Oneshot
N/A É só dar o play e eperar a música carregar antes de ler, pelo menos recomendo isso! o/
A leve brisa da noite tocava o rosto de uma mulher que tinha os olhos perdidos naquela imensidão azul cheia de pontinhos reluzentes formada sobre sua cabeça. Absorta em pensamentos, perdida em lembranças. Se perguntassem a ela o que se passava por sua cabeça, certamente não saberia dizer. Apenas sabia o motivo, e só tinha conhecimento dele porque a dor lancinante que a consumia por dentro denunciava.
Ela suspirou profundamente, fechou os olhos e esperou a dor passar. Mas não passou. Aos dezenove anos, Lílian Potter já havia sofrido mais do que uma jovem normal deveria. Havia perdido suas duas melhores amigas pelas mãos do Lorde da Trevas, a ausência de Becky Blair e Kristin Santford ainda pesava seu coração de uma forma quase insuportável. Mas o que mais a preocupava era um segredo que estava escondendo de seu marido, Tiago Potter, havia dois meses.
Afastando-se do parapeito da janela, inclinou-se sobre o criado mudo e deixou ali uma carta, mergulhando mais uma vez naquela insuportável melancolia. Lembrava-se de tudo que havia passado ao lado daquele homem maravilhoso, daquele sorriso que fazia suas pernas tremeram e seu coração disparar, daquela beleza estonteante que mesmo após uma noite de sono continuava invicta, intocável.
Não conseguia parar de tentar compreender o porquê das coisas terem acontecido daquela maneira. Tudo poderia ter sido diferente, poderia ter sido perfeito. Com os olhos marejados e um persistente nó na garganta a ruiva deu uma última olhada no seu tão sonhado lar. Suas malas já repousadas ao lado da porta de entrada ajudavam a tornar seus últimos momentos ali ainda mais difíceis.
Então ela partiu, deixando para trás tudo que mais almejara por toda a sua vida.
***
-Lily! -Tiago, que carregava um buquê de flores na mão, gritou, mas não recebeu resposta.
O rapaz olhou preocupado por todo o apartamento, e não encontrou a mulher. Já desesperado, eram tempos difíceis em que viviam e a ausência da esposa não era um bom sinal, seu olhar caiu sobre um envelope amassado repousado sobre o criado-mudo do seu lado da cama. Ao abri-lo ele logo reconheceu a fina e bem desenhada caligrafia de Lílian.
“Tiago, meu amor
O tempo às vezes nos escapole, tempos difíceis, que não podemos controlar. Embora nossos caminhos estejam separados a partir de agora, eu sempre vou pensar em você e sorrir, ficar feliz pelo tempo em que eu tinha você comigo.”
O rapaz sentiu um sentimento angustiante brotar de seu peito. Nunca havia sentido algo igual antes, a idéia de perder Lílian era insuportável, inimaginável. Todas aquelas poucas palavras que acabara de ler ecoavam em sua mente. Memórias insistiam em passar por sua cabeça. Todos aqueles momentos perfeitos, que nunca mais voltariam a se repetir. Momentos de paz, em que tudo parecia andar em harmonia.
Os garotos passaram pelos portões ladeados por grandes estátuas de javali alados, as carruagens subiam imponentes o caminho, oscilando perigosamente sob uma chuva torrencial que caia sobre os terrenos da escola . Curvando-se para a janela, Tiago pode ver Hogwarts se aproximando com suas numerosas janelas iluminadas. Relâmpagos riscavam o céu no momento em que a carruagem parava diante das enormes portas de carvalho. As pessoas que haviam chegado antes já subiam correndo os degraus para chegarem ao castelo; Tiago, Sirius, Pedro e Remo saíram da carruagem e correram escada acima, só levantando as cabeças quando já estavam a salvo no enorme salão de entrada.
E lá estava ela. A garota que balançara seu coração desde a primeira vez que a vira. Lílian Evans ria junto a um enorme grupo de garotas que falavam animadamente. Como era linda. Tiago a observava balançar seus cabelos extremamente vermelhos na tentativa de espantar a água que caíra sobre ele.
-Pontas!? -exclamou Sirius rindo da cara abobada do amigo. -Terra chamando!
-Quê? Eu... é... Que foi Almofadinhas? -ele falou se embaralhando com as palavras.
-Vai continuar babando a Evans ou podemos ir pra o salão principal? -Pedro brincou.
-Eu não babo a Evans, só admiro! - Tiago disse sorrindo, enquanto dava um murro brincalhão na cabeça do amigo.
