Quarto dia



Depois de quase ter sido morto pelo espírito da Lily-má, eu sai do salão comunal e fui para as aulas normais, já esperando a detenção da noite.

É, é mesmo né, detenção hoje... Eu já estou ficando seriamente de saco cheio de detenção... Fala sério!

Duas vezes por semana é mais do que qualquer ser humano agüenta e suporta. E eu sou humano, pelo menos até onde me consta.

- Hey James – Sirius disse correndo atrás de mim.

- Diga... – Eu apenas respondi, sem nem virar pra trás.

- Ô, olha pra mim! – Ele falou.

- Diga Sirius sou todo ouvidos pra você. – Eu parei de andar e fiquei olhando pra ele.

- Viu só com olhar pra mim não te mata? – Ele riu. – Seguinte Jim, McGonnagal disse que é pra você não se esquecer que você é escravo dela hoje.

- Ah, que coisa linda, você me para no meio do MEU caminho pra me dizer que eu sou escravo de McGonnagal de noite, sendo que eu já lembro disso todo o santo dia da minha ilustre vida! – Eu quase gritei.

- Hehehee – Ele riu, bem retardado, sabe como é? – Então né, você também sabe que faz tempo que a gente não toca nada né, e eu estou ficando desesperadamente desesperado por falta de tocar alguma coisa.

- E eu com isso? – Eu disse segurando o riso ao ver a boca dele se abrir e ficar aberta por um tempo enquanto ele me olhava, absorvendo cada coisa que eu tinha dito.

- Você tem problema, Potter? – Ele perguntou, parando com s mãos na cintura.

- Não, mas você deve ter algum pra estar parado com a mão na cintura desse jeito, hein ‘amoure’? – Eu respondi tentando imitar ele. – Acho que não dá, eu não levo jeito pra isso...

- Se quiser eu te ensino, você tem cara de quem aprende rápido. – Ele falou.

- Engraçado. – Eu respondi fingindo uma risada beem sem graça. – Ms sobre esse negócio de ir tocar, é sério mesmo?

- Claro A gente não toca nada desde a festa da Audrey. – Sirius disse bocejando.

- Concordo com o Padfoot. – Remus disse chegando por trás de nós e cutucando o Sirius para sair do caminho.

- Concorda como que, lupino? – Sirius falou terminando o bocejo com um quase grito e uma guinada pro lado que doeu em mim. – Você sabe que eu odeio cócegas.

- Concordo que faz tempo que não tocamos nada e eu preciso tocar alguma coisa. – Remus disse.

- Mas eu vi vocês tocando esses dias. – Eu disse.

- Não, não tocamos não. – Peter falou, juntando-se o Clube do Bolinha. – Aquele dia nós apenas tocamos...

- Não demos nosso show. – Remus completou.

- Ah, então vocês estão falando DO SHOW no salão comunal? – Eu entendi. Que legal né? É raro quando eu entendo logo de ‘primeira’ assim.

- Isso mesmo, veadito. – Sirius piscou.

- Veado é... – Eu não vou terminar essa frase em respeito à minhas queridas leitoras, mas pra constar eu terminei.

- Então, quando ô boneca estressada? – Pete perguntou.

- Uh, a boneca ta estressada... – Remus disse fazendo uma voz de apresentador de rádio trouxa.

- QUANDO, antes que eu realmente fique estressado. – Eu disse.

- Uuhhhhh! – Eles fizeram um coro, fazendo todo mundo olhar pra gente.

Ah, a gente estava andando né, então, agora nós já estamos no do salão, tomando café da manhã, e todos estão olhando. Lindo né?

Praticidade é meu outro nome.

E essa foi umas das coisas mais ridícula que eu já falei, se vocês puderem fazer o favor de esquecer que eu disse isso e simplesmente continuar a ler, fico agradecido.

- O que vocês vão fazer hoje? – Perguntei.

- Você quer dizer fora ficar enfornado dentro dessa escola sem ter nada mais a fazer além de ficar escutando um monte de gente sem graça tentar me ensinar coisas difíceis demais pra minha capacidade mental? – Peter perguntou olhando pro céu mágico, que estava feio, cinza e... Feio.

- É, além disso. – Eu falei.

- Nada. – Coro de novo.

- Vem cá, vocês andaram ensaiando a capacidade que vocês tem de falar juntos e agora estão apresentando pra mim? – Eu ri.

