Lua de Mel



Severo quase não acreditou quando Hermione lhe contou que havia falado com McGonagal, mas adorou a oportunidade de encontrar-se com ela.

Na sexta-feira após o término das aulas, Hermione saiu acompanhada por Tonks. Para todos os efeitos ela iria visitar os pais que estariam com alguns problemas. Nesta época de guerra ninguém desconfiava de tal desculpa.

Tonks acompanhou Hermione apenas até a entrada de Hogwarts onde Severo as aguardava.

-- Boa Noite Srtª Tonks – Disse formal

-- E aí Snape, Beleza?! – Respondeu sorrindo.

Severo lhe lançou seu olhar gélido. Com certeza não era poção polissuco ou irmão gêmeo, era o próprio. Tonks não perdeu a linha. Aproximou-se de Hermione falando baixo, mas de forma que ele também ouvisse.

-- Tudo bem Srª Snape. Domingo na mesma hora, Ok? – e lhe dando uma piscadela acrescentou – cuidado com os excessos! – Hermione corou furiosamente e Tonks voltou quase correndo para os terrenos de Hogwarts.

Severo fuzilava a auror, rapidamente segurou sua esposa pela cintura e aparatou dentro de sua casa nos arredores de Hogsmead.

Tão logo apareceram na sala Hermione beijou o marido. Separaram-se apenas para ele dizer o quanto havia sentido saudades e retornaram aos beijos. E muitos foram trocados antes dela notar que a mesa da sala de jantar estava posta para duas pessoas.

-- Pensei em um jantar a luz de velas, o que acha? – Severo perguntou com um meio sorriso ainda enlaçando-a pela cintura.

-- Acho que vou adorar – Sorria. Estava muito feliz de estar ali com ele sem mentiras, sem culpas. Ela lançou-lhe um olhar de avaliação e perguntou – Você ficou mesmo irritado com Tonks ou foi só para não perder o hábito? – Ele elevou a sobrancelha, mas não respondeu – Sabe Severo, fico pensando como será a nossa vida depois que a guerra acabar – Ela soltou-se dos braços dele e sentou-se a mesa.

Severo pediu a Folk que servisse o jantar e sentou-se ao lado da esposa. Olhou-a com interesse esperando que ela continuasse. Queria ver até onde ela queria ir com aquela conversa.

-- Imagino que você não continuará a manter relações com seus atuais “amigos” – Ele concordou sem emoção. – E pelo que posso perceber você não gosta de ninguém que convive comigo – o olhou, ele parecia que iria retrucar, mas parou, ela aguardou alguns instantes e então continuou – Ninguém pode viver sozinho e um casal não pode viver só um para o outro. Não espero que um dia você tenha para o Harry a mesma amizade que o Rony, mas no mínimo, vocês terão que conviver pacificamente. – serviu-se e começou a jantar.

-- Eu sei disso, Mione. – Ele suspirou e falou sério.

Ela gostou de ouvi-lo chamá-la pelo apelido que seus amigos usavam. Sorriu.

-- O mesmo se aplica a Tonks. Afinal depois de tudo eu, ela e Gina ficamos muito próximas. – A conversa fluía tranqüilamente.

-- Oh, Sim! Acredito que dividir o mesmo caldeirão de poção anticoncepcional aproxime as bruxas – Falou fingindo-se pensativo.

-- Severo!! – Hermione fingiu-se chocada – você não deve saber disso! – ele sorriu.

-- Pode deixar meu amor, vou tentar – apertou levemente a mão dela.

Comeram em silêncio por mais alguns minutos, então com um suspiro ele descansou os talheres e a olhou seriamente. Hermione podia sentir que algo o estava angustiando.

-- Você pode me perdoar? – falou tentando não desviar dos olhos dela.

-- Não há o que perdoar Severo. – deixou um discreto sorriso escapar para os lábios. – Talvez precise mais que Merlin para te ajudar em uma próxima tentativa. – Ele elevou a sobrancelha interrogativo. Ela ficou séria para continuar – Eu sabia perfeitamente o que ia enfrentar quando entrei naqueles escombros, meu amor – Severo arregalou os olhos surpreso – Andei juntando as peças e no natal conclui o que deveria ser. Quando voltamos a Hogwarts encontrei um livro em sua biblioteca que falava sobre Magia Negra e confirmei as minhas suspeitas.

