Malfoy se escondia atrás de dois gorilas chamados Grabe e Goyle. Foi-se o tempo que alguns gritos, azarações e tapas me intimidavam... Não esqueci aquele tapa que aquela estúpida deferiu nesse lindo rosto esculpido pelos deuses... Vejo que esses jantares além de satisfazerem minha satisfação pessoal por estar comendo algo de qualidade, eles serviram, cada noite, como uma lembrança de que não se deve brincar com Draco Malfoy e muito menos... Meu Mérlim! Quem é... Não pode ser...
- Granger?!
- Oi Malfoy... – perguntou ela olhando aborrecida para a fachada do pub que brilhou suas luzes nos olhos dela.
Mesmo com aquela feição aborrecida, meu lado homem, não o bruxo no qual sempre desprestigiou essa mulher, mas o lado que admiti quando uma mulher esta bem vestida, no caso da Granger, ela esta... vou me arrepender amargamente ao dizer isso por todos os dias da minha vida... Esta Linda!
- Vamos acabar com isso então? – pediu ela me olhando logo após não conseguindo conter um sorriso.
Mas é claro que ela esta sorrindo e só pode ser dessa cara de idiota bobão que estou fazendo quando vejo uma mulher extremamente... Se eu falar essa palavra mais uma vez juro que viro um elfo doméstico... Linda... Droga Malfoy, pelo menos controla as tuas reações ao dela agora! Impossível! Hei, cara, lembra que ela é a Granger, a sangue-ruim da Granger...
- Malfoy? Você esta bem... se não tiver, ótimo... voltamos para nossas casa e...
- Não, não! Estou bem... Bom... Vamos entrar...
- Mas, não vamos ao um restaurante francês? No bilhete você perguntou se gosto de comida francesa. – perguntou interessada.
Mas infelizmente minha mente estava tão preocupada em acompanhar sua boca mexendo ao falar,ao mesmo tempo em que uma corrente de vento vinda do movimento dos carros ao nosso lado brincasse com seus cabelos que não estavam tão revoltos que malmente reparei quando ela parara de falar.
- Malfoy?
- Ah! Sim! Claro! Vamos a um restaurante francês sim, mas gosto de parar aqui antes de comer qualquer coisa fora. Beber alguma coisa...
- Malfoy isso não estava nos planos. – era visível um pouco de irritação naquela voz, no entanto, mais uma vez minha mente estava concentrada no movimento que sua boca fazia. Estava tão... convidativa. Droga! O que há com você Draco malfoy? – O combinado era só jantar. Só comer! E depois ir embora para nossas respectivas casas... Ou melhor, você ir para sua casa e eu para um hospital. Por que jantar com você é sinal de uma má digestão. – Não pude conter, mas eu sorri. Não do que havia falado, ou talvez sim, mas ela levou uma das mãos à boca para soltar uma mecha fina de cabelo insistente que havia pregado no batom cor dos lábios que usava com um pouquinho de uma coisa melosa em cima que davam brilho ali. – Malfoy!?!
- Quê? Ah sim! Sim! Realmente não estava nos planos, mas... Côe Granger! Eu sei que você gosta desse lugar. E nem vai ser tão chato assim...
- Esta brincando né? Já esta sendo mais que chato! – falou ela cruzando os braços na frente do corpo.
- Não vai demorar nada. Só bebemos alguma coisa e vamos jantar, só isso. Juro que pago as bebidas...
- Quem disse que quero beber ou que você pague? – perguntou com desdém. Fingir não ouvir.
- E que não vou falar nada. – ela me olhou interessada. – Nos entramos. Bebemos alguma ou só eu. Não conversamos nada. Apenas ouvimos a música e depois podemos ir jantar e você fica livre para procurar o hospital que quiser ou ter uma desenteria. Ok!
Pensei que ela fosse me amaldiçoa ali mesmo ao ouvir minha brincadeira, mas, ela riu. Riu meio exasperada mais riu. Balançando a cabeça negativamente pegou em meus ombros me fazendo andar, mas logo em seguida soltou como se estivesse percebido a que ponto tinha ido. Ou com medo de pegar algum tipo de doença, ou sei lá. Abri a porta para que ela entrasse primeiro, ela virou os olhos nas órbitas passando a minha frente. O perfume. Nossa que perfume! Cítrico! Meu favorito.
O controle de um homem nesses casos é particularmente ínfimo. Comigo não é diferente. Antes de tudo sou homem, e homens sabem apreciar um bom perfume, ainda mais um que esteja exalando de uma mulher... Devem ter trocado a Grande por outra mulher no meio do caminho, só pode ser. Respiro fundo antes de entrar atrás dela no pub, mas acabo me embriagando mais uma vez com aquele perfume cítrico levando minha mente a fazer planos ridículos, estimulantes... será que ela é legilimente? Inteligente como ela é, duvido que não seja. Calma Malfoy! Lembra dela com aquele ar de prepotência que ela exala no departamento. Lembra que ela é a Granger. Só a Granger e mais nada. No entanto antes de ser a Granger ela é mulher... e eu... sou homem. Que droga!
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A insistência é um dos males mais irritantes que uma pessoa pode ter. Sinceramente não sei o que passou pela cabeça do Malfoy ao insiste em me pegar em casa. Era só o que me faltava! Será que ele esta levando esses jantares tão a seria que os considerou como um encontro? Que patético! Imagine, eu, Hermione Granger, uma Grifinória, aceitando um convite do Malfoy para jantar? Que ridículo! Se não fosse por essa maldita aposta eu estaria aconchegando nessa minha cama tão convidativa lendo algum livro, ou melhor, estaria desfrutando um jantar na companhia das melhores pessoas do mundo: Harry, Gina, Émilly e os Weasley. Mas não, tive que pagar pela minha prepotência... acredite ou não, Hermione Granger possuiu defeitos... jantando com Draco Malfoy e pagando por todos eles. Que estressante!
Termino de enxugar meus cabelos, os deixando um pouquinho úmidos, com a toalha jogando-a em cima da cama me direcionando ao guarda-roupa para verificar se não encontro nenhuma roupa digna de velório para usar nesse maldito jantar. No entanto, o preto nunca foi o meu forte. Tenho algumas roupas que caberiam muito bem para um jantar, mas como esse não é bem um jantar, mais sim uma aposta a se pagar qualquer roupa caberia bem.
No entanto, antes de tudo, sou mulher e com isso gosto de me vestir bem para me sentir bem. Mesmo que eu vá me encontrar com o último homem que imaginei jantar, mesmo que as próximas noites seja um martírio para mim, não posso deixar de me vestir adequadamente para o ambiente, sabendo que o Malfoy deve escolher um dos restaurantes mais caros de Londres.
Pego uma blusa preta com alguns riscos prateados que fica presa um pouco acima do quadril e a parte de cima solta, deixando a amostra um dos meus ombros, uma calça cigarreti escura e um par de sandálias altas me pondo a vesti-los. Após isso passo uma maquiagem básica nos rosto e pronto, agora já posso seguir para o maldito jantar. Espero não ter uma péssima digestão. Impossível!
Antes de sair verifico minha aparência no grande espelho da porta do guarda-roupa. Estou mais parecendo uma cantora de rock com esses cabelos meio úmidos, meio despentados e nem tão cheios, como era de costume. É engraçado como meus cabelos mudaram tanto no decorrer dos anos. Lembro que quando mais nova, quando entrei em Hogwarts, eu mais parecia um filhote de leão, mas depois eles foram se domando por conta própria, sei lá. Chegando a esse ponto. Cheios sim, mas não aquilo que era antes. No entanto sou tirada desses devaneios nada construtivos quando uma coruja das torres entra voando pela janela aberta, deixando um pequeno pergaminho em cima de minha cama e voltando a sair. Pego a carta e a abro.
Espero você as 20:00 em ponto, em frente ao pub que nos encontramos da primeira vez.
