A estadia na Toca
Harry estava começando a se preocupar. Já havia passado das 5 da tarde e nem sinal dos Weasley.
Sabia que mais cedo ou mais tarde iriam chegar, mas a ansiedade era tão grande que temia passar
mais algumas horas com os Dursley.
Então, quando já estava sentado na poltrona da sala, um forte estampido ecoou pelo cômodo, como
acontecera na casa da sra.Figg, assustando Tio Válter que aguardava a ida de Harry.
Um senhor, com poucos fios de cabelo ruivo-flamejante, trajando uma capa preta um pouco
desgastada, apareceu perto da lareira.
- Senhor Weasley! - Harry se levantou rapidamente caminhando até o sr.Weasley para um forte
abraço.
- Opa! Olá Harry, tudo pronto?! - O bruxo correspondeu o breve abraço e foi em direção ao malão
do garoto no qual carregaria.
Tio Válter soltou um estranho gemido, o que pareceu para Harry uma recomposição do susto tomado
anteriormente com a inesperada aparição do sr.Weasley no meio da sala de estar. O sr.Weasley por
sua vez, que não tinha notado sua presença, deviou-se de sua rota.
- Muito boa tarde! - falou um sr.Weasley sorridente.
- Boa tarde - respondeu Tio Válter com má vontade.
- Espero que aproveite bem suas férias - alongou a conversa sr.Weasley falando com
sinceridade.
Tio Válter assentiu com a cabeça. Harry sabia que, por mais educado que o sr.Weasley fosse, seu
tio o trataria como uma aberração, respondendo simples e grosso. O sr.Weasley retomou seu caminho
e carregou o malão.
- Muito bem Harry! Eu trouxe um saco com um pouco de pó-de-flu. Assim você poderá ir para a Toca
sem problemas. Eu vou me adiantando em deixar seu malão. Estou cheio de documentos no Ministério
pra analisar. Se Fred e Jorge não estivessem muito ocupados com a loja, eles viriam buscá-lo. - O
sr.Weasley pegou a Firebolt e a gaiola de Edwiges das mãos de Harry - Depois conversamos, até
mais ver!
O sr Weasley colocou o saquinho na mão de Harry e desaparatou logo em seguida. Prontamente Harry
foi para a lareira.
- O que vai fazer muleque? - engasgou Tio Válter.
- Vou usar a lareira. Ainda não posso aparatar e desap...
- EU NÃO QUERO SABER O QUE VOCÊ PODE OU NÃO PODE FAZER - bufou Tio Válter que não entendeu uma
palavra que Harry pronunciou.
- Desculpe - falou Harry aborrecido. Encheu a mão de pó-de-flu e jogou na lareira. Esta, começou
a exalar chamas verdes, era agora.- A TOCA - gritou Harry.
Seus pés saíram do chão e ele começou a girar. Já estava acostumado com a viagem via pó-de-flu,
mantinha os braços colados ao corpo. Estava um pouco tonto, mas podia ver as entradas das outras
lareiras, quando foi "expulso" daquele percurso caindo de bruços no chão de uma sala. Estava
coberto de cinzas, inclusive seus óculos.
Harry tirou os óculos e começou a limpá-lo na jeans, mas só piorava a situação.
- Ah, me dá isso aqui! - Harry parou. Era Hermione. Ele não acreditou, Hermione... Ouviu-na
esfregando os óculos em algo para limpá-los. Sua vista estava muito embaçada.
Harry tratou de se limpar também, quando sentiu seus óculos sendo colocados de volta no rosto.
Agora que podia enxergar viu como Hermione estava radiante.
- Harry! Ah Harry, estava com saudades, você não sabe como! - Hermione o abraçou com força e
Harry retribuiu.
- Eu também Mione, muita saudade - Harry fechou os olhos e continuou abraçando forte a
amiga.
- Posso interromper essa cena romântica? - Rony vinha descendo as escadas tortas da Toca com o
boné do Chudley Cannons que ganhara de Harry certa ocasião, colocado para trás
- Rony!! - Harry cumprimentou Rony e percebeu que ele estava mais alto, os cabelos mais ruivos que
nunca e menos desengonçado."Deve ser o quadribol".
- Cara, era pra eu te buscar. Mas só o papai ficou disponível e ele tinha compromisso... Então
ele passou na casa da Mione e depois na sua.