Ele a puxou para o seu colo e a abraçou forte, ela retribuiu o carinho. Ficaram abraçados um tempo e então ela o afastou apenas o suficiente para olhá-lo nos olhos.

-- Você sabe que não havia outra alternativa. Eu sabia que as minhas chances eram melhores do que as do Prof. Dumbledore e até mesmo do que as de Remo. – Acariciou o rosto dele – Porque eu sabia o que ia enfrentar e o que deveria ser feito. E principalmente eu acreditava que você poderia me salvar. Eu sempre acreditei na força do nosso amor.

Eles se aproximaram lentamente, o beijo era apenas um roçar de lábios, mas logo foi se tornando mais profundo demonstrando toda a paixão, todo o desejo, todo o amor que existia entre aquelas duas almas. Eles precisavam extravasar todo aquele amor, não podiam esperar mais, precisavam tornar-se um só.

O jantar foi esquecido, nada mais importava naquele momento. Severo levantou-se levando Hermione no colo. Em nenhum momento até chegarem ao quarto deles os lábios se desgrudaram. Ele a colocou na cama, retirou seus sapatos e meias, sorria para ela. A respiração de ambos era superficial. Severo retirou seus sapatos, meias e a calça. Subiu na cama. Capturou os lábios dela em um beijo longo enquanto retiravam as blusas um do outro. Os lábios se separaram e ele beijou a orelha, o pescoço e foi descendo até o topo dos seios que ainda eram protegidos pelo belo sutiã. Hermione havia fechado os olhos, sentia choques elétricos passarem pelo seu corpo. Ele fazia tudo lentamente e aquilo era uma deliciosa tortura. Sem parar de beijá-la, ele abriu a calça dela, e a retirou. O sutiã foi o próximo. As mãos passeavam pelos corpos, acariciando, excitando. Deitaram-se, ele passou a beijar e mordiscar os seios dela. Ela podia perceber como ele estava excitado e isso a fez sorrir. Hermione agiu primeiro o livrando de sua última peça, sentiu o membro rígido em contato com seu baixo ventre e isso a excitou ainda mais. Ela alcançou a ereção dele e a acariciou. Ele fechou os olhos e soltou um suspiro audível. Ela sentiu uma nova onda de choquinhos e uma contração de excitação.

Severo ajoelhou-se na altura dos joelhos dela. Sem deixar de olhá-la, baixou a calcinha. Hermione estava muito corada, porém seu sorriso era confiante, seus olhos não desviaram nem por um instante. Ele moveu os lábios dizendo um “Eu te amo” sem som.

Ele deitou-se sobre ela novamente ouvindo-a sussurrar “eu também te amo” antes de suspirar com o toque dele em sua intimidade. Não havia mais nenhuma barreira, ambos estavam prontos. Severo a olhou e ela pode ver desejo e paixão por trás daqueles olhos negros.

-- Você tem certeza? – perguntou com a voz rouca.

Ela lhe deu seu mais belo sorriso.

-- Certeza absoluta, meu amor!!

Ele beijou lhe os lábios com mais desejo, um beijo sedutor. Ela sentiu que ele guiava-se para dentro dela. Parou o beijo para poder olhá-la nos olhos, mas sem parar de acariciar seu corpo. Foi penetrando-a lentamente, até que ela apertou as pernas em torno da cintura dele e mordeu o lábio inferior.

Ele sabia que ela estava sentindo dor e parou, voltou a beijá-la nos lábios, nos seios. A posição era incômoda, mas ele esperaria até que ela estivesse mais relaxada. Não demorou muito e Hermione relaxou as pernas, soltava gemidos baixos e iniciou movimento com os quadris. Severo sabia que quando retornasse a penetração ela sentiria dor novamente, continuou os beijos e as carícias e quando notou que ela estava muito excitada, terminou a penetração de uma só vez.

Hermione deu um grito e fechou os olhos com força mesmo assim não pode impedir as lágrimas de rolarem por sua face. Ele não se moveu apenas beijou seus lábios com ternura, aguardando o sinal dela. Ela abriu os olhos e sorriu

-- Já passou! – os olhos estavam brilhantes de lágrimas, mas o sorriso era sincero.

Ele iniciou movimentos lentos, suas bocas se encontravam e se perdiam, suas mãos os excitava. Ela ainda sentia certo incômodo, porém este foi rapidamente sendo substituído por um prazer crescente, em pouco tempo os gemidos e suspiros preencheram o quarto.