Malfoy.
Aff! Como se não soubesse quem era. Mas por que na frente do pub? “Por que você não quis que ele viesse lhe pegar e com isso esse é o lugar que vocês conhecem. Ou seja, o ponto de encontro”. Ate que enfim uma bola dentro em Cons.!
Olho para o relógio na mesa de cabeceira e que marca 20:00 em ponto. Um vislumbre do Malfoy quase arrancando aqueles cabelos sebosos à minha espera perpassou pela minha cabeça me fazendo sorrir de satisfação. Por que não fazê-lo esperar alguns minutos a mais a minha tão esperada companhia? Juro que serão apenas alguns poucos minutos. Quem sabe se eu escolher ir de carro com isso pegando umas das mais movimentadas ruas da cidade... Ai caramba! Mas o que... Olho em volto procurando a coisa o que me descabelou quando outra carta é deixada por outra coruja das torres... ou será que é a mesma?... Em cima de minha cama voltando a sair por onde entrou. Abro soltando um bufo de irritação:
Nem pense em demorar Granger. Você é inteligente. Quanto mais demorar a dor vai ser maior.
Malfoy!
Filho de uma lesma albina! Idiota! Egoísta! Ah! Depravado! Quem ele pensa que é? Mas antes de procurar mais alguns adjetivos em relação ao Malfoy. Uma pergunta passa pela minha cabeça. Uma pergunta que me faz tremer da cabeça aos pés: Como sabe que ainda estou aqui? Ando com cautela ate a janela e visualizo a rua lá em baixo para saber se não estou sendo vigiada por ele. Mas nada vejo. Nenhum sinal de uma cabeleira extremamente loira a minha espera. Será que ele esta escondido... “Ai que mente psicótica!” É! Calma Granger! Isso são coisas da sua cabeça e o Malfoy não esta lhe esperando na saída, mas sim na frente do pub.
No entanto uma sensação incomoda de apreensão e medo invade meu corpo. Será que não é uma emboscada? Como vou saber se isso não é mais uma das armações do Malfoy? Ter-me apenas como isca para chegar ate Harry? Mas se for, como sabia que Maire não iria me contar nada? Por que escolher um lugar movimentado como um pub e um restaurante para me pegar? Será que esta esperando uma oportunidade para me ver sozinha e com isso me estuporar, ou sei lá, me lançar uma maldição Imperius?
Começo a andar descontrolada pelo quarto, seguida de perto pelos olhos de cafetão e bichento, que estava no chão e em cima da cama, respectivamente, apertando uma mão na outra. Ai caramba! Como pude ser tão sonsa? “Você esta se preocupando a toa”. Não! Claro que não! Caramba é o Draco Malfoy! Um Comensal da Morte! “Ex-Comensal da Morte você quer dizer” Uma vez Comensal sempre Comensal! “Mas que implicância com o cara! Será que você não pode aceitar que as pessoas mudam?” Implicância? Rá! Fala serio Cons., não é implicância, mas sim retraimento, desconfiança, atenção. Ninguém muda assim da noite pro dia. “Da noite pro dia que não foi mesmo, o cara estava longe o maior tempão.” Não interessa! “E mesmo assim, considero que ele já deu provas de que mudou ou deseja, senão, não teria ajudado o Harry em um momento complicado.” Da mesma forma acho... “Não é o que você acha é o que você quer achar.” Não entendi. “Seguinte amiga: você quer acreditar que ele continua o Malfoy dos tempos de Hogwarts e que não pode mudar. No entanto, meio que esta evidente que ele mudou de alguma forma. Por que então se sujeitaria a se submeter a você, justamente a você?” Hum! Você deve ter alguma razão. Mas é mais forte do que acreditar ou pelo menos tentar, que o Malfoy, justamente o Malfoy tenha mudado. “Por que você não dá uma chance a ele?” Será? “Um voto de confiança. Você é inteligente garota! Sabe pegar as coisas no ar. Você é o cérebro do trio maravilha lembra?” Que já não é tão maravilhoso assim! Mas... Pode ser. Talvez mais uma vez você possa estar certa Cons. Olha! Você esta me impressionando garota. Sem aquelas idéias ridículas em relação ao Malfoy, você pode ate ser bacana.
Com esses pensamentos, com um aceno de varinha faço minha bolsa, que estava do outro lado do quarto, chegar as minhas mãos ao mesmo tempo em que abro a porta do quarto. Já na sala com outro aceno de varinha faço com que uma quantidade razoável de ração para gato e cachorro apareça nas vasilhas dos meus bichinhos que rapidamente se aproximam. Dirijo-me para o centro da sala pronta para apartar quando vejo brilhando ou piscando para mim, em cima de uma mesinha de canto, as chaves do meu carro. “Você prometeu da-lo um voto de confiança.” Não está prometido, mas estou pensando na possibilidade, no entanto isso não quer dizer que irritar o Malfoy esteja fora de cogitação. Dando voto de confiança ou não eu continuo sendo Hermione Granger e ele Draco Malfoy. Pego a chave do carro e saiu de meu apartamento, com um aceno de varinha o tranco.
Impressão minha ou todo mundo resolveu não sair de casa hoje?
Justamente quando necessito com urgência de um pouco de engarrafamento as ruas Londrinas não possuem nenhum. Que droga! Minhas esperanças de ver o Malfoy soltando fogo pelas ventas então se extinguindo a cada sinal verde que vejo e nenhum tráfego que encontro. O que me resta e ter que cegar ao pub mais cedo que eu esperava ou planejava.
E lá esta ele, com todas as suas luzes piscando ironicamente para mim. Oh! Que convidativo! Encontro uma vaga em frente ao pub, porém do outro lado da pista. E lá esta o Malfoy também. E... bem... Mas produzido do que imaginei. Inconsequentemente me pergunto se estou adequadamente vestida para lhe fazer companhia. Se meu estilo estrela do rock combina com o casual dele. Pelo menos feio não vai ficar. Não com a calça jeans escura dele, com a camisa branca gola alta sob um terno preto. Ate que ele ficou charmoso olhando assim de longe. De bem longe! Então Granger, vamos lá aturar essa lesma albina?
Desço do carro e me dirijo a entrada do pub, onde ele me esperava. Bem, ele esta realmente charmoso. Ah! Devo concordar. Espero que ele não seja legilimente. Se bem que me olhando dessa forma, como se nunca tivesse me visto na vida, duvido muito que seja.
Era só o que faltava! Depois de um enrolação sem cabimento sobre querer beber antes de ir jantar não há duvida de que essa noite vai ser pior do que imaginava. Entramos no pub e fiz o que sempre faço: andei direto ate o balcão. No entanto, malmente dei três passos e a mão do Malfoy fechou sobre meu braço me fazendo virar para ele.
- Ali! – falou apontando para uma mesa para dois ao lado esquerdo entre o bar e um palco pequeno onde um homem negro com um cabelo rastafari apresentava seu solo de saxofone. Antes mesmo que eu abrisse a boca o Malfoy se direcionou a mesa me arrastando junto.
– Eu sei andar sozinha. – falei em seu ouvido puxando meu braço que ele soltou sorrindo cinicamente. Mas não deixei de sentir o perfume que ele usava. Estava fraco mais era de um aromo cítrico.
Malfoy puxou uma cadeira me oferecendo, dei a volta e sentei na outra o fazendo soltar um bufo de exasperação ao mesmo tempo em que a musica terminara e todos batiam palmas. Olhei ao redor e percebi que o lugar estava relativamente cheio e confortável. Agora o homem no saxofone era acompanhado por outro homem tocando em um piano. Estava tudo muito perfeito. O ambiente. A música. À noite...
- Vai beber alguma coisa Granger? – nem tudo estava perfeito. Respondo negativamente sem ao menos o olhar. – Uma água de gile para ela e um uísque para mim. – reviro os olhos nas órbitas.
