<i> Adeus Hogwarts </i>
Capitulo 1
Adeus Hogwarts.
Após aquele triste enterro em Hogwarts, Harry Potter o menino-que-sobreviveu atualmente denominado o eleito, sentia-se vazio e triste. Com a morte de Dumbledore, Harry sentia-se como se um de si próprio também tivesse morrido, pedaço este muito importante.
O moreno vagava lentamente pelos corredores de Hogwarts, queria memorizar todos os lugares, não deixar um detalhe sequer de fora, pois aquela poderia ser a última vez que estivesse ali. Mesmo que a escola continue aberta no próximo ano ele não retornaria, irá atrás dos horcruxes e após destruir todos atrás do próprio Lorde Voldemort. E se sairia vivo disso tudo, nem ele mesmo sabia. Sabia, entretanto que se morresse levaria com ele todas as Horcruxes destruídas e o maior número de comensais da morte possível ou senão o próprio Lorde junto, isto ele prometera para si mesmo.
Quanto tempo ficou vagando pela escola até chegar ao salão comunal da Grifinória nem ele mesmo sabia. Eram tantas as lembranças boas daquele lugar que fora como sua casa, que fora sua tábua salvadora dos Dursleys, que o apresentara a um mundo completamente diferente do que conhecia e agora aquilo, Hogwarts e todo o mundo mágico, correndo grandes perigos e tudo por culpa de quem? De Voldemort e era o seu dever acabar com tudo isso.
Assim que adentrou no salão comunal da Grifinória avistou Rony, Hermione e Gina sentados em frente à lareira em confortáveis poltronas,com certeza esperando-o.
- Harry que bom que você chegou, já estávamos preocupados não te vimos mais depois do enterro. -Disse Hermione ao avistar o moreno, que desejou intimamente não ter de falar muito com eles, não queria falar, queria ficar em silêncio pensando em tudo e também tinha Gina com quem ele acabara o namoro há algumas horas atrás, não queria vê-la agora.
-Amigos, não me levem a mal, mas eu preciso ficar sozinho. -Disse tomando o máximo de cuidado para não ofendê-los.
-Que isso cara fica aqui com a.... - Tentou dizer Rony, porém Hermione o cortou.
-Não Ronald, Harry precisa ficar sozinho mesmo, tem muito que pensar. –Vá Harry, só um aviso da diretora, iremos embora amanhã pela manhã por meio da chave de portal, e você ainda precisa voltar para a casa de seus tios mais uns dias, antes de completar dezessete anos irão te buscar para te levarem para a Toca . -Disse Hermione num fôlego só.
- Obrigado Hermione. -Agradeceu Harry já subindo em direção aos dormitórios.
***
Assim que Harry chegou ao dormitório do sexto ano, deitou-se na sua cama e afundando-se em pensamentos. Lembrou de Dumbledore e de como Snape o matara sem piedade. As últimas palavras do diretor,que haviam sido súplicas e toda a frieza do mestre de poções ainda pairavam como uma nuvem negra sobre seus pensamentos.
Como ele odiava Severo Snape, talvez até mais do que o próprio Lorde Voldemort. Lembrou também de Sirius, seu padrinho que morrera por um erro seu, aquilo ainda o incomodava por dentro,eram chagas profundas em seu ser que talvez nunca fossem completamente curadas.
Pensava também em Gina e em como a amava. Terminar com ela arrancou um gigante pedaço seu e tudo isso o deixava vazio, triste, sem sentimentos. Voltou seu olhar para a janela e constatou que lá o fora o tempo estava como ele, vazio, triste, sombrio e sem alegria.
Mas ele não poderia ficar assim, tinha de ser forte, precisava ser, caso contrário não poderia fazer o que tinha de ser feito: destruir os horcruxes e derrotar Voldemort necessitando realmente de força para tal ato.
Aos poucos foi lembrando os momentos felizes que já tivera, reunindo cada gota de energia que tinha. O choro então veio e ele o deixou fluir, ficou ali parado chorando por muito tempo até suas lágrimas secarem.
Era então hora de se recuperar, de ser forte, de se libertar de todo esse sentimento ruim que ele tinha, e assim o fez, aos poucos se conformou e estava pronto para começar sua jornada. Jurara pela memória de todos aqueles que morreram por ele que seria forte,que cumpriria o que lhe fora fatalmente destinado.
Decidiu informar Gina de tudo sobre os Horcruxes e sobre sua jornada. Ela tinha que saber. Em seu mais profundo intimo ele sabia que mesmo contra seus superficiais desejos ela ainda o amava e que não justo deixa-la completamente no escuro no tão cruel momento em que teria de partir para uma jornada cujo destino final era incerto.Quem sabe talvez ela até poderia o ajudar com pesquisas,certamente o máximo que sua consciência permitiria,ele não queria que ela corresse maiores riscos por ser sua amada,já lhe bastava os que pairavam sobre todos em meio a guerra.
