Os Cofres e a Luta



Harry ordenou ao dragão que saísse para que ele pudesse passar, no que foi obedecido prontamente. Tirou do bolso a chave que Grampo havia lhe devolvido e abriu o cofre.

A sala em que se encontrava era feita de pedra e dava a impressão de se estar em uma caverna subterrÂne, o que não deixava de ser verdade, pensou o rapaz. Na sua frente apareceram três portas. Uma com o brasão dos Black a sua esquerda, uma quimera vermelha com um grande “B” negro tatuado em suas costas. À direita a porta com o brasão de Dumbledore, que naturalmente era uma grande Fênix de asas abertas. O da direita, o cofre dos Potter, de seus pais, ostentava um imponente leão que lembrava muito o que guardava a sua Casa em Hogwarts. Harry estranhou aquela imagem no cofre da família. Seu pai não era um cervo?! O que aquele leão fazia ali.

- Só uma explicação – pensava o rapaz – eles devem ter posto esse leão em homenagem a sua casa em Hogwarts. Onde se conheceram. Só pode ser isso.

Feliz com a conclusão em que havia chegado Harry se dirigiu primeiro ao cofre dos Black. Ao chegar em frente a porta ele não encontrou nenhum tipo de maçaneta que pudesse abrir a porta. Tentou de desde pronunciar seu nome até um simples Alomorra, mas nada aconteceu estava quase desistindo quando se lembrou de Dumbledore na caverna ... “ Oh tão cruel, Tom ...” Seria possível que os Black ouvessem feito aquele tipo de Magia Negra para proteger seu cofre. Lembrou-se do retrato da mãe de Sirius no Lago Grimmauld e decidiu tentar.

- Diffindo – pronunciou mentalmente o feitiço apontando para se braço esquerdo. Depositou o sangue em frente a porta e curou o corte em seu braço. Rapidamente o sangue foi sugado pela sala e abriu a porta. Harry não pôde deixar de dar um riso cansado.

Entrou numa ampla sala circular feita de mármore onde haviam prateleiras, algumas poltronas, vários armários e montes de galeões, sicles e nuques. Num canto haviam muitas estantes de madeira polida com inúmeros livros que provavelmente estariam cheios de Magia Negra. Em frente a essas estantes estava um livro de aspecto velho e mofado colocado em cima de um pedestal. Harry foi em sua direção e o abriu. Ali estava a história dos Black. Começou a ler se espantando com a historia que se descortinava em frente a seus olhos...
“ ...A família Black iniciou-se no ano de 1290 de acordo com a contagem dos trouxas. O patriarca de mui nobre família é o grande senhor Lissac Marc Balzc. Grande senhor de terras do leste europeu, Lissac era um bruxo de grande renome no meio dos seus. Seus feitos eram celebrados em salãos por toda a região. Filho do Conde Marc, logo cedo ele aprendeu a fina Arte das Trevas. Exímio preparador de poções e conjurador de feitiços Lissac tornou-se o principal bruxo de seu condado. Ávido por novos feitos Lissac rodou o mundo em busca de aperfeiçoamento. Após longos anos de ausência ele voltou para o condado. Soube por meio de um camponês que seu pai havia sido traído por um dos comensais da corte. Lívido e fúria e vendo que não mais poderia ostentar seu sagrado nome, Lissac Mar Balzc mudou seu nome para Lissac Black. Black era o sobrenome que um dos oponentes que ele derrotou em sua viagem, por sinal o mais valoroso deles. Voltou ao poder após doze anos de escaramuças e batalhas contra o usurpador. Restabelecido no poder Lissac passou o título a seu filho Marc pois sentia falta da estrada e de suas surpresas. Voltou a viajar até se estabelecer na grande Ilha Bretã adotando o nome de guerra que adotara quando lutava pelo condado. Assim nasceu a mui sagrada casa dos Black ... ”

Harry fechou o livro nessa parte. Guardou o livro na mochila que Fred e Jorge haviam lhe presenteado. Seria interessante continuar a ler a trajetória da família do padrinho. Vá lá que não era tão gloriosa como outras, pois os Black sempre foram gente arrogante e preconceituosa, mas algumas excessões se salvaram como Sirius e Alfardo. Todo o conhecimento é útil pensou lembrando de Hermione que ficaria encantada com o livro.