- Falei que não queria beber nada Malfoy.
- Nunca lhe ensinaram que deixar uma pessoa beber sozinha é falta de educação. -Balanço a cabeça negativamente voltando minha atenção para a dupla que tocava uma música animada. – Deixar uma pessoa falando sozinha também é falta de educação...
- Você disse que entraríamos aqui, você beberia o que quer que fosse e apenas ouviríamos a musica, sem conversa...
- Ta ok! Ta Ok! – falou levando as mãos ao ar. – Não esta mais aqui quem falou. – desculpou-se quando nossas bebidas chegaram
No todo foi ate divertido. Bebi minha água de gile e o Malfoy o seu uísque enquanto ouvíamos as apresentações da noite. Sem conversas como fora prometido por ele. No entanto, era irritante o ver tamborilar na mesa olhando ao redor ou quando cantava baixinho.
Em todo esse tempo o fiquei observando. Tentando capturar algum deslize seu, mas não houve nenhum. Mas isso é bem mais difícil quando não há interação. Com ele calado e eu muda ficou bem mais complicado. Porém, tínhamos um jantar pela frente, talvez eu tivesse um pouco mais de sorte.
Às vezes, ele bebericava seu uísque e olhava para mim, para o espaço ao nosso redor, para a dupla que tocava. Algumas vezes abriu a boca para falar alguma coisa, mas, acho que ao lembrar o que tinha “prometido” fechava a mesma com um ar contrariado quando não soltava o ar com força pelo nariz. E era isso que estava sendo divertido: o Malfoy se controlando ao máximo para não me alfinetar. Na verdade estou surpresa por ele ter cumprido o que falou.
È igualmente engraçado como as coisas mudam assim tão rápido. Há uns dias atrás eu estava preocupada em encontrar um auxiliar, agora que encontraram um para mim o que mais quero e me desfazer dele.
Fui tirada desses devaneios quando um movimento do Malfoy chamando o garçom me tirou a atenção.
- A conta, por favor. – falou ele baixinho e prontamente o garçom trouxe a conta que ele pagou sem me consultar e levantou-se me movi na cadeira com a intenção de levantar também, mas ele sorrindo se curvou para mim e disse. – Se quiser me acompanhar ao banheiro Granger... – e saiu deixando a mensagem no ar com um sorriso mais presunçoso ainda
Minutos depois ele voltou antes mesmo que chegasse a mesa eu já havia levantado e já me aproximava da porta do pub quando ele mais rápido que eu abrira a porta para eu passar. Murmurei um “obrigada” e sai para a noite londrina respirando profundamente, me controlando ao máximo para qualquer coisa que viesse, pois agora não poderei mais fugir de ter algum tipo de conversa com ele.
- Vamos para onde agora? – perguntei.
- Solar Antique. – olhei para ele sem entender – Vamos jantar no restaurante francês que havia lhe falado. Solar Antique o nome. – acenei a cabeça compreendendo.
- Devo concordar que foi uma boa escolha. – ele sorriu. Dirigindo-me a rua para atravessá-la com a intenção de pegar o carro, porém mais uma vez Malfoy me segura pelo braço dessa forma e fazendo estancar. – Que foi? – perguntei irritada.
- Você esta de carro e eu a pé. Como não pretendo ariscar a aminha vida entrando no seu carro acho melhor irmos andando. – abri a boca para falar mais ele não me deixou – Não é tão longe daqui Granger. Vamos caminhando com isso podemos aproveitar a paisagem. – terminou com um sorriso nada convincente.
Hesitei alguns segundos pensando em tal possibilidade enquanto Malfoy amostrava todos aqueles dentes brancos como me tentando convencer de que aquele passeio poderia ser de alguma forma, divertido. Não vejo nada de divertido em passear por Londres com Malfoy estando sujeita a me verem com aquele tipo de companhia.
- Saiba que eu dirijo muito bem. – falei passando por ele.
- Pode ate ser, no entanto ainda não me esqueci que você tentou me atropelar naquele dia. – falou ele andando um pouco mais rápido para emparelhar comigo.
- Será que não foi por você ter atravessado a avenida sem olhar? – perguntei fingindo incompreensão. Ele ficou calado um momento logo depois sorriu. Seus olhos em um azul acinzentado se encontraram com os meus. Engoli em seco. Mas também sorri. Agora por que me senti desconfortável com esse encontro heim?
- Digamos que naquele dia eu estava um pouco eufórico. – voltei a olhar para ele e uma coisa me chamou muito a atenção: os olhos dele estavam brilhando.
- Não acredito que você estava eufórico só porque iria entrar em um pub? – essas palavras saíram de minha boca antes mesmo que eu as pudesse conte-las. Ele me olhou profundamente como se estivesse avaliando se seria necessário responder. Por fim sorriu e os brilhos nos seus olhos acentuaram.
- Digamos que não só pelo fato de entrar em um pub, mas porque depois de tanto tempo tinha voltado. – falou olhando ao redor – Já tinha ate esquecido o cheiro dessa cidade. O barulho. A temperatura. – levantei as sobrancelhas um pouco duvidosa de que uma cidade poderia conter tudo isso. Pra mim Londres só é Londres, nada mais. Como se estivesse lido minha mente ou visto minha expressão ele colocou. – Às vezes Granger, quando ficamos muito tempo distante de um lugar que adoramos ate mesmo de uma pessoa de que sentimentos grande carinho, passamos a perceber que algumas pequenas coisas fazem muita falta. Que outras possuem seus aromas, uma temperatura quase palpável. Ou seja, saudade.
A lembrança da minha cama veio a aminha mente e rapidamente percebi o que ele queria dizer. Após um bom tempo longe de casa, dos amigos, da minha família em busca das almas de Voldemort o que sentia mais saudade era do cheiro de meus pais, dos meus livros e principalmente da textura de minha cama. Também percebi que tinha uma coisa que havia sumido das minhas cobertas, da minha antiga casa, mas que estava guardada na lembrança, era o cheiro de Rony. Isso com toda a certeza nunca esqueceria.
- Hei Granger?! – perguntou ele balançando a mão na minha frente.
- Quê? – perguntei desconfiada.
- Queria saber se ainda esta nesse mundo? – falou sorrindo. Dobramos a esquina.
- Sim! Desculpe... Só estava tentando entender o que você estava dizendo. – ele sorriu e eu o acompanhei.
- Claro. Você também passou um tempo longe das coisas que gosta, não? – perguntou, olhando d esgoela para mim. Balancei a cabeça afirmando. – E do que você sentiu mais falta.
- Por que você quer saber? – perguntei hesitante.
- Curiosidade. – falou sem interesse. Hesitei mais um pouco por fim respondi.
- De minha cama. – falei um pouco constrangida o que o fez rir.
- Perguntei do que mais sentiu saudade e não do que se acostumou. – falou com um sorriso de lado brincando em seu rosto, os olhos semi-cerrados pelo vento que fazia sendo que esse também brincava com seus cabelos os fazendo ficar revoltos. O deixando ate um pouco charmoso.
- Acredite. Senti saudade de minha cama, do cheiro dela, o meu cheiro, a textura da sua colcha de algodão branca que mamãe sempre escolhia para colocar quando eu voltava de Hogwarts. – nem percebi quando ele baixou a cabeça interessado na rua que pisava ou nos seus pés, não sei dizer, por que as lembranças daquele tempo tão saudoso invadiram minha cabeça e ate pude sentir o cheiro que minha cama na casa de meus pais exalava.
- Quando eu voltava para casa nas férias de verão eu nunca encontrava ninguém. - rapidamente minha atenção se voltou para Malfoy. Não acreditava que estava falando da família e ainda para mim. Meu interesse aumentou consideravelmente. - Meus pais mandavam alguém ir me buscar na plataforma. E quando chegava a casa não encontrava ninguém e passava o dia todo arrumando minhas coisas ou quebrando outras.
