o beijo



Capitulo 9= o beijo.
Nynne ficou três dias na Ala Hospitalar até se recuperar do baque que havia levado, assim que saiu procurou a professora McGonagall para falar sobre o enterro de Krum.
—Professora, posso entrar?
— Sim, meu anjo entre.
— Obrigado.
Nynne entrou e sentou-se numa cadeira muito confortável, olhou ao redor e se lembrou que, foi naquela sala, que começou seu ultimo fim de semana com Krum.
— Professora, vim falar do enterro de Vítor.
— O enterro dele já aconteceu.
— E ninguém me avisou nada?
— Você estava em choque.
— Eu queria velá-lo e enterrá-lo.
— Você não podia ir para a Bulgária do jeito que você estava.
— Onde ele foi velado?
— No campo.
— E onde foi enterrado?
— No mesmo cemitério que seus avós.
— Quando vou poder visitar o túmulo?
— Nas férias de natal.
— Estou com saudades.
— Eu lastimo muito, vocês pareciam se gostar muito.
— Não parecíamos, nos gostávamos.
— Eu sei.
— Angels eu quero que você disponha do tempo necessário para você se recuperar.
— Eu já estou melhor, já posso voltar as aulas.
— Se você quer assim, que assim seja.
— Professora, com licença, tenho que me retirar pois tenho que falar com algumas pessoas.
— Tudo bem, minha querida, se precisar, me procure.
— Obrigado professora.
Nynne saiu sem derramar uma lágrima sequer, embora ainda lembrasse de Krum.
Nynne foi direto para a casa falar com Harry, precisavam esclarecer a questão dos encontros noturnos.
Ela entrou na sala Comunal e viu Harry sentado com Mione e Rony, assim que a viu, abriu um sorriso que foi retribuído.
— Olá gente— disse Nynne—, posso falar com você Harry?
— Claro.
— Será que pode ser na casa dos gritos?
— Claro que sim, venha.
Harry pegou a mão da menina e saiu correndo com ela pelos corredores afora, indo diretamente ao Salgueiro Lutador.
Harry tocou num ponto do salgueiro e ele ficou imóvel até que eles passassem pela entrada da casa.
— Pode falar.
— Harry, quero esclarecer a questão dos nossos encontros.
— Eu entendo que não queira continuar com eles.
— Harry, eu acho melhor não, quero me recuperar do baque que levei, daqui a algum tempo podemos continuar com eles e assumir o que sentimos para todos.
— Eu esperarei o tempo que for preciso.
— Agora eu tenho que ir porque tenho que falar com o Draco.
Nynne deu um beijo rápido na boca de Harry e saiu a procura de Malfoy, seu outro pretendente.
— Draco eu quero muito falar com você, tem um minuto pra mim?
— Pra você eu tenho a vida toda.
Eles foram a sala Precisa, Nynne também tinha recordações de Krum lá.
— Sou todo ouvidos.
— Quero lhe agradecer e te confessar uma coisa.
— Não precisa me agradecer, tudo o que faço é porque eu te adoro. Mas o que você quer confessar?
— Eu tenho que lhe dizer que... que...
— Você está me deixando ansioso.
— Eu tenho que lhe dizer que... o que é isso no seu pulso?
Draco passou a mão pelos cabelos deixando a mostra sua Marca Negra.
— Isso é... isso é...
— A Marca Negra.
— Não, não é não.
— É sim.
— Não é.
— Acalme se, não vou me afastar de você por causa... por causa... por causa de seu ...
— Não fale disso com ninguém, por favor Nynne.
— Não falarei. Quando foi que você...?
— Ano passado.
— Doeu?
— Um pouco.
— Seus pais sabem?
— Eles também têm.
— Você gosta de ser um...?
— Um pouco, só quero alcançar poder.
— Há outras maneiras de se alcançar o poder além dessa.
— Queria que fosse do jeito mais fácil.
— E mais desonesto.
— Não me recrimine, você não.
— Você já matou?
— Não tive coragem.
— Quem você iria matar?
— Dumbledore.
— Foi o snape quem o matou, no seu lugar.
— Você vai se afastar de mim, eu sei que vai.
— Não vou porque eu te am... te adoro.
— Não vai me dedurar?
— Você escolheu o seu destino, foi a sua escolha, não sou ninguém para lhe dizer o certo e o errado.
— Obrigado.
— Você não tem medo?
— Muito.
— Estou com medo de você.