Desceu até o salão comunal que se encontrava praticamente vazio e chamou os três até o dormitório masculino, também vazio, já que seus ocupantes remanescentes, em sua maioria preferiam os campos ensolarados às beiras do lago negro, quem sabe talvez até em forma de se despedir da escola que assim como Harry tinha destino incerto.
Juntamente com Rony e Hermione revelou então tudo a Gina em breves palavras intercaladas entre os três.
-Então é essa sua grande jornada Harry? -Perguntou Gina abismada.
- Sim Gina esta é a minha grande jornada. –Respondeu.
- E é claro que você não pretende me deixar de fora, não é mesmo? – Perguntou a bruxa já se levantando da cama, toda sua determinação parecia ter aflorado.
- Gina entenda... – Começou Harry sendo rapidamente cortado pela Weasley
- Entender o que Harry que você me acha uma bonequinha de cristal, uma menininha, a frágil donzela que não sabe se defender? – Um profundo tom de ironia e sarcasmo recobria a voz da jovem Weasley que naquele momento parecia mais uma leoa.
- Não é bem assim Gi... – Tentara apaziguar Hermione sendo cortada pela amiga assim como aconteceu com Harry.
- Entendam vocês três, eu não estou alheia a essa guerra, como poderei ficar tranqüila sabendo o perigo que vocês correm? Sabendo que existem pessoas lutando, pessoas perdendo a vida, meus amigos, meu amo... – Desta vez foi Gina a interrompida, interrupção esta provinda de Harry que num ato inconsciente havia levantando de seu lugar rumo onde se encontra sua luz em meio às trevas tocando-lhe suavemente as mãos levantando-as suavemente até a altura de seu peito mantendo-as seguras por entre as suas.
- Gi entenda, eu jamais me perdoaria se algo acontecesse com você. Você sabe o quanto eu te amo e sabe também o quanto isso lhe traz perigos. Por favor, colabore comigo, eu juro que não sei o que eu faria se te perdesse. – O tom usado por Harry era um tom calmo e explicativo o eleito buscara seus dois feixes de luz, os belos olhos castanhos de Gina, enquanto falava passando-lhe segurança ao mesmo tempo em que buscava esperança e forças para prosseguir. Sem reações mediante a atitude do ex-namorado a jovem Weasley não teve outra escolha a não dar-se por vencida, pelo menos por hora.
- Eu vou lhe ajudar mesmo que eu não possa ir com você, quando estiverem atrás dos Horcruxes, posso lhes ajudar pesquisando.
-Muito obrigado Gi. – Replicou Harry em tom de profundo agradecimento e tranqüilidade. Ambos ainda mantinham as mãos entrelaçadas e os olhares fixos, seus rostos se aproximaram cada vez mais quando foram entrecortados por um alto pigarreio de Rony.
- Ai! Essa doeu Hermione. – Reclamava o ruivo após levar uma forte cotovelada da amiga.
- Quem sabe assim você melhora e deixa de ter a sensibilidade de um rabanete
Ronald. – Se explicava Hermione num tom ligeiramente subjetivo como se houvesse algo mais por detrás da frase.
***
Chegara o dia. Agora era oficial, Harry iria embora de Hogwarts. Assim que acordou o moreno terminou de arrumar seus pertences junto de Rony rumando em direção ao salão principal ao término da tarefa, local onde Gina e Hermione já os aguardavam.
Tomaram um rápido café da manhã e foram aos jardins onde as chaves de portais estavam.
- Olá pessoal. - Cumprimentou o meio gigante Hagrid ao avistá-los.
- As chaves de portais de vocês estão .... -ele verificou então numa prancheta-
- Ali. -Disse apontando os enormes dedos em direção de três chaleiras velhas postas enfileiradas lado a lado – Deixem seus pertences comigo que depois os mesmos serão despachados até vocês, eu prometo que nada se perderá. – Completou.
- Até mais Harry. – Despediu-se o professor e amigo do eleito enquanto o quarteto rumava em direção às chaleiras.
- Até Hagrid.
Quando o quarteto fantástico chegou ao local onde Hagrid indicara, puderam ver que em cada uma das três chaleiras estava escrito seus nomes.