Não sabia o que falar apenas fiz como ele, abaixei o olhar refletindo sobre o que havia acabado de ouvir. Saíra tudo muito amargo, como se fosse um grande sacrifício para ele falar sobre aquilo, no entanto não deixei de notar que os seus punhos estavam fechados e seu maxilar estava rígido. A raiva parecia emanar do corpo dele.
- Malfoy? – ele nem ao menos me olhou, mas continuei – Por que você voltou a Londres? – ele me encarou de uma forma decisiva.
- Por que encontrei uma boa desculpa. – o olhei contrariada – Chegamos! – acompanhei seu olhar e dei cara com a fachada do tal restaurante que mais parecia um solar mesmo. – Agora sim Granger, vamos nos divertir. Espero que goste de comida francesa. – falou se aproximando da entrando com um sorriso enorme no rosto fazendo com que um segurança que estava à porta a abrisse para nos. Não mexi um músculo por ter ficado desnorteada com a sua mudança de humor. A pouco se ele pudesse lançaria qualquer maldição imperdoável em alguém que cruzasse seu caminho e agora ele me sorria com grande satisfação como se estivesse ganho na loteria. Depois a louca sou eu por ficar batendo papo com minha consciência. – Vamos logo. – falou me tirando desse perturbação me indicando a porta.
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Estava acontecendo como havia imaginado. Não que eu estivesse tentando agradá-la, mas escolher um restaurante francês sabendo que a Granger a alguns anos visitou a França foi mais uma forma de fazê-la falar. E não deu outra. Desde o momento que entramos no restaurante ela não parou de falar. Ficou maravilhada com um enorme quadro da Torre Eiffel que havia na recepção e não tardou em me contar como, quando e “porquê” haviam construído tal torre, aproveitando toda a minha possível ignorância em relação à cultura francesa. Porém não deixava de me alfinetar com comentários tipo: “Ah! Esqueci que você não gosta de sangues-ruins” ou “Esta vendo como os trouxas são legais também?” ou então “Essa sua falta de habilidade para entender as coisas me surpreende Draco Malfoy” e outras mais que mencionavam eu sendo pertencente de uma família rica nunca tenha ido a Franca. Se eu soubesse que ela iria ficar tão cheia de si havia escolhido um restaurante de culinária brasileira. Mas ela que me aguarde. Ficou ainda mais maravilhada quando soube que não entendo nada de francês, na verdade se sentiu extremamente convencida ao fazer nossos pedidos pedindo um bom vinho pelo o que percebi naquela língua que todo mundo fala fazendo biquinho. E como ela ficou bonitinha fazendo biquinho. Queira Mérlim que essa irritante sabe-tudo não seja legilimente.
Um homem calvo um pouco roliço se aproximou de nos enrolando um sotaque francês de quinta que não me convenceu nenhum pouco para pegar nosso pedidos.
- Duvido muito que esse cara seja francês mesmo. – falei para Granger por cima da mesa lançando olhares duvidosos para a nuca do homem quando ele se afastou.
- Não ligo! Mas espero que isso não influência em nada no que servem aqui. – falou a Granger indiferente.
- Vejo que você é das minhas. – completei sorrindo ela fez o mesmo balançando a cabeça negativamente olhando para os lados.
Nosso jantar entrou e foi-se, ao som de violinos e com a Granger contando tudo que sabia sobre a França e não tardou em pedi nossas sobremesas se exibindo o máximo possível. Primeiro ela me explicou alguns nomes que estavam no cardápio e ao perceber que tudo ou quase tudo parecia uma mistura de doce com salgado apenas escolhi um mousse de chocolate e ela pediu um tal de crème brûlée. Fosse o que fosse soava bem e ela parecia gostar muito.
- Também houve a Guerra dos sete anos quando a Franca...
- Por favor, Granger... – falei me aproximando mais da mesa apoiando meus cotovelos na mesma - Eu sei que você esta se divertindo mais do que imaginaria em um jantar comigo por estar falando de uma coisa que você sabe muito, mas, por favor, já estou cansado de ouvir a história dos trouxas franceses. – ela pareceu murchar – Não que não tenha sido interessante no começo, mas já chega esta bem? Não quero ouvir mais nada sobre as conquistas ou cultura francesa por hoje, na verdade por um bom tempo.
- Desculpe... Acho que me empolguei. – falou ao mesmo tempo um pouco contrariada e muito desconcertada.
- Você se empolgou muito na verdade. – se era possível ela murchou mais ainda, porém, era visível a contrariedade naquele rosto. - Não sei como o Potter ou o Weasley te agüentavam. Mais parecia o Binns falando.
- Na verdade, eles não me agüentavam... mas... éramos, ou melhor, somos amigos e bem... eles compreendiam – Granger mexia em um guardanapo que estava o lado do espaço vazio que seu prato ocupava outrora, como se fosse o item mais importante naquele momento. – mas falar que eu parecia o Binns falando já é demais! – falou colocando toda uma irritação na voz que não estava ali segundos antes.
- Talvez haja uma diferença sim. A de que você esta viva e ele morto! – coloquei como se fosse o mais obvio, na verdade era. Ela sorriu e eu a acompanhei.
- Bom. Desculpe se eu me tornei uma chata... – eu arqueei as sobrancelhas – Pra você eu sou uma chata, mas desculpe se passei dos limites. Mas conhecer a França foi como um sonho sabe, que ainda não passou o desejo de lembrá-lo sempre e sempre. – terminou com um olhar sonhador fitando o guardanapo que ainda mexia com bastante interesse, um sorriso sincero brincava em seus lábios.
- Ta bom Granger! Foi mal se fui um pouco mais grosseiro...
- Não, não, tudo bem! E já ta bom né? – cerrei os olhos sem entender ao que ela se referia de estar bom. Levantando os olhos para mim explicou. – Já é bastante estranho estar aqui com você dividindo um jantar e ainda mais agora com isso de ficarmos nos desculpando como se fossemos... – mas ela parou, na verdade congelou. Foi desligada, com se alguém a tivesse tirado de algum plug. Notei que ela havia ficado vermelha e já ia perguntar com o que éramos parecidos quando o garçom se aproximou de nossa mesa deixando as sobremesas. A Granger começou a comer a sua com grande afinco, não demoraria nada para que ela já pedisse outra.
- Como se fossemos o quê Granger? – perguntei.
- Nada, Malfoy! Esquece. – falou mexendo sua colher no ar que acabou pingando um pouco de creme em sua blusa e seu rosto que rapidamente limpou com o guardanapo.
- Ah Granger coe? Sinto muito lhe dizer, mas sou extremamente curioso nas coisas em que sou envolvido. Então por favor, como se fossemos o quê? – falei descansando minha colher na taça de mousse e cruzando os braços na frente do corpo demonstrando que não descansaria ate que ela falasse.
Granger ficou um tempo olhando ao redor e mexendo em seu creme por fim disse:
- Como se fossemos amigos Malfoy. Pronto! Satisfeito? – falou em um tom cansado.
- Ah! Pensa que me engana Granger? – falei tão alto que as pessoas que estavam ao nosso redor viraram as cabeças em nossa direção interessados
- Malfoy! Controle-se! – A Granger falou tão baixo cheia de vergonha olhando ao redor logo em seguida.
- Não era isso que você queria dizer, por que se fosse não teria feito esse drama todo. – falei me apoiando na mesa.
- Francamente Malfoy...
- Diz logo. Como se fossemos o quê? Vai Granger fala.
- Já disse!
- Não acredito!
- O que você achava que era o senhor das verdades? – o rosto da Granger, apesar da voz baixa que mantinha apenas pelo fato de estarmos em um lugar público, havia tingido um tom de vermelho alarmante.
- Como se fossemos... hum... namorados?