Continuou sua pesquisa pelas estantes. Como supusera a maioria dos livros eram de Magia Negra, mas mesmo assim pegou alguns que talvez pudessem ajudar futuramente. Achou um muito interressante que mencionava algumas formas de se conseguir a imortalidade, algo que a maioria dos bruxos, pelo menos os das Trevas, eram fascinados. Talvez ali falasse das Horcruxes e de como destruí-las.

Andando mais um pouco pela sala ele pegou algum dinheiro, uma quantia consideravel que o não o faria voltar ao banco pelo menos por dois anos atrás de dinheiro. Encontrou milhares de jóias, mas não tocou em nenhma. Ao lado havia uma sala que possuia um verdadeiro arsenal de guerra. Eram espadas, machados, escudos, elmos todos com o emblema da família. Ficou um tempo ali analisando as peças. Podia não entender nada sobre a armaria dos duendes mais as peças eram tão belas que fascinavam até um leigo como Harry.

O cofre dos Black não parecia ter mais nada que pudesse lhe ser útil então Harry virou-se e saiu da sala enquanto atrás dele a porta se lacrava com um tremendo estrondo.

Voltando a sala com as portas dos três cofres ele tomou a do centro a de Dumbledore. Novamente não havia maçaneta. Mesmo antes de tentar qualquer coisa se lembrou de um bilhete que Dumbledor o chamava para a ir a sua sala no sexto ano. Não soube porque fez aquilo. Só sentia que era o certo.
- Amora – disse e a porta se abriu instantaneamente. Sempre o mesmo Dumbledore.

Quase caiu para trás quando entrou. Era uma sala idêntica à da direção de Hogwarts. Cheia de livros, anotações, os objetos de Dumbledore que Harry quase havia destruído em seu ataque de fúria no quinto ano, após a queda de Sirius, só estavam faltando a penseira e a espada de Griffindor que estavam em seu poder, Fawkes ... e o próprio Dumbledore. Também haviam montes de ouro para Harry, mas ele não usaria aquele ouro agora, tinha outros planos para ele. Foi andando pela sala e pegando tudo que sentia que teria utilidade, mais alguns livros ( ele começava a achar que estava cada dia mais parecido com Hermione e com aqueles livros já poderia formar uma bela biblioteca), uns objetos bem interessantes, ingredientes de poções ( os do garoto já estavam em baixa, e a loja de poções no Beco estava fechada. ) e por fim quando estava quase saindo da sala encontrou uma mensagem de Dumbledore abaixo de um pequeno embrulho.

Esse é o anel do líder da Ordem da Fênix. Leve-o com você! Só com ele que a ordem pode voltar a renascer das cinzas! Não é necessário que você seja o líder, mesmo que a idéia me agrade muito, pode dá-lo a alguém de confiança. Confio no seu julgamento.

Atenciosamente,

Avo Dumbledore

Realmente era um belo anel. Feito de ouro com uma grande Fênix entalhada no rubi. Líder da Ordem ... esse não seria seu posto, decidiu-se, tinha uma outra idéia em mente e também isso o atrapalharia na busaca das Horcruxes. Guardou o anel e a carta da mochila e saiu dali dando uma última olhada no local.

Mais uma vez estava na sala das portas. Dirigiu-se dessa vez para a porta da direita onde estava o cofre dos Potter. Só precisou dizer seu nome para entrar.

Lá dentro aparecia um grande escritório com algumas entradas. Correu os olhos por tudo ali. Havia fotos dos membros de sua família desde tempos imemoriais. Todos sorrindo para ele. Procurou por um quadro em especial até que o achou. Seus pais lhe sorriam na moldura. Sentiu os olhos começarem a cintilar com as lágrimas.