- Entendo. Relaxa Rony, alguma novidade por aqui? - Harry estava realmente feliz com seu retorno
a Toca. Olhava para todos os detalhes da casa e, localizou o famoso relógio dos Weasley. O
ponteiro da sra.Weasley indicava trabalho.
- Nenhuma... Só que agora eu posso usar o espaço do quarto do Percy. Vou colocar umas coisas
minhas lá - sorriu Rony com entusiasmo.
- O Percy ainda não fez as pazes com seu pai?!
- Mais ou menos... O Percy é orgulhoso. Papai descobriu que ele descolou um quarto no Caldeirão
Furado. Não acredito que ele volte pra cá. Melhor pra mim! Imagino como o Percy está
insuportável.
- Ah Rony, não fala assim dele! - Hermione se contrapos - tudo bem, ele é um pouquinho ambicioso
e...
- Corta essa Mione! Ninguém atura o Percy... Nem você! - complementou Rony ao ver Hermione abrir
a boca para falar alguma coisa.
- Rony, onde sua mãe está trabalhando? - Harry mudou logo de assunto. Era incrível como Rony e
Hermione tinham a capacidade de brigar por tudo.
- Ela está ajudando o papai. Como ele anda prestando mais serviços à Ordem, Dumbledore conseguiu
convencer o Fudge a deixá-la no lugar dele arquivando dados quando é preciso.
- O Fudge sabe da Ordem??? - perguntou Harry assustado.
- Não né Harry? O Dumbledore tem as formas de ajeitar as coisas! - interrompeu Mione - Gente vou
procurar Bichento. Ele saiu de manhã e não voltou até agora. Estou ficando preocupada.
- Quer ajuda não, Mione? - perguntou Rony.
- Não Rony, obrigada, isso é rápido.
Hermione saiu para os jardins gritando por Bichento. Harry se virou para falar com Rony, mas ele
estava com o olhar perdido. Harry ficou calado. Quando Rony voltou a si, convidou-o para ir no
seu quarto.
O laranja-vivo do uniforme do Chudley, continuava predominando no quarto. Os mesmos pôsteres
estavam ali e o quarto aparentava estar mais bagunçado que o de Harry. Do lado da cama de Rony,
Harry reconheceu seu malão.
- E aí cara, os trouxas te abusaram muito?
- Nem, só meu tio que ficou um pouco mais agressivo que o normal. Acho que ele não gostou quando
Olho-Tonto falou pra me tratarem bem.
- Não sei como você ainda aguenta eles.- Rony balançou a cabeça - Tá afim de um treinozinho de
Quadribol?!
- Não precisava perguntar! - Harry logo estava com sua Firebolt em mãos esperando Rony na subida
da escada.
"Ele está demorando" pensou se encostando na parede. Nessa hora, ouviu a porta bater." Acho que
vou fazer uma brincadeirinha com a Mione".
Harry desceu os degraus que faltavam e se escondeu em uma das fendas da parede. Quando viu a
sombra da garota se aproximando colocou o pé e a viu cair. Começou a gritar triunfante:
- Aaah Mione! Te peguei!
Harry ouviu a garota resmungar baixinho e, quando voltou os olhos mais atentamente se deparou com
Gina.
- Gina!! Gina, me desculpa, eu estava tentando fazer uma brincadeira com a Mione. Não foi minha
intenç...
- Tudo bem Harry - disse Gina se esforçando pra levantar.
- Deixa que eu ajudo, segura minha mão... - quando Harry a levantou e ficaram cara a cara , o seu
coração disparou. Mas por que?? Ele tentava se controlar e buscar uma solução para isso. Ele
mediu Gina com os olhos. Ela parecia a mesma, mas dentro dele, ela estava linda.
Harry passou uns poucos segundos encarando Gina, mas percebeu que estava fazendo um papel idiota
e resolveu puxar conversa.
- É...é, e aí Gina, tudo bom?! - Harry gaguejava. Estava nocauteado. Lembrou quando estava afim
de Cho. Sentia a mesma coisa, seu estômago revirava e ele não sabia o que falar. Tinha que tomar
cuidado com as palavras. Gina não podia perceber que aquela encarada a pouco tempo atrás mexera
tanto com ele.
- Sim, tirando o tombo que eu levei agora - Gina sorriu.
- Sinto muito mais uma vez... - Harry olhou pra seus pés sentindo-se corar.