As palavras saíram de minha boca mais amargas do que havia pesado. O rosto da Granger automaticamente passou de vermelho para branco e de novo para vermelho. No entanto ela me pegou de surpresa quando soltou uma gargalhada estridente que sobressaltou as pessoas ao nosso redor. E ficou ali rindo e apontando para mim como se eu estivesse acabado de contra que iria me eleger para Miss bruxa inglesa, ou coisa do tipo. Por fim parou de rir tão inesperadamente como começara.
- Pirou Malfoy?
- Eu que pergunto: você é louca ou o quê? Começar a rir assim do nada...?
- Não foi do nada, mas sim dessa piada muito da engraçada que contou. – cortou ela me fuzilando com os olhos.
- Ah Granger! Vai dizer que não era nisso que você pensou...?
- Claro que não o estúpido!
- Não me ofenda que não estou lhe ofendendo...
- Me chamar de mentirosa é o quê? – perguntou alterando um pouco a voz.
Mesmo com o nosso esforço para manter a voz em um nível menor do que o adequado era impossível não notar que varias pessoas olhava interessadas para um casal que parecia estar se divertindo e que agora estava quase se engalfinhando por cima da mesa, isso sem contar com os cochichos que eram audivelmente ouvidos.
- Mas se você esta mentindo queres o quê?
- Eu não menti! – e levantou-se da cadeira indo à direção do que parecia ser o banheiro pisando firme forte me fazendo voltar a minha posição anterior.
Mas que mulher nervosinha! Gárgulas galopantes! O que tinha tudo para ser um dos meus piores jantares se tornou o mais horrível de todos. Perdi todo o apetite em relação a esse mousse e olha que sou um fanático por chocolate, mataria para conseguir uma barra desse nécta dos deuses...
- Poderrmos ajudarr-lo em algum coisa senhorra? – perguntou um cara um pouco calvo trajando uma roupa típica de político trouxa que apareceu de algum lugar ao meu lado.
- Você é Francês mesmo? – perguntei não ligando para a pergunta que fizera.
- Oui! – confirmou com a cabeça.
- Não acredito. – ele arqueou a sobrancelha. – na verdade já fui a França varias e varias vezes. Claro que a moça que esta comigo não sabe. E você esta longe de ter cara d Francês. – ele abriu a boca para falar, porém não permiti. – No entanto, não, você não pode me ajudar. – disse sem me importar se estaria ou não ofendendo o senhor a minha frente que com certeza deve ter lançando um olhar irritado senão de desprezo para mim. Porém, antes mesmo que ele virasse as costas para mim o chamei lhe para fazer um pedido. Recebendo um sim, como resposta, não demorei a por minha imaginação para funcionar quando a Granger chegasse.
Alguns minutos se passaram e minha paciência já estava nos limites, porém não me deixei levar por esses rompantes ao imaginar que a Granger poderia ter ido embora, pois sua bolsa continuava no mesmo lugar que deixara ao chegarmos. Em um canto da mesa.
Por fim minha querida financiadora voltou do banheiro um pouco pálida.
- Você esta bem Granger? – perguntei um pouco preocupado.
- Podemos ir embora? – pediu ela calmamente.
- Você não respondeu minha pergunta. – inquire.
- Sim, Malfoy, estou ótima. Agora podemos ir? – era perceptível que ela estava controlando a voz para parecer mais calma possível.
- Mas agora que a noite esta começando! – falei sorrindo cinicamente. Ele respirou profundamente de olhos fechados.
- Malfoy, você mudou os planos esta bem. Você entrou naquele pub sendo que aquilo não era combinado, bebeu, ouviu a musica que você queria. – abriu os olhos – Viemos para o restaurante francês que você escolheu, se esbaldou saboreando o que há de melhor em comida francesa, ok. E agora a única coisa que lhe peço é que...
Mas o que ela queria tanto pedir não pude ouvir mesmo sabendo do que se tratava, pois um trio de violonistas que outrora ocupavam lugar junto com seu quarto integrante num conjunto de cordas se aproximou de nos, por trás da Granger a fazendo calar quando percebeu a presença deles virando-se imediatamente para o trio.
- Isso é para você... querida! – falei em um tom romanticamente sarcástico fazendo Granger se virar para mim, pude ver em seus olhos que se ela pudesse me lançar uma maldição imperdoável ali naquele momento eu já estaria fazendo companhia ao Voldemort em qualquer lugar que fosse.
- Obrigada! Mas... não precisava... querido! – sua voz saiu sobrecarregada de desprezo.
Acho que por respeito aos violonistas, ela se mostrou bastante interessada na apresentação do grupo sempre sorrindo e lançando olhares para mim mortificantes. Por fim ao receber uma única rosa vermelha do velho francês de quinta em uma bandeja e esse falar que éramos um casou muito bonito e que a paixão era visível em nossos olhos ela se virou para mim com o mesmo semblante de desprezo pegou sua bolsa tirando de dentro sua carteira pegou algumas notas em dinheiro trouxa e passando-as para mim por cima da mesa de forma imperceptível:
- Não é nada cavalheiro uma mulher pagar a conta. Mas se tratando de uma aposta se abrem as exceções. No entanto não vou fazer você passar essa vergonha. Pague o jantar e se o dinheiro não der contribuía com o seu. Boa noite! – fechou a bolsa – Ah! Não espere carona e muito menos beijinhos. Querido. - levantando-se rápido da cadeira pegou a rosa com a outra mão livre e saiu pisando firme.
Balançando a cabeça negativamente chamei mudamente pelo garçom lhe pedindo a conta, instantes depois ele voltara segurando uma espécie de pasta de couro contendo a conta que não fora tão alta como imaginei, mas que o dinheiro trouxa que a Granger me passou não pode cobrir dessa forma tive que ajudar com alguns outros euros. Deixei a pasta sobre a mesa e sai. Na recepção o mesmo velho francês de quinta me intercepta sorrindo:
- Oui! Como forra a Noite Senhorra? Esperro que ótima...
- Nossa! Foi perfeita! – falei sarcástico esperando que o velho tenha entendido a perfeição da noite.
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Andando ainda respirando profundamente como se tivesse corrido uma imensa distância faço o mesmo caminho que outrora fiz em direção ao restaurante, mas que agora faço em direção ao meu carro. Juro por Deus que se as próximas noites forem parecidas com essa volto a morar com meus pais, ou melhor, aceito a outra proposta do Malfoy de entregar-lhe de mãos beijadas meu cargo no St. Mungus. “Vai desistir tão fácil assim amiga?” Não se meta! “Pensei que você iria dar uma chance ao gatão loiro” Pensou errada sua consciência’zinha de uma figa! Já disse para não se meter. “Calma, oh estressada!” Arg!
Por que a coisas se tornaram tão difíceis heim? Não que eu esteja querendo voltar nos tempos de Hogwarts, mas pelo menos as coisas não pareciam tão difíceis. Não estou falando da caça quase interminável das almas de Voldemort, mas quando somos jovens nosso problemas são igualmente novos. Como disse minha mãe uma vez: quanto mais velhos ficamos maiores ficam nossos problemas. E isso é a mais pura verdade. Por que quando o que mais queremos é paz e sossego isso não chega e ao contrario, chega coisa muito pior? Por exemplo, ter a vida tumultuada por uma pessoa que odiamos desde o momento que batemos os olhos uma na outra e ter que aturar essa pessoa como se ela fosse intima, por que querendo ou não, você precisa dela de alguma forma. E o que mais preciso de Malfoy e saber o motivo por ter voltado a Londres.
Mas o que aquela lesma albina pensa que é me chamando de mentirosa? Idiota! Pervertido! Arg! Que ódio! Acelero os passos pisando o mais forte que os meus saltos permitiam dobrando a esquina e...
- Aaaiiiii!!! – com a velocidade que estava caiu de lado no chão ao mesmo tempo em decorrência do meu maldito salta que acaba de quebrar fazendo com que uma dor enorme, igual dor de dente, invadisse meu tornozelo e lágrimas cerrarem meus olhos. Filho de uma rapariga escrota! Ai! Gárgulas galopantes! Era só o que faltava! Arg...!
