Dia de Azar
Porque? Por QUE? PORQUE?!?! Maldita a situação onde eu fui me meter, quero dizer, não é como se eu não os conhecesse, não é como se eu nunca tivesse dado um oi para eles na vida, mas, arghh!
POR QUE DIABOS É OBRIGATÓRIO CONHECER OS PAIS DA NAMORADA???
Quero dizer, não há nenhuma lei que diga: ‘É expressamente obrigatório conhecer os pais de sua namorada, o descumprimento desta lei o mandará para Azkaban.’ Ou algo assim!
Tudo bem, uma hora eu teria que jantar com eles ou algo assim, mas, quero dizer, eles são trouxas, e vão falar sobre coisas de trouxas que eu não vou entender bulhufas, e provavelmente vão lembrar de algum namorado trouxa dela que provavelmente eles acham muito melhor do que eu e ou vou ficar vermelho e vou querer sair correndo...
Isso vai ser pior do que enfrentar 6 comensais da morte sozinho no meio do nada. Pelo menos Hermione vai estar ao meu lado, como desde que terminou a guerra. Minha namorada, e pelo o que eu ouvi Ginny comentar, o Sr. Granger não ficou muito feliz em saber disso, bom e eu acho que ele está certo. Quero dizer, eu amo Hermione, amo como nunca amei ninguém antes, mas acho que ela merece alguém melhor do que eu...
“Ron.”, Ouço a voz dela do andar de baixo. “O café está pronto, desse, ainda temos que nos arrumar.” O meu lábio treme, mas eu respondo
“Estou descendo Mi.”
Ela está muito animada, eu estou verde, ela notou...Droga!
“Ron, o que está acontecendo?”, pergunta ela preocupada pondo a mão na minha testa. “Está se sentindo bem?”
“Estou.”, minto. “É fome...Você já conseguiu o mapa para a casa dos seus pais?”, desconverso.
“Claro, está tudo pronto, e se fizermos tudo de acordo com a minha programação vamos estar lá as onze em ponto”, minha cabeça girou.
“Certo, vou tomar banho então”, Dei um selinho incerto nela.
“Não demore”, respondeu ela numa voz cantada. Esse dia vai ser um inferno.
1 hora e meia depois...
Estamos perdidos.
“Estamos perdidos”, disse ela.
“Não estamos não”, respondo orgulhoso...E mentiroso.
“Claro que estamos, Ron!”, ela diz mais orgulhosa ainda. “Olhe para o mapa, você deveria ter entrado na 90C, o que foi a uns 5 quilômetros atrás.”
“Talvez tenhamos passado um pouquinho, vou dar a volta...”, cedo, a dor de cabeça voltou.
30 minutos depois...
Ainda estamos perdidos.
“Ainda estamos perdidos”
“Não estamos não!”, respondo teimoso. “É logo ali adiante.”
“Claro que não, Ron, você acha que eu não ia conhecer...ahh, chegamos”, GLÓRIA!
Droga, chegamos, não sei se eu quero sair do carro.
Mas é meio difícil ficar dentro dele com Hermione me puxando e beliscando.
“Olá Sra. Granger, como vai?”, pergunto com um sorriso amarelo no rosto.
“Muito bem Ron, pode me chamar de Helen.”, a mãe de Hermione responde simpática.
Ah, não, é ele, parado na porta com aquela cara de: ‘SAIA DE PERTO DA MINHA FILHA SEU...’.
“Bom dia Sr. Granger”, tento estendendo a mão para um aperto.
“Sr. Weasley...”, ele responde apertando e me analisando desconfiado.
“Pode me chamar de Ron!”, tento ser agradável.
“Como quiser Sr. Weasley”, ele retruca seco.
Eu sabia que isso não iria dar certo, aqui estamos nós dois sentados um de frente para o outro nos encarando na sala de estar enquanto Hermione ajuda a mãe à por a mesa.