- Veja pelo lado bom Harry. Eu salvei a Mione!
Os dois riram. Mas foi por um breve momento. Harry ouviu o barulho de Rony descendo as escadas e
se apressou em perguntar:
- Quer jogar Quadribol com a gente Gina?
- Se vocês permitirem...
- Claro! Te esperamos lá no campo.
- O.k!! - Gina piscou para Harry e saiu correndo pra buscar a velha vassoura de
Quadribol.
- Bora cara! Mal a demora, eu esqueci onde estava a Cleansweep - falou Rony ficando tão vermelho
quanto os cabelos.
"Ele continua o mesmo" Harry riu com a atitude de Rony. Os dois saíram para o campo. O céu estava
azul e o sol não estava tão quente como costumava ficar, o que os favorecia pra um treino
perfeito. O espaço era o suficiente para jogarem, as copas das árvores os protegiam de qualquer
visão trouxa.Harry olhou ao seu redor.
- Rony... Como vamos treinar sem as bolas?? - indagou Harry confuso.
- Ah é! Esqueci! - Rony saiu de onde estavam deixando Harry plantado no chão. Entrou na mata que
protegia o campo e logo voltou com um baú.
Rony abriu o baú e lá se encontravam a Goles, os Balaços, cuidadosamente presos com cintos de
couro de dragão e o pomo de ouro, protegido por uma placa de vidro inquebrável para não
escapulir.
- Fred e Jorge compraram pra gente jogar nas férias. Não dá pra guardar em casa, o porque você
sabe né? Quando mamãe começa com os ataques dela sai jogando tudo fora. - Rony tirou a Goles do
baú e deu a Harry - Vamos começar com você atacando e eu defendendo. Eu estou me aperfeiçoando
bastante Harry! Você não vai precisar me tirar do time nessa temporada.
Harry sorriu amarelo. Percebeu desde que chegara na Toca, que Rony estava treinando Quadribol nas
férias. E por mais que não se esforçasse nas férias, Harry não teria coragem de tirar o amigo do
time. Primeiro por ter dado a vitória para a Grifinória no Quadribol ano passado. E segundo por
ele ser seu melhor amigo.
Estava mais preocupado consigo. Apesar de ter o talento de apanhador nas veias, precisava treinar
ou ficaria fora de forma. Harry e Rony deram impulsos nas vassouras antes de ganharem
altura
- Manda Harry! - gritou Rony batendo as mãos, uma na outra.
Harry se concentrou e colocou toda a sua força na bola, que vôou rápido e Rony a pegou.
- Muito bom Harry! - falou Rony jogando a Goles pra mais uma tentativa de Harry.
- Ei Harry! Você não vai querer se humilhar pra o goleirão da família!
O coração de Harry disparou mais uma vez. Era Gina. Ela deu impulso na sua vassoura e subiu até
ele.
- Deixa que eu faço gols no Rony pra você. - pegou a Goles de um jeito gentil das mãos de Harry
deixando-o encabulado. - Prepara Rony! Olha o que uma artilheira sabe fazer!!
Harry, Rony e Gina ficaram ali jogando até beirar meia noite. Apesar da insistência da
sra.Weasley que havia chegado do Ministério e do olhar reprovador de Hermione que já tinha
encontrado Bichento, nada os tirou do clima de jogo.
Os três caminharam enlameados em direção à Toca. Quando chegaram na porta dos fundos, Rony
lembrou que tinha deixado o baú no meio do campo. Resmungou algo do tipo "Os gêmeos vão me matar"
e saiu correndo. Enquanto isso, Harry acompanhou Gina até a cozinha, se sentando na mesa de
refeição. Observou todos os movimentos da garota. Será que estava apaixonado por ela?? Não, não
podia ser.
- Ei Harry, aceita? Feijõezinhos de todos os sabores. Papai trouxe pra gente ontem do Beco
Diagonal. - Gina estendeu o pacotinho.
- Sim, obrigado Gina. - Harry encheu um pouco uma das mãos e levou-a para si, comendo um de cada
vez. Queria encontrar um assunto para conversar, mas não encontrava nada. - Ah, Gina... Você sabe
quando nós vamos pro Largo Grimmauld?
- No Domingo eu acho... Deve ser difícil pra você não é Harry? - continuou Gina sentando-se ao
seu lado.
- Difícil? - perguntou Harry.