- A madame precisa de ajuda? – escuto uma voz vinda do alto e ao olhar dou de cara com dois homens mal encarados me avaliando como se eu fosse uma presa prestes a ser devorada, ou melhor, assaltada.
Com todo o esforço que conseguir reunir tirei minha sandália do pé machucado sem desafivelá-la e com igual esforço me pus de pé após pegar minha bolsa do chão. – Estou bem obrigada. – respondi forçando um sorriso para que parecesse verdadeiro, no entanto o nervosismo se apossara do meu corpo. Era só o que me faltava ser assaltada justamente hoje.
Ao perceber que os homens de alguma forma haviam fechado a minha passagem em direção ao carro soltando sorrisinhos esnobes e maliciosos volto ao caminho do restaurante ainda sorrindo de gratidão, porém senti que estava sendo seguida. “Varinha nem pensar Hermione. Você não que se enrolar com a lei bruxa.” Pensei.
Ao olhar para trás e vendo que os homens estavam acelerando o passo, mexendo em alguma coisa dentro dos blusões de time de basquete que usavam, fiz o mesmo, no entanto estando com uma sandália de salto fino em um pé e o outro com o tornozelo danificado ficou um bocado impossível. Um turbilhão de coisas estava passando pela minha cabeça quando mais uma vez olhei para traz e vi alguma coisa prateada saindo do blusão quando sinto braços fortes fecharem sobre meu corpo e um cheiro cítrico invadir minhas narinas.
- Algum problema Hermione? – perguntou ele me abraçando com mais força com a intenção de me proteger.
Olhei para cima e o rosto branco e pontudo de Draco Malfoy se fez presente encarando desafiador os dois homens, no entanto como minha intenção de sair daqueles braços altamente protetores era mínima me deixei ficar ali olhando de relance para os dois homens que estancaram ao ver o homem me abraçando e que agora se distanciavam sorrindo maliciosos.
- Deu sorte madame! – falou o mais baixo dos dois fazendo um gesto obsceno com as mãos. Fechei os olhos.
Não sei quanto tempo ainda ficamos ali parados no meio daquela calçada, mas foi tempo o suficiente para que meu corpo parasse de tremer como gelatina, meu coração desacelerasse, minha cabeça parasse de rodar, minha respiração regular e a dor no meu tornozelo ressurgir com mais intensidade.
- Vamos Hermi... Granger vou levá-la para casa. – ouvi sua voz de um ponto em cima de minha cabeça e apenas confirmei. – Consegue andar? – perguntou se afastando um pouco de mim para olhar meu pé.
- Não sei. – minha voz saiu como um sussurro. No mesmo momento tentei tocar o chão com o pé e comprimi os olhos, pois a dor foi cruciante. Meu tornozelo... acho que quebrei.
- Claro que quebraria usando um salto daquele tamanho e espessura. – falou ele sorrindo.
- Que me segurei ao máximo para não enfiá-lo no meio da sua testa no restaurante. – o sorriso dele sumiu.
- Olha que deixo você sozinha aqui de novo irritadinha. Mas tenho certeza que não quebrou, pois se tivesse você estaria chorando de dor. – falou me olhando nos olhos e só nesse momento que percebi o quando estávamos próximos.
Foi como um choque. Senti uma carga elétrica percorrer meu corpo me fazendo soltar aquele homem imediatamente só que nesse meio instante desequilibrei e mais uma vez pude sentir as mãos dele fechares por minha cintura impedindo um tombo bem bonitinho.
- Calma Granger! – falou ela me puxando para mais perto. - Agora sua louca se segura em mim que vou desafivelar essa arma que vocês mulheres chama de sandálias altas. – Não pude conter o sorriso e fiz o que ele falou.
Ajoelhou-se na minha frente fazendo com que eu me apoiasse nos seus ombros e começou a desafivelar minha sandália. Se não fosse pela dor que estava sentindo e a constante lembrança de quase ser assaltada seria uma cena ate que engraçada. – Quem diria que Draco Malfoy um sonserino puro se ajoelharia diante uma grifonoriana.
- Olha que te deixo aqui Granger. – falou com uma voz seria, no entanto sua ameaça foi pro espaço quando ele levantou com um dos seus sorrisos cínicos para mim. – Pronto! Agora fica um pouco mais fácil andar descalça do com que com isso no pé.
Nunca imaginei que o Malfoy fosse tão prestativo. Ou era isso ou ele estava de alguma forma tentando se desculpar do que aconteceu no restaurante. Ou nenhuma das duas coisas. Ele pegou um lado de minha sandália que eu segurava – Que pé pequeno! - e minha bolsa com uma mão com a outra fazia pegou meu braço esquerdo passando por cima de seu ombro e com a mesma mão que segurava minhas coisas fechou com firmeza em minha cintura.
- Para casa ou para um pronto socorro?
- Para o carro Malfoy. Esqueceu que somos bruxos que posso dar um jeito nisso aqui rapidinho. – falei fazendo uma careta de dor e sendo quase guindada por ele.
- Você que manda doutora. – mais uma vez o sorriso cínico.
Foi bem devagar a nossa caminhada ate o carro. Três vezes Malfoy pediu para que parássemos alguns segundos para que ele pudesse endireitar a costa pelo fato de que, como sou mais baixa que ele, ele teve que se curvar um pouco para poder me apoiar com firmeza nos braços. Por fim atravessamos a rua em frente ao pub e ele me escorou no carro me entregando minhas coisas que segurava enquanto, mais uma vez, esticava sua costa. Peguei as chaves de dentro de minha bolsa, apertei o alarme, abri o carro e escorreguei para dentro com mais uma careta de dor.
- Esta doendo muito? – perguntou se apoiando a porta do carro eu concenti com um aceno de cabeça. – Faça uma...
- Eu sei o que fazer Malfoy. Uma porção para desinchar. Da mesma forma muito obrigada. – agradeci sinceramente mesmo não achando que ele tenha feito uma grande coisa.
- Olha só! A Granger me agradecendo. – Malfoy cruzou os braços na frente do corpo sorrindo.
- Digamos que seja uma troca de favores. Ajudei-lhe com o nariz. – apontei para seu nariz enquanto tentava mexer o tornozelo. – E você me ajudou a chegar ao carro. Pronto, não devemos mais nada um para o outro.
- Engano seu Granger. Você ainda me deve seis jantares. – revirei os olhos nas órbitas soltando um bufo de exasperação. – E tem mais uma coisa...
- O Quê Malfoy? – perguntei fazendo meus ombros caírem exausta já.
- Como você vai conseguir dirigir com esse pé?
Pegou-me de surpresa. Não estava contando com uma coisa tão obvia dessas. Estava tão preocupada em não deixar o meu carro e aparatar que acabei esquecendo ou sei lá o quê que seria impossível dirigir com um pé desses. Uma solução para esse inconveniente passou pela minha cabeça, mas nem me dei ao trabalho de aprofundá-la ou externalizá-la, no entanto ao olhar para Malfoy percebi pelo sorriso cínico que ele havia pensado na mesma coisa que eu.
- Vai Granger passa pro outro banco...
- O quê? – dei um grito histérico
- Não enrola Granger. Deixa que eu a levo em casa...
- Mas dirigindo meu carro? – perguntei assustada.
- Não! Levando ele na cabeça...
- É uma idéia bem melhor. – falei consentindo freneticamente com a cabeça– Mas você dirigi carros?
- Claro! Se não, não estaria me oferecendo para levá-la de carro para casa. – pode se sentir irritação na voz dele.
- Desde quando? – perguntei interessada.
- Desde quando o quê Granger? – perguntou cansado.
- Você dirigi...
- Desde que foi necessário. Agora passa pro outro banco Granger. – mandou ele com um tom de voz serio e cansado.
