FIM DE FÉRIAS DUPLAMENTE INESP



01
UM FINAL DE FÉRIAS
DUPLAMENTE INESPERADO.



Férias de verão.
Sétimo ano em Hogwarts.
Casa dos Dursley.



Harry não podia acreditar, parecia mentira: seu tio, sua tia e, o melhor de tudo, seu primo Duda iriam viajar para a França. Isso queria dizer que ele teria os últimos quinze dias de férias recheados com a melhor solidão de todas, por mais estranho que isso possa parecer. Era uma solidão que o agradava bastante. Ele não teria seu primo atrás de batê-lo, não teria o seu tio para importuná-lo e não teria sua tia presente, assim como aquela voz capaz de estourar seus tímpanos. Era um final de férias inesperado demais para ser verdade.
Toc!Toc!Toc!
Alguém batia a porta de Harry.
- Quem é? – perguntou o bruxo.
- Sou eu!
- Eu quem?
BUFF...
A porta de Harry abriu-se com um chute que levou pelo lado de fora do seu quarto.
- Desde de quando eu tenho que dar satisfações para entrar em um quarto que está dentro da minha casa, garotinho? Posso saber?
- Bem, se é assim, para que bater na porta então? Bastava ter dado esse chute na hora que você apareceu aí fora!
Notando a cara de porco com raiva que seu tio estava fazendo, Harry resolveu parar de falar e voltou a olhar para o livro de História da Magia que estava em cima de sua escrivaninha. Claro que ele não estava lendo, estava apenas fingindo, ele queria mesmo era saber o que seu tio estava fazendo em seu quarto em uma hora daquela da noite.
- Bem, rapaz, você não vai estragar o início da minha viagem para a França, apesar de eu saber muito bem que é isso que você quer!
Harry, assustado com a possibilidade de estragar a ida de seus parentes para bem longe dali, resolveu mostrar-se interessadíssimo no que seu tio tinha para dizer:
- Bem, tio, pode falar. Eu não quero atrapalhar sua viagem magnífica para a França de jeito nenhum. Por sinal, como poderia estragar o início de sua viagem se ela só será feita depois de amanhã?
Com uma cara de quem desconfiava de tanta gentileza, tio Valter começou a explicar-se:




- Bem, não que eu tenha que te dar explicações o tempo todo, mas esse caso exige uma. Eu e sua tia, como somos pessoas bastante precavidas, coisa que sua mãe nunca foi, pedimos para a agência de viagens que nos avisasse caso três passageiros desistissem de um mesmo vôo para a França antes de o nosso vôo chegar. E isso aconteceu! Estaremos embarcando em pouco menos de duas horas e já estamos indo para o aeroporto. Volto a dizer que só não deixamos voe com a Sra. Figg, por que ela já está muito velha para suportar um rapaz mal educado como você, além do mais, você já está bem crescidinho, apesar de seus atos não refletiram isso.
Dada a explicação, tio Valter deu meia volta, fechou a porta e deixou Harry a ouvir o som de seus passos no piso de madeira do primeiro andar da casa. Agora, depois das palavras do tio, Harry notara que, há meia hora atrás, depois de um telefona atendido pela tia Petúnia quando Harry já estava no seu quarto lendo o livro de História da Magia, havia surgido uma bagunça na casa, agora evidenciada pelo fato de todos terem que arrumar as malas rapidamente. Outro fato que Harry deixara passar era a roupa de seu tio quando esse entrou em seu quarto agora a pouco: ele se vestia com seu melhor terno, obviamente iria sair.
Passados poucos minutos do recado dado pelo tio, Harry chegou à janela de seu quarto, onde pode ver os três Dursleys entrarem num táxi e partirem, deixando-o livre nos próximos 15 dias. Era perfeito, exceto por uma coisa: desde que soube que iria ficar alguns dias a só em casa, Harry enviou uma carta para Rony e uma outra para Hermione. Ele havia feito uma coisa inesperada, mas ele preferia pensar que era coisa da idade, para que sua consciência não pesasse. Havia convidado seus dois melhores amigos para passar aqueles 15 dias em sua casa. De acordo com o grilo falante de sua mente,era coisa de adolescente. Acontece que, devido à antecipação da viagem, Harry teria que ficar dois dias sozinhos até seus amigos chegarem. Bem, esses dois dias passariam rápido, já que seus tios e seu primo não estavam ali.