- Então... – Sirius em ignorou. Cavalo. – Quando?

- Hoje? – Remus sugeriu.

- Não, hoje não. – Eu falei.

- Ele é escravo na Minnie hoje. – Sirius completou por mim, com a boca cheia de torradas.

- Obrigada Sirius.

- De nada ‘glaca’ – Ele disse rindo e mostrando o conteúdo da boca, que não foi nada agradável então eu não preciso descrever, preciso?

- Certo, glaca.

- Hey, vocês perceberem que o Peter é o único solteiro aqui? – Remus disse. Peter se afogou.

- Nossa Remus, isso me faz tão bem! – Ele disse com a voz ainda fraca.

- Pior que é. – Sirius continuou.

- Eu sou solteiro – Eu levantei minha mão, chamando atenção de algumas garotas perto de mim, que ficaram olhando e dando risadinhas. – Mas não estou procurando ninguém, muito obrigada.

- Nossa, que fora! – Remus falou alto o bastante para elas escutarem.

- Mas é verdade. Peter, você gosta de alguém? – Eu continuei.

- Não. – Ele disse rápido enchendo a boca de suco.

- Gostaa siiim! – Sirius disse cutucando o garoto.

- É Pete, vai lá, fala com a gente, você não é tããão feio assim pra não gostar de ninguém. – Eu disse.

- Obrigada pelo ‘tããão’. – Ele disse sorrindo falsamente.

- Que tal a Any? – Sirius sugeriu.

- Do sexto ano? – Peter perguntou.

- É, ela está... ALI! – Eu quase gritei apontando pra menina que estava lá do outro lado da mesa.

- É Pete, ela é bonita... – Remus disse. – Que a Audrey não me escute.

- É, cabelo castanho, olhos azuis escuros... Que tal? – Eu perguntei.

- Não, não gosto muito dela, acho... – Peter.

- Ê laia, vai ser mais difícil. – Sirius falou suspirando. – E a Marine?

- Qual? – Eu perguntei.

- Aquela da Corvinal, lembra? – Sirius me disse. – Morena... Olhos mel...

- Ah sei! Ô, Pete, ela é bonita – Eu disse.

- Quem é bonita? – Eu escutei alguém atrás de mim, e senti uma mão delicada no meu ombro.

- Estamos achando um par pro Pete, pode ajudar? – Eu falei sorrindo. E olhando pra cima, encontrando aqueles olhos verdes que me deixavam bobo.

- Hum, vamos ver que eu posso fazer. – Lily disse sorrindo levemente e se afastando.

Ela ficou uns cinco minutos fora. Enquanto isso nós mostramos umas cinco garotas pro Pete e ele não quis nenhuma.

- Ok, Pete, chega, eu desisto, você quer uma deusa! – Sirius disse.

- Hum, Pete? – Lily voltou.

- Eu. – Pete apenas dava risada e continuava a comer.

Ah, mas o Pete não é tão feio assim. Ele tem os olhos castanhos claros, o cabelo meio loiro, não é gordo, nós que exageramos um pouco, ele tem um sorriso bonitinho e é bem gente boa.

- Sabe a Lucy? – Ela disse sentando ao meu lado e pegando uma torrada. Pete estava na nossa frente.

- De onde?

- Da Grifinória mesmo! Acho que ela é do quinto ano... – Ela continuou.

- 15 anos? – Sirius disse.

- E daí, nós temos 17, não 27. – Lily riu. Ela é tão linda... Nem que ela tivesse 27 seria linda do mesmo jeito.

- Não, ser do quinto ano não tem problema. – Peter falou. – Quem é ela?

- Procure ser discreto, eu já falei de você pra ela, e ela gostou de você. – Ela riu. – A Lucy está do lado do grandalhão que é batedor, sabe, o Davis?

- Aham... – Peter olhou pra trás, claro, nós todos olhamos. E fomos muito discretos, obviamente.

- Então?

- Aquela é a Lucy? – Eu perguntei quase gritando.

- É. – Lily riu. – Por que? Interessou? – Senti uma ponta de... Hum, ciúme será?

- Não, mas ela é bonita.

- É, bonita ela é – Lily concordou olhando pro Peter. – Loira com os olhos meio esverdeados. Topa Pete?