- Não! Eu preso minha vida e meu carro Malfoy. – agora foi à vez de ele virar os olhos nas órbitas.
- Então crie raízes ai! – e saiu andando.
Não teve como não pensar nos dois homens que a pouco tentaram me assaltar e me vendo naquele carro sozinha e altamente indefesa, tirando que possuía uma varinha mágica dentro da bolsa que não ousaria usar, estava sozinha. Que droga! – Malfoy, Volta aqui! – gritei – Ah! Que susto! – exclamei ao vê-lo surgir na minha frente do nada o que indicava que ele apenas se escondeu na lateral do carro fingindo ir embora.
- Sabia que o medo falaria mais alto. – brincou ele sorrindo presunçoso. – Agora... passa pro outro banco Granger. – soltando um bufo de exasperação infelizmente fiz o que ele pediu.
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“I’m bringin’ sexy back
Them other boys don’t know how to act
…”
- Desliga isso Malfoy.
- Mas por quê? Eu quero ouvir...
- Mas eu não quero...
- Então tampe os ouvidos ou conjure uma bolha anti-sonora...
- Malfoy, você só esta dirigindo o meu carro por que eu estou debilitada, mas isso não quer dizer que pode mandar nele.
- Granger, quem ta no volante? – ela ficou calada – Pois é! Eu! Então eu mando no carro. – falei o obvio – Se eu quiser ir para a esquerda, eu vou para a esquerda. – virei o volante com tudo para a esquerda fazendo a Granger arfar – E se quiser ir para a direita... – da mesma forma dobrei para direita. Ela soltou um gritinho abafado pela mão que tampava a boca. – Se eu quiser acelerar, eu acelero. – comprimi um pouco o pé no acelerador fazendo o carro aumentar a sua velocidade consideravelmente. Os olhos da Granger mais pareciam pires de tão grandes de tanto susto e medo. – Se eu não quiser parar no farol vermelho eu...
- Você não está louco! – disse ao mesmo tempo em que num rompante segurou meu braço esquerdo.
- Realmente. Eu não sou louco. – falei sorrindo ao parar no farol vermelho que abriu instantes depois. – Mas também não sou normal! – e arranquei com o carro cantando pneu.
- Ai! Caramba! Você vai nos matar! - Choramingou ela encolhendo no banco.
- Você vai morrer antes por que não vive situações intensas. – falei serio e sarcástico ao mesmo tempo.
- Já vive situações intensas demais para uma pessoa que só tem 24 anos...
- Eu também. – não foi minha intenção, mas minha voz saiu bem mais amarga que desejava. Quem gosta de lembrar do seu passado obscuro? – Mas... não é por isso que vou deixar de querer mais. – coloquei ao perceber, pelo canto do olho, que ele me olhava com o cenho franzido logo em seguida revirou os olhos nas órbitas.
- Então procure por situações intensas longe de mim...
- Você não vive! – sentencie dobrando uma esquina.
- E o que o levou a chegar a essa maravilhosa conclusão sobre mim? – perguntou virando-se para mim no banco.
- Seu comportamento... – paramos em um sinal e olhei para ela. – Sua dedicação ao hospital...
- Claro! É o meu trabalho! – interrompeu.
- Nesses três dias percebi que você sempre usa a mesma roupa o mesmo penteado. Surpreendeu-me que não tenha vindo ao nosso encontro usando o jaleco verde e o cabelo preso! Empolgou-se com o restaurante francês...
- Nada do que as pessoas já tenham falado. – falou com desdém. – Não é por que eu não fico falando da minha vida por ai que quer dizer que não vivo. Não saio. Não me relaciono com as pessoas. Que... sinal verde. – apontou para o sinal verde que acabara de abrir nos fazendo continuar rumo ao nosso destino.
- Pode ser Granger. Mas você não tem cara de quem curte a noite...
- Eu não curto a noite. – mais uma vez o desdém. – Eu gosto de sair como todo mundo gosta. Eu também sou humana. Vou pra bares, restaurantes, cinema, teatro, pubs... Divirto-me na medida do possível...
- Então é quase uma missão impossível você se divertir. – brinquei. – Viva a vida Granger ela é como se fosse um teatro. Tem que rir... se alegrar, curtir cada minuto, antes que as cortinas se fechem e a peça termine sem aplausos...
- Charles Chaplin! – sentenciou com o mesmo ar de sabe-tudo de sempre.
- Exatamente. – concordei - Sim! Aonde você se esconde?
- Nothing Hill. 5° rua. Número 106. – falou prontamente olhando as edificações borradas enquanto passávamos. Alguma coisa estalou na minha cabeça.
- É... Onde você mora? – perguntei hesitando. Não era possível.
- Em uma casa, quero dizer, apartamento. – não havia emoção na voz dela.
- Hum... – a apreensão estava invadindo cada célula de meu corpo. – Há alguma praça na frente do seu apartamento, há?
- Sim... – ela virou para mim com um ar de compreensão. – Como você sabe que tem uma praça na frente do meu prédio?
Sorri descrente ao mesmo tempo em que um monte de coisa passava pela minha cabeça. Não era possível. Justamente quando encontro um lugar para morar tem que ser no mesmo lugar que a Granger mora. Era muito para ser verdade!
- Sim, Malfoy?
- Digamos que sou algum tipo de vidente.
- Há! Por favor, Malfoy. Não enrole! Como você sabe disso, heim? – o interesse que ela possuía em relação à conversa anteriormente havia completamente sumido. Era quase palpável.
- Ouvi você falando com Maire. – menti. No entanto ela ficou me observando, avaliando. Havia uma ruga em sua testa. Feche sua mente! Feche sua mente Malfoy. Ela sorriu.
- Eu não estava usando legilimência em você Malfoy.
- E quem disse que eu estava fechando minha mente para você? – perguntei cinicamente ao mesmo tempo em que tentava esconder um pouco de apreensão.
- Seu comportamento. – um sorrisinho afetado e bobo brincava em seus lábios brilhosos, por algum vestígio de batom que ainda havia ali, ao falar virando-se e olhando mais vez pelo vidro da janela.
“ …another day
So I'm telling you, exactly what is on my mind
…”
- Oh Granger! Deixa de ser mala! – falei em um tom irritado, pois mais uma vez ela desligou o aparelho de som.
- Já falei. Não quero ouvir nada. – ela mexeu uma das mãos freneticamente ao falar. – Estou com dor de cabeça.
- Conversa de mulher...
- Me poupe de seus comentários machistas Malfoy.
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Como as ruas de Londres se tornam absurdamente enormes e como demoramos quase uma eternidade para chegar ao nosso destino quando estamos acompanhadas de pessoas indevidas. Mas graças a Mérlim, Finalmente cheguei ao meu destino, acompanhada pelo inevitável, improvável, indevido, inescrupuloso, indiferente e mais todos os ‘ins’ do Malfoy.
Com uma expressão descrente no rosto que me deixava intrigada, Malfoy desceu do carro olhando tudo ao redor enquanto rodeava o carro abrindo logo em seguida à porta me ajudando a sair. Pegou minha bolsa e o meu par de sandálias, oferecendo-me o braço logo me seguida.
- Posso ir sozinha daqui. Nem esta doendo tanto. – falei olhando significativamente para meu pé.
- Faço questão. Ate mesmo por que estou com a esperança de ganhar algum bônus. – Malfoy me olhava de esgoela ainda oferecendo o braço.
- QUÊ? – me alterei.
- Calma Granger! Estou falando de dinheiro, euro, galeão. Você que sabe! – respondeu cinicamente.
- Aff! Sabia que esse Draco Malfoy prestativo não duraria mais de uma noite...
- Nossa! Pensei que a sua idéia sobre mim girava em torno de eu pensar somente em meu lucro próprio. – disse cruzando os braços em frente ao corpo.