-Então nos vemos na Toca. – Começara Hermione. Harry se cuide e juízo, lembre-se que você-sabe-quem está à solta e o ministério cada vez mais impotente perante suas forças, por isso, vê se evita sair de casa, faça isso o mínimo possível. – Ela então se aproximou mais do amigo. – Existem alguns vigias da ordem pela região, segundo o que a professora Mcgonagall me disse, mas mesmo assim tome cuidado,qualquer coisa já sabe, aparate diretamente na Toca ou em minha casa que são os locais mais seguros. Tentarei lhe escrever e enviar “O Profeta Diário” para te manter informado todos os dias, serão poucos dias na casa de seus tios, um pouco antes de você completar dezessete anos a ordem te leva dali, estarei na Toca quando você chegar, lá combinamos os detalhes sobre aquilo e partimos.
- Ok Hermione e se tome cuide você também.
Hermione então deu um último aceno para os três antes de tocar em sua chave de portal sumindo dali.
-Tchau cara, até mais, se cuida hein. - Despediu-se Rony do eleito dando-lhe um abraço com tapinhas nas costas.
-Tchau Harry. - Despediu-se também Gina, porém mais acanhada do que seu irmão dando um breve sorriso ao amado e apenas isso.
Ela e Rony então tocaram na chave de portal desaparecendo dali.
Dando uma última olhada nos terrenos de Hogwarts parando seu olhar mais longamente para a margem do lago negro e a tumba branca de Dumbledore, Harry também tocou sua chave de portal sumindo dali, com o pensamento de que talvez nunca mais voltasse.
Após uma não muito confortável viajem enfim chegou ao seu tedioso destino e abrigo pelos próximos dias. Sua aterrissagem deu-se no chão da sala de estar de seus tios, onde tio Valter e tia Petúnia assistiam televisão, um ao lado do outro em seu confortável sofá. Qual não foi a surpresa de ambos quando avistaram o sobrinho ali.
-O que faz aqui? – Vociferou tio Valter assumindo uma cor ligeiramente púrpura na face.
-Voltei mais cedo este ano. - Respondeu secamente Harry já se dirigindo para seu quarto, não queria muita conversa com seus tios, pelo menos não por hora.
***
Enquanto isso em algum lugar remoto no interior da Inglaterra, acomodado em uma simples choupana que anteriormente pertenceu a pobres camponeses cruelmente assassinados e que agora havia sido completamente modificada por intermédio da magia. Um ser com aparência ofídica repousava tranquilamente sobre uma luxuosa poltrona em meio a uma sala escura, cujo único meio de iluminação era uma lareira crepitante ao seu lado, reproduzindo sua sombra bizarra pelo cômodo, rondando seus pés sua fiel cobra Nagine. Voldemort tinha em uma das mãos uma taça com um dos melhores vinhos existentes a ocupando, mantendo a outra recostada no braço da poltrona empunhando firmemente a varinha. Aos seus pés um ser completamente vestido de negro e mascarado,um de seus fieis comensais que lha transmitia o andar de seus planos.
- Quer dizer então que o ministério da magia já está quase aos meus pés, muito bom. – A voz do lorde negro era fria e ligeiramente rouca capaz de assustar muita gente mesmo naquele momento em que se encontrava carregada de êxtase e satisfação.
- Continuem com o plano, enfeiticem aqueles que não aceitarem de bom grado se unirem a nós e exterminem aqueles que nos oporem é extramente importante que o ministério esteja sob meu domínio o mais rápido possível.
- Sim Milord.
- Agora vá, e não se esqueça de manter informado,não quero ser alheio a um detalhe sequer.
- Bella venha até aqui. – Mal Voldemort acabará de chamar pelo nome de sua comensal e um grande crake preencheu seus ouvidos era ela.
- Aqui estou milorde? - A comensal recém chegada, assim como os outros dois que estiveram junto do lorde negro, executa uma breve reverência em frente seu mestre em sinal de respeito.
- Nosso informante mandou noticias Bella?
- Sim Milorde o garoto Potter já se encontra na casa dos tios onde permanecerá até pouco antes de completar dezessete anos.
- Hum interessante. O presente de aniversário do garoto já foi providenciado?
- Com todo fervor Milorde.
- Ótimo! Ele não perde por esperar. E nosso informante disse algo sobre a outra tarefa que o incumbi?
- Ele continua sua busca Milorde, entretanto sem resultados ainda. – Respondeu a bruxa menos fervorosamente temendo a fúria de seu mestre, principalmente após o mesmo crispar perigosamente os lábios ao término de sua fala.
- Mande-a se apressar, o êxito nesta tarefa é de extrema importância para meus futuros planos. E mande também nossos vigias se atentarem creio que logo teremos de agir.
***
Nota do autor: É isso ai pessoal, finalmente estou de volta. O capitulo um praticamente não sofreu alterações com exceção do final que foi acrescentado. Meu agradecimento mais que especial para todos aqueles que me incentivaram a continuar. Até a próxima.
Clow Reed
O autor.
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