A ordem da Fênix e o Feitiço F
A ordem da Fênix e o Feitiço fidélius
Às 20h a cozinha do largo Grimmauld já estava cheia. Tiveram alguns contra-tempos com o quadro da Srª Black, mas agora estavam todos prontos para começar a reunião. Gina ficou em seu quarto no andar superior tendo prometido a Harry que não brigaria com sua mãe já que ele lhe contaria tudo que acontecesse. Foi um bom acordo para ambos. Gui foi dispensado por ainda estar em lua-de-mel. Carlinhos chegou da Romênia naquela tarde.
A professora McGonagal tomou a palavra:
-- Boa noite amigos e companheiros de luta – como sempre sua voz era firme e dura – esta reunião foi sugerida por Harry Potter – desnecessariamente apontou para Harry que sentava-se a seu lado. – Harry preocupou-se que talvez com a morte de Alvo – sua voz tremeu levemente ao pronunciar o nome do Professor Dumbledore, porém logo recuperou-se – que foi o fundador e O Líder da Ordem da Fênix, nós talvez estivéssemos perdidos. Passo a palavra ao Sr Potter.
Harry notou que alguns dos presentes estavam visivelmente constrangidos de ver um rapaz de 17 anos tomando a frente de uma reunião daquela importância. Outros pareciam estar achando graça. Mas alguns ainda pareciam um pouco irritados por acharem que estariam ali perdendo tempo. Afinal o que aquele moleque estaria querendo? Assumir o lugar que era do velho e sábio professor Dumbledore como Líder da ordem da Fênix? Pensando nisto Harry tentou manter a voz firme.
-- Primeiramente gostaria de agradecer a presença de todos e esclarecer que não tenho nenhuma intenção de substituir o Professor Dumbledore, mas como todos aqui devem saber eu sou “o-garoto-que-sobreviveu” e imagino que a maioria saiba que eu estava com o professor no momento em que ele foi assassinado. – olhou significativamente para Hermione – Durante o ano que passou o Professor Dumbledore me deu informações que ainda são confidenciais –rostos de curiosidade fixaram-se nele – sobre algo que ele estava pesquisando e que será de suma importância no confronto final com Voldemort – parou para ver o efeito que citar o nome do temido Lord das Trevas causava nos presentes. O resultado foi bom, a maioria agora o olhava com mais respeito seja pelo fato dele ter estado no momento da morte de Dumbledore, pelo grande bruxo ter confiado a ele segredos ou ainda por ele ter a coragem de citar o nome do temido bruxo das trevas.
-- Lhes digo que toda ajuda é importante, temos informações confiáveis de que Ele está tentando recrutar gigantes, – olhou para Hagrid – lobisomens – rapidamente para Lupin – e outras criaturas como inferis e dementadores. Eu creio que nada disso é novidade. Pedi que esta reunião fosse organizada para lhes dizer que precisamos continuar unidos lutando e que toda ajuda será bem vinda. Tivemos baixas no ano que passou e sabemos que teremos mais. Nem todos viverão para ver a nossa vitória – parou por um segundo e então completou confiante – porque vamos vencer. A maioria o olhava agora com respeito.
-- Por fim é importante todo o cuidado nesses tempos de guerra, devemos confiar sempre desconfiando. Todos sabem que criamos um traidor dentro de nossa ordem – neste momento Hermione viu um brilho maligno, quase insano aparecer nos olhos de Harry e isto lhe causou mal-estar, sentiu um aperto no coração.
-- Não acho possível escolher uma pessoa para liderar o grupo como o professor Dumbledore fazia – os que ainda tinham alguma ressalva em relação a Harry renderam-se. O rapaz sabia que os membros da ordem que não o conheciam bem tinham certeza que ele diria ser o substituto natural na falta de Alvo Dumbledore. Harry continuou como se não tivesse percebido os olhares admirados lançados a ele – mas precisamos de uma liderança, e acho que deveríamos escolher três ou quatro do grupo para formá-la. O que acham?
Houve um grande burburinho, todos falavam ao mesmo tempo. Hermione, porém estava estranhamente quieta, como se estivesse juntando peças de um quebra-cabeça. Quando o professor Dumbledore era o líder ele tomava decisões sem que obrigatoriamente passasse pelo crivo do restante do grupo. Harry havia contado a ela e Rony que mais ninguém conhecia sobre a profecia e que poucos sabiam sobre as horcruxes, portanto poderiam haver outras missões que somente o professor Dumbledore e a pessoa que a executava conhecessem. Seus pensamentos voaram imediatamente para Severo Snape – aliás, isto estava começando a acontecer com uma freqüência irritante, a todo momento se pegava pensando em seu ex-professor de poções.