***

Passados os dois dias, Harry estava ansioso para que um de seus amigos chegasse em casa. Já era início de tarde, a hora marcada por Hermione para chegar. Rony só chegaria por volta do entardecer. Depois de almoçar um dos almoços congelados que sua tia havia deixado no congelador (todos iguais, por sinal), Harry estava sentado no sofá da sala assistindo ao telejornal do meio-dia. Desde que chegara de Hogwarts, ele criara esse hábito para que pudesse observar se alguma ação do grupo maligno de Voldemort estaria afetando o mundo dos trouxas, e suas suspeitas tinham fundamentos. De acordo com o jornal, algumas pessoas de cidadelas próximas às montanhas tinham desaparecido e algumas haviam estranhado altos barulhos originados das montanhas, apesar de não fazerem idéia da origem do som. Havia também um grande número de trouxas desaparecidos nas próprias cidades grandes, como Londres. Harry queria saber se havia muitos bruxos desaparecidos também, ele desejava muito se encontrar com Hermione pra saber se ela notara isso na sua leitura costumeira do Profeta Diário, o jornal bruxo mais lido. Havia ainda uma notícia que o intrigava muito, vários pássaros estavam migrando separadamente e muitas florestas pequenas por toda a Inglaterra, de acordo com alguns caçadores, estavam com pouquíssimos animais, fato raro no verão.
Os sons perto da montanha eram explicados pelo fato de todos os gigantes estarem sendo chamados por Voldemort, como certamente já era esperado. O desaparecimento de trouxas era comum, assim como havia acontecido há 17 anos atrás. Eram essas explicações tão óbvias que tornava o estranho comportamento das aves e dos animais das florestas tão estranho, ele não tinha uma explicação, mas deveria ter uma relação com as ações dos bruxos maus, já que estava aparecendo constantemente nos telejornais.
Quando Harry estava no meio desses pensamentos e não prestando a menor atenção na receita de suflê de goiaba com calda de queijo catupiry, a campainha da casa toca. Dando um salto, Harry sai do sofá e corre em direção da porta. Como já esperava, consegue ouvir os pais de Hermione antes mesmo de chegar à porta.
- Oi, Mione! Como você está? – perguntou o garoto, recebendo o forte e rotineiro abraço da sua amiga favorita.
- Oi, Harry! Eu estou muito bem. Quero apresentar-lhe minha mãe e meu pai. Pai, mãe, esse é o famoso Harry Potter.
Sentindo o rosto corar com as palavras da amiga, Harry retribui o sorriso dos pais de Hermione. Sorrisos perfeitos por sinal, como não poderia deixar de ser pela profissão que ambos exerciam.
- Olá, Harry, é um prazer imenso conhecê-lo. Apesar de sermos trouxas (era incrível a aparente naturalidade com que ele dizia aquele termo), nós já tomamos conhecimento de todos seus feitos. Hermione fala-nos muito sobre você. – falou o pai da garota.
- Bem, - respondeu Harry – não preciso falar bem da Mione para vocês. As notas dela já falam por si só!
Os quatro riram ali na porta, apesar da cara de desconserto feita por Hermione.
- Bem, Mione, suas malas estão aqui, com suas roupas e seu material escolar. Já que você promete que mais tarde aquele nosso pedido será realizado, iremos partir agora, temos que voltar ao trabalho. Harry, foi um prazer conhecê-lo, tome conta com o que irá fazer nessa casa nesse resto de férias, em uma casa com quatro adolescentes tudo pode acontecer. – foi a vez da mãe de Hermione mostrar que também tinha língua.
Sem refletir, mas guardando as palavras da mãe de Hermione, Harry deu um leve sorriso de despedida e ajudou a garota a trazer suas malas para dentro de casa. Feito isso, Hermione abraçou os pais e observou-os irem em direção ao caro estacionado na rua. Dando um último aceno ara a filha, os dois sumiram quando dobraram a esquina.