Hermione fechou os olhos para aproveitar todas as novas sensações que passavam por seu corpo e nublavam sua mente. Aquilo tudo era tão maravilhoso! Eles compartilhavam seus corpos e também suas almas. A felicidade que isso trazia era incomparável, indescritível. Hermione achou que fosse explodir de alegria, sentiu que estava flutuando, todo seu corpo estremeceu e então relaxou largando-se sobre a cama.

A visão de sua mulher chegando ao ápice do prazer fez com que ele também atingisse seu clímax. Ele a amava! Mais do que se achou capaz de amar qualquer pessoa em sua vida. E só naquele momento Severo Snape soube o que era ser verdadeiramente feliz.

Ela abriu os olhos a tempo de ver o rosto dele naquele momento mágico. Ele deitou-se ao lado dela, trazendo-a com ele. Não se retirou dela, ficaram abraçados fitando-se nos olhos, com sorrisos frouxos nos lábios, enquanto seus corações retornavam ao compasso normal. Quando finalmente a penetração se desfez ela contraiu o rosto.

Ele beijou os lábios dela lentamente e se levantou indo até a cômoda do outro lado do quarto. O coração de Hermione acelerou quando ela pensou o quanto ele ficava lindo andando nu, sorriu “e é todo meu, só meu”.

Ele retornou trazendo um pequeno frasco com um líquido vermelho e lhe entregou.

-- Tome, beba isto – ela o olhou interrogativamente enquanto ele se deitava ao lado dela – vai diminuir o sangramento e acabar com qualquer dor ou incômodo que você ainda possa sentir – ela tomou e aconchegou-se a ele – Antigamente era um costume o padrinho oferecer ao noivo um frasco dessa poção para que fosse usada na noite de núpcias. Nos dias de hoje ninguém mais a usa. – Ele cobriu ambos e a abraçou. – Infelizmente não adianta tomar antes.

Hermione sorriu e o beijou calmamente. Ela queria conversar, falar sobre qualquer coisa, como estava feliz e como havia adorado fazer amor com ele. Mas sentiu um sono irresistível chegando e adormeceu. Severo a manteve bem próxima, dando-lhe beijos na testa e nos cabelos, sentindo o cheiro dela.

Ele se perguntava o que teria feito para merecer tal felicidade. Questionava-se se isto significava que havia sido perdoado por ter jogado fora a chance de ser feliz com Lílian, se é que eles seriam felizes.

Quando ele percebeu que estava apaixonado por Hermione – uma aluna, vinte anos mais jovem – teve certeza de que só haveria sofrimento. Quando descobriu que ela também estava apaixonada por ele teve medo, sabia que enquanto houvesse a guerra teriam que viver este amor escondido. Não tanto pelos amigos dela, mas principalmente pelo risco que ela correria se Voldemort descobrisse a influência que ele tinha sobre a melhor amiga do garoto-que-sobreviveu.

“Mas e depois?” Ele achava que venceriam a guerra e quando pudessem se assumir perante a sociedade, será que a família dela o aceitaria? Ela tinha apenas dezoito anos e ele quase quarenta. Hermione era brilhante e poderosa, poderia fazer o que quisesse de seu futuro. E ele – Severo suspirou, balançou a cabeça e a abraçou ainda mais forte – se chegasse vivo ao final daquela guerra ainda teria contas a acertar com a justiça.

Ela parecia amá-lo de verdade, mas eles estavam juntos há apenas cinco meses! E se no futuro ela percebesse que não era isso que queria? E se a pressão dos amigos e da família dela fosse muito forte? Hermione não era o tipo de pessoa influenciável, mas ela mesma havia dito, nenhum casal pode viver só para si. Ele faria qualquer coisa para deixá-la feliz mesmo que isso significasse conviver pacificamente com o Potter.

Ele suspirou novamente e olhou para o rosto tranqüilo da mulher que dormia ao seu lado, sua mulher. Ela estava serena tinha um sorriso nos lábios, ele podia sentir que ela estava feliz. Mas será que seria sempre assim?

Severo sabia que não havia tido opção. O feitiço que guardava a Horcrux exigia o sangue de uma virgem, era um sacrifício, uma alma aprisionada para sempre em troca de um fragmento da alma do Lord das Trevas. Só haveria um meio para libertá-la. Ele a pediu em casamento antes, ela havia aceitado. Ele a amava, mas não teria apressado as coisas se não fosse pela maldição. Ele iria esperar terminar a guerra, conhecer os pais dela, deixar claro suas intenções. Tinha medo que ela se arrependesse. Ele acariciou seu rosto e beijou levemente seus lábios, ela se aconchegou ainda mais a ele.