- E ela está olhando pra mim... – Peter disse rindo.

- Olha só o Pete, abalando corações. – Claire falou, sentando do outro lado da mesa, do lado do Pete.

- Por que? – Ele perguntou se fazendo de desentendido.

- Acabamos de conversar com a Lucy. – Audrey completou sentando do outro lado do Peter. – Ela está super ansiosa.

- Ansiosa? – Pete disse.

- Bom, Pettigrew, fale de uma vez, topa ela? – Lily perguntou nervosa.

- Sim, sim! Mas por que ela está ansiosa?

- Ótimo, domingo as sete da noite perto do campo de quadribol. – Lily sorriu animada ao meu lado.

- Você... – Peter parecia desesperado. – Você... Você...

- Eu tenho um palpite de que ele quer dizer, cof cof... – Sirius disse pigarreando. – “VOCÊ JÁ TINHA MARCADO SEM NEM FALAR COMIGO”?!

- Ótimo Sirius, ajuda muito... – Pete se enfiou na cadeira, sumindo embaixo da mesa quando todo mundo olhou pro Sirius berrando feito um pato.

- Ah, ela gostou pra caramba de você Pete, e ela é bem bonita, não vi razão pra não marcar nada... – Lily falou tomando o suco e dando uma risadinha por trás do copo.

Então eu fiz uma coisa bem fora do normal: eu fiquei olhando pra ela.

Ah, fala sério... Ela é muito linda. É impossível não gostar dela, é impossível não se apaixonar por ela, não ficar bobo quando ela te olha e dá aquela risada fofa...

Te ver e não te querer é improvável é impossível, te ver e ter que esquecer, insuportável dor incrível!

É, música legal e eu curto esse tipo de musica, por que? Não gosta me compre CD’s novos...




- Vamos Lil? – Perguntei de noite, enquanto estava saindo do salão. Ela deixou o livro no sofá, pegou o casaco e veio correndo atrás de mim.

- Esperaa! – Ela disse chegando do meu lado.

- Então... O que acha que vai ser hoje? – Perguntei no meio do caminho.

- Não tenho a mínima idéia, eu nem sabia que existia tanta coisa pra fazer nessa escola que preenchessem os oito dias de detenção. – Ela riu.

- Prontos? – McGonnagal apareceu do nada na nossa frente. Essa mulher tem coisa...

- Claro professora... – Eu sorri.

- Então ótimo, podem se dirigir à torre de Astronomia, hoje vocês vão limpar os telescópios e arrumar o que deve ser arrumado naquele lugar. – Ela falou. – E tomem cuidado com as lentes, quero vê-las translúcidas.

- Sim senhora, madame dona professora senhora Minerva McGonnagal. – Lily disse fazendo uma reverencia.

- Sem brincadeiras srta Evans. – Ela respondeu, mas dando uma leve risada. – Agora vão, e depois podem ir direto para seus dormitórios.

- Puxa saco. – Murmurei pra Lily quando saímos. Ela me deu um tapa, rindo.




- Nossa, você lembra a causa da detenção? – Cutuquei, só para ver no que vai dar...

Estamos á umas duas horas aqui acho... Pelo menos é o que parece. Não está tão ruim essa.

A única coisa ruim são as lentes dos telescópios. Então terrivelmente sujas e são beeem delicadas e se nós quebrarmos Minerva quebra nossas cara.

- Claro que sim, por que, você esqueceu por acaso? – Ela deu risada, pegando outra lente.

- Impossível... O que te deu naquele dia? – Eu perguntei lembrando da nossa briguinha básica na chuva.

- Ah, eu estava de mau humor porque já tinha brigado com um garoto da Sonserina, e a McGonnagal já tinha me dado uma bronca e eu tinha levado uma bomba em Transfiguração. – Ela falou lembrando.

- Nossa...

- É, te ver foi a gota. – Ela riu.

- Você estava disposta a me matar, não? – Eu dei uma risadinha. E ela deu gargalhadas... – Nossa, às vezes você me assusta.

- Não seja bobo! – Ela riu, jogando o paninho na minha cara.

- Nossa, olha só... – Eu disse levantando a parte de trás da blusa, onde ainda tinha vestígios das unhas dela e uma quase cicatriz de um corte de quando eu caí em cima de alguma coisa pontuda.

