O Pingente
Havia se passado pouco mais de um mês desde o último encontro entre Severo e Hermione. Ao fim de alguns dias terminaram combinando que ele sempre a chamaria em torno de nove e meia e se houvesse algo que impedisse Hermione de responder naquela hora ela lhe mandaria um aviso pela moeda. A monitora-chefe passou por alguns momentos de tensão em que ele não chamou e ela ficou imaginando se ele teria sido descoberto por comensais ou preso por aurores.
Hermione ainda não havia decidido se tinha mais medo dos comensais, dos aurores ou de Harry. Este, mais uma vez, havia explodido quando ela tentou mostrar-lhe como Severo havia cuidado de Dumbledore no verão. A discussão foi feia e em determinado momento ele a acusou de “estar tomando partido de Snape” e em outro momento de “estar muito interessada nele”. No calor da discussão, Hermione aproveitou para lembrá-lo do que Dumbledore escrevera na carta e neste momento Harry ficou sem argumentos e a discussão terminou. Hermione ficou muito magoada com Harry, mas percebeu que estava “dando bandeira”, passou alguns dias evitando o amigo e quando voltaram às boas ela prometeu não falar mais no assunto.
Aproveitando o clima de paz Hermione perguntou sobre o velho livro de poções do ex-professor e antes que ele tivesse outro acesso de raiva, lhe explicou que o queria para procurar alguma pista que pudesse levá-los a Snape. Harry pareceu considerar a idéia e antes do fim do dia lhe entregou o livro que a moça guardou com carinho.
Havia chegado o dia do primeiro passeio do ano a Hogsmead, o casal aproveitou esta chance e combinaram um encontro. Seria em uma pequena casa na periferia da aldeia. Há três dias que não se falavam, pois ele estava em uma missão e não podia se arriscar. Hermione estava morrendo de saudades.
Foi fácil. Harry, Rony e Gina tinham um treino extra de quadribol, então a monitora-chefe foi sozinha. Encontrou muitos colegas, falou com alguns e discretamente seguiu para o local determinado. Não era difícil de encontrar a casa, mas esta era discreta e parcialmente coberta pelas sombras das árvores. Parecia um pequeno chalé, era uma gracinha. Aproximou-se com cuidado e ao tocar a porta esta se abriu, ela entrou e a porta tornou a se fechar. Em seguida ouviu a inconfundível voz dele.
-- Entre Srtª Granger.
Ela teve que sorrir com a formalidade, ele tentava usar sua voz fria, mas provavelmente estava sorrindo, o que destruía o efeito desejado. Hermione notou que o interior da casa era bem maior do que deveria. Seguiu para a sala ao lado, de onde veio a voz. Ele estava de costas, mas percebendo sua chegada, falou:
-- Atrasada...
Ela sorriu e completou:
-- ... como sempre, Srtª Granger. – Fez uma mesura.
Ele já virava para ela e sorria, como se flutuasse atravessou a sala, enlaçou-a pela cintura dando-lhe um beijo apaixonado. Soltaram-se pouco depois.
-- Quantas saudades! – a beijou novamente.
Hermione ainda não havia se acostumado com aquele Severo tão apaixonado e ciumento com quem vinha convivendo nos últimos meses. Mas não havia dúvidas que o preferia ao antigo mestre de poções: frio, sombrio e sinistro que só lhe dirigia grosserias. Quando pararam o beijo ele a levou até a copa onde havia uma mesa posta para duas pessoas.
-- O que acha de almoçarmos? – perguntou o anfitrião.
-- Acho bom, estou mesmo ficando com fome – Ela ficou pensando se ele saberia cozinhar, porque se dependessem dela, a coisa ia complicar.
Ele parecendo que lia os pensamentos dela estalou os dedos, logo surgiu um elfo domestico, que fez uma profunda reverencia a Severo e seguiu para a cozinha. Eles sentaram-se, Hermione, porém olhava para o elfo com certa irritação.