“Posso lhe oferecer Whisky?”, ele me pergunta polidamente.
“Claro” respondo receoso, sei que não deveria beber afinal vou dirigir, aparentemente os Trouxas tem leis contra dirigir tendo consumido álcool, mas é só um pouquinho, pra relaxar.
10 minutos e 3 doses de whisky depois...
Eu acho que eu não estou muito bem...Quero dizer, tomar whisky puro sem ter comido nada antes não faz muito bem, ou então por que afinal eu estou vendo duas Hermiones me chamando?
“Ron, você está bem?”, pergunta ela num tom aparentemente elevado. “Você parece meio tonto.”
“Acho que vou ao banheiro”, respondo sentindo a minha língua grossa.
Não deveria ter feito isso eu perdi o equilíbrio e quando me apoiei no tampo da lareira derrubei um pote que se espatifou no chão soltando uma poeirada por toda a sala. A ultima coisa que eu ouvi foi: ‘Vovó!’.
5 minutos depois...
Acho que vou vomitar...Que merda é essa na minha cara?!
“Ron?!”, escuto uma voz do além. “Você está me ouvindo?”
“Ai”
“‘Ai’ o que Ron?”
“Minha cabeça dói.”, falo baixinho e sinto um tapa na minha orelha.
“AI!!!”
“Três doses de whisky? O que você estava pensando?”, era Hermione.
Ela me ajudou a levantar e ir ate o banheiro tirar aquele pó cinzento de cima de mim, o que afinal era aquilo.
“Ron, meu pai está furioso com você”
“Por que?”, pergunto com a mão na cabeça.
“Você espalhou a vovó pela sala toda!”, diz ela em um tom magoado.
“COMO?”, pergunto exasperado.
“É, a vovó estava na urna que você quebrou.”, disse ela com lágrimas nos olhos. Eu disse que não ia dar certo.
“Desculpe querida, eu não sabia”, tento melhorar. “Eu estava muito tonto e...”
“Ninguém mandou tomar três doses de whisky!”, disse ela braba. Eu não deveria ter mencionado a tontura.
“E agora a minha avó está espalhada pela sala de estar, e o meu pai está uma fera, e nada saiu como eu esperava.”, disse ela se sentando e começando a chorar.
“Calma meu amor, eu posso ajudar a limpar e...”, estou sendo fuzilado pelo olhar terrivelmente magoado de Hermione...Maldito dia!
“Ron, eu acho que é melhor você ir”, diz ela incerta.
“Como assim?”, pergunto incrédulo. “E você?”
“Acho que vou passar o fim de semana aqui.”, responde ela terminando de limpar minhas roupas com um feitiço desconhecido por mim.
“Mas...”, ela me olha com as feições num misto de mágoa e fúria. “Certo, eu...Vou então...”
“Depois a gente conversa.”
“Certo.”
Eu sai de cabeça baixa da casa dos pais de Hermione sob o olhar satânico do pai e o compreensivo da mãe dela.
Droga de dia, eu sabia que iria dar tudo errado, não deveria nem ter acordado hoje! Sério, eu tive uma quase-premonição, o meu pensamento dizia: ‘Ronald Weasley, durma até as 3 da tarde e nada de ruim irá lhe acontecer.’ Mas não, eu não poderia decepcionar Hermione...Viu no que deu? Eu tenho que me escutar mais.
Não sei para aonde estou indo, mas já deve ser fora da cidade, deixei o carro lá, vai que Hermione mude de idéia? Duvido.
O céu está se fechando, aposto que vai dar uma chuvarada, até nevar...Odeio o inverno, prefiro o outono, as coisas ficam com um ar tão mais...Leve?!
Eu queria que Hermione estivesse aqui para brigar comigo por eu não ter trazido um casaco mais grosso, ou apenas para estar aqui comigo...Mas aposto que ela vai querer terminar, quero dizer, eu derrubei a avó dela no chão. Não que eu soubesse que naquele pote que eu quebrei estava a avó dela...