Fechada a porta, Harry levou Hermione até o quarto em que ficaria, havia socado uma cama pequena no quarto de besteiras de Duda, coisas que ele não usava desde que começara a praticar boxe.
- Bem, Mione, sei que esse quarto não é grande coisa e que não tem muito espaço, mas é o único quarto em que você pode ficar, já que o meu quarto ficará cheio comigo e Rony, mas eu acho que você cabe aqui. – Harry deu uma risada, mas ela não foi acompanhada por Hermione.
Depois de posta as malas no quarto em que Hermione ficaria, eles foram para a sala. Harry mal podia esperar por aquela conversa.
-Mione, queria aproveitar que Rony não chegou ainda para conversar um pouco com você. Ele certamente iria nos atrapalhar um pouco com aqueles comentários bestas dele.
Harry voltou a rir sozinho. Não sabia por que, mas algo estava diferente com Hermione. Antes que pudesse perguntar se aquele pensamento era verdade, Hermione começou a falar:
- Harry, estava morrendo de saudades de você, sabia? Estava com medo de que você, assim que nós chegássemos aqui na sua casa, pegasse eu e o Rony e quisesse ir atrás de Voldemort ou de seus horcruxes.
- Bem, Mione, muito tentadora essa sua idéia, mas eu pensei bem e cheguei a uma conclusão: eu não posso agir sem a ajuda dos adultos da Ordem, quero dizer, eu sei que no final seremos só eu e ele, mas o caminho vai ser menos difícil se eu estiver das pessoas que me apóiam, então concluí que o melhor seria ficar aqui e esperar uma iniciativa de algum dos adultos para começar a agir. Você sabe o quanto isso é difícil para mim de aceitar, já que eu tenho um ódio mortal por aquele assassino, mas acho que tomei a decisão certa.
- Ótimo, Harry, quer dizer que não há perigo de você, no meio dessas duas semanas, resolver sumir daqui e ir à caça de bruxos do mal, né?
- Não, Mione, não existe essa possibilidade, pode ficar tranqüila quanto a isso
Harry riu largamente e ficou muito feliz quando percebeu que a amiga havia finalmente demonstrado que sabia rir também.
- Mione, agora a parte séria da conversa, você tem notado alguma coisa relacionada às ações do bando de Voldemort no Profeta Diário?
- Puxa, Harry, eu tinha esquecido que você estava sem comunicação com o nosso mundo! Você vai se surpreender com o que eu tenho para lhe falar. Bem, no início das férias, o jornal só estava mostrando o que passa na TV dos trouxas e que tem uma ligação clara com os ataques, como o som dos gigantes nas montanhas e os desaparecimentos de trouxas. Nenhum bruxo tinha desaparecido ainda. Na segunda semana....
- Espere! Os jornais não citaram nada em relação ao comportamento dos pássaros e dos animais daquelas florestas quase vazias?
- Citaram sim, mas como eles não achavam nenhuma relação disso com o mundo dos bruxos e um cientista trouxa renomado apareceu falando que isso estava relacionado à fenômenos climáticos, como massas de ar e ventos alísios, os jornais pararam de comentar a respeito.
- Hum, estranho, muito estranho, mas como pode ter haver com....
- Harry, um cientista de mais alto escalão na Europa falou isso, você acha que ele erraria, mesmo tendo todo a tecnologia ao seu dispor?
Harry parou de iniciar uma argumentação, sabia que Hermione não perdia essas brigas pequenas que eles sempre tinham.
- Bem, pelo visto você desistiu de ser contra a Ciência, muito sábio de sua parte. – zombou Hermione.
- E muito engraçado da sua!
- Bem, o mais intrigante ainda está por vir. Depois de um certo tempo sem aparente ação do lado do mal, um certo dia de manhã, toda a comunidade bruxa acorda sm jornais e revistas nas bancas!
- Como?


