A História



Capítulo 25
A História

- Ced? – chamou Hermione – Como você está?
Não obteve resposta.
- Ced... A Mel não iria querer te ver assim! Você precisa voltar a viver!
- Não posso Hermione! Como você se sentiria se o Harry tivesse morrido? – perguntei.
- Tenho certeza de que não me sentiria pior do que você... Mas a vida continua e ela mesma disse!
- Ela sabia, não sabia?
- O quê?
- Da morte dela...
- Olha Ced... Isso eu não sei, mas ela tinha muitos pesadelos e pressentimentos!
- Ela sabia... Mas nunca quis realmente me dizer! Não posso continuar sem ela, Hermione...
- A morte dela ainda é muito recente... Mas eu sei que você vai conseguir seguir sem ela! E ainda por cima, eu, Harry e Rony ainda estamos aqui para te ajudar!
- Mione... Ela se foi sem nem ao menos receber as desculpas de meu pai! Ele a criticou e ela se foi assim... Tão triste... E ele...
- Ced... Esquece isso... Não acredito que ela guardou mágoas dele! Ela era boa demais pra isso!
- Eu sei... Ela tinha mesmo um coração bom... Só ela entendia os casos amorosos dessa escola... Só ela sabia o ponto fraco de Snape... Só ela entendia como a gente se sentia mal... Só ela sabia quando estávamos tristes sem mesmo dizermos uma palavra... Só ela era a melhor artilheira do Quadribol...
- É... Isso tudo é verdade... Mas Ced... Agora ela está com os pais e os avós... Pense assim!
- ELA ESTÁ COM OS PAIS E OS AVÓS, MAS ELA NÃO ESTÁ AQUI, COMIGO! – desabafei. – desculpe Mione...
- Tudo bem, Ced... Eu posso imaginar como você se sente!
Retirei-me, evitando causar mais desentendimentos. Harry continua com Hermione até hoje... E Rony descolou uma namorada legal na Alemanha.
No fim, Melissa não soube qual era o verdadeiro problema de Beauxbatons. Iria ao fim de semana para descobrir. Fui até lá, substituí-la. Mas a diretora se recusou a falar sobre o assunto. Agora, vai da imaginação de cada um de vocês o que realmente havia acontecido, que só Melissa pudesse salvá-los. Quanto a Olívio Wood, meu maior inimigo, a quem eu perdoara, ele acabou ficando com Natalie Landgraff, a melhor amiga de Melissa, em Beauxbatons.
Bem, vocês já devem ter percebido que já não é mais Melissa quem conta essa história. Sim. Sou eu, Cedrico Diggory. Ela me escondeu muitas vezes, mas eu o descobri. Seu maior segredo.
Numa visita ao seu quarto, concebida por Dumbledore a muito custo, abri uma antiga gaveta. Ela tinha muitos livros trouxas. Guardava consigo um álbum de Hogwarts, onde eu estava presente. Nas fotos, todas sorrindo. Foi quando abri a última das gavetas. Um caderno de capa muito bonita. Tinha o estilo Francês e tinha uma frase cravada na capa. Em francês, é claro. Achei o que ela me escondia. Nesse caderno, Melissa escrevia sobre a vida dela. Todos os acontecimentos estavam escritos lá. Pois é, exatamente o livro que você tem em mãos nesse momento. Esse é o “diário” de Melissa. Não vejo porque não terminá-lo. Por isso estou aqui, já que as suas últimas palavras foram escritas antes de nos encontrarmos no saguão, aquela noite.
Depois de muito tempo, não se ouviu mais falar em Voldemort. Melanie e Malfoy sumiram pelo mundo. Talvez estivessem à procura de algum Lord mais poderoso. Confesso que a reputação de Voldemort caíra muito desde o último conflito. Se ele continua vivo e se pretendia voltar, isso vai depender também das suas próprias imaginações.
Essa história não é como as outras que o bem sempre vence o mal. Aqui está a prova que isso nem sempre é verdade.
Agora consigo entender o porquê de tudo isso. Melissa tinha um destino. Traçado, como o de todo mundo. O único problema foi que demorei demais para descobrir que o meu verdadeiro amor estava, desde o começo, ao meu lado. Mas, a vida é assim. Temos amores certos e destinos opostos. Ninguém pode mudar isso. Apesar de fazer muita falta a uns e causar alegria em outros, Melissa cumpriu sua missão. Descobriu a verdadeira causa da morte de seus pais e ainda assim, conseguiu justificar a morte de muitos inocentes. Melissa era uma pessoa especial, apesar de ter perdido pessoas que amava. Sofreu muito, mas nem por isso deixava-se abalar e sempre tinha um sorriso no rosto. Encantava qualquer pessoa que a conhecia. Era a melhor artilheira de Quadribol. Era linda e, acima de tudo, o meu amor.
Sei que ela retribuiu todo o amor que sinto por ela. Deixa saudades, mas quando me lembrar da loirinha mais encrenqueira e mais especial de todas, lembrarei dos momentos bons. Lembrarei de quando nos conhecemos, de uma forma “diferente”. E de quando ela ficava preocupada, sem querer, sempre mordia o lábio inferior. Ou de quando a encontrei na chuva, perdida. De quando a “agarrei” e a beijei pela primeira vez ou de quando se sentava para estudar na biblioteca, com aquele jeitinho estudioso que matava qualquer um. De quando ela invadiu o vestiário e me viu sem camisa, tentou disfarçar, mas quase perdera o fôlego.
A imagem de Melissa sorrindo ainda permanece na minha memória. Sei que não sou a única pessoa a sentir isso. Afinal, ela conquistou todos com seu jeitinho tímido. Mas, infelizmente, ela não teve a sorte de tornar os próximos anos das nossas vidas, os mais felizes. Mas, sei que fez o que tinha que fazer.
Ela se foi, assim. Tão rápido. Deixando saudades em quem não teve tempo para conhecê-la melhor. Melissa se foi, sem saber que fim teria o jogo contra a Sonserina, no último dia de aula. É claro, que, eu procurei investigar sobre isso, e descobri que a Grifinória perdera o jogo. Afinal, eles jogaram sem a melhor das suas artilheiras e Olívio achou que eles tivessem chances de vencer sem uma artilheira. Engano dele. Ficava claro que o time não seria a mesma coisa sem ela. Mas, foi o que vi. (Ou pelo menos imaginei, afinal, ela sumira). Um sorriso vitorioso estampado no rosto de Melanie. 360 a 210. Este fora o resultado final. Sonserina ganhara a taça das casas, assim como não fazia há 10 anos. Todos tinham esperanças naquele jogo, mas não pareciam surpresos quando o resultado apareceu.
Meu pai tentou voltar atrás na sua última e única conversa com ela. Mas, dessa vez fora um pouco grosseiro com ele. Quando lhe dei a notícia da morte dela, ele pareceu ficar chocado. Deve ter ficado com um peso na consciência tão grande, que me olhava triste, pelos cantos. Mas, a única coisa que queria era que ela não fosse assim, sem antes receber as verdadeiras desculpas. Ele fora totalmente sem coração ao se tratar dela. Mas, Melissa tinha razão. Acho que meu pai aprendeu com o que ela lhe dissera. Não se deve julgar as pessoas pelo que elas tem, e sim pelo que elas são.
Agora, ela deve estar junto de seus pais e avós, feliz. Acredito na possibilidade de nos encontrarmos novamente, algum dia. Ela se foi, mas entendo que a sua vontade é que todos continuem suas vidas, felizes ou não, mas vivendo normalmente...
Só tenho duas palavras para dizer a ela, e espero que elas não se percam neste diário: TE AMO!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.