Surpresas
-Pronto para trabalhar Weasley? – perguntou o loiro debochado.
-Não me enche Malfoy – resmungou o ruivo encaminhado-se para uma pilha de livros que estavam encima da mesma e colocando um por um na prateleira.
-Eu sempre achei que esse seria o seu destino – disse o loiro encostando-se na parede e cruzando os braços – Tendo um trabalho servil.
“Se controle Rony, ele não vale a pena” pensava o ruivo tentando ao máximo não ouvir a voz asquerosa daquele nojento.
-Como vai o seu pai no ministério Weasley?Ouvi falar que se tirarem ele e colocarem uma vassoura ninguém percebe a diferença.
-Olha aqui Malfoy, se você tiver amor aos seus dentes é melhor você calar a boca – alertou o ruivo voltando a organizar os livros.
Malfoy desencostou-se da parede e sentou-se em uma mesa.
-Weasley pobretão defendendo a sangue-ruim Granger recebeu uma detenção.Patético, ela nunca vai olhar pra você Weasley, humpf, tentando bancar o herói.Queria um beijinho como premio é?
-Não fale o que você não sabe Malfoy – disse o ruivo tremendo e com as orelhas vermelhas.
-A escola toda sabe da quedinha que você tem pela Sangue- ruim Weasley, só a tapada que não percebeu, vai ver que aquele cabeço lanzudo dela atrapalha a audição.
Rony apenas continuou a sua tática de fingir que não estava ouvindo, mas a doninha parecia não querer parar de falar.
-O casal 20, Weasley pobretão, e Sangue-ruim Castor Granger, vão se casar e terão uma penca de filhos assim como a rolha-de-poço ruiva.
-Malfoy, se você falar mais uma palavra sobre a minha família ou meus amigos eu juro que arrebento a sua cara.
-Tenta, Wealsey, tenta.
-Voce esta me desafiando? – perguntou o ruivo apertando os olhos e levantando-se.
-Interprete como quiser.
Rony postou-se na frente de Malfoy.
-Com medo, Doninha Platinada?
-Nem sonhando – disse o lorio antes de pular encima do ruivo.
Os dois saíram embolando pela biblioteca, Rony parecia estar levando vantagem do loiro, já que só tinha um olho roxo e a boca sangrando, enquanto Malfoy tinha os dois olhos roxos e o nariz sangrando, sem contar os arranhões espalhados pelo corpo.
Já tinha passado a hora da detenção e os dois continuavam brigrando.Rony descontava tudo o que Draco havia falado dos pais dele, enquanto o loiro batia só por bater mesmo.
-Mas o que esta acontecendo aqui. – gritou Hermione que tinha ido buscar Rony da detenção – Parem vocês dois.
Mas nenhum dos dois pareciam ter ouvido ela, ou não queria dar bola.
Hermione tentava uma maneira de fazer os dois pararem quando uma idéia veio a sua cabeça.
-Aquos – disse apontando para os dois.
Ao sentirem a água gelada percorrendo os seus corpos, os dois imediatamente pasara,
-Você esta louca Granger? – perguntou o loiro ensopado.
Hermione bufou e com um aceno de varinha os dois voltaram a ficar secos.
-Posso saber porque os dois estavam brigando? – disse pondo a mão na cintura.
Os olhos do loiro olharam para onde a mão da morena havia parado e desceu mais um pouquinho.Mas ao perceber que a morena olhava para ele totalmente corada desviou o olhar para a parede mais próxima.
-Sinto muito, mas terei que tirar pontos de cada casa.10 pontos a menos para a sonserina.
Ao ouvir isso Malfoy soltou um xingamento baixo.
Mione olhou desapontada para Rony e disse:
-E menos 10 pontos para a grifinoria.
Ao ouvir o tom da amiga Rony abaixou a cabeça.
-Agora quero que os dois voltem para as suas respectivas casas.
Malfoy foi para o lado direito enquanto Rony e Hermione foram para o lado esquerdo.
-Pode ir se explicando Sr.Weasley. – disse Hermione parando e pondo a mão na cintura.
-Ele que começou – respondeu emburrado.
-Mas não precisava você ter batido nele, você sabe que era o que ele queria.
-Eu até que tentei, mas aí ele começou a falar mal da minha família – Rony foi para mais perto da amiga.
-E também falou mal de você – disse abaixando a voz, fazendo-a sair como um sussurro.
Hermione estava sem palavras, não conseguia se concentrar com o amigo tão perto assim dela.
-Eu não suportei ouvir ele falando mal da pessoa que eu amo.