-- Podemos conversar sem problemas, ele é de inteira confiança – acrescentou Severo, concluindo erradamente os motivos da irritação dela.
-- Já pensou em lhe dar a liberdade e em lhe pagar um salário? – Tentou manter a voz neutra, mas ele percebeu o tom irritado, Severo sabia por alto do F.A.L.E. Sorriu:
-- Acho que Folk morreria se eu o libertasse ou se tentasse lhe pagar um salário. Ele trabalha para a minha família há anos e antes dele o pai dele também, mas não se preocupe, eu o trato muito bem e pode-se até dizer que gosta de mim.
Ela respirou fundo, resignada, mudaram de assunto. Ele lhe contou o que havia descoberto sobre a Horcrux que Dumbledore não sabia qual era e onde provavelmente estaria escondida. Pensaram juntos como ela poderia sugerir tais informações a Harry.
Após terminarem de almoçar ainda ficaram um tempo discutindo certos pontos. Hermione estava preocupada com a situação dele. Ela sabia que era arriscado ficar perguntando e procurando as Horcruxes. Porém era necessário destruí-las logo. Há dois anos Hagrid havia fracassado na tentativa de trazer os gigantes para o lado da Ordem e no dia da morte de Dumbledore Grayback havia reconhecido Lupin como o traidor da matilha. Severo, no entanto, não achou boa idéia revelar à namorada seus planos para ambos os grupos. Se tudo desse certo ela terminaria sabendo o que ele havia feito. Se não desse.... bom, não queria pensar nisso por ora.
O silêncio caiu entre eles, cada um perdido em seus pensamentos. Hermione levou um susto quando sentiu ele pegando em sua mão e a puxando para fora da copa.
-- Venha, tenho uma surpresa para você – Falou sorrindo.
Ela o acompanhou a um aposento do outro lado da sala, mas antes que percebesse onde estava ele já a beijava. Ela esqueceu-se de tudo que estava acontecendo no mundo bruxo, esqueceu os medos, os sustos e os terrores da guerra, naqueles minutos só existiam eles e a paixão. O amor e o desejo eram tanto que pareciam palpáveis no ambiente. Ela sentia-se tão feliz que achava que seu coração ia explodir.
Ele desviou os lábios e passou a beijar o pescoço dela, ela abriu os olhos e pôde ver que estavam num quarto, não muito grande, mas que tinha uma cama ao centro com uma colcha verde e detalhes em prata. Ela mordiscou a orelha dele e disse num sussurro:
-- Foi você que decorou? – Sorriu quando ele parou de beijá-la e a olhou.
-- Foi. Não gostou? – Ele também sorria agora.
Ela fez com que soltasse sua cintura, foi até o meio do quarto e com um floreio de sua varinha os tons mudaram para vermelho e ouro.
-- Grifinórios! – franziu o cenho, mas logo sorriu para ela.
Aproximou-se retirando do bolso uma caixinha de veludo verde escuro que entregou a ela. Mesmo sem entender o que seria, Hermione a abriu. Havia um colar – eram dois colares finos um dourado e outro prateado – e preso a ele um pingente – uma leoa dourada com olhos de rubi, a leoa era abraçada por uma cobra prateada com olhos de esmeralda. Ela estava emocionada, quando o olhou novamente estava sem palavras, seus olhos marejados e um grande sorriso nos lábios.
-- Seu presente de aniversário, Srtª Granger. Dezoito anos se não me engano – falou fingindo-se pensativo.
-- Severo – sua voz estava fraca pela emoção – é lindo. Eu adorei!
Ele colocou o colar em seu pescoço aproveitando para dar pequenos beijinhos.
-- Mas por enquanto, ninguém pode ver.
-- É bastante sugestivo – ela disse sorrindo.
