O Início de Tudo



Capítulo 4
O Início de Tudo


Não tivemos que esperar muito, a porta do salão se abriu e vi quatro enormes mesas cheias de alunos, deduzi que eram as mesas referentes às casas das quais meu primo me falou, o avistei em uma mesa ao longe na hora que entrei - que por sinal tive que ser a última por ser a mais alta - chegamos à frente do salão no momento que iriam dar início a seleção avistei os inimigos de meu primo, mas não sei porque, preferia eles aos idiotas dos amigos de Draco.

- Vamos dar início à seleção - falou a professora que descobri que se chamava McGonagall - Abel, Lina.

- Corvinal! - anunciou um chapéu esfiapado, não sabia direito o que estava acontecendo, pois não prestei nenhuma atenção ao que falaram no início da seleção.

Tempos depois a professora McGonagall anunciou:

- Lejan, Helena.

Bem, chegara minha vez, sentei-me no banquinho e o chapéu começou a falar:

- Hum, interessante, descendente da família Malfoy, provavelmente lhe colocaria na Sonserina, mas algo em sua mente me diz que você deve ir para Grifinória...

Com medo da reação de meu tio e de meu primo caso o chapéu me colocasse na Grifinória comecei a balbuciar:

- Grifinória não, Grifinória não, Grifinória não...

- Tem certeza? Você se daria muito bem na Grifinória, pelo que vejo algo em você é diferente de todos os seus parentes, mas como é seu desejo... Sonserina!

A mesa da Sonserina se encheu de aplausos, fui naquela direção e Draco acenou para mim para me aproximar dele:

- Tive certeza que você viria para Sonserina, mas porque o chapéu demorou tanto para anunciar a sua casa?

- E eu vou lá saber o que se passa com aquele chapéu? - menti não querendo contar o que realmente aconteceu.

- Escute, preciso falar com você lá fora, tudo bem?

- Mas não temos que esperar a seleção acabar?

- Que se dane a seleção! Vem comigo.

Segui-o para fora do castelo onde ele se sentou embaixo de uma árvore, fiquei de pé, então começou a falar:

- Ouça, tenho um plano para diminuirmos nossa lista de vítimas hoje mesmo, vamos acabar logo de cara com a Granger.

- Qual é a idéia?

- Muito simples, vou me esconder atrás da armadura do Saguão de Entrada, fiz algumas medições mentalmente e você vai fingir que tropeçou e empurra a Granger de modo que ela fique bem embaixo da janela de frente da armadura.

- Tem certeza de que você não está se arriscando?

- Não, aquela armadura é grande demais e atrás dela tem uma passagem secreta, é só eu jogar a Maldição e me mandar pela passagem que ninguém desconfiará de nada, aparecerei dois minutos depois ao seu lado.

- Certo, quando começamos?

- Logo após o banquete, vamos jantar agora.

Voltamos para o Salão Principal e jantamos rapidamente, Draco foi o primeiro a sair, mas primeiro deu-me todas as instruções necessárias para a execução de nosso plano. Assim que ele saiu, esperei a Granger se levantar e a segui disfarçadamente, me apressei um pouco para poder posicionar-me no local exato para empurrar a garota.

Aquele corredor estava uma confusão de gente por todos os lados, tive medo de Draco acertar um inocente, mas logo me lembrei que ele tinha uma excelente pontaria. Granger estava chegando com alguns calouros a seguindo e os garotos que estavam com ela no trem ao seu lado, não me demorei muito, fingi um tropeção e a empurrei para debaixo da janela, pedi desculpas disfarçadamente e me afastei.

Por sorte ela ficou parada no local exato para Draco acertá-la, o porque eu não tenho idéia, um acaso quem sabe, mas logo em seguida vi o lampejo de luz verde na direção dela, apenas observei quando algo inesperado aconteceu.

O garoto ruivo entrou na frente dela para a Maldição não acertá-la, logo em seguida caiu no chão de olhos abertos, estava morto. Uma cena triste para mim, não gostava daquilo de maneira alguma, o plano falhara, mas pelo menos acertou uma das vítimas a nós destinada. Rony Weasley estava morto, os professores logo apareceram, a garota ruiva chorava pela perda do irmão assim como Hermione e Potter, me aproximei para poder ouvir o que eles diziam, Malfoy apareceu logo em seguida sussurrando em meu ouvido:

- Um a menos agora.

Apenas dei de ombros querendo saber o que estava acontecendo, Gina estava se debatendo dos professores:

- Rony, fala comigo! Rony por favor, fala alguma coisa! Larguem-me quero ficar com meu irmão!

- Gina, ele está morto! Não podemos fazer nada! - bradou Harry.

- Não, ele não podia ter morrido! Era eu quem deveria estar em seu lugar! Ele me salvou Harry! Rony me salvou! - falou Hermione em prantos.

- Vamos garotos, não há mais nada que podemos fazer. - falou o diretor Dumbledore.

Harry e Hermione obedeceram, Gina precisou ser imobilizada para tirá-la do local, observei a tudo sem perceber que todos da Sonserina já haviam sumido, Draco também, tive vontade de matá-lo por me deixar sozinha naquele castelo, o estranho foi que no instante que eu observava os professores removerem o corpo do garoto do local, meus olhos começaram a se encherem de lágrimas, como pude ser cúmplice daquela tragédia? Sentia-me um monstro, aquela atitude não era minha, nunca fui como meus parentes, não era agora que eu ficaria como eles, a partir daquele dia tomei uma decisão, não ajudaria meu primo naqueles crimes, enquanto me culpava, percebi que alguém me olhava, não dei muita atenção, apenas pude ver um par de olhos verdes me observando assustados. De quem seriam? Não me preocupei muito, apenas comecei a andar sem rumo pelos corredores.

De repente, enquanto caminhava, vi uma gota de sangue cair no chão, estranhei, eu estava chorando, não estava ferida, foi então que passei a mão nos meus olhos, não eram lágrimas que estavam em meus olhos e sim sangue, lágrimas de sangue.

Parei por um instante, de que adiantava ficar chorando por ai sem ao menos saber para onde ir, resolvi controlar meu choro, pois ninguém entenderia ao ver alguém chorando sangue, para dizer a verdade nem eu sabia o que significava aquilo, todos meus pensamentos foram interrompidos por uma voz:

- Helena onde você se meteu garota?

- Resolveu aparecer seu desnaturado?

- Desculpa, não percebi que você não nos seguiu, vamos para o Salão Comunal da Sonserina... O que houve com seu rosto? Está avermelhado...

- Nada demais, vamos logo.

No caminho Draco começou a falar:

- Nosso ataque foi um sucesso, tudo bem, não acertamos o alvo esperado, mas acertamos o Weasley! E o melhor de tudo, nem aquele velho caduco desconfia de alguma coisa!

- Puxa, que sorte - respondi friamente.

- Você está bem? Nunca você usou esse tom de voz comigo...

- As pessoas mudam sabia?

- Definitivamente você não está muito bem, bem chegamos à entrada do Salão Comunal, a senha é: lágrima de sangue.

- “Só pode ser brincadeira!” - pensei enquanto abria-se a passagem para o Salão Comunal da Sonserina.

- Tivemos um excelente começo hoje Helena, excelente! Se quiser ir dormir o dormitório das garotas é à esquerda.

- Ok, boa noite.

Segui para o dormitório muito desanimada, amanhã seria um novo dia, tudo estaria muito triste, mas faria o possível para não chorar, senão Draco desconfiaria de alguma coisa, ninguém poderia perceber minha mudança radical de pensamentos, falaria com aqueles grifinórios o mais cedo possível.

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