- Isso mesmo, Harry. O bando dele atacou, em uma mesma noite e de modo muito silencioso, todos os prédios de jornais e revistas. Eles capturaram todos o repórteres, jornalistas, redatores, fotógrafos, tudo, Harry. Tudo sumiu do dia pra noite. Eles planejaram tudo de modo perfeito, foi inesperado e sigiloso, não houve a menor possibilidade de serem detidos, não houve nem reação.
- A Rita Skeeter também foi levada?
- Foi. Apenas um jornal, ou melhor, uma revista não foi atacada. Será que você pode adivinhar qual?
- O Pasquin?
- Exato, Harry.
- Mas por que? A revista do pai da Luna não tem feito nenhuma divulgação a respeito deles? Eu quero dizer, o único motivo que eles tem para atacarem dessa maneira todos os meios de comunicação é o ataque que esses meios fazem ao lado do mal!
- Claro que tem! Mas a credibilidade baixa que essa revista tem deve tê-los feito pensar que não seria necessário ataca-la!
- É possível.
- Mione, você tem tido notícias de como os adultos da ordem estão agindo? O que eles estão fazendo? O que já fizeram?
- Não, Harry. Não muitas pelo menos. O que posso dizer é que a Ordem foi mudada de local, ela está n’A Toca agora.
- Lá não! É um lugar muito óbvio.
- Não se preocupe, se você, que tem 17 anos, pensou nisso, você sinceramente não acha que Lupin, os Weasley, Tonks e os outros pensariam também?
- Às vezes você é tão bruta quando fala. É assustador!
- Desculpe-me, mas não se preoupe. Eles armaram um plano. Forjaram a explosão da casa e a tornaram invisível, assim nenhuma pessoa pode vê-la. Além do mais, vários feitiços a protegem, ela está bem segura.
- Como você sabe disso tudo, quero dizer, não podemos passar cartas com informações desse tipo, podemos? Elas podem ser interceptadas!
- É, não podemos. Acontece que eu encontrei a Tonks no meio da rua um dia desses, ela estava vestida de trouxa e deu uma breve explicação sobre isso. Como a Ordem mudou de local e está n’A Toca agora, Rony deve estar mais bem preparado do que eu para falar a respeito de como eles estão agindo, não mesmo?
- Sim, ou melhor, espero que sim!
Harry deixou bem claro sua cara de frustração ao ver que sua amiga-sabe-tudo havia virado uma amiga-quase-sabe-tudo, porque de imediato ela respondeu:
- Desculpe por não puder matar seu pedido a respeito da Ordem, Harry .
Uma daquelas palavras havia lembrado algo a Harry.
- O que sua mãe quis dizer com “aquele nosso pedido”?
Independente do que fosse, Hermione ou não queria dizer ou não esperava que fosse tão cedo, porque instantaneamente ela fez uma cara de espanto e baixou a cara, deixando transparecer um pouco de medo e de vergonha.
- Bem, Harry, nós somos adolescentes, meus pais não queriam que eu viesse para cá com dois rapazes e ficasse sozinha com eles. Eles dizem que “coisas acontecem”.
Agora foi a vez de Harry demonstrar algo pelo rosto. Sua cara ficou vermelha e deixou bem clara a vergonha que sentia.sorte dele que Hermione estava de cabeça baixa.
- Bem, mas o importante é que você está aqui, né? Quero dizer, eles deixaram você vir, então tudo certo! Não é mesmo?
- É, deixaram sim, mas só porque eu satisfiz um pedido que eles fizeram a mim. Desculpe-me, Harry, por não tê-lo falado disso antes, mas eu queria muito vir para cá e fiquei com medo de você não querer fazer o pedido deles...
- Qual é esse pedido, Hermione? O que você fez?
- Bem, meus pais queriam que uma outra garota viesse para cá. A única garota que eu penso que poderia....
- Sim... – Harry já tinha idéia do que viria por aí, estava suando frio.
- Trazer para cá seria a ...
- Prossiga...
- Gina!
- Meu Deus, Mione, não acredito que daqui a poucas horas Rony chegará aqui e trará a irmã dele junta.
- Calma, Harry, ela cabe naquele quarto em que estou!
- O problema não é espaço, Mione, você sabe tudo que aconteceu entre nós dois e o fim que isso teve e os motivos que me fizeram terminar com ela, mesmo sem eu querer fazer isso...
Harry calou-se, era a primeira vez que ele confessava, até para si mesmo, que terminara o namoro com Gina contra a sua vontade.
- ...eu simplesmente não estava preparado para vê-la.
- Desculpe-me, Harry. Mais uma vez, por favor. Não foi minha intenção irritar você de alguma maneira.
- Não, Mione, tudo bem. Você não me irritou, foi apenas uma surpresa.
Mas Harry estava um pouco irritado sim. Não com Hermione, mas consigo mesmo. Ele não sabia mais como lidar com aquele sentimento tão forte que estava dentro dele!
- Vamos, temos que mudar os quartos!
- Como assim? – perguntou Hermione.
- Não vou deixar duas garotas dormirem em um quarto apertado daqueles. Eu dormirei na cama que era pra você. Rony dorme em um colchonete no chão, se ele achar espaço. Você e Gina dormem no meu quarto, terão que usar um colchonete também, mas pelo menos não ficarão em um chão cheio de bagulhos do meu primo!
- Ai, que lindo! Tão cavalheiro e gentil!
- Assim você consegue me deixar irritado, Mione.
- Desculpe, parei.
- Pare de me pedir desculpas e venha me ajudar com a mudança de quartos, por favor.
- Claro, senhor Gentileza.
E os dois subiram as escadas juntos.

***

Depois de arrumado os quartos, Harry e Hermione fizeram um lanche e conversaram um pouco sobre uma revolta particularmente interessante que Harry havia visto no dia anterior no seu livro de História da Magia. Já era noite.
- Bem, Harry, depois que os líderes élficos resolveram decretar caça aos anões pelo não pagamento da dívida, esses dois povos acabaram travando um confronto que ficou conhecido com o Meio-confronto.
- Por que Meio-confronto, essa luta durou pouco tempo?
- Não, na verdade ela durou muito tempo, ela foi de 1250 a 1327, ano em que os anões venceram os elfos e os domesticaram para eles. Desde então, criou-se o hábito de criar elfos domésticos, esse costume passaria mais tarde para os bruxos como nós, uma vergonha se quer saber.
- Mione, você rodou e rodou e acabou não me explicando por que o confronto se chama Meio-confronto. Será que poderia me explicar?
- Ah, por um motivo muito simples, esse nome nada mais é que um pré-conceito histórico que foi adotado no passado e perdura até hoje. Esse nome se dá pelo fato de os participantes desse confronto terem uma estatura de média pra baixo.
Os dois riram abertamente, mas foram interrompidos pela campainha que começou a tocar seguidamente e desesperadamente.
- Olá, sr. Weasley! – Harry falou ao senhor ruivo que tocava a campainha como se fosse uma criança encantada com a tecnologia absurda que aquela invenção continha.
- Olá, Harry. Magnífica essa criação humana, realmente muita prática, espetacular diria eu! É muito bom saber que em tempos difíceis como esses os humanos ainda criam coisas tão belas e românticas. – falou um sr. Weasley com os olhos cheios de lágrimas.
- Bem, sr. Weasley, a campainha não tem nada de bela e romântica, além de ter sido inventada há um bom tempo.
- Controle-se pai! – falou um rapaz magrelo de quase dois metros de altura que estava do lado do primeiro – Olá, Harry.
- Olá, Rony. Entrem, por favor.
- Obrigado, Harry, mas eu não posso ficar, tenho trabalhos importantíssimos a fazer. Tenho que ir, mas deixarei alguns funcionários de confiança do Ministério e da Ordem aqui pela rua. Vocês não os verão, mas eles estarão sempre de olho em vocês. Mesmo assim, não me custa nada dizer: não saiam de casa, nem pisem no jardim. Ela está enfeitiçada para proteger vocês. No próximo fim de semana, Molly virá para cá para visitá-los, certo. Todos entregues, fui.
E aparatou rapidamente.
- Bem, Rony, vou ajudar você com as malas. – falou, Harry, abaixando-se para pegar uma mala de couro meio avermelhado que estava do lado das malas conhecidas de Rony.
- Não precisa, muito obrigada, Harry. Pode deixar que eu levo essa mala. – Harry ouviu a voz feminina e, sem levantar-se, leu as inicias G.W. grafadas no couro da mala. Gina Weasley estava ali atrás do irmão gigante que tinha.
- Olá, Gina, é muito bom te ver aqui.
- Digo o mesmo. A Mione já chegou?
- Já sim, ela está na sala, pode entrar. Eu mesmo levo suas malas até seu quarto junto com seu irmão, não se preocupe.
- Tudo bem. Eu não me preocuparei, confio em você.
E entrou.
Harry levantou-se depois que ela passou por ele quando ele ainda estava de cabeça baixa.
- Rony, ela falou algo de mim no verão? – falou o rapaz depois que teve certeza de que Gina já estava bem entretida com Hermione e não escutaria a conversa dos dois.
- Falou sim. Vamos subir. Lá nos quartos eu falo tudo pra você.
Harry e Rony entraram na casa. O segundo deles fechou a porta por dentro e passou pela sala, onde estavam as garotas, com as malas nas mãos.
O cumprimento entre Hermione e Rony foi tão esquisito como de Gina e Harry. Harry podia estar enganado, mas teve a impressão de que Hermione estava tratando Rony de uma maneira mais delicada, mais doce. A palavra certa seria amável.

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