Parei na frente de um penhasco, a vista era muito bonita, o sol estava quase se pondo deixando o céu com tons vermelho-alaranjados, parecia uma pintura. Estava ventando muito, e o vento estava cortante, pequenos flocos brancos começaram a cair...Merda! Estava nevando.
“RON!”, ouvi uma voz um pouco distante. Me virei, era Hermione.
“Oi”, respondi tristemente.
“Ron, eu preciso falar com você...”, a voz dela tremeu. Pronto, ela iria terminar comigo.
“Hermione, antes de qualquer coisa, eu quero que você saiba que eu te amo, te amo como nunca amei ninguém na vida.”, eu digo afobado.
“Ron, calm...”
“E eu grito se você quiser”, corro para a ponta do penhasco, abro os meu braços e grito: “EU AMO HERMIONE GRANGER”
“RON, pare com isso.”, mas eu não lhe dou ouvidos e continuo.
“Hermione, eu juro, se você terminar comigo eu me atiro deste penhasco”, mas ela estava rindo. Rindo de mim?!
“Ron, eu não vou terminar com você”, diz ela me puxando pela mão para um lugar mais seguro.
“Não?”
“Não, eu vim te pedir desculpas pelo que aconteceu hoje, não foi sua culpa.”, disse ela me abraçando.
“Mas eu derrubei a sua avó e...”
“Não é como se ela tivesse sentido”, disse Hermione fazendo uma careta engraçada. “E eu andei refletindo, vovó sempre foi uma pessoa que gostou da liberdade, acho que ela não gostaria de ficar trancada naquela urna, sabe?”
“E o que você vai fazer?”, pergunto curioso.
“Eu vou libertá-la”, disse ela com um sorriso confiante no rosto e se abraçou em mim.
Acho que entendi o que ela quis dizer, levantei-a no ar pelas pernas e ela rindo alto começou a soltar as cinzas que guardava em um saquinho dentro do casaco e depois de um tempo dançando sob a neve escorregando e brincando resolvemos que era hora de voltar pra casa...Apartando, por que Hermione não foi de carro até lá.
...mais tarde...
“Ron, quer sapos de chocolate?”, ela me ofereceu lá da cozinha enquanto eu me esquentava em frente a lareira com Bichento sobre meus pés.
“Quero”, respondi, folgado.
Parece que tudo voltou a normalidade...Hei, por que o carro do Sr. Granger está ali fora?
Engulo em seco.
“RONALD WEASLEY!!!”, não fico para ouvir o resto e subo as escadas correndo, acho que estou encrencado.
FIM
N/A: Espero que gostem, essa fic ganhou o challenge de Comédia Romantica do 3v!
Comentários (2)
SIMPLISMENTE P-E-R-F-E-I-T-O ESSE CAP. A-M-E-I *.*#MORRI A-M-E-I <3 <3 <3 MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.*CHOREI E RI MUITO AQUI :) A-M-E-I:"“Hermione, antes de qualquer coisa, eu quero que você saiba que eu te amo, te amo como nunca amei ninguém na vida.”, eu digo afobado. “Ron, calm...”“E eu grito se você quiser”, corro para a ponta do penhasco, abro os meu braços e grito: “EU AMO HERMIONE GRANGER”“RON, pare com isso.”, mas eu não lhe dou ouvidos e continuo.“Hermione, eu juro, se você terminar comigo eu me atiro deste penhasco”, mas ela estava rindo. Rindo de mim?! “Ron, eu não vou terminar com você”, diz ela me puxando pela mão para um lugar mais seguro."
2013-02-11"Por que afinal eu estou vendo duas Hermiones me chamando?"Hahaha!! Morri de rir!! Esses dois são um barato!!Leia as minhas também e comenta, pufavorzinho!! É só procurar no meu perfil!!beijos!
2013-01-23