O fim da proteção
Nos dias que se passaram a conturbada volta de Harry à casa dos Dursleys e à carta-testamento de Dumbledore, o rapaz praticamente não saiu do quarto. Passava o dia inteiro debruçado sobre os livros que ganhara do ex-diretor estudando exaustivamente cada um deles.
Já conseguia fechar sua mente sem problema algum, também já apresentava uma melhoria na sua legimência, que praticava usando Duda no café da manhã e descobriu que o primo estava apaixonado por uma garota que morava um pouco abaixo na rua dos Alfeneiros que por sinal não dava a menor bola para ele, os feitiços não-verbais se tornaram piada para ele, e a cada dia aprendia mais e mais. Um feitiço que gostou muito mas não pôde usá-lo foi um que conjurava uma bola de fogo ao redor da pessoa e lançava rajadas flamejantes contra os inimigos. Aprendeu muitos outros também que certamente poucos outros bruxos saberiam.
A espada ele teve que deixar de lado enquanto estivesse por lá, porque em sua primeira tentativa de brandi-la em seu quarto ele cortou metade da cortina e teve que consertá-la antes que a tia visse.
Ainda não se aventurara a usar a penseira pois gostaria de ver as lembranças de Dumbledore junto de Rony e Hermione. As anotações eram um caso a parte pois a maioria continha coisas que só o ex-diretor sabia fazer ou mesmo ler devido à utilização de Runas, coisa que Harry ainda encontrava certa dificuldade. Certamente ele teria que tomar algumas aulas com Hermione.
O que mais lhe intrigava era aquela chave, que quando pôde olhar detalhadamente era entalhada em ouro e marfim com uma belíssima fênix de asas abertas feita com os rubis semelhantes aos da espada e esmeraldas, uma peça que poucos teriam condição de fazer além dos grandes duendes armeiros. Mas o que deixava Harry ansioso era saber o que essa chave revelaria.
- Dumbeldore disse que você me daria respostas, mas a única coisa que eu vejo quando olho pra você são perguntas infindáveis – disse Harry se jogando na cama – Oh droga ! Tá na hora de eu ter algumas respostas não acha ?! – disse frustrado – A única coisa que eu peço é alguma confirmação e você me vem com mais e mais perguntas !
Ficou um tempo ali na cama remoendo seus pensamentos quando decidiu dar uma volta pela rua.
A tarde já ia alta quando Harry saiu de casa. Passava pelos jardins bem-cuidados da vizinhança, as casas no mesmo padrão os carros nas garagens... Era tudo tão monótono pensava, era estranho pensar que uma guerra acontecia bem embaixo dos narizes deles e mesmo assim eles não sentiam nada.
Chegou na praça onde costumava passar o tempo que não estava estudando e ficou um tempo deitado no banco olhando pro céu pensando em Gina. Fazia tempo que não tivera tempo para pensar um pouco em sua vida de tão absorto que estava em estudar para a jornada que logo viria. Desde o enterro de Dumbledore Harry havia se fechado em seu canto só se comunicando de vez em quando com Rony e Hermione, no entanto o resto das pessoas não conseguiam se comunicar com o rapaz. Era um tempo que ele precisava ficar só e a principal afetada nisso tudo seria Gina.
Ele tivera que acabar tudo entre eles para que Voldemort não visse em Gina uma das fraquezas de Harry e resolvesse usá-la. Ele não poderia viver com esse medo. Ainda se lembrava claramente de como ele tinha reagido perante a exortação de Harry depois do enterro ...
“- É por um motivo nobre e idiota, não é?” – ela havia perguntado para ele com um sorriso enviesado no rosto e a mesma expressão teimosa de sempre. Ele apenas não conseguia suportar a idéia de vê-la sofrer por causa de seus fantasmas. Era por demais angustiante para ele pensar que ela poderia estar corredo perigo. O pedido de Dumbledore ainda queimava sua cabeça. “Seja jovem Harry” martelava no seu subconsciente.
- Porcaria! Será que num dá pra eu fazer as coisas do meu jeito pelo amor de Merlim! – estourou Harry – Será que num dá pra perceber que se eu envolvê-la nisso tudo, ela vai acabar se machucando
“ – Será? – dizia a voz – Será que ela não está machucada por não estar com você?”
- Merda! É melhor assim droga! – Harry levantou e começou a caminhar de volta para casa, mas mesmo assim a voz não cessava. Entrou em casa voando pela sala e chegou no seu quarto se jogando na cama e olhando pro teto. Ficou um tempo assim até conseguir se acalmar. Mais calmo pegou um dos livros que se intitulava Objetos mágicos e suas propriedades e começou a folheá-lo para passar o tempo. Estava quase dormindo quando passou por um trecho que falava sobre o espelho que ele havia ganho de Sirius no 5° ano.
“- ...Espelhos dos Dois Lado, como são conhecidos são uns dos objetos mais intrigantes do mundo mágico. Não se sabe ao certo quem o desenvolveu mas suas atribuições são tantas que não é possível separar a verdade do mito. A única propriedade que podemos confirmar é a cumunicação entre os pares. O mito mais interessante a respeito desse objeto é sem dúvida o que conta que uma pessoa que atravessar o portal que liga esse mundo ao Reduto dos Sábios ( também conhecidos como Magos Brancos) levando esse espelho poderá enviar uma mensagem ao seu par se o mesmo estiver desse lado mas certamente... ”. Era algo interessante mas Harry não vira nada de grande relevância, já que não sabia onde ficava esse raio de portal ou mesmo o que era o Reduto dos Sábios resolveu dormir.