Ela era impressionante, montou o quebra-cabeça e descobriu o que teria que enfrentar. Ele deveria ter imaginado que a Srtª sabe-tudo não se conformaria com meias verdades. Porém ele tinha certeza de que ela se sacrificaria de qualquer forma e se um dia ela o odiasse por tê-la prendido para sempre.

Ele tinha consciência de que tudo que havia acontecido àquela noite havia sido por desejo dela. Ela já havia deixado claro que queria fazer amor com ele antes mesmo dele lhe pedir em casamento. Ele não a havia seduzido, ou mesmo sugerido que deveriam consumar o ato, mas ele tinha consciência de que havia conquistado seu amor. Esse sim, era seu pecado.

Talvez ele devesse ter sido mais forte naquela noite no largo Grimmauld, mas algo lhe dizia que de nada adiantaria. As pessoas passavam a vida procurando o seu verdadeiro amor, ele teve uma segunda chance, não poderia se negar a aceitá-la.

Severo acariciou a face dela e lhe deu um beijo leve nos lábios “agora estava feito!” – pensou – Eles haviam trocado o voto em frente a uma testemunha e então consumado o ato. “Não havia volta” – concluiu. Ele sabia que se o pior acontecesse a ele, ela estaria amparada. Confiava na poção que ela havia feito e se ele morresse, ela estaria livre para reconstruir sua vida.

Ele não pretendia contar a ela, mas estava correndo mais riscos do que ela supunha. Voldemort vinha tentando recrutar gigantes e lobisomens. Severo estava convencendo ambos os bandos a não darem seu apoio as trevas. Se algum comensal descobrisse o que ele estava fazendo ele seria imediatamente morto como traidor. Ele precisava se manter vivo até o confronto final, ele deveria matar Nagini no campo de batalha, deveria estar ao lado do Lord das trevas para proteger o Potter.

Hermione sussurrou algo em seus sonhos e mudou de posição, encaixando seu corpo ao de Severo. Isso o trouxe de volta a realidade, ele a abraçou. Não era hora de pensar em nada daquilo. Deu-lhe mais um beijo e finalmente adormeceu.


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Na manhã seguinte quando Hermione despertou, notou que Severo já havia se levantado. Sorriu feliz ao lembrar-se da noite anterior, ela não sentia nenhum desconforto. Viu que ele estava sentado na secretária no canto do quarto. Ela estava novamente vestida com a camisola vermelha e dourada. Levantou-se e como da vez anterior o abraçou pelo pescoço dando-lhe um beijo no rosto. Ele sorriu e guardou o pergaminho que estava lendo. Hermione não teve tempo de ver sobre o que falava, mas não se preocupou com isso.

-- Bom dia, Bela adormecida! – sorriu a colocando sentada em seu colo e beijando-lhe os lábios. Era muito bom acordar ao lado dela. As mãos dele acariciaram lentamente o corpo da esposa sobre a camisola se seda.

Quando pararam o beijo ela falou fazendo carinha de magoada

-- Nem é tão tarde assim! – fez beicinho – Você que acorda muito cedo! – Sorriu para ele que agora lhe dava beijos no pescoço. Ela fechou os olhos por um momento e sentiu que ele estava ficando excitado, o mesmo acontecia com ela. Interrompeu as carícias dizendo:

-- Queria tomar um banho. Não sei acordar sem tomar banho. – Lhe deu um rápido beijo – Preciso saber onde você guarda as coisas da casa, não conheço nada por aqui.

Isso era verdade, ela praticamente só conhecia o quarto. Não que isso fosse algo ruim, mas agora que essa casa também seria dela Hermione deveria conhecer tudo.

-- Onde guardo o que, especificamente? – perguntou curioso.

Ela corou furiosamente e desviou os olhos dos dele.

-- Eh.... bem.... o lençol – estava envergonhada.

Obviamente ele sabia que ela era virgem e que na primeira vez muitas mulheres apresentam sangramento, mas ela achava que ele não precisava ver isso.