Uma jogada de mestre, muito arriscada é verdade, mas colocaria Snape ao lado de Voldemort como um de seus comensais mais dedicados. Contudo existia uma falha: se mais ninguém soubesse da missão do que adiantaria um espião tão bem colocado? Suas informações não chegariam à ordem. Hermione estava tão entretida com seus pensamentos que nem percebeu a Professora McGonagal pedir silêncio e propor uma votação para que fossem escolhidos quatro bruxos para compor o grupo de liderança.
Quando um bruxo que Harry conhecia apenas de vista disse que votaria nele, o rapaz pediu a palavra e mais uma vez impressionou os presentes.
-- Eu sou muito novo, e também não conheço todos vocês, não conhecia todas as idéias do Professor Dumbledore – Hermione pensou que provavelmente ninguém – não vejo no que eu ajudaria fazendo parte do grupo de liderança. Tanto Remo quanto o Sr Weasley o olhavam com admiração.
Seguiu-se à votação, Harry votou em Lupin, Rony em seu pai e Hermione na Professora McGonagal. Alguns ainda votaram em Harry - entre eles Hagrid. O garoto terminou empatado com Lupin em 3º lugar. Os escolhidos foram Minerva McGonagal, Artur Weasley, Harry Potter e Remo Lupin.
A reunião terminou com McGonagal dizendo que todos deveriam continuar exercendo as mesmas atividades, e que iria querer um relatório sucinto sobre cada uma o mais rápido possível. Desta forma o grupo de liderança estaria a par de tudo o que acontecia.
Foram dispensados e a maioria foi embora. Os quatro do grupo de liderança, os outros Weasley, Hermione, Tonks, Moody, Quim e para desagrado da Srª Weasley e de Harry, Mundungo, ficaram para o jantar. Hagrid disse que teria que voltar logo a Hogwarts e lançou a Harry um olhar que dizia “Grope”.
Gina desceu para o jantar que transcorreu em silêncio como se todos estivessem perdidos em seus pensamentos. Logo após o fim do jantar Moody, Quim e Mundungo foram embora. Remo e Tonks já começavam a se despedir quando Harry falou:
-- Preciso conversar mais duas coisas com vocês.
A Srª Weasley já mandava Gina de volta para o quarto quando Harry a impediu.
-- Não Srª Weasley, este assunto também interessa a Gina e ela precisa ficar – dera um sorriso para a Srª na intenção de tranqüilizá-la. Apenas Hermione entendeu a intenção de Harry. A Srª Weasley pensou em argumentar, mas decidiu dar um voto de confiança ao rapaz.
Antes que mais alguém pudesse interromper ele começou:
-- O que vou dizer aqui é segredo absoluto, porque se esta informação chegar aos ouvidos de Voldemort – a reação de sempre – ou de algum de seus comensais uma vida correrá grande perigo – Fez uma pausa, a tensão naquele ambiente era palpável. Todos o olhavam interrogativamente – Portanto aqueles que permanecerem nesta cozinha terão que realizar... – e olhou significativamente para Hermione que completou, muito animada:
-- um feitiço que nos impede de contar tal segredo. É como se fosse um feitiço fidélius, porém não em relação a um lugar, mas a uma informação. Só quem poderá revelá-la será o fiel do segredo, no caso o Harry. – Ela sorriu e olhou de volta para o amigo que se dirigiu aos presentes.
-- Todos de acordo? – A Srª Weasley aproximou-se, um tanto angustiada.
– Harry, querido, ainda não entendi porque Gina tem que estar presente, ela não é membro da ordem e ainda...- Harry a interrompeu sorrindo e completou a frase da bondosa senhora
– é menor de idade. Sim Srª Weasley, mas não se preocupe, Gina já sabe de tudo.
Em vista da confiança de Harry todos concordaram, inclusive Gina que não estava entendendo nada, mas que fez cara de que sabia de tudo. Harry olhou para Hermione que assumiu.