Então ele a abraçou e voltou a lhe beijar, a boca, o pescoço, a nuca, as orelhas. As mãos dele eram muito ágeis, porém delicadas e carinhosas. Ela permaneceu de olhos fechados, aproveitando todas as sensações que aqueles beijos e toques lhe proporcionavam.
As mãos dele acariciavam a barriga e as costas dela, mas não ousavam mais. Ela abriu os botões da camisa dele, e então beijou seu tórax, acariciando e arranhando de leve as costas dele. Ele retirou a gravata dela e abriu mais alguns botões da camisa, mas ainda não era possível ver o sutiã. Eles livraram-se dos sapatos e ele de sua camisa. Subiram na cama.
Agora sem a camisa e muito próximo, foi possível Hermione ver nitidamente a marca negra no antebraço esquerdo dele. Prendeu a respiração por um segundo, mas foi o suficiente para ele perceber onde o olhar dela recaía. Afastou-se um pouco e perguntou:
-- Te assusta? – Tentou manter a voz casual, mas ela percebeu que ele estava preocupado.
Ao passar o primeiro momento, sentiu-se mais curiosa. Com um dedo tocou levemente a tatuagem.
-- Nunca a vi de tão perto – Hermione falou, apenas um sussurro. Ele a observava – Na maior parte do tempo até esqueço que você a tem – Olhou-o nos olhos, ele ainda parecia ansioso – Não me assusta, apenas me pegou desprevenida. Não tenho medo da marca ou de dizer o nome Dele “o medo de um nome ou de um símbolo apenas aumenta o medo da coisa em si”. E isso não me afastaria de você – aproximou-se e o beijou, ele aceitou o beijo e a abraçou. “Eu te adoro, Hermione” – sussurrou no ouvido dela, fazendo um arrepio percorrer o corpo da garota.
************ Aqui começa a parte NC**********************
Ambos de joelhos, ficavam quase da mesma altura e agora as mãos dele podiam também passear por suas coxas. Beijos, muitos beijos. Hermione notou que os suspiros dele eram mais profundos e às vezes soltava um gemido baixo.
Em algum momento ele livrou-se da blusa dela deixando a mostra um sutiã bem comportado. Delicadamente a fez deitar, ficando parcialmente sobre ela. O pingente reluzia próximo ao colo. Nesta posição ele podia acariciar livremente as coxas, mas não subiu além da metade delas. Não queria que ela se assustasse, ou que se sentisse pressionada. As carícias, os beijos, o contato com a pele, o cheiro dela, tudo estava muito excitante. Ele estava enlouquecido de tesão, sentia o membro pulsar e em um momento ela sentiu a ereção dele contra a sua perna, assustou-se.
Ele parou de beijá-la, ambos tinham a respiração superficial, ele a olhava profundamente, ela percebeu que ele não havia ficado chateado, mas teve vergonha de se mostrar tão inexperiente. Ele segurou seu rosto para que ela continuasse olhando em seus olhos.
-- Eu fico muito excitado – sussurrou a última palavra – quando estou com você. – Deitou-se de lado, afastando um pouco seu corpo, porém uma das mãos passeava displicente pela barriga dela.
Ela ainda estava constrangida, não queria que ele a considerasse uma boba, mas também não queria transar com ele sem ter certeza de que era o seu momento. E tinha curiosidade, eles não precisavam transar, mas ela também não queria ficar só nos beijinhos, afinal já tinha dezoito anos, não era mais uma criança. Ela tinha desejos, também ficava excitada quando estava com ele. Já estava mais relaxada, quando perguntou:
-- Te incomoda, digo, ficar assim? – apontou com a cabeça a ereção que pressionava o tecido da calça.
Ele sorriu ao vê-la mais relaxada e interessada.
-- Incomodar não é bem o termo... – os olhos dele brilhavam novamente. Desejo? O coração dela acelerou ao ver aquele brilho – quando fico muito excitado.... – e esta última ele falou bem próximo ao ouvido dela lhe causando um arrepio. A mão continuava displicente na barriga dela se aproximando dos seios – ... tenho que resolver de outra forma – ela o olhou um pouco curiosa e ele acrescentou – Nada que você tenha que se preocupar – olhou-a com mais desejo.