No dia seguinte Harry decidiu que era melhor começar a arrumar as malas pois naquela madrugada ele completaria dezessete anos e a tão sonhada maioridade.
Fez o malão se tornar magicamente ampliado para que os novos livros pudessem caber dentro dele, deixando só a Firebolt e a espada do lado de fora. Limpou a gaiola de Edwiges e ficou lendo um livro sobre quadribol quando ouviu o carro do tio chegar em casa. Ele tinha que fazer aquilo não havia escolha.
Desceu as escadas e parou na cozinha onde seu tio conversava com sua tia.
- Com licença – disse Harry tentando ser educado – bem, eu to aqui pra dizer para vocês que hoje a noite eu vou embora de vez e que vocês podem ficar tranquilhos que eu nem ninguém do meu mundo voltará a incomodá-los – disse sabendo que aquela seria última vez que olharia para os tios – É isso! Obrigado por me acolherem! – disse querendo ser o mais educado possível pois sabia que não havia nada por agradecer aos dois.
- Hoje a noite então ? – perguntou o tio parecendo aliviado
- Aham
- Tá bom – limitou-se a dizer o tio subindo para tomar banho.
- Tia Petúnia ... – começou Harry, mas foi interrompido pela tia
- Você quer saber porque eu e Valter o aceitamos mesmo que nunca tenhamos o tratado como filho, não é? – disse fazendo a pergunta que Harry a tanto tempo queria fazer. Ele balançou a cabeça afirmativamente – Bom, sente-se. Nós só o aceitamos porque Dumbledore pediu. Eu nunca fui muito com a cara do seu pai mas Lílian era minha irmã então eu tinha outra escolha. Também não gostaria de viver com esse peso na minha consciência. Agora porque nós nunca o tratamos como um filho? Porque você representa todas as coisas que eu fugi quando era mais jovem. Quando sua mãe descobriu que era bruxa ela passou a ser a preferida da casa, eu quase não era notada, confesso que não fiquei muito afetada quando soube que ela morreu. Para falar a verdade eu a odiava e acabei voltando esse ódio em você. Mas sangue é sangue então...
- O berrador que a Sra. recebeu ano passado era de Dumbledore, não era? – perguntou o garoto, a tia confirmou – o que ele queria dizer com se lembre da última ?
- A carta que ele me deixou a dessezeis anos na noite em que seus pais morreram e que você foi deixado na soleira de nossa porta. Ela me lembrava de meus pecados – disse melancólica.
- Entendo – conseguiu dizer Harry – eu vou terminar de arrumar minhas coisas lá em cima – disse virando as costas para a tia
- Harry – disse a tia e o abraçou de forma carinhosa – prometa que não vai nos odiar para sempre ?
- Eu prometo – disse surpreso com a atitude da tia
- Obrigado – disse como se tirasse um peso da consciência – e boa sorte.
Harry acenou subindo para seu quarto. Ficou ali esperando pela meia-noite quando o feitiço de proteção cessaria. 1 minuto. 30 segundos. 10 segundos . 3,2,1 um clarão de luz ofuscante tomou conta do quarto fazendo o garoto desaparecer momentaneamente. O mundo dele dava voltas fazendo-o se sentir tonto, viu toda a sua vida passar como um filme diante de seus olhos, já estava quase perdendo a coensciência quando percebeu que estava começando a desacelerar. Quando voltou a si e viu seu quarto do mesmo modo de sempre Harry se sentiu mais leve como se um grande peso houvesse sido tirado de cima de seus ombros, era indiscritível, como se pudesse voar.
Preparou-se para sair da casa dos tios quando foi assaltado por uma profund melancolia. Dezesseis anos de sua vida foram passados ali e ele não sabia se senti triste ou aliviado por estar finalmente indo embora. Estava abrindo a porta quando apareceu Duda visivelmente bêbado.
- Aonde você pensa que vai, hic? – perguntou com a voz engrolada
Harry desviou do primo e pretendia sair da casa quando um par de mãos gordas o seguraram jogando-o na parede.
- Eu te fiz uma pergunta, seu idiota – disse o primo ensaiando um soco na direção de Harry que desviou facilmente – sempre o mesmo, não Harry, sempre correndo do seu priminho querido, hic – Duda agora tentava por as mãos em Harry de qualquer maneira
- Sai da minha frente, seu filhote de elefante! – disse HArry se irritando
- Do que que você me chamo?! – Duda começava a ficar tão vermelho quando tio Válter quando ficava irritado – Agora eu te arrebento sua aberração!
Harry que já estava farto de discutir com o primo bêbado empunhou sua varinha fazendo Duda recuar. Quando ele estava guardando a varinha novamente Duda avançou. Com os reflexos de apanhador Harry se esquivou ao mesmo tempo que deixava o primo preso a parede com um feitiço.
- Assim está melhor – disse o garoto saindo da casa – Agora que começa a verdadeira aventura – e aparatou.
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A partir de agora os caitulos vão ser mais longos e elaborados
A porradaria já vai começar
e pra galera q pediu romance nos vamos dar algumas alegrias
Vlw
Fred e Jorge
Malfeito Feito
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