- Sim.. Voltar para aquele lugar depois de tudo que aconteceu. Sinceramente eu ficaria
arrasada...
- Bem... O Largo Grimmauld me trás lembranças boas...e, e ruins eu sei. Eu não posso ficar com
esse bloqueio pro resto da minha vida. Ainda há muito o que enfrentar - Harry abaixou os olhos e
continuou comendo os feijõezinhos pensativo. Gina tocara na sua ferida. Realmente devia se
conformar com a morte de Sirius. Se culpar não iria trazê-lo de volta. O importante era o futuro
naquele momento. Se tinha algo sobre Sirius que queria guardar para si, eram os momentos que
passaram juntos desde que descobriu que ele era seu padrinho.
- Você é forte Harry... - Harry sentiu um calor tomar seu corpo, que ficou mais intenso quando
Gina começou a alisar sua mão.
Harry ouviu passos até ele, mas estava de costas. Sentiu Gina tirar as mãos dela da sua
rapidamente e quando a olhou viu-na corar furiosamente.
- Mas Harry... Por que não me contou que estava namorando a Gina?? - Era Rony. Harry se levantou
e o viu sorrir maliciosamente.
- Eu não estou namorando a Gina, Rony. - falou Harry frio. Nem ele sabia porque estava falando
naquele tom. Talvez a vontade de esconder o que estava sentindo, era maior do que
confessá-la.
- Harry, não esconda! Eu vi tudo!A Gina alisando sua mão e você tremendo os pés.
Harry engoliu seco.
- Rony, você me viu abraçado com a Mione quando chegou na sala. O que te levou a não pensar o
mesmo?
Rony corou de leve. Desta vez Harry ganhara no argumentou e se sentiu feliz por isso. Desejou boa
noite e subiu até o quarto. Apesar de enlameado, só colocou o pijama e se deitou. Não podia se
apaixonar por Gina, poderia deixá-la em perigo. Fechou os olhos e reviveu o momento em que Gina
alisava suas mãos. Que sensação estranha.
***
Enquanto isso, na cozinha:
- Por que ele levou tão a sério?? - perguntou Rony a Gina.
- Tenho certeza que também faria o mesmo se te vissem nessa situação e pensassem algo
parecido.
- Não sei Gina... Tenho a impressão que o Harry está gostando de você. Desde que eu o vi
conversando com você na escada, ele mudou o jeito dele. O Harry antigo não teria tido certas
reações...
- Ah Rony para! Que besteira que você está pensando. O Harry não está gostando de mim, ele só é
um amigo.
- E por que você estava segurando a mão dele daquele jeito?? - indagou Rony.
- Ah... sei lá Rony. Foi impulso. - Gina corou de leve com a colocação de Rony.
- Deixa o Dino saber desses seus impulsos... Também vou dormir. - Rony deu um beijo na testa de
Gina e subiu deixando-a na cozinha.
Gina continuou comendo os feijõezinhos que restavam. Na verdade não estava com vontade de ir pra
cama. Perguntava-se se ainda gostava do Harry. Quando o reviu, sentiu algo reacender no seu
coração. Talvez já estivesse acostumada com isso porque o Rony não percebeu nada de diferente
nela.
***
Harry se viu novamente na sala da AD conversando com seus amigos. Todos checavam a hora. Era
época de Natal, e agora eles só se veriam no final do recesso. Harry foi para a porta e cada
membro que saía lhe desejava feliz natal. Harry olhou para Cho. Ela estava tão linda... Para a
surpresa de Harry, Cho dispensou a amiga. Esta passou pela porta sem desejar feliz natal. Depois
de arrumarem suas almofadas, Rony e Hermione também se levantaram. Cochicharam algo que Harry não
conseguiu ouvir, passaram por ele e Hermione lhe lançou um sorrisinho rebelde, ou foi essa a
impressão que tivera.
Só faltava Cho sair. Ela se demorou para levantar. Ajeitou a longa trança. Harry que a observava,
sentiu seu estômago revirar e seu rosto corar. Harry encarou o chão. Sentiu-na caminhar até ele.
Seu coração batia forte. Quando levantou a cabeça, não encontrou mais Cho e sim Gina. "Gina??" se
perguntou Harry. Ela caminhava até ele. Seu coração disparou furiosamente. Foi chegando mais
perto... mais perto...