Ela corou ainda mais, podia ser inexperiente na prática, mas em termos de teoria, conhecia muita, portanto percebeu a insinuação sutil que ele fez e um pensamento louco passou pela cabeça dela. Reuniu coragem, mas quando falou não conseguiu olhá-lo diretamente.
-- Eu posso ver? – Hermione sentiu o rosto em brasa quando perguntou.
Severo não esperava, mas adorou a idéia, até porque isto demonstrava a confiança que ela tinha nele. Desceu as mãos abriu o cinto, o botão e o zíper da calça. Retirou-a toda, ficando só de cueca – que obviamente era preta – Ela parecia hipnotizada, não conseguia desviar os olhos. Ele trouxe uma das mãos dela colocando-a sobre o tecido. Ela sentiu que o pênis se contraia ao seu toque. Ele fechou os olhos e soltou um suspiro. Ela fez uma leve pressão e notou que isto também a excitava. Continuou com a carícia e ele voltou a beijar o pescoço dela. Livrou-a do sutiã e ela surpreendeu-se um pouco ao sentir que ele acariciava os seus seios com a boca, mas a sensação foi tão boa que a surpresa passou rápido e ela entregou-se as carícias. Ela retirou a cueca dele e ele a ajudou a posicionar a mão. Mantinham contato visual. Ele ensinou-a a manipulá-lo de forma que lhe proporcionasse mais prazer. Logo ela já o masturbava com segurança e ele voltou a beijar-lhe o pescoço e os seios. As mãos dele foram até o fecho da saia dela, então parou por um momento, olhando-a profundamente, disse num sussurro:
-- Você confia em mim? Nada vai acontecer – sorriu.
Ela sorriu de volta e retirou a saia, usava uma calcinha branca inocente. O pênis dele estava muito ereto. Ele a deitou e colocou-se sobre ela, beijando seus lábios, pescoço, orelhas; ela sentia a ereção em contato com suas coxas, voltou a masturbá-lo. Ele voltou a beijar-lhe os seios e ouviu ela soltar um gemido baixo. Quanto tempo se passou era impossível de determinar, mas a excitação dele era cada vez maior.
Severo percebeu que não demoraria muito. Deitou-se de lado para poder ver todo o corpo dela, continuava a beijar-lhe os seios e a ouvir os gemidos dela, mas agora ele se masturbava. Ele sussurrou algo ao ouvido dela e logo em seguida atingiu o clímax. A respiração dela também estava muito acelerada, ela viu ele diminuir o ritmo deixando sair o líquido viscoso e esbranquiçado. Então ele deitou-se e ela descansou sua cabeça no tórax dele, o abraçando e sentindo o seu coração retornar lentamente ao ritmo normal.
******************* Fim da parte NC**********************
Oi gente, Então o que acharam? Este foi o primeiro NC que eu escrevi. Não sei se ficou muito bom, mas eu estou tentando melhorar. O mais difícil foi convencer o Beta a ler o capítulo. Ele reclamou o tempo todo que isso aqui está melado demais. Mas eu gosto de romances "água-com-açúcar" e eles bem que estavam merecendo um encontro fofo.
Prometo que não vão ter muitos capítulos proíbidos para diabéticos.
O próximo capítulo é bem mais pesado e com muitas informações. Continuem lendo e comentando.
Carla Rosa - Obrigado. Espero que eu continue agradando
Ninha Snape - Valeu. Pode continuar pressionando, o meu Beta adora ver os Reviws. É só por causa dele que demora para postar. Beijos
Para quem ainda não leu e só para não perder o hábito: tem a minha outra Fic RL/HG http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=14190
Beijos e até breve
Ana
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