Capítulo 20
A Fortaleza Interior
By Idamae
Negócio de leis: As personagens pertencem a J.K.Rowling. Estou apenas emprestando-as, por razões não-monetárias.
Esta história contém imagens que podem ser perturbadoras para alguns leitores, incluindo estupro, violência, assassinato, sexo, tortura e um grande número de outras coisas mórbidas. Se você não quer ler sobre tais coisas, aperte o botão Voltar, AGORA!!!
Capítulo 20
Severo sentou-se à frente do fogo crepitante, olhando fixamente para o nada. Sem pensar, trouxe a garrafa de whisky à sua boca repetidamente. Era mais que um hábito agora; era um ritual. Sua vida tinha se tornado um círculo infinito de ensinar, lançar os feitiços de localização, embriagar-se e esperar. Sempre esperando.
Quatro meses agora, consumidos esperando. Ainda, não havia nada. Era como se ela tivesse evaporado da face da terra. Alvo e Harry procuravam muito a cada dia, adicionando seus poderes ao dele. Todos os seus esforços, bem como os de incontáveis bruxas e bruxos sempre na vigia, eram inúteis. Severo ultimamente encarava a possibilidade de que ela poderia estar morta. Aquilo seria um final eficaz para os problemas dela, assim como seria para ele. Alguma coisa, no fundo do seu coração, gritava cada vez que ele pensava em pôr fim em sua própria vida. Algo lhe dizia, na voz macia de Hermione, que quando sua vida terminasse, ele saberia.
Assim por quatro meses esperou. Sentou-se aqui, noite após a noite, sentindo o calor de seu corpo se consumir, Podia imaginar que era ela. O whisky de fogo fazia sua voz ficar mais alta. Ela lhe contava as histórias das grandes aventuras que tinha. Se bebesse bastante, ela vinha para si. Quando tropeçava até sua cama, tarde da noite, ela estava lá.
Com sua mente entorpecida, pelo álcool uma voz intrometeu-se em suas fantasias. "Severo, venha ao meu escritório. O feitiço de localização encontrou algo."
Severo tornou-se sóbrio imediatamente e com um punhado de pó de Flu, entrou no escritório do diretor. "Onde?"
Alvo rapidamente deu a volta em torno de sua mesa. "Harry aparatou em Nova York. Ela lutava contra nosso feitiço, assim não podemos achar a posição exata. Nós, por pouco, chegamos até o meio de um quarteirão e Harry está vasculhando a área."
"Deixe cair às proteções, Alvo. Estou indo."
Não havia nenhum ponto para discutir, no fundo Alvo Dumbledore soube. As proteções caíram e Severo se foi.
Severo aparatou em um pequeno beco em Lower East Side, Alphabet City para ser exato. Rapidamente encontrou Harry na sombria iluminação da noite. "O que você encontrou?" Exigiu, jogando-se sobre o jovem.
Harry não pareceu surpreso em vê-lo. "Eu mostrei sua foto nos arredores. Ela está trabalhando como garçonete em um café próximo. Entretanto, não apareceu para trabalhar esta manhã. Deram-me seu endereço." Harry parou, em frente a um edifício. "Aqui estamos, 256 Bowrey. O apartamento dela é o 3C."
Severo subiu os degraus diante deles, de dois em dois e ultrapassou a porta antes que Harry começasse a andar. Lá dentro, Harry encontrou Severo olhando em volta com um olhar confuso em seu rosto. "Como diabos você sobe aos andares superiores?"
Harry deu a Severo uma boa imitação de seu próprio olhar sarcástico e andou até dois pequenos botões na parede. Pressionou o superior e uma luz apareceu dentro do botão. Após um minuto, a parede ao lado deles abriu-se para revelar um pequeno espaço. Severo seguiu Harry cautelosamente e lutou contra uma onda de pânico quando a porta deslizou e fechou-se atrás dele. O casulo sacolejou diversas vezes e Severo podia sentir que estavam se movendo, embora não soubesse ao certo se para cima ou para baixo. A porta deslizou outra vez e Severo espiou para fora cautelosamente. Harry apenas o empurrou para sair. "Isto se chama elevador, seu cabeça-oca."