-- Mione – ela o olhou rapidamente, ainda não havia se acostumado a ouvi-lo chamando-a por seu apelido – você não deve se envergonhar de nada comigo, certo? Não se preocupe, vá tomar seu banho que eu chamarei Folk....

-- Mas, Severo!! – Interrompeu-o arregalando os olhos e corando novamente.

-- Hermione, agora você também é senhora dele. – riu do constrangimento dela – Folk jamais fará qualquer comentário sobre nada que aconteça nesta casa, principalmente comigo e com você.

Ela ainda estava muito corada, mas parecia estar tendo uma idéia. Severo a interpretou corretamente.

-- Nem tente lhe dar roupas ou o pobre se mata – Ela o olhou assustada e ele concordou com a cabeça – Você pode tratá-lo com respeito, pode até lhe fazer agrados, lhe dar folga, mas se tentar libertá-lo ou lhe pagar salário ele se sentirá humilhado. Existem casos de elfos que se mataram quando foram libertos.

Ela respirou fundo, era difícil de entender isto, mas existiam outras coisas no mundo mágico que ela também não entendia.

Não pode deixar de perceber que apesar da conversa séria ele ainda acariciava seu corpo. Era melhor se apressar, não sabia quanto tempo ainda resistiria a ele. Deu-lhe um beijo rápido e correu para o banheiro. Este assim como o quarto era decorado com as cores da Sonserina.

Assim que Hermione sumiu no banheiro, Severo aproveitou para guardar bem escondido o pergaminho que estava lendo e que continha alguns dos seus planos para os gigantes e lobisomens, foi sorte ela não ter visto. Chamou Folk que rapidamente arrumou o quarto e saiu para preparar o café-da-manhã de seus senhores.

Severo sorriu e seguiu para o banheiro, ela estava se ensaboando quando o viu parado com os braços cruzados encostado na porta, um sorriso nos lábios. Ela lhe devolveu o sorriso convidativa. Em segundos ele estava com ela debaixo do chuveiro. Sabonete, beijos, xampu, carícias, ambos muito excitados. Ele a levou nos braços de volta para o quarto. Hermione ainda tentou argumentar.

-- Severo, nós vamos molhar tudo! – mas se deixou seduzir por ele.

-- Certo! Depois nos preocupamos com isto – a respiração dele era superficial e o olhar de puro desejo.

Desta vez o amor foi ainda melhor, pois não houve dor, apenas prazer.

Hermione sabiamente o mandou tomar banho antes e depois ir esperá-la na sala, sabia que se dependesse da vontade dos dois passariam os próximos dois dias naquele quarto, mas teriam muito tempo para se amarem pelo resto de suas vidas.

Depois de tomar banho e se arrumar, seguiu para sala, ele a esperava. Retirou uma caixinha do bolso e entregou-lhe.

-- Seu presente de aniversário, Sr. Snape – Lhe deu um grande sorriso enquanto empurrava o embrulho para ele.

Severo não esperava e sua expressão deixou aquilo muito claro.

-- Hermione... – Ele estava sem palavras, nem conseguiu protestar. Desde a morte de sua mãe que só ganhara presentes de aniversário de Alvo. Abriu a caixa.

O presente era um belo relógio cujo os números eram de rubis e esmeraldas que se intercalavam, os ponteiros eram um dourado e outro prateado. Abaixo dos números havia um desenho igual ao do pingente que ele havia dado a ela em seu aniversário.

-- Você não devia.... – Ele lhe sorriu.

Não ela não devia gastar dinheiro com ele! Imagine lhe dar presentes e algo assim, mas não conseguiria repreendê-la. Sem dúvida havia sido o presente mais lindo que havia ganhado em sua vida. Ele aproximou-se dela e a beijou.

-- Você não devia gastar seu dinheiro comigo – mas antes que ela pudesse protestar completou – Eu adorei, você tem muito bom gosto.

Hermione tinha o rosto iluminado e sorria feliz.

-- Tive grande inspiração. E não adianta reclamar! Eu adoro dar presentes, é melhor começar a se acostumar.


Após o café-da-manhã, Severo mostrou a Hermione toda a casa que era muito maior do que ela poderia imaginar. Tinha uma sala como a das masmorras de Hogwarts que ele usava como laboratório de preparo de poções. Uma biblioteca que deixou Hermione impressionada e algo que ela nunca poderia imaginar encontrar em uma casa que pertencesse a Severo Snape: um salão de baile. No escritório tinha um belo jogo de xadrez de bruxo, mas Hermione nunca gostou de jogar este jogo nem com Rony e nem com Harry, não acreditava que iria gostar de jogar contra Severo. Não quis se arriscar.

