As Férias de Verão



N.A.: Não adianta, eu não cumpro minhas ameaças... Vou postar o primeiro capítulo assim mesmo, hhauahuahauahua. Leiam! Ah, e se alguém quiser que eu divulgue a fic aqui, é só postar nos comentários!

Capítulo 1: As Férias de Verão

— Ei, Jay! Jay! James Potter!

James Potter despertou subitamente em seu quarto. Acabara de ter um sonho muito esquisito, onde uma voz sussurrante chamava seu nome.

Só que não era um sonho.

— Jay! Jay! Prongs!

James acordou e esfregou os olhos, para em seguida pôr os óculos. Se não soubesse que ele estava à milhas dali, na sua casa no Grimmauld’s Place, podia jurar que era a voz de…

— Padfoot? Você está aqui?

— Não, eu morri e virei um espírito agourento, decidi te atormentar. É lógico que estou aqui, Prongs!

James foi atrás do seu espelho e ouviu um murmúrio impaciente.

— Não no espelho, seu idiota, na janela!

Finalmente, o rapaz abriu a janela e deu de cara com seu melhor amigo, Sirius Black, parado do lado de fora com um malão e carregando nas mãos uma varinha, junto com um ursinho de pelúcia.

— Até que enfim! — exclamou Sirius.

— Não sabia que você tinha o costume de fazer visitinhas a essa hora da madrugada, Six. Eu ia te mandar uma coruja amanhã, por causa de…

— Desculpa cortar teu barato, James, mas eu preciso que você me deixe dormir aí esta noite.

— Claro que eu deixo, mas por quê?

— Eu briguei de novo com a minha mãe.

James suspirou.

— Pela milésima ou pela milésima primeira vez?

— Cala a boca. Dessa vez foi sério.

— Tá. O que aconteceu?

Sirius inspirou fundo, como se estivesse tentando arrumar coragem para falar.

— Andy…

— Quem?

— Andy. Andrômeda, minha prima.

— Ah, tá.

— Então, Andy ia numa festa hoje. Ela estava toda feliz, e estava linda. Só que mamãe começou a desancar ela… Dizer que ela estava feia, que seu vestido estava horrível, que estava muito magra, que parecia um bicho com aquele cabelo… — lentamente, o rosto de Padfoot ficava vermelho. — Até que Andy começou a chorar e desistiu de sair. Daí eu fiquei furioso. E… e…

Sirius olhava para o chão.

— E…?

— E… e eu joguei o meu prato de comida na velha Walburga.

James explodiu em risadas, mas parou imediatamente ao ver a cara de seu amigo.

— Não tem graça.

— Tá certo, tá certo. O que aconteceu depois?…

— Aí que é está o problema. Eu estou, no momento, sem casa pra morar.

Prongs abriu a boca.

— Não vá me dizer que…

— …ela me expulsou de casa — completou Padfoot, olhando para os próprios pés.

Foi só aí que Jay entendeu o quanto era sério o problema de Six.

— Entra aí. Vamos falar com os meus pais.

— Ah… Tem certeza, Prongs? Uma coisa é eles me aceitarem de vez em quando na casa deles, outra muito diferente é me deixarem morar aqui.

— Os velhos são camaradas, eles vão entender. Entra.

— Er… Pela janela fica difícil… — Ele fez uma voz suave. — Você pode
abrir a porta da frente, por favor?

James riu. Aquele era realmente seu amigo Padfoot.

And you know that…
(E você sabe que)
I’ll be at your side
(Eu estarei do seu lado)
There’s no need to worry
(Não precisa se preocupar)
(The Corrs — At Your Side)

¬¬¬

Alguns minutos depois, Prongs e Padfoot faziam uma conferência com os pais do primeiro, Richard e Estelle Potter.

— …E ele não tem para onde ir — completou James, explicando a situação de Sirius para os pais. Este estava muito quieto no sofá.