“Eu não vou esquecer, então não esqueça as lembranças que construímos juntos”
-Evans, como você não consegue perceber o que está perdendo!? -ele falou enquanto abria um lindo sorriso e passava a mão pelo corpo.
-Perdendo? Hum...- Lílian fingia pensar. -É Potter, você tem razão. Um misto de arrogância e prepotência, é tudo o que eu preciso! -ela disse simplesmente e saiu.
Enquanto ela andava à sua frente Tiago sorriu. Sim, era ela tudo o que ele mais queria. Só ela.
“Não se esqueça que eu estava lá para você, e você para mim. Lembre-se do nosso tempo junto, um tempo seu e meu, em que éramos loucos e livres.”
Bolhas de sabão cor-de-rosa escorriam pela boca de Severo Snape; a espuma cobriu seus lábios, fazendo-o engasgar, sufocar...
-Deixem ele em PAZ!
Tiago e Sirius se viraram. Tiago levou a mãos livre imediatamente aos cabelos.
-Tudo bem, Evans? -disse Tiago, e o seu tom de voz se tornou imediatamente mais agradável, mais grave, mais maduro.
-Deixem ele em paz- repetiu Lílian. Ela olhava para Tiago com todos os sinais de intenso desagrado. -Que foi que ele fez?
-Bom -explicou Tiago, parecendo pesar a uma pergunta -, é mais pelo fato de existir, se você me entende...
Muitos estudantes que os rodeavam riram, Sirius e Rabicho inclusive, mas Lupin, ainda aparentemente absorto em seu livro não riu, nem Lílian tampouco.
-Você se acha engraçado -disse ela com firmeza. -Mas você não passa de um cafajeste, tirano e arrogante, Potter. Deixe ele em paz
-Deixo se você quiser sair comigo, Evans -respondeu Tiago depressa. -Anda... sai comigo e eu nunca mais encostarei uma varinha no Ranhoso.
Às costas dele, a Azaração de Impedimento ia perdendo efeito sobre Snape. Ele começava a se arrastar pouco a pouco em sua direção à sua varinha que havia caído, cuspindo espuma enquanto se deslocava.
-Eu não sairia com você nem que tivesse de escolher entre você e a lula-gigante. -replicou Lílian
“E como nós riamos e chorávamos, como esse mundo era perfeito, como nenhum sonho estava fora de alcance. “
Tiago e Lílian caminhavam quietos pelo jardim, nenhum dos dois parecia confortável naquela situação. Lílian tinha as mãos geladas e o conhecido nó na garganta, já Tiago sentia algo realmente novo, seu estômago revirava de ansiedade e ele não fazia noção do quer fazer ou falar na frente daquela garota que desde o primeiro olhar se tornara uma impertinente habitante de seus pensamentos.
-Vem cá... -disse o garoto com a voz rouca puxando Lílian pela mão e conduzindo-a até a sombra de uma árvore.
-Dia bonito, não!? -comentou Lílian, mordendo os lábios de arrependimento após perceber a frase comum de quem não tem absolutamente nada para falar, que acabara se soltar.
Um momento de ansiedade quebrado pelas risadas de Tiago, que pareciam deixar o clima mais leve.
-Você é incrível! -exclamou o garoto pegando a mão de Lílian e entrelaçando seus dedos aos dela.
Ele apertou sua mão à dela e aproximou se corpo. Os dois ficaram assim, de mãos dadas, apenas observando a tarde que chegava junto àquele lindo cenário do sol encontrando a água do lago, por um certo tempo.
Lílian se sentia uma menininha em seu primeiro encontro. Estava realmente nervosa, tinha vontade de sair correndo dali, o que contrapunha sua outra parte, que queria apenas ficar junto àquele garoto, que até ali estava sendo perfeito para ela.
O garoto se moveu novamente, dessa vez soltando a mão de Lílian e passando ela pela cintura da garota, fazendo os corpos se aproximarem mais ainda. Os olhares se encontraram, e Tiago aproximou seu rosto ao dela, que aprecia um pouco reclusa àquela situação.
-É tão incrível, que está fazendo isso comigo! -ele exclamou falando num tom de voz baixo, uma vez que seus lábios quase encontravam os da garota. As respirações começaram a se alterar, então o garoto a puxou mais para perto e a enlaçou em um beijo mais que esperado
”Nós trouxemos cada dia e os fizemos brilhar. Escrevemos nossos nomes através do céu.”