— Não fique, nunca faria nada com você.
— Mas os outros fariam.
— Eu não os deixaria tocar sequer um dedo em você.
— Você é só um homem, eles são muitos.
— Eu sou um homem apaixonado, isso me faz um homem com a força de vários.
— Nunca pensei que estaria frente a frente a um Comensal.
— Eu sou um Comensal que te ama.
— Mas você... você o que?
— Eu te amo.
— Não brinque com isso.
— Não estou brincando.
— Isso é um jogo?
— Um jogo de amor.
— O que você quer de mim?
— O seu amor, só isso.
— Você já o tem.
— Tenho minhas dúvidas.
— Não posso te provar, tenha a minha palavra.
— Você seria uma Comensal se eu te pedisse?
— Claro que não.
— Eu já esperava.
— Não tenho coragem, só sirvo a um homem.
— Quem?
— Alvo Dumbledore.
— Ele já morreu.
— Não no meu coração.
— Você tem idéia do poder que você pode conseguir?
— Tenho mas não quero Ter poder desse jeito.
— É o jeito mais rápido e mais fácil.
— Prefiro conseguir poder do jeito lento e difícil, não insista.
— Tudo bem.
— Mas mesmo que você seja um Comensal, eu vou te dar uma coisa.
— O qu...
Nynne o beijou sem dar tempo para ele falar nada, o beijou e saiu do chão, o beijo dele era quente, era apimentado e o beijo de Harry era doce, meigo.
— Eu pensei que você e o Potter estavam...
— Estávamos.
— Porque você me beijou?
— Não gostou?
— Foi o melhor beijo da minha vida, só que eu não entendi nada.
— Nem eu, me deu vontade e eu te beijei.
— Se você não tivesse me beijado eu ia te beijar.
— Nossa, eu estou meio zonza.
— Você acabou de beijar um Comensal da Morte, um seguidor do Lorde das Trevas.
— Não me importo.
— Como não?
— Adoro o Draco Malfoy que eu conheci naquele dia no trem, o doce, o meigo, o gentil, o simpático e não o Comensal da Morte.
— Esse que você conheceu naquele dia é o mesmo Malfoy que está aqui na sua frente, quando estou com você eu mudo.
— Eu conheço e amo os seus dois lados: o doce e o Comensal.
— Você tem medo de mim.
— Eu tenho medo do que você pode fazer.
— Não faria nada contra você.
— Mas você dominado pela Maldição Imperius faria.
— Meu coração falaria mais alto.
— Tenho que ir.
— Não vá, fique comigo.
— Eu preciso.
— Quando poderei te ver de novo?
— Você me verá todos os dias.
— Mas quando poderei beijar você?
— Acho que nunca mais.
— Não diga isso, tenho uma varinha dentro do bolso, posso me matar com ela.
— Você não faria...
— Faria, por você eu faria tudo.
— Não quero perder outro amor.
— Então não se afaste de mim ou morrerei de tristeza.
— Isso é chantagem.
— Isso é amor.
— Não posso ficar com você, não posso fazer isso com o Har...
— Com o Potter?
— É.
— Você o ama também?
— Amo.
— É incrível como eu sempre perco pra ele.
— Eu vou embora.
— Não.
— Eu vou.
— Vai me deixar aqui?
— Vou.
— Não faça isso comigo, pelo amor de Deus, pelo amor que você tem a mim, não o faça.
— Não posso ficar aqui com você.
— O ultimo beijo.
— Está bem.
Malfoy a beijou, Nynne sentiu as lágrimas descerem dos olhos dele e molharem seu rosto.
— Não chore.
— Me deixe aqui e vá.
— Não fique com raiva de mim.
— Por mais que eu queira sentir raiva de você, não consigo.
— Não posso continuar com isso, tenho quase certeza de que amo o Harry.
— Você está se contradizendo.
— Eu sei, mas eu sinto uma coisa muito forte por ele.
— E por mim?
— Não sei.
— Você disse que me amava.
— Estou confusa demais para raciocinar.
— Não vá.
— Eu tenho, eu devo, eu quero.
Nynne saiu correndo e Malfoy saiu atrás dela gritando: “Alynne Angels, você será minha de novo, ou eu não me chamo Draco Malfoy!”
Nynne entrou em casa e foi correndo se deitar.
Três horas da manhã, dois homens chorando pelo amor de uma mulher e só um tinha o amor dela, mas não sabia.

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