As janelas da casa eram encantadas o que permitia uma bela visão da floresta proibida, sem que qualquer pessoa pudesse ver o interior. O casal nunca havia passado tanto tempo junto então aproveitaram para falarem sobre suas vidas, conhecerem seus sonhos e planos para o futuro. Hermione ainda não havia decidido que carreira gostaria de seguir, mas terminou confessando que a idéia de voltar a Hogwarts como professora lhe agradava. Eles conversaram, riram juntos – sim porque por mais incrível que isso possa parecer Severo Snape sabe sorrir, e para uma mulher apaixonada o sorriso de seu amado é sempre o mais belo – e principalmente fizeram amor.

Mas como mesmo os melhores sonhos chegam ao fim chegou a hora de Hermione retornar a escola. Ela tentou controlar as lágrimas, sem muito sucesso, ele tentou lhe passar uma tranqüilidade que não sentia. Severo pediu que Hermione levasse um frasco de poção Wolfsbane para Lupin.

Pouco antes de oito horas eles aparataram nos portões de Hogwarts. Tonks os aguardava e evitou brincadeiras com Snape. Despediram-se com um beijo contido e ela se foi. Severo ainda observava a silhueta de Hermione diminuir quando sentiu a marca negra arder em seu antebraço esquerdo. Respirou fundo para compor com perfeição sua máscara de Comensal da Morte. Agradeceu intimamente que pudesse ter vivido aqueles momentos maravilhosos com sua mulher, talvez não tivesse outra chance, e aparatou.


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Aí está o tão aguardado capítulo em que acontece a primeira (a segunda, a terceira....) vez de Hermione e Severo. Espero que tenham gostado!!! É sempre uma preocupação quando escrevo uma cena NC, porque não quero que fique vulgar, mas tenho medo que fique muito descritivo. Nesse capítulo quis mostrar como ele verdadeiramente se preocupa com ela (ele sentiu-se muito culpado por ter de mandá-la se arriscar em busca da Horcrux).

Gostei de escrever que ele teve Medo quando descobriu que ela também o amava, às vezes temos a impressão que Snape não tem medo de nada, talvez porque parece que ele não tem mais nada a perder. A partir do momento que ele descobre que seu amor é correspondido ele passa a ter medo de que isso possa lhe ser roubado.

Uma vez li alguém perguntando qual seria o bicho-papão do Snape, agora podemos ter uma boa idéia do que seria.
Vocês gostaram do presente de aniversário que a Mione deu para ele? ( O relógio!!!!). Demorei meses para encontrar. Até os meus colegas de trabalho (que não lêem HP e não tem idéia de quem é Severo Snape) tentaram me ajudar nessa empreitada.

Por último peço mais uma vez desculpas pela demora na atualização, mas como já disse antes nesse mês trabalhei feito um burro de carga!

Agora entramos na reta final faltam apenas três ou quatro capítulos para acabar a Fic.

Agora vamos aos agradecimentos:

Dark Mell Lestrange e Gislene B.Pizzol Tristão – vocês são novas por aqui, não são? (eu não perguntei isso da outra vez perguntei?) Não se descabelem eu às vezes me enrolo, mas jamais abandonaria vocês. Obrigado pelos pedidos de atualização isso realmente é estimulante.

Doninha G. J., Rosy Paula, Leyla Poth – Acalmem-se meninas *pega a Rosy e sacode pelos ombros* eu demoro, mas apareço. Juro que não é tortura, vou tentar ser mais rápida nas próximas.

Lety Snape, Aninha Granger Snape – como no outro teve pouco dos dois, esse capítulo foi dedicado a apenas eles. O entendimento dos cabeças dura terá que ficar para os próximos. Não percam as esperanças!!!

Erikitxa – ela realmente deu o presente dele e muito mais *se é que vocês me entendem*!!!!

Vivvi Prince, Carla Rosa – finalmente o encontro dos amantes. E acho que terminou em empate, mas foi goleada, né não?!!!

Uma última coisinha: Lá no fórum do Grimmauld Place (http://forum.potterish.com) está tendo uma discussão sobre NC-17 (na parte de discussão de Fics), que tal passarem por lá para deixarem suas opiniões?!!

Um beijão e até breve,
Diana Black

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