Um silêncio formou-se e Tiago observou-a por um momento. A garota, que ainda estava com os olhos vedados por uma faixa, sorria esperando a tão dita surpresa. Tiago passou sua mão pela cintura da ruiva e com a outra tirou a venda de seus olhos. Os dois estavam exatamente no meio do campo de quadribol, e acima deles uma linda noite estrelada banhava o momento.
-Tiago! Alguém pode nos... -ela tentou sendo interrompida pelo indicador de Tiago que encostava delicadamente em seu lábios.
-Vem... -ele a chamou, enquanto deitava na grama molhada pelo sereno.
A menina hesitou por um instante e então cedeu. Deitou ao lado do namorado, se aninhando a seus braços.
-Eu te amo. -ela disse enquanto o garoto afagava seus cabelos.
-Eu também. -ele respondeu apenas.
”Saímos de uma vida e tempo que nós nunca viremos de novo. Preciso dizer Adeus, sei que não há palavra mais triste, mas é necessária neste momento, sei o que está por vir. “
Um turbilhão de pensamentos passou-se pela cabeça do rapaz. Tudo aquilo não fazia sentido algum. Lílian e ele eram perfeitos, tinham um lar, amigos, e o mais importante de tudo, o amor. Suas mãos tremiam e grossas lágrimas caiam de seus olhos molhando a carta, fazendo todas aquelas terríveis palavras se embaralharem.
Todos os estudantes olhavam para o palco, aonde o orador daquele ano esperava para fazer o discurso para a turma formanda. Era estranho, e triste ,pensar que aqueles eram os últimos momentos que passariam em Hogwarts.
-Sonorus. -Tiago sussurrou apontando a varinha para sua garganta.
“Ilustríssimo Sr. Diretor Alvo Dumbledore, queridos Professores e funcionários, prezados colegas, queridos amigos.
Nossa vida nessa escola chegou ao fim, marcando o término de mais um ciclo importante e bonito em nossa vida, uma etapa importante para todos nós, com novos desafios a serem corajosamente enfrentados e vencidos! Penso que esta é a oportunidade ideal para agradecermos por tudo aquilo que Hogwarts fez por nós, por tudo o que nos ensinaram nas aulas e, também, por todas as lições de vida aqui aprendidas. Todos os momentos que aqui passamos e que jamais serão esquecidos.
E quanto a nós, queridos amigos, devemos pensar que vencemos uma etapa, mas que o jogo ainda não acabou... Pelo contrário, está apenas começando. Mas, da mesma forma que conseguimos vencer esta parte, conseguiremos vencer todas as outras: com coragem, determinação, confiança em nossas capacidades e inteligência para aproveitarmos tudo o que nos foi ensinado até hoje! Mais uma vez, agradeço a todos os que colaboraram para que pudéssemos estar vivendo hoje este momento feliz! E digo em nome de todos: Sentiremos saudades.”
-Mas há uma pessoa a quem devo um agradecimento maior, Lílian Evans! -ao que ele falou todos se viraram para a ruiva, que tinha as maçãs do rosto púrpuras de tanta vergonha . -A garota que me fez ver o mundo de outra forma. Que despertou um sentimento dentro de mim jamais imaginado, que... -Tiago tremia, suas mãos suavam, e a voz lhe falhava .Num ato inconseqüente ele amassou as fichas do discurso e virou-se novamente para a platéia. -Bem, isso já ‘tá ficando meio chato, não!? -ele falou num sorriso, enquanto passava as mãos pelos cabelos. -Vamos ao que interessa... LÍLIAN EVANS, CASA COMIGO? -ele falou aumentando o tom de voz, como se estivesse soltando palavras entaladas em sua garganta a um certo tempo.
O salão explodiu em murmurinhos e gritinhos aterrorizados pelas incansáveis admiradoras de Tiago Potter.
O garoto desceu do palco e foi até ela, ao que todos os acompanhavam com o olhar. A garota, até agora estática, o envolveu num forte abraço.
-Eu te odeio, Potter! -ela sussurrou arrancando risadas do futuro esposo. -Aonde passaremos nossa lua-de-mel? -ela disse sorrindo também, logo após o beijou com carinho.