— Será que não adianta nada irmos falar com a Sra. Black? — perguntou a Sra. Potter.

— Não — disse Sirius rapidamente. — A senhora não conhece minha mãe, Sra. Estelle… Ela não tem coração. Ela não se comove com nada.

— Mas você é o filho dela — disse o Sr. Potter.

— Six tem razão, vocês dois não conhecem os pais dele. Eu já os vi, na estação, quando nos despedimos em King’s Cross. São dois desalmados, de verdade. Quando a Sra. Black viu o Sirius, ela fez uma expressão de repugnância, como se ele fosse um verme ou coisa pior. Ela mete medo na gente.

A intervenção de Prongs foi decisiva.

— Então você pode ficar por aqui mesmo, Sirius — disse o Sr. Potter.

O rapaz ergueu a cabeça, animado.

— Está falando sério, Sr. Potter?

— Claro, rapaz. Você é o melhor amigo do meu filho… Nunca vi Jay gostar tanto de um amigo como gosta de você. Pode ficar por aqui até se arranjar.

No instante seguinte, Sirius se desdobrava em agradecimentos para os dois Potter, que riam.

E, no quarto de James, os dois ficaram conversando até tarde.

— Eu ia te mandar uma coruja no dia seguinte. Ainda bem que você já está aqui, eu ia te convidar pra vir passar as férias conosco do mesmo jeito.

James acendeu a luz e abriu um mapa, estendendo-o sobre a escrivaninha. Sirius se adiantou para espiar.

— O lugar que nós escolhemos para passar as férias é a Ilha Golden — disse Prongs, apontando uma ilhazinha no meio do Atlântico. — É habitada por bruxos e algumas tribos de índios trouxas.

— Wormtail e Moony virão? — perguntou Padfoot.

— Claro. Frank também vem, e ele convidou Queen.

— Você não diz o…

— Pois é, Anthony Queen.

— Que droga, o que é que o Frank tem na cabeça?

— Moony convidou ele pra vir, daí ele disse que só vinha se Queen também viesse.

— Cara, aquele cara é um retardado! — exclamou Padfoot. — Tem cara de retardado, jeito de retardado, se acha o rei do mundo.

— Mas já está convidado, infelizmente. E parece que aceitou o convite.

— Droga. Não creio que vamos ter que aturar aquele imbecil as férias inteiras.

— É, só que eu ainda não te contei a parte boa.

Sirius olhou atentamente para James, e viu que ele estava contendo a excitação.

— Qual é?

— A rede – de magia – do Ministério – não cobre – a Ilha Golden — disse Prongs falando palavra por palavra.

Padfoot abriu a boca.

— Você não está dizendo que a gente vai poder fazer magia à toa?

— Sem ninguém do Ministério pra ver.

— Isso quer dizer…

— …que a gente vai…

— A-PRON-TAR! — exclamaram os dois ao mesmo tempo, rindo muito.

Forever young
(Pra sempre jovem)
I want to be forever young
(Eu quero ser pra sempre jovem)
(Alphaville - Forever Young)

¬¬¬

No dia seguinte, na casa da família MacStorm…

Alice esperava alguma coisa muito ansiosa. Sentada na sala, mexia as pernas para cima e para baixo, mordendo os lábios para não cair na tentação de roer suas unhas que ela tinha feito ontem.

A “coisa” tocou a campainha. Alice deu um pulo e foi atender.

— Lily! — exclamou, vendo a garota ruiva na porta.

— Lee! — sorriu Lily, à porta com seus pais e uma outra garota, esta de cabelos negros, cara de cavalo e um ar irritado.

Lily abraçou sua grande amiga Alice e depois apresentou:

— Esse aqui é meu pai, Jack Evans… essa é a minha mãe, Erica Evans…
E aquela ali é minha irmã Petunia. Pai, mãe, Petunia, essa aqui é minha
amiga Alice MacStorm…

— Bom dia, Alice — disse o Sr. Evans. — Queria falar com seus pais.