- James! – Ela se apavorou, deixou a lente em cima da mesinha, me virou de costas e tocou na cicatriz. Senti um leve arrepio quando ela me tocou. – Que horror! Nossa... Jimmy, desculpa mesmo...

- Não tem problema. Você me chamar de ‘Jimmy’ já vale isso... – Eu sorri abaixando a camisa. Ela sorriu pra mim e... Me abraçou.

Não é uma boa idéia... Ah, deixa pra lá mesmo, eu tenho que aprender a me controlar perto dela.

Ela me abraçou pelo pescoço, teve que ficar na ponta dos pés e eu tive que abaixar um pouco. Dei uma risadinha. Ela me abraçava forte.

- Desculpa por tudo que eu já te disse ou te fiz... – Ela falou com a voz meio chorosa.

- Você está...?

- Ah... – Ela tentou esconder o rosto e rir, mas era claro que estava chorando.

- Por que você está chorando? – Perguntei.

- Por ter sido tão idiota... Ter te odiado tanto por uma coisa que nunca aconteceu. – Ela falou. – Mas eu não quero falar disso.

- Não ligue pro que passou, o que importa é que estamos bem de novo. – Eu sorri, levantando o rosto dela.

- Certo. – Ela deu uma risadinha.

Continuamos por mais uns dez minutos, sem falar nenhuma palavra.

- Então. – Eu me pronunciei. – Acabamos, vamos voltar?

- Ah, deixa eu descansar um pouco... – Ela falou indo perto da janela. – Eu amo esse lugar.

- Por que? – Perguntei indo perto dela.

- Ah, é lindo! – Ela disse abrindo os braços perto da janela. Ventava forte ali e fazia uma noite muito gostosa. – E a noite está linda.

- É, está mesmo. – Então me ocorreu uma coisa. – Hey, quer dar um passeio?

- Passeio? – Ela perguntou com um sorriso meio maroto.

- É. – Eu disse.

- Hum, claro, por que não? – Ela respondeu.

- Accio Nimbus! - Ordenei tirando a varinha do bolso.

- De vassoura? – Ela perguntou assustada.

- Sim, é lindo, você vai amar. – Eu disse.

- Mas... Eu tenho um pouco de medo de vassouras. – Ela disse colocando o cabelo pra trás da orelha e abaixando a cabeça levemente.

- Você vai amar, eu juro. Ou você pode me bater de novo... – Eu sorri.

E a vassoura chegou. Boa menina...

- Sobe. – Eu disse subindo.

- Onde?

- Atrás de mim.

- Sério? – Ela parecia bem assustada.

- Confia em mim Lily, sobe... – Eu disse. Ela subiu bem devagar. – Segure-se em mim.

Eu tomei um impulso e saímos do chão, ela se agarrou na minha cintura, quase me deixando sem respirar. Eu apenas ri para mi mesmo.

Eu amava voar de noite. É uma das melhores coisas do mundo, você sente como se estivesse no melhor lugar que poderia estar...

E eu estou. E com a melhor pessoa que poderia estar.

Aos poucos ela foi diminuindo o aperto na minha cintura, parecendo mais confiante. Escutei que ela ria. Olhei para trás um pouco e vi que ela realmente sorria muito.

- Está gostando? – Perguntei.

- É maravilhoso Jim! – Ela falou em meio ao riso.

- Segure-se. – Eu disse.

Acelerei a vassoura e dei uma girada rápida para o outro lado. Ela deu um grito e voltou a se agarrar em mim. Eu sentia sua respiração no meu pescoço e suas mãos segurando minha cintura forte de novo.

Senti um leve arrepio e acho que não foi pelo frio.

Levantei a vassoura, diminuindo a velocidade e indo para o lado do lago. Ela continuava bem perto de mim.

Sobrevoamos por cima do lago, bem perto dele. Eu olhei e vi nosso reflexo, ela também olhou, sorriu para mim...

Ainda abraçada, ela encostou a cabeça nas minhas costas e fechou os olhos. Eu levantei a cabeça, sorrindo.

Eu poderia ficar aqui para sempre...




Nhaai, eu achei tão munitinhuuu essa parte final! *-*
Obrigada a todos os coments ok?
Um dia eu respondo...

Só espero não demorar tanto quanto na Ops.. mass!
Comentem!
POR FAVOR

C O M E N T E M !

;**

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