No corredor mal iluminado encontraram rapidamente uma porta com o 3C pintado de preto na frente. A porta estava entreaberta e eles entraram. Quem quer que tenha estado lá por último, tinha saído com muita pressa. Uma cadeira caída na cozinha e ao seu lado o refrigerador e os armários ainda estavam cheios de alimentos. Na sala de estar, todos os objetos pessoais tinha sido retirados e a única coisa no dormitório à esquerda, com exceção da própria roupa de cama era um enorme blusão de moletom, esquecido a um canto.
Severo apanhou a camisa de lã cinza e trouxe-a ao seu rosto. Era de Hermione, tinha o cheiro dela. Sem pensar, ele encolheu o blusão e guardou-o em seu bolso.
"Olá" uma voz chamou da sala. Harry se mexeu rapidamente para lá e encontrou uma velha mulher olhando-o desconfiada.
"Olá, Senhora," Harry emplastrou um inocente olhar de menino-sem-dono em seu rosto. "Nós estamos justamente procurando nossa amiga. Ela alugou este apartamento, mas parece que se mudou. Você não sabe dizer se ela deixou um endereço de contato?"
A velha senhora não pareceu confiar neles o tanto que gostariam. "Ela disse que alguém viria procurá-la. Disse também que eu não precisava ter medo de você, mas eu não tenho tanta certeza disso." A vizinha de Hermione olhava Severo de cima a baixo. Ele não tinha tido tempo de transfigurar suas vestes e não estava vestido adequadamente mesmo em Nova York. "Eu estou certa que qualquer um de vocês pode ser o responsável pela circunstância na qual ela está então por isso ela saiu tão apressada. Se não, então não poderiam ser grandes amigos, deixando-a aqui sozinha e longe de casa. De uma maneira ou de outra, chamarei a polícia." A velha senhora saiu apressada pela porta do apartamento.
Severo fez menção de segui-la, mas foi impedido pelo braço de Harry. "Não. Nós precisamos sair daqui. Nós não podemos nos arriscar a exposição. Ela se foi."
Severo olhou em volta do apartamento, oprimido pelo desejo de ficar, somente para respirar seu ar, deitar na cama dela, cheirar seu perfume. Com um assentimento relutante, Severo cedeu e os dois bruxos aparataram de volta a Hogwarts.
Severo andava de um lado pro outro pelo escritório de Alvo, seu interior consumido pela frustração. Tinham contado a Alvo o que encontraram em Nova York. O diretor sentou-se pensativo com a informação, tentando encontrar alguma parte que pudesse ter sido negligenciada. "Você disse que a senhora comentou sobre sua condição. Nós podemos supor que ela continua se enfraquecendo. Isso explicaria, também, a ruptura em suas proteções. Nós devemos lançar o feitiço de localização mais freqüentemente. Se, certamente, estiver se enfraquecendo, então nós conseguiremos encontrá-la rapidamente, antes que alguma delas faça algo estúpido na hora do desespero."
Harry assentiu concordando e Severo preferiu não considerar a idéia. Parou de andar tempo suficiente para dar forma a seus pensamentos, recomeçando quando começou a falar. "Está trabalhando agora. Pelo jeito das coisas, também não tem muito dinheiro. Garçonete, deuses eu nunca imaginei que isso passaria em sua cabeça. Em todo o caso, nós devemos visitar Gringotes e lembrá-los que está empobrecendo. Eu suponho que se ela se desesperar o bastante, ela tente acessar seu cofre lá."
Harry estava de saída. "Eu cuidarei disso, amanhã em primeiro lugar. Esperançosamente, nós poderemos tê-la de volta aqui em pouco tempo. Isso nos dará o verão quase todo. Isto está quase terminado, eu posso sentir."
Severo andou até o bruxo mais novo e olhou para ele. "Eu desejava ter essa mesma confiança, senhor Potter. Sempre esperançoso você aprendeu mais com Trelawney do que eu. Embora, seria negligente se não lhe oferecesse meus agradecimentos." Severo estendeu uma mão. "Se você... Se nós formos bem sucedidos eu terei com você uma dívida que eu nunca poderei pagar."
Harry apertou a mão elegantemente e agitou-a. "Isto não é uma dívida que você tenha que pagar Severo. Este é um erro que eu nunca poderei corrigir totalmente, não importa o quão duramente eu tente. Ache somente uma maneira de fazê-la feliz, uma vez que esteja de volta. Isso é tudo que eu peço." Harry saiu do lugar sem dizer mais nada.