Quando se recompôs pôde analisar seus bens com cuidado. Ali também havia uma vasta biblioteca onde Harry aproveitou para pegar mais alguns livros. Verdadeiras montanhas de ouro, prata e bronze. Jóias bélissimas. Encontrou algumas que foram de seus pais. Além das alianças ,que ele fez questão de guardá-las consigo, havia lguns anéis de sua mãe, alguns braceletes mas o que chamou sua atenção foi um belo colar onde lírio era seguro por um cervo de aparência majestosa. Esse ele também guardou, além de um bracelete de seu pai que pôs em seu braço.

Sua busca o levou aos recôncavos da sala. Estranhou não haver um livro com ahistória da família nem um arsenal, já que sua família era uma das famílias de maior notoriedade e tradição entre os bruxos ingleses. Mas deixou isso passar. Talvez estivessem em Godric Hollow onde Dumbledore disse haver uma Câmara que revelaria alguns segredos sobre o rapaz. Ali era o local das lembranças. Encontrou vários bruxos de renome nos quadros como o criador do pomo de ouro e outros mais.

Procurou também pelos avós, já que nunca soube quem eram pois haviam morrido antes dele nascer. Encontrou-os perto de seus pais. Seu avô Lance era auror pelo que dizia o quadro e sua avó Celine era uma funcionária do ministério. descobriu no quadro de seus pais suas profissões. Tiago era apanhador como supusera. E Lílian uma curandeira.

Perdido em lembranças Harry saiu do banco se sentindo aliviado e solitário. Aliviado por saber de sua ascendência e seus feitos. E solitário por ver que era o último dos Potter. Sua família havia praticamente desaparecido do mapa. Continuou seu caminho até o bar, dessa vez pensando quem era o patriarca de sua família. Que bruxo havia começado a dinastia dos Potter?!

Estava chegando ao bar quando saiu de seus devaneios. Estranhou as luzes estarem apagadas. Tom não era de dormir cedo! Por algum motivo empunhou sua varinha e se preparou para o pior.

Entrou vagarosamente para dentro do bar, tomando o máximo de cuidado para não fazer barulho. Harry foi entrando sem encontrar nenhum vestígio de luta. Estava quase no meio do bar quando ouviu algumas vozes...

- Cadê o garoto, Tom?! – disse um comensal – O mestre quer vê-lo ainda essa noite.

- Eu não sei. Eu juro por Merlin que eu não sei! – exclamou o estalajadeiro com visível pânico. Harry já podia ver o comensal que interrogava Tom, mas não sabia se ele estava com mais alguns colegas. continuou abaixado num canto onde podia ouvir perfeitamente os dois e ainda tinha uma visão periférica de todo o bar.

- Eu não tenho tempo para esse tipo de jogo, velho – disse o comensal segurando nas vestes de Tom – Você é um péssimo oclumente. eu sei que ele está aqui. Vamos diga!

- Eu não sei! Por favor... – o dono do bar agora tremia convulsivamente.

- Acabe logo com isso, Nott. Não temos muito tempo – disse uma voz esganiçada que parecia ser de uma mulher – Daqui a pouco os aurores vão sentir falta desses dois que nós estuporamos.

- Está bem – disse Nott – largando Tom – Mas primeiro vamos dar uma lição a esse homem. Crucio!

Tom se contorcia com movimentos cada vez mais dolorosos. O Feitiço Cruciatus era realmente terrível! Harry não suportou aquilo e partiu para cima do comensal que torturava, rindo, o estalajadeiro.

- Petrificus Totalus – pensou o garoto apontando a varinha na direção de Nott que congelou os musculos ao lado do corpo, cessando o feitiço que este aplicava.

- Ora, ora, olhe quem veio se juntar a nós! – disse a voz da mulher – Amico, Yaxley rápido! O Lorde o quer vivo! – os três cercaram Harry deixando-o sem chance de fugir.
Ao mesmo tempo que eles levantaram suas varinhas em direção a ele, o rapaz se agachou e lançou um feitiço no comensal a sua frente.