-Não Rony, por favor não diga uma coisa dessas, eu não quero me machucar como eu já me machuquei, você não me ama – disse a garota chorando. – Por favor, não me faça me machucar de novo.
-Como você pode ter tanta certeza que eu não te amo? – perguntou o ruivo chegando mais perto.
-Não Rony, por favor não faz isso.
Rony não queria ouvir a amiga, há muito tempo sonhava com que isso acontecesse, chegou mais perto dela, um dedo era a distancia entre os dois, quando ele ia beijá-la ela virou o rosto fazendo com que ele beijasse a sua bochecha.
-Desculpa, eu não posso, estou saindo agora com o Micheal, ele é uma boa pessoa, não posso fazer isso com ele.
Quando viu que o amigo ia responder ela cortou-o.
-Você demorou demais Ronald.
E dizendo isso saiu correndo pelos corredores.Rony sentou-se no chão frio e escondeu a cabeça entre os joelhos.
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Hermione saía correndo pelos corredores de Hogwarts, por sua sorte estavam todos desertos, não correndo o risco de ninguém vê-la.Pensou em ir ao dormitório, mas Gina estaria lá e perguntaria o motivo do choro, então resolveu ir até a torre de astronomia.
Ficou durante muito tempo admirando as estrelas.Tinha perdido o homem que amava, trocado por outro que não tinha nem certeza dos seus sentimentos.
-Idiota, idiota, idiota.
-Falando sozinha Granger? – perguntou Malfoy entrando na torre.
-Pensei em ter mandado você ir para o seu dormitório.
-Eu geralmente não costumo obedecer a ordens – respondeu o loiro dando um fraco sorriso.
Malfoy andou até a janela e sentou-se nela, olhando para o luar.
-Desce daí Malfoy, é perigoso – disse Hermione levantando-se.
-Preocupada comigo Granger?
-Não, é que eu não gostaria muito de ser a única testemunha de uma morte.
Malfoy sorriu e voltou a olhar as estrelas tristemente.
-Porque você esta assim Malfoy? – perguntou Hermione esquecendo um pouco que eles eram inimigos.
-Nada demais. – respondeu o loiro. – O que o Weasley fez dessa vez?
Hermione franziu o cenho.
-Para você estar assim só pode ter sido alguma coisa que ele disse ou fez.
-Como você pode ter tanta certeza?
-Não adianta você disfarçar Granger, todo mundo já sabe que vocês se gostam e são cabeças – ocas.Então, o que ele fez dessa vez.
-Se eu contar o motivo que eu estou triste você conta o motivo porque você está?
Draco confirmou com a cabeça e estendeu a mão, Mione sorriu e apertou-a.
Hermione contou toda a historia de como ela gostava de Rony, de Micheal e do quase beijo.
-Agora é a sua vez – disse a morena.
Draco entristeceu-se um pouco ao pensar na hipótese, e resolveu desabafar, Hermione passava confiança para ele, ao contrario dos brutamontes que o seguiam.
-É o meu pai – disse levantando-se e olhando de novo as estrelas.
Hermione também levantou-se e ficou atrás dele.
-Ele desde que eu me entendo por gente ele vem machucando a minha mãe.Ela é a única pessoa que realmente se importa comigo, meu pai só me criou como um robô para que eu me tornar-se o melhor comensal de todos os tempos.Sempre minha mãe que cuidava, escondida, de mim quando ele saía para reuniões com os Comensais, ele já chegou a me prender no sótão pelas ferias inteiras porque eu disse que não queria ser igual a ele.Durante esse tempo fiquei me alimentando de pão e água, minha mãe que me trazia às vezes alguns biscoitos ou pedaços de bolo do café da manha, me lembro que um dia ele a pegou quando trazia algumas frutas para mim, e levou-a para o quarto, trancou a porta com um feitiço que nem com Alorromora conseguia se abrir, durante o dia inteiro eu ouvi os gritos de minha mãe e quando a porta foi aberta ela não conseguia nem se mexer, Lúcio não deixou eu levá-la para o St.Mungus, então eu tive que curar todos os ferimentos dela, com a ajuda dos elfos que cuidavam dos ossos quebrados.
Draco parou um pouco para respirar, Hermione estava estupefata com tudo o que ele tinha passado, logo ele, tão frio, que não demonstrava sentimento algum.
-Agora ele está com uma raiva imensa dela, porque ela ficou grávida, ele bate nela, e eu tenho medo que ela perca esse bêbê, e acabe morrendo também.
Hermione postou-se ao lado do loiro.