Tenho aqui, dentro de mim, um pedacinho de nós dois. Quero que saiba que tudo que estou fazendo foi por ele, nosso filho. Estava há poucos minutos na janela admirando o céu que hoje parece estar mais azul, as estrelas estão mais brilhantes e a lua muito mais majestosa, mas infelizmente o mundo em que vivemos não é mais o mesmo. Sua vida deve continuar, mas saiba que eu te amo, acima de qualquer coisa. Lembranças doces são tudo que estou levando comigo. Portanto, adeus. Por favor, não chore
Sempre tua,
Lílian Potter
Ao decorrer de alguns minutos, Tiago não teve reação alguma. Como se estivesse em estado de choque, o rapaz tinha o olhar preso em um ponto fixo e não conseguia parar de pensar em como seria sua vida sem Lílian. Era impossível, parecia irreal. E um filho, seu filho, lhe pesava mais ainda o coração. A possibilidade de não acompanhá-lo crescer, não ver seu primeiro passo, sua primeira palavra. Ele faria qualquer coisa para proteger essa tão sonhada família, e não parecia demonstrar sinas de desistência a essa idéia.
Buscava meios de fazer todo aquele inferno mental se reverter e tudo voltar ao normal. Em um movimento brusco ele se levantou, foi ao banheiro e lavou o rosto melado pelas lágrimas. Enquanto encarava-se no espelho, com os olhos inchados e vermelhos, ele conclui que sua vida sem eles não valia nada, e que precisava fazer algo para reverter isso tudo.
***
-Eu nunca emprestaria minha moto para um maluco como você! -Sirius exclamou logo após a chegada de um Tiago atordoado.
-Me dê isso aqui Almofadinhas! -o rapaz esbravejou enquanto tentava pegar as chaves no bolso do amigo. -Estou dependendo de você para salvar a minha família. É o meu futuro! -Tiago agora suplicava com o olhar desesperado.
-Pontas! -Sirius gritou assustado, segurando-o pelos braços. -O que aconteceu? -ele sibilou encarando o amigo.
Tiago manteve o olhar por alguns segundos, deixando que lágrimas brotassem de seus olhos novamente. -Ela me deixou, Sirius! Foi embora! Pra sempre. Levando com ela o meu...filho! -ele balbuciou enquanto abraçava o amigo. -Me ajude, por favor.
Mesmo espantado, Sirius acalentou o amigo dando tapinhas em suas costas. Tiago, Lílian, Remo e Pedro eram sua família. As pessoas com quem mais se importava em todo o mundo. Vê-lo daquela maneira era angustiante, não importava ao certo o que estava acontecendo,mas ele tinha plena certeza que precisava ajudar de qualquer maneira. E não hesitaria em fazê-lo.
-Acho que ela foi para a casa dos pais. -ele falou entregando a carta de Lílian nas mãos de Sirius.
O moreno leu a carta reprimindo toda sua perplexidade, para não transparecer preocupação e deixar o amigo mais nervoso do que já estava.
Tiago pegou em seu bolso um envelope amassado e amarelado, que encontrara entre papéis acumulados numa caixinha que Lílian guardava lembranças. Era uma das muitas cartas os pais haviam mandado à garota em seus tempos de Hogwarts.
-É aqui! - o rapaz falou ávido, entregando-lhe o envelope . -A Lily está aqui, tenho certeza. Temos que ir até lá.
Sirius tomou o papel da mão do amigo e examinou-o. Então ele sorriu. A casa dos pais de Lílian era perto de sua antiga casa, localizada no Largo Grimmauld.
-Calma veadinho, logo logo você terá sua Ruivinha de volta! -ele brincou, enquanto subia em sua luxuosa moto preta.
Decorrido alguns minutos, que pareceram horas para Tiago, os dois se viam deparados a uma pequena casa rosa com um jardim muito verde e bem cuidado.
-Bem, aqui estamos. -disse Sirius enquanto parava a moto. -Vá lá e traga nossa família de volta.
Os dois se olharam e sorriram esperançosamente.
-Lílian! -Tiago gritou enquanto corria pelo jardim da casa. -Lílian!
Ele não obteve respostas, até que uma senhora, de aparência frágil, apareceu na porta, receosa.
-Meu jovem, hoje é a festa de noivado da menina Petúnia. Estão todos em Surrey, na casa dos Dursley. -ela falou com apenas a cabeça para fora. -Gostaria de deixar algum recado?
Tiago sentiu seu estômago afundar, precisava falar com a esposa, já. Então arriscou a única idéia que viera à sua cabeça.
-Posso usar seu... -ele hesitou ao tentar lembrar do nome de um aparelho trouxa. -Telefone?
A senhora pareceu reclusa por um instante, mas logo sentiu que aquele rapaz não queria mal algum à sua querida Lílian, a única habitante da casa que já dera o devido valor àquela simples empregada velha, então assentiu com a cabeça e abriu a porta para ele, que entrou, seguido por Sirius.