- E o que lhe faz pensar que mudei de idéia? – perguntei. – Só que bem... Milagres acontecem. Mas no seu caso...
- Não acredito em milagres! – sentenciou mais irritado do que a situação pedia. – Já que você não deseja mais minha companhia. Boa noite Granger. Ate amanha no trabalho.
Pegou minha mão que não ajudava a me apoiar no carro com certa violência empurrando da mesma forma minha bolsa e meu sapato nela, logo em seguida virando-se em passo firmes para ir embora. Já não era sem tempo. Ser estranhamente irritado. Aceitar a ajuda do Malfoy para ir ao meu apartamento? Ora francamente. “Ora francamente digo eu! Que tipo de pessoa você é heim? Que não dar uma nova oportunidade para uma pessoa que sofreu como vocês na guerra mesmo ela sendo um crápula no passado?” Calma! Deu-me ate dor de cabeça agora! Minha mãe nunca falou assim comigo...
- Hei Malfoy, calma! Não era minha intenção de te deixar irritado...
- Irritado?! – falou virando-se para mim com o rosto comprimido de raiva. – Quem está irritado aqui? – arqueei as sobrancelhas respondendo a sua pergunta. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, no entanto fechou de novo. – Foi mal! – resmungou.
- Você não sabe como vai ser um sacrifício pra mim, mas... Eu ainda aceito a sua ajuda para me deixar no meu apartamento. – falei de uma forma convincente e segura o fazendo arregalar os olhos de surpresa.
Sorrindo ele se aproximou de mim pegando minha bolsa e sandálias oferecendo mais uma vez o braço. – A partir de hoje vou acreditar em milagres. – Não conseguir esconder o riso. Ele lançou um olhar surpreso para o prédio que apontei como sendo o meu.
Entramos no prédio passando pela portaria onde Bem, escondido atrás do balcão, nos deu boa noite, um pouco aflito pelo meu estado debilitado, olhando significativamente para Malfoy, sendo que esse fingiu que nada acontecia, apenas acenando com a cabeça para Bem. Esperamos alguns minutos ate que o elevador aparecesse. Entramos no elevador que rangendo chegou ao terceiro andar. Ele soltou um bufo de exasperação que entendi como sendo um de irritação. Aquilo tudo com certeza estava o cansando já. Mas quem mandou se oferecer para ajudar uma mulher com o tornozelo machucado. Malfoy me levando com cuidado a todo o momento perguntava se meu tornozelo estava doendo e eu negava.
- Pelo menos não esta mais tão vermelho também. – falou ao afastar as grades de ferro do elevador.
- É Parece que sim. – falei sentindo que Malfoy tinha apertado com um pouco mais de força minha cintura para me segurar melhor e quase me guindando me levou ate meu apartamento.
- Chegamos...
- Esse é o seu apartamento? – perguntou um tanto surpreso. Uma ruga se formava no meio de sua testa.
- É sim por quê?
No entanto, Malfoy não pode responder, pois a porta em frente a minha abriu revelando Susan trajando calça de moletom, uma camisa de um time de quadribol brasileiro se não me engano e chinelos. Malfoy a olhou dos pés a cabeça, prestando maior atenção no emblema do time que era uma onça pintada de aspecto feroz segurando com as patas um pomo de ouro. Malfoy rapidamente olhou para mim surpreso.
- Oi Susan, boa noite! – saudei.
- Noite Mione! O que houve com o seu pé? – perguntou ela olhando significativamente para meu pé.
- Ah! Não foi nada. Apenas o salto que quebrou...
- Você conhece as onças voadoras da Amazônia? – perguntou Malfoy intrigado me interrompendo olhando do rosto de Susan para sua camisa.
- Conheço! Pela minha irmã conhece. Ela é que é a bruxa da família. – respondeu Susan sorrindo. – Você é bruxo?
- Ah, sim! Susan esse é Draco Malfoy. Malfoy essa é Susan Mendonça. – apresentei a dupla, sendo que dessa forma Malfoy se precipitou em direção a Susan, que continuava perto da porta sem realmente fecha-la, beijando-lhe o rosto. Susan fez o mesmo. – Ela é Brasileira Malfoy.
- Serio? – perguntou ele parecendo muito mais impressionado e contente. – De que região. Estado? Ah! Sou bruxo sim!
- Sou sim. Sou paraense, região norte. – a empolgação que esses dois exalavam estava me dando vertigem ao mesmo tempo em que meu tornozelo voltou a gritar de dor. – Você não tem cara de que é brasileiro.
- Interessante! Mas não sou brasileiro, sou inglês mesmo. – colocou Malfoy interessado naquela conversa que eu fui deixada de fora. – Mas morei alguns anos lá. Excelente país.
- Verdade...
- Você não me contou que tinha uma amiga brasileira Granger. – sentenciou Malfoy olhando para mim. Olha perceberam que eu ainda estou aqui!
- Me esqueci...
- Vocês se conheceram onde? – perguntou Susan encostando-se no batente da porta cruzando os braços na frente do corpo. Droga! Quando ela faz isso quer dizer que pretende conversar ate que Voldemort diga chega!
- Em Hogwarts. – respondemos em uníssono. Malfoy virou-se para mim e sorrindo.
- Bem! – falei um pouco mais alto do que pretendia, pois havia percebido que Susan falaria algo e, sinceramente, eu não estava com muita disposição para conversar. – Vou entrar. Tenho que ver esse tornozelo ainda.
- Ah! Claro! – disse Susan parecendo desertar de um transe. – Bom... Ouvi um barulho e pensei que você poderia precisar de alguma coisa. Mas... Bem... Acho que não! – colocou ao lançar um olhar cínico para Malfoy e para mim. O que ela ta pensando já? - Bom! Boa noite! Vemos-nos por ai Sr. Malfoy...
- Claro! Com toda a certeza. – e mais uma vez Malfoy se adiantou a ela lhe depositando dois beijinhos nos rosto.
Esperei Susan sumir pela porta de seu apartamento, me direcionando a Malfoy falei: Bom! Obrigada por tudo Malfoy! – ela me lançou um olhar descrente estendo-me a mão que segurava minha bolsa e minhas sandálias que as peguei. – Sério! Ate que você foi bem prestativo hoje. – sorriu mexendo em alguma coisa no bolso interno de seu blasé. – Bom! Ate amanha no hospital.
- Acho que não tão tarde Granger. – tirou de dentro do blasé uma chave amostrando para mim. Franzi o cenho sem compreender. Ele se dirigiu ate a porta ao lado da minha. – É Granger! Digamos que encontrei um lugar para morar. E advinha onde?
- Nam! Não me diga que...
- É Granger, agora somos vizinhos. – colocou a chave dentro da fechadura girou-a e a porta abriu. – Boa Noite, vizinha! – e sumiu pela porta me deixando sozinha no correndo com o imenso desejo de que tudo aquilo fosse apenas uma brincadeira de muito mal gosto.
- Ah Não! O Malfoy não!
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BOm! Gente é isso!!!
Os trechos de musicas que coloquei no capitulo são: Sexy Back Do Justim Timberlake e Stick you das meninas do The pussycat's dolls... respecitivamente!
Seguinte, como não sei por onde anda minha beta Marcele, com certeza curtindo as ferias dela, esse cap não foi betado, então, peço desculpas se voces escontraram erros bizzaros, pois eu não kis betar, keria logo postar o cap. pq amanha vou viajar e sei lá qndo volto.
Bom gente é isso!!
Vamos aos Comentes:
Anna Fletcher (pode deixar moça que visito sua fic sim!),Lady Caos e Marcele Bezerra: valeu moças que sempre comentam... é muito importante para mim os coments d vcs...
Avaleu as pessoas que leêm minha fic + ñ comentam.... adoro vcs
tbm... sei que vcs estão ai.. viu!!!
b-juss gente e mais uma vez dsculpa pela demora e... boas ferias!
*nOx*
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