-Mas isso é horrível.Porque você não conta a alguém, Dumbledore, não sei.
-Ele me proibiu, disse que se um dia eu me atrever escapar sequer alguma coisa dessas as alguém mata a minha mãe – Draco agora não controlava as lagrimas.
Hermione colocou uma mão sobre o seu ombro, e numa atitude que ela mesma não entendeu o porque, abraçou-o.
Draco também assustou-se com o abraço, mas retribuiu-o.O único abraço verdadeiro que havia recebido, antes desse, era de sua mãe.
-Ei, não fique assim não, eu tenho certeza que tudo vai acabar bem.
-Obrigado Granger – disse Draco enxugando as lagrimas.
-Pode me chamar de Hermione.
Draco sorriu.
-Pode me chamar de Draco também.
-É melhor eu voltar, meus amigos podem estar preocupados.
Hermione virou-se para ir embora, mas Draco a chamou.
-Granger, quer dizer, Hemione, será que o que aconteceu aqui pode ficar entre a gente?Não conte nem para o Potter, por favor, eu sei como aquele grupinho me odeia, vão pensar que eu estou tentando te levar para o mau caminho – sorriu ao completar a ultima frase.
-Tudo bem...Draco.
Hermione virou-se para sair, mas voltou.
-Você vai ficar aqui?
-É, preciso ficar um tempo aqui refletindo, e se eu for para o meu salão aqueles ridículos vão ficar atazanado a minha paciência.
Hermione sorriu e despediu-se do loiro, voltando para o seu salão comunal.
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Harry andava em passos rápidos para a sala de McGonnagal.Como Marianne havia marcado o mesmo horário que a professora seria inevitável chegar ao encontro atrasado.
Esperava que o que McGonnagal iria dizê-lo não tomasse muito do seu tempo.
-Potter, que bom que chegou logo, tenho que ser rápida porque tenho que dar uma palavrinha ao diretor.
Harry ao ouvir a professora falar sorriu fazendo-a corar, adivinhando os pensamentos do garoto.
-Bom Potter, como você sabe com a saída dos gêmeos Weasley e das meninas, só sobraram no time você e o Sr.Weasley.
-O que?Então eu vou poder voltar a jogar quadribol?? – perguntou o moreno satisfeito.
-Vai Potter – respondeu a professora não deixando de sorrir.-Como eu ia dizendo, o time está sem um capitão.Então o senhor...
-Perai, mas isso não é justo, eu fui expulso do time e só restou o Rony, estão a vaga deveria ser dele! – exclamou o moreno interrompendo a professora.
-Eu já havia falado com o Sr.Weasley antes, seria justo se ele fosse o novo capitão, mas ele não aceitou, falou que o cargo seria melhor em você do que nele.
Harry não entendeu Rony, sabia que era o sonho dele ser capitão do time, o amigo havia lhe contado isso ao ver no espelho de Ojesed.
-Aqui está Potter, o crachá de capitão, agora se me der licença eu tenho realmente que ir.Pode ir comemorar com seus amigos- disse sorrindo.
Harry estava raidante, apesar de ainda achar que a vaga deveria ser do seu amigo, seria impossível não ficar feliz num cargo desses.Harry praticamente correu até a sala combinada para se encontrar com Marianne.Guardou o envelope no bolso, achou que seria justo que Rony, Hermione e Gina fosses os primeiros a saber, já que o conheciam a muito tempo.
-Atrasado Potter – disse Marianne quando o menino entrou na sala.
-Eu estava na sala de McGonnagal – respondeu o moreno ofegante chegando mais perto da morena.Quando ela foi enlaçá-la ela desviou.
-Não gosto de garotos que chegam atrasados – disse cruzando os braços e sentando-se no outro extremo da sala.
Harry entendeu o joguinho dela e resolveu entrar também.
-Quem sabe eu possa compensa-la pelo meu atraso? – perguntou aproximando-se.
-Não sei... – respondeu ela andando para trás.
Harry aproximava-se dela com um sorriso maroto nos lábios, enquanto a morena ia andando para trás.Ate que ela pode sentir a parede gélida tocando as suas costas.
-Encurralada Srta.Turner? – perguntou o moreno colocando os dois braços ao lado dela na parede.
-Se você não me soltar agora Potter eu juro que te faço ficar sem andar por um mês.
-Garanto que você não vai estar em condição para isso Turner.
Antes que a morena pudesse responder Harry capturou os seus lábios num gesto ágil.
Harry aproximou-se mais dela, se é que isso era possível, não dava para passar nem um alfinete sequer entre os dois.