- Harry... Harry querido. - Harry abriu os olhos com um pouco de dificuldade e colocou os
óculos.
- Sra. Weasley! Bom dia.. - Agora que Harry estava realmente confuso. No começo das férias
sonhara com a Cho. Agora a Gina estava no lugar da Cho?? Afinal o que ele estava
sentindo??
- Bom dia querido! - disse a sra.Weasley dobrando a colcha da cama de Rony.
- Cadê o Rony?
- Ah querido, ele foi tomar café. Tentou te acordar mas você não abria os olhos de jeito nenhum!-
respondeu com seu ar maternal.
- Ótimo... Vou descer então o.k?
Harry desceu ainda de pijama verde listrado, com cara de sono e os cabelos impressionantemente
arrepiados, parecendo que saiu de uma guerra. À mesa, se encontravam o Sr.Weasley, Fred, Jorge,
Lino Jordan, Hermione e Rony.
- Bom dia Harry! - falaram os gêmeos em uníssono levantando-se e conduzindo Harry a uma cadeira
entre eles.
- Bom dia Fred. 'Dia Jorge.
- Precisamos falar com você em particular depois. - cochichou Fred quando Harry se sentou ao seu
lado.
- É Harry! E temos umas mercadorias em teste. Precisamos de um favorzinho seu! E é por isso que o
Lino está aqui. - sussurrou Jorge no outro ouvido de Harry.
- Se vocês estão pensando que o Harry vai contrabandear suas invenções pra escola, podem
esquecer! - repreendeu Hermione que por sinal, estava ouvindo a conversa.
- Hermione, não é um contrabando! Tratam-se de negócios. E o Harry é nosso sócio, não é Harry? -
pressionou Jorge.
- C-claro! - concordou Harry para a infelicidade de Hermione. Realmente achava divertido as
invenções dos gêmeos. - Você não vai me denunciar né Mione?!
Hermione fez uma cara feia e se concentrou em terminar sua xícara de leite. Harry olhou todos à
mesa. Onde estava Gina?
- Cadê a Gina? - Harry perguntou. Viu Rony e Hermione trocarem olhares furtivos e abafarem
risinhos, mas ignorou. Provavelmente antes de Harry descer pro café, Rony comentara a cena da
noite anterior com Hermione.
- A Gina ainda está dormindo. Molly encontrou ela aqui embaixo madrugando ontem, pelo que Molly me contou, não
conseguia dormir. - respondeu o sr.Weasley - Bem, está na minha hora. Meninos, avisem a sua mãe
que fui pro escritório.
- O.K - responderam todos juntos.
O sr.Weasley desaparatou deixando os garotos e Hermione à mesa. Harry estava mais uma vez
mergulhado em seus pensamentos. Nesse momento reparou em Rony. Ele estava com o olhar perdido. Não
era a primeira vez que Harry vira isso. Agora que percebeu. Rony estava olhando Mione com o canto
dos olhos com um certo interesse.
Não, Harry só podia estar imaginando coisas. Rony estava gostando da Mione? Tudo bem que ele
mostrara indícios certas vezes, mas depois, para Harry, era só um ciúme bobo. Ele nunca tomou
iniciativa da questão... Mas quem sabe agora? Harry olhou pra Hermione. Ela realmente havia
crescido e estava muito mais bonita.
Deu um sorrisinho discreto e divertido e se preocupou em comer seu sanduíche. Se Rony queria
mexer no seu ponto fraco, garotas, também faria o mesmo com ele.
Antes dos gêmeos voltarem ao Beco Diagonal para trabalhar, chamaram Harry para uma
reunião.
- Vamos Harry! A gente não tem muito tempo! - Fred apressou o passo de Harry para entrar no quarto
dos gêmeos antes de trancar a porta.
Harry passou o olho pelo o quarto dos gêmeos. Era realmente um lugar interessante. Nas
pratileiras, eles tinham diversos objetos guardados em garrafas de vidro. De um lado, poções que
exalavam bolhas coloridas, do outro 1 caldeirão que aparentava ser o lugar onde fabricavam os
produtos. O quarto tinha um tom azul escuro e apesar dos gêmeos serem desastrados, estava tudo
arrumado. Em uma das camas, Lino e Jorge terminaram de escrever uma lista de produtos.
- Então, o que eu posso fazer por vocês? - iniciou a conversa, olhando de Fred pra Jorge e depois pra Lino.
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