Sem saber ao certo o que fazer, eles adentraram a pequena sala de estar e olharam a sua volta, os olhos de Tiago acabaram por cair em uma enorme lareira que ficava na parede central da sala. Ele e Sirius se encararam hesitantes por um momento, então Tiago agiu. Enquanto apoiava sua maleta numa mesa ao lado do telefone o rapaz torcia para que achasse um pequeno saquinho de pó de flu, que sempre carregava consigo para alguma emergência. E lá estava, para seu grande alívio.
-Surrey, bairro muito bom. -Tiago começou receoso, sem saber o que falar. -Sabe, tenho uns tios que moram por lá. Em qual rua fica a casa do Dursley? -ele arriscou, tentado transparecer a maior calma possível, enquanto examinava o telefone e pensava no que fazer com aquele estranho aparelho.
-Se não me falha a memória, eles estão na Rua dos Alfeneiros. -a velhinha disse insegura. -Deixe-me conferir. -ela conclui, enquanto botava seus óculos e revirava sua bolsa a procura de algo. -Aqui está. -ela disse entregando-lhe um convite muito fino, em que as letras douradas reluziam. -Aceitam uma xícara de chá? -ela perguntou em um momento oportuno.
-Claro! -os dois responderam em coro.
-Mas olhem lá o que farão para a minha Lily!-ela falou enquanto andava vagarosamente arrastando seus chinelos, não obtendo resposta, uma vez que Tiago e Sirius já haviam “mergulhado” pela lareira.
Com uma queda brusca e dolorosa, eles pareciam nem prestar atenção nas exclamações aterrorizadas vindas do lado de fora.
-Mas o que está acontecendo... -um rapaz corpulento tentou falar ao perceber que sua lareira agora tinha muito mais do que cinzas.
Todos se afastavam dali muito assustados. Petúnia, que vinha sorridente da cozinha soltou um berro estridente ao ver o que estava acontecendo.
-É ele mamãe! É ele! -ela falava olhando horrorizada para Tiago. -Eu disse que não queria essa gentinha na minha festa! -ela completou com os olhos marejados, referindo-se à Lílian.
Os pais das garotas não sabiam como reagir, uma vez que Valter já avançava para a lareira empunhando um espeto para carvão em suas mãos.
A ruiva voltou seu olhar para a confusão ao escutar os berros da irmã e de seu futuro cunhado. E lá estava ele. Com aquele seu sorrisinho envergonhado e a mão levada aos cabelos.
-Lils... -ele falou baixo enquanto se levantava, fazendo todos os convidados presentes, inclusive Valter, chegarem para trás apavorados. -Por que você me deixou? -agora sua voz já começava a falhar e seus olhos já marejavam novamente. -Como você foi capaz de achar que a nossa história acabou? Tudo o que construímos até agora serão apenas memórias?
Ela realmente não sabia o que dizer. Tudo estava muito confuso,mas determinantemente não era certo o que estava fazendo. Ela apenas sorriu, e correu para abraçá-lo, sem ligar para o grande aglomerado de pessoas que os olhavam e todos os seus receios quanto à nova vida que vinha por aí. Só assim, Lílian conseguiu perceber o quão importante aquele homem era a ela. É verdade, os tempos que estavam por vir não seriam nada fáceis. Mas naquele momento, ela pode perceber que sem aquele homem, sua vida não fazia sentindo, e só de pensar em perdê-lo mais uma vez, sentiu as pernas tremerem e o estômago gelar. Ele a completava, a fazia se sentir uma mulher.
-Sem você, os meus sentimentos do presente serão apenas uma pele morta, da saudade e do passado. -ele falou afagando-lhe os cabelos.
-Eu te amo, sempre! -disse Lílian com os olhos marejados beijando o marido apaixonadamente.
N/A~ Minha primeira Onseshot, criada com muito sacrifício para humildemente participar do Potterfiction Awars! =P
Bem primeiramente o Disclaimer: Em uma das memórias do Tiago e usei um trecho do 5° livro, HP e a Ordem da Fênix, como vocês já devem ter percebido!
Obrigada a todos que leram e comentaram, amo vocês (L)
Mas, três pessoinhas merecem um agradecimento maior, pelas minha reclamações do típico “Eu não sei o que escrever”. Fe, Lisia e Larissa, coisinhas do meu coraçããão! x)
Beijos,
Mah Lupin
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