Harry que estava com as mãos na cintura de Marianne desceu mais um pouco, fazendo-a interromper o beijo.
-Que mão boba é essa Harry Potter? – perguntou frustrada.
Harry apenas sorriu maroto e recapturou os lábios dela.
Ao mãos de Marianne repousavam no pescoço do moreno, enquanto este ficava entre colocar as mãos na cintura dela e na coxa.
De algum jeito Harry carregou Marianne e colocou-a encima da carteira.Sua mãos massageavam as coxas dela, que tirava as mãos dele dali, colocando-as na cintura, mas de um jeito ou de outro sempre voltavam para o mesmo lugar.
Quando um miado interrompeu os dois, que se desgrudaram ofegantes, com as bocas inchadas.
-É a gata do Filch – disse Harry apavorado.
-Eu sei, vamos sair rápido daqui. – disse Marianne correndo com Harry em seu encalço.
-Sapos de chocolate – disseram os dois ao mesmo tempo para a mulher gorda.
-Abre logo, vamos – disse Marianne dando pulinhos e quando a porta abriu os dois entraram disparados.
O casal que chegava atraiu a atenção de todos.Estavam descabelados, com as roupas amassadas e ofegantes.Claro que os presentes não poderiam pensar outra coisa.
Marianne subiu para o seu dormitório enquanto Harry ia dar a noticia para os amigos.
Mas Rony estava em uma poltrona, emburrado e triste ao mesmo tempo e Hermione super triste numa outra bem longe, fingindo ler um livro.
Assim ficaria difícil falar alguma coisa a eles.Apenas sentou-se e ficou pensando.Minutos depois Hermione subiu sem dar boa noite a ninguém e Rony subiu logo em seguida resmungando.
Harry entristeceu-se, havia ficado na expectativa de dar a noticia a seus amigos, não podia esconder o desapontamento.
Harry passou um tempão sentado na poltrona, até que cansou e foi dormir.
Harry estava em um local escuro e úmido, não podia enxergar nem ao menos um palmo a sua distancia, até todas as luzes se ascenderam, revelando uma pessoa no chão.A única coisa que podia enxergar era os cabelos flamejantes dessa pessoa.
Chegou mais perto dela e pode notar que era Gina Weasley.Ajoelhou-se ao seu lado, e pode constatar que a amiga estava morta.
Chorou incontrolavelmente, Gina tinha um filete de sangue saindo dos seus olhos, e o seu corpo estava estraçalhado, irreconhecível.
Até que ele ouviu uma risada maléfica.
-Até que a ruiva resistiu mais do que eu esperava.
Harry olhou para trás e viu Voldemort, do mesmo jeito que o encontrara há dois anos atrás.Levantou-se e encarou Voldemort, tentou soca-lo mas era que nem um fantasma, não podia tocá-lo.
-Não se precipite Potter, nos encontraremos em breve.
E assim voltou a gargalhar.
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Rony acordou com o amigo remexendo-se na cama, até que ele começou a dizer varias coisas sem nexo, debatia-se loucamente na cama.
-Harry acorda por favor – dizia Rony dando tapas no rosto do amigo.
-GINA, GINA, ACORDA GINA POR FAVOR – gritava o moreno.
Em poucos minutos todo o dormitório estava acordado.
-Neville, vá chamar a professora McGonnagal, diga que o Harry esta tendo aqueles sonhos de novo – ordenou Rony a Neville.
Harry suava muito, a sua roupa estava colada e os lençóis mais molhados ainda.
Para o desespero do ruivo, o amigo começou queimar de febre.
Harry remexia cada vez mais.
-Resista Harry – dizia o ruivo desesperado.
Simas e Dino apenas olhavam a cena desesperados sem saber o que fazer.
Até que McGonnagal chegou no quarto.
-O que aconteceu com ele Sr.Weasley? – perguntou a professora.
Antes mesmo que o ruivo pudesse responder o moreno acorda.
-Gina, preciso ver a Gina, pegaram a Gina – disse desesperado levantando-se.
Mas ao colocar os pés no chão, desmaiou.
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N/A:É isso, aí, mais um capitulo da fic.
O proximo capitulo TALVEZ eu poste hoje mesmo, mas nao dou certeza.
Comentem pleasee.
Como vou saber se voces estao gostando.
Eu sei que o Malfoy de J.K nao é assim, mas eu gosto sempre de dar uma chance para as pessoas provarem com elas realmente sao.
Quem sabe o Malfoy nao possa mesmo ser bonzinho?
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