-- Todos levantem as mãos para o centro da mesa e digam: Juro que nunca revelarei o segredo que me será declarado neste momento – quando todos haviam repetido as palavras, Hermione agitou a varinha dizendo palavras de encantamento e dela saiu uma luz vermelha que os envolveu. Harry não pode deixar de sorrir e corar ao dizer a frase seguinte:
-- Eu, Harry Potter estou namorando Gina Weasley – Hermione sorriu para ele, Rony e Gina os olhavam assustados os outros presentes faziam cara de quem não estava entendendo nada. Então Hermione balançou novamente a varinha dizendo outras palavras mágicas, a luz vermelha tornou-se azul e se desfez.
A Srª Weasley tinha lágrimas nos olhos, só naquele momento entendeu o ato de Harry. Os gêmeos tentaram ensaiar uma cara de raiva dizendo “como assim namorando a nossa irmãzinha, Harry?”, mas em vista de Gina ter tentado avançar para os dois eles riram alto e saíram desejando boa sorte, a Harry, é claro. Harry pediu que Gina distraísse a Srª Weasley e Carlinhos enquanto ele conversava com o grupo de liderança.
Dirigindo-se a McGonagal, Lupin e Sr Weasley disse que precisaria lhes contar mais algumas coisas e vendo que Tonks levantava-se para sair, disse que ela também poderia ficar.
-- Não acredito que Remo tenha segredos para você – Lupin corou e Tonks abriu um grande sorriso sentando-se ao lado do namorado e segurando-lhe a mão. Rony e Hermione mantiveram-se imóveis. Harry olhando para o Sr Weasley perguntou em tom de desculpas:
-- Posso namorar Gina? Não pude perguntar-lhe antes, pois não queria perder a chance de fazer o feitiço. – completou justificando-se
O bruxo tinha o rosto sério, mas sorriu quando respondeu – não que eu ache que faça alguma diferença, mas pode namorar minha filha –Harry corou.
– Obrigado. Para mim faz toda a diferença. O Sr Weasley com a expressão pensativa, falou:
– você acha mesmo necessário tudo isto?
-- Bom – respondeu Harry tentando parecer menos nervoso do que na realidade estava – eu acho que todos aqueles que me cercam correm mais risco que a maioria. Já tentei colocar isto na cabeça desses dois – falou apontando para Hermione e Rony – mas eles não me dão muita bola. Tentei também me afastar de Gina, mas percebi que isto seria impossível e que eu apenas conseguiria fazê-la sofrer – Olhou significativamente para Tonks que não podia (ou não queria) disfarçar um sorriso – Achei que se apenas aqueles em quem mais confiamos soubessem, então Gina estaria um pouco mais segura. No entanto não poderia correr o risco de uma maldição imperius, por exemplo, e por isso resolvi proteger o nosso segredo com um feitiço – Sorriu.
Novamente o Sr Weasley o fitava com admiração, naquele momento teve certeza que aquele rapaz amava sua filha. Remo acrescentou um pouco emocionado.
– Tenho certeza que seu pai, mais uma vez, ficaria orgulhoso de você, Harry. – Os olhos de Harry marejaram, ele adorava quando o comparavam ao pai, mas controlou-se. Então falou:
-- Quando o Professor Dumbledore me passou essas informações, me disse que eu não deveria discuti-las com mais ninguém além dele, Rony e Hermione, mas em vista do ocorrido vou precisar de ajuda para cumprir a minha missão e achei que vocês eram os melhores para me ajudar.
Harry contou tudo sobre a profecia e viu o assombro nos olhos dos mais velhos e também sobre as Horcruxes. A professora McGonagal não pôde conter um suspiro de indignação ao saber disto. Por fim, por saber que seria o que daria mais discussão, disse que não retornaria para Hogwarts este ano. Antes que a professora McGonagal pudesse reclamar acrescentou que os cabeça-duras dos seus amigos faziam questão de acompanhá-lo nesta busca. Tanto Lupin quanto McGonagal tentaram convencê-lo do contrário, porém como ao final de um longo tempo não haviam tido sucesso, deram-se por vencidos. A Professora pediu que os três comparecessem a escola, pois havia cartas de Dumbledore para eles.
Já passava muito da meia-noite quando Remo, Tonks e McGonagal se foram. Harry, Rony, Hermione, Gina, Sr e Srª Weasley haviam decidido ficar na sede até o próximo sábado, quando iriam ao Beco Diagonal e de lá retornariam para a Toca.
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Oi pessoal, desculpe a demora. O beta demorou muito na revisão e eu não quis colocar sem ele ver.
Muito obrigado a todos que leram e comentaram, a quem não comentou, mas leu também. A partir do próximo capítulo é que as coisas começam a ficar legais.
Beijos
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