— Vou chamá-los — disse Alice. — Fiquem à vontade…

Ela saiu, enquanto o Sr. e a Sra. Evans entravam ajudando Lily a trazer sua bagagem. Petunia não se animou a adentrar, preferindo ficar com sua careta do lado de fora.

Um segundo depois, chegava Lee, trazendo o Sr. e a Sra. MacStorm.

— Papai, mamãe, esses são o Sr. e a Sra. Evans, e essa aqui é a Lily.

— Prazer, Jack Evans — disse o pai de Lily, apertando a mão do Sr. MacStorm.

— Igualmente. Michael MacStorm. Esta aqui é a minha esposa, Janice.

— E esta daqui é minha esposa, Erica.

— Prazer.

— Prazer. Então são os pais dessa garota encantadora?

Lily corou.

— Ora, Sr. MacStorm…

— Lee contou tudo sobre você, Lily. Só podemos concluir que é uma garota encantadora.

Encabulada, Lily deu um empurrão em Alice.

— Essa menina exagera tudo.

— Não exagerei nada, pai — disse Alice. — Lily é um exemplo pra todo mundo… Menos para os Marauders.

— Ah, nem me lembre deles, estou de férias.

— Bem — disse o Sr. Evans, parecendo um pouco perdido. — Os senhores
vão viajar com a Lily, não é?

— Nós sempre passamos as férias em algum lugar, e achamos…

— AH!

Todos olharam para a Sra. Evans, que dera um berro apontando para um quadro.

— O quadro… o quadro se mexeu!

— Calma, mãe — disse Lily rapidamente. — No mundo bruxo, os quadros se mexem mesmo. É normal.

A Sra. Evans ainda estava trêmula, mas as palavras de Lily a haviam acalmado um pouco. Assombrada, ela ficou olhando todos os quadros.

— Então… — continuou o Sr. MacStorm. — Esse ano, decidimos passar as
férias na Ilha Golden…

— A Ilha Golden? Aquela ilhazinha não-habitada no Caribe? — perguntou, atônito, o Sr. Evans.

— Na verdade, ela é habitada, por bruxos e por algumas tribos aborígenes. Temos uma casa de verão lá, e Lee pediu para levar umas amigas conosco.

— Então… vocês vão com a Lily para lá.

— Eu e mais as trigêmeas Rain, aquelas que eu falei pra vocês que
nasceram trouxas também — disse Lily. — Elas já devem estar chegando aí.

Ouviu-se do lado de fora um alvoroço, e a campainha novamente foi tocada. Alice correu a atender, e deu de cara com três garotas de cabelos castanhos exatamente iguais.

— Camille! Chloe! Claire!

— Lee! — exclamaram as três ao mesmo tempo, pulando em cima da outra.

Alice caiu, no meio de uma embolação que se formou à porta. Depois, elas conseguiram se levantar, e coraram quando viram a quantidade de pessoas na sala.

— Papai, mamãe, Sr. e Sra. Evans, essas três malucas aqui são Camille, Chloe e Claire Rain.

— Bom dia, Sr. e Sra. MacStorm, Sr. e Sra. Evans e… Lily! — exclamou Claire, correndo em direção à amiga e abraçando-a.

Após as três garotas, entraram o Sr. e a Sra. Rain, assombrados também com tudo o que estavam vendo.

Enfim, o Sr. MacStorm pôde esclarecer tudo com os pais de suas convidadas, explicar exatamente o que era a Ilha Golden, como iriam para lá, garantir que ficariam sobre sua responsabilidade, dizer que, sim, haviam alguns perigos, mas elas iriam realmente se cuidar, afinal, excetuando Alice, todas já tinham dezesseis anos, e dizer que tudo ficaria bem. Então, recomendando cuidado e todas aquelas coisas que pais falam nestas horas às filhas, os quatro trouxas saíram, olhando para tudo com cuidado.

— Bem, Lee, mostre às meninas os quartos que elas vão ocupar — disse o Sr. MacStorm.

— Venham comigo, meninas — chamou Lee, indicando as escadas e indo na frente.

Carregando as malas, chegaram num grande corredor cheio de quartos que se mexiam.

— Lily e Claire vão dormir neste quarto, e Camille e Chloe neste.

— Amanhã a gente já vai pra Ilha Golden?

— Sim… Lá é muito bonito, vocês vão gostar.

— Sei… — murmurou Camille para si mesma. Só viera naquela viagem idiota porque não queria ficar sozinha em casa com seus pais torrando seu saco a todo minuto. Sabia muito bem o que iria acontecer: Claire com Lily, Lee com Chloe e ela sobrando. Não importava se andasse com os Marauders ou com Anne Key e Katie Heart, suas colegas de dormitório, ela sempre sobrava. Foi se instalar no quarto com Chloe.

Enquanto isso, Claire e Lily colocavam suas coisas no quarto ao lado. Sorrindo, Claire abriu a mala e apanhou uma rosa seca dentro do diário. Aquela rosa tinha sido Remus Lupin quem lhe dera, num dia em que estavam nos jardins estudando. Ela tropeçara nele, e ele, cavalheiro, a ajudou a levantar e lhe deu a flor que estava segurando, vermelhíssimo. Toda vez que aspirava o perfume daquela rosa, Claire lembrava daquele rapaz.

Lily se jogou na cama.

— Abençoadas sejam as férias! Dois meses sem ver James Potter!

— Você e sua obsessão por reprovar cada ato de James Potter — suspirou Claire. — Qual é, Lily, ele não é tão chato assim. Você exagera.

— Claire, você estava lá. Você viu o que ele fez com Severus Snape depois do exame de Defesa Contra as Artes das Trevas. Você viu ele pintando de verde o cabelo da Terry Edgecombe, e ela não tinha feito nada. Você viu ele fazendo o Stebbins ficar enterrado naquele canteiro na aula de Herbologia. Potter, Black, Pettigrew e Lupin, quatro insuportáveis.

— Remus não é insuportável — disse Claire imediatamente. — Ele é legal, nunca vi ele azarando ninguém, e é monitor!

— Tá certo, tá certo, Lupin nem tanto… E nem Pettigrew, Pettigrew só fica rindo que nem um idiota. Mas Potter e Black, principalmente Potter.

— Ah, ele mexe com você, Lily, admita.

— Como assim?

— Vai dizer que não fica balançada quando ele te chama de “minha ruivinha”?

Não, eu não fico! Potter é um idiota, só fica insistindo comigo porque eu devo ser a primeira garota que se recusa a sair com ele. É um ridículo, tirano, arrogante…

Claire suspirou guardando sua rosa, enquanto Lily desfiava o rosário de “elogios” que ela reservava somente para James Potter.

Faz muito tempo mas eu me lembro
Você implicava comigo
Mas hoje eu vejo que tanto tempo
Me deixou muito mais calmo
O meu comportamento egoísta
Seu temperamento difícil
Você me achava meio esquisito
Eu te achava tão chata

(Nando Reis — Do Seu Lado)



N.A.: Aqui termina o primeiro capítulo e eu só queria deixar esclarecidas algumas coisas...

1º Chamar o James de Jay e o Sirius de Six. Eu dou os créditos a Carol Schneider Lestrange (aliás, leiam as fics B² delas, são muito boas mesmo). Li na fic dela, achei legal e decidi acrescentar na minha...

2º Essa é uma fic universo alternativo, por isso não estranhem, que a Lily vai se interessar pelo James mais cedo.

3º Eu vou usar os apelidos dos Marauders em inglês, por isso, quem se sentir perdido sobre qual é qual, dá uma olhadinha na descrição.

4º Comentem!!!

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