- Estupefaça – Amico desviou o feitiço com displicência.

- Por favor, Potter. Vamos parar de brincadeira já estamos atrasados! – disse o comensal com voz enfadada – Você sabe que não conseguira nos derrotar.

Com o canto do olho Harry viu Nott começar a se mexer onde fora petrificado. Quatro contra um seria difícil!

- Expelliarmus – disse Yaxley a suas costas, mas o garoto desviou o feitiço facilmente.

- Sabe Potter, você sabia que nós estávamos lá? Quando o velhote foi morto? Foi uma cena hilária, sabe, o grande Alvo Dumbledore implorando, como uma criançinha! – Aleto queria despertar a fúria do garoto como havia sido orientada caso ele resistisse, assim poderia baixar a barreira que circundava sua mente. Ele havia se tornado um tremendo oclumente!

- Cala a boca! – disse Harry disparando um feitiço amarelo em direção a Aleto que aparatou e apareceu no outro canto

- Que que foi Pottinho, tá irritado tá?! - continuou como se falasse com um bebê dessa vez.

- Eu falei pra calar a boca – o feitiço agora era verde assim como o Avada.

- Maldições Imperdoáveis, garoto – Yaxley agora zombava dele – Tsc, Tsc, Tsc – fez balançando a cabeça – nós sabemos que você não consegue fazê-las direito. Bella nos contou!

O nome de Bellatrix Lestrange fez com o garoto explodisse, abrindo sua mente.

- Crucio – disse Amico atrás dele. Dessa vez Harry não conseguiu bloquear o feitiço. Contorcia-se no chão sentindo seus ossos queimarem num agonia extrema – Está bom pra você agora, garoto? – perguntou Amico cessando o feitiço depois de um tempo – Vamos fale! Ou vai fazer igual ao seu querido mentor? Choramingando!

Harry não pensou duas vezes.

- Flambarius – o feitiço que estudara mas não pôde usá-lo na casa dos tios. Uma bola de fogo o rodeou. Mas não era uma chama normal. Era uma chama dourada que iluminou todo o bar – Agora sim! – disse transbordando raiva.

- Mas que po... – começou Amico sem conseguir acabar a frase, porque uma rajada o atingiu no peito lançando-o longe. Parecia desmaiado. Menos um pensou Harry.

- Nott, Yaxley! Comigo! Dessa vez podem usar o Avada! O Lorde vai entender – Aleto juntou os dois e mandou que Nott, que já havia se levantado, fosse na frente para manter o feitiço escudo – Acabem com esse moleque.

Harry, que já havia desfeito o feitiço da bola de fogo, fez com que as mesas e as cadeiras do bar ficassem circulando por ele, assim como Dumbledore fizera uma vez, para que o protegesse dos ataques que viriam.

- Avada Kedavra – berrou Aleto. Uma cadeira pulou em frente ao feitiço se despedaçando. Harry lançou um feitiço que foi desfeito por Nott e o escudo.

- Que tal brincarmos um pouco – Harry já havia recuperado a calma e agora procurava irritar os comensais. Lançou os móveis em direção a Nott que perdeu a concentração e desfez o escudo. Harry aparatou para cima da escada e de lá estuporou Yaxley. Agora só faltavam dois.

- Seu desgraçado! – berrou Aleto perdendo o controle – Enfrente-nos como homem!

- Está bom assim! Levicorpus – mentalizou Harry fazendo Nott ser levitado pelos calcanhares – Um contra um. Agora sim uma luta justa.

- Avada Kedavra – berrou Aleto sem se conter. Harry desviou do feitiço e fez Aletto voar para o outro lado da sala perto de Amico – Você vai pagar por isso, Potter! – e segurando o pulso do irmão desaparatou deixando os dois comensais por lá.





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Proximo cap quase chegando


Malfeito Feito


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