Severo retornou aos seus aposentos. Antes de ir até o banheiro puxou o blusão dela de seu bolso, e retornou-o a seu tamanho normal. O colocou com cuidado sobre seu travesseiro e olhou emocionado apenas por ter uma pequena parte dela perto dele. Poucos minutos depois retornou para encontrá-lo coberto de pêlo alaranjado e Bichento adormecido sobre ele. Não tinha amor pelo gato igual à Hermione, acordou-o e puxou um pedaço da manga de seu travesseiro e enterrou seu rosto nele para dormir, absorvendo o perfume dela.
As semanas finais do período letivo voaram em um ritmo alarmante. De tempo em tempos, outra vez podiam romper suas proteções. Hermione estava movendo-se rapidamente de um lugar para outro. Estava viajando acima e abaixo da costa do leste dos Estados Unidos. Isto confundiu Severo. Não poderia compreender porque não aparatava, e sabia que havia uma parte do enigma faltando.
Procuram-na nos motéis baratos e nas pensões em áreas de cidades onde ninguém prestava atenção neles. Hermione sempre estava um segundo a frente deles, mas estavam começando a chegar mais perto. A equipe de professores em Hogwarts compartilhava agora de suas turmas de Poções. Vinha trabalhado no feitiço de localização quase diariamente, e não tinha no momento, nem tempo nem concentração para ensinar.
Amanhã seria a festa de Final de Ano e primeiro de junho não estava muito distante. Tinha sido há dois dias o último sinal que tinham seguido. Tinha permanecido em um motel miserável em Newark, Nova Jersey e parecia ter dado uma volta na cidade. Quando Severo apanhou a caneca de chá que tomara antes de sair, encontrou-a ainda quente. Outra vez, eles a tinham perdido.
Dois dias se passaram e não houve notícia alguma. Severo começou a temer que a Comensal tivesse tomado o controle total agora. Caso se curasse poderia recuperar os poderes, e eles nunca poderiam encontrá-la.
A voz de Alvo veio da lareira. "Severo. Ela foi vista. Encontre-se com Olívio Wood no aeroporto de Heathrow. Ele o porá a par dos detalhes. Harry também seguiu pra lá. Rápido."
De um salto, Severo estava de pé e desaparatou. Encontrou Harry falando com Olívio perto da expedição de bagagem. Ao lado de Olívio estava uma pequena mulher de cabelos castanhos, grávida.
"Professor Snape, como é bom vê-lo. Jeannie, este é o meu velho professor de Poções. Professor, minha esposa Jeannie."
Severo esforçou-se para aparentar calma. "Muito prazer por conhecê-la, senhora Wood. Eu não quero parecer rude, mas onde está Hermione? Por favor, Wood, diga-me rápido."
"Sim, sinto muito. Veja você, nós estávamos voltando de Amsterdã. Estivemos visitando a família de Jeannie lá. Ela está com a gravidez muito adiantada para aparatar agora, e assim nós somos forçados a viajar de avião. De qualquer modo, eu começava a reaver nossas bagagens quando olhei pela janela e a vi apanhar um táxi. Eu tentei pará-la, mas cheguei muito atrasado. Eu sinto muito que não tenha mais informações para você."
Severo girou-se de um salto e andou até as grandes vidraças que cobriam a parte dianteira do aeroporto. Com os olhos umedecidos prestou atenção aos táxis chegarem e se afastarem, desejando saber se um deles a carregava. Uma outra vez, ela havia deslizado pelos seus dedos. Prestou atenção enquanto Olívio ajudava a sua esposa desajeitadamente em um carro e sentou-se ao lado dela. Olívio envolveu-a com um longo braço enquanto se afastavam Severo pôde ver Jeannie colocar sua cabeça no ombro do seu marido. Teria ele um amor como aquele?
"Ela está voltando para casa, Severo," a voz macia de Harry dizia.
"Está?"
"Sim, está. Ela está aqui em Londres e isso tem que significar alguma coisa. Eu estou indo dar uma volta pelo Beco Diagonal e observar. Quer ir junto?"
Severo balançou a cabeça, "Não, Vou voltar ao castelo. Eu não posso fazer isso mais uma vez hoje. Eu não sei se vou suportar isso de novo; a expectativa, a esperança, e depois a frustração.. Deuses estou cansado disso tudo."
Harry deu ao homem mais alto um tapinha tranqüilizador no ombro. "Então vá para casa e descanse. Você parece que tem dormido bem menos que eu. Precisa estar pronto para ela Severo. Nestas condições, parece até que a Edwiges poderia lhe derrubar. Eu avisarei assim que encontrar alguma coisa."
Harry caminhou até um mapa imenso próprio de aeroportos e desapareceu. Severo continuou lá, olhando para fora da vidraça por muito tempo os carros que iam e vinham. Finalmente, desapareceu também, não se incomodando em se esconder. Estava muito distante para se importar com qualquer um que observasse.
Severo apareceu no portão e decidiu fazer o caminho mais longo até o castelo. Talvez o ar fresco fizesse-o se cansar. Harry estava certo. Não estava dormindo muito bem. Quando dormia, seus sonhos eram quaisquer coisas menos tranqüilos. Estavam cheios de visões de Hermione. Certo, a Sono Sem Sonhos ajudaria, mas se o único lugar onde podia vê-la era em seus sonhos, então seria assim. Andou lentamente a descida até o lago e prestou atenção ao sol resplandecer na sua superfície. Os sons e os cheiros de vida nova estavam em tudo em volta dele. Flores desabrochando, a grama balançando, os gritos minúsculos dos filhotes chocados recentemente nos seus ninhos. Vida renovada, aquilo era o que necessitava. Sem ela, a vida continuaria da mesma forma mundana e cotidiana que vinha vivendo. Finalmente, Severo decidiu que um cochilo de tarde seria a maneira de escapar outra vez, pelo menos por enquanto. Escolheu um trajeto mais demorado dando a volta pela parte dos fundos do castelo. Surgiu um pouco atrás da cabana de Hagrid e entrou por uma porta traseira.
Tão logo alcançou as masmorras foi encontrado por Dobby. O irritante elfo feliz do castelo obstruía sua passagem, sacudindo-se para cima e pra baixo. "Professor Snape, professor Snape. Eu estava esperado o senhor voltar. O professor Dumbledore disse para ir rápido para a enfermaria. Harry Potter voltou a Hogwarts e não está sozinho. Ele..."
Severo não ouviu mais nada da fala desconexa do duende. Correu escadas acima até à porta da enfermaria. Alvo esperava-o, junto com Harry. Atrás da porta fechada podia ouvir a voz de Hermione, gritando furiosamente com a medibruxa. Reivindicando ser solta, espalhando solicitações inflamadas.
"Espere, Severo, você precisa saber de algumas coisas antes que entre lá." Alvo parou na frente da porta. "Harry e eu tivemos que impedi-la de fazer magia. Era difícil e arriscado dado seu estado atual, mas estava ameaçando prejudicar-se e quase matou Papoula no processo. Severo, isto pode ser um choque para você, mas..."
Mais uma vez, Severo não ouviu nenhuma palavra que estava sendo dita a ele. Empurrou Alvo para o lado firmemente, mas não de forma bruta. Avançou pela enfermaria, suas vestes elevando-se ameaçadoramente atrás dele. Hermione estava olhando para fora da janela da enfermaria. Com um assentimento a ele, Papoula levantou-se de sua mesa no extremo oposto do quarto e saiu silenciosamente. "Granger," Severo chamou com uma voz controladora, "Pare com este comportamento infantil de uma vez."
Ao som de sua voz, Hermione relaxou visivelmente. Mantinha-se de costas ainda, mas ele pode ver que ela envolveu os braços em torno de seu tronco e começou a se balançar. A rachadura vista na superfície foi breve quando se enrijeceu outra vez. "Infantil," a comensal respondeu, "uma interessante escolha de palavras." Snape podia ver que estava vestida com um par de calças de lã e com uma camiseta de tamanho muito grande.
"Eu exijo ser solta. Você não tem nenhum direito de me prender. Fodam-se vocês três, não tinham nenhum direito de me caçar feito um animal. Tudo que eu queria era esquecer este lugar, e até isso você me recusou. É minha vida e raios, eu quero vivê-la."
"Esta não é sua vida, Granger. Você roubou o corpo dela e está tentando viver algo que não é seu."
Agitava sua cabeça agora, mas não tinha virado para encará-lo. "Eu não roubei nada, ela concordou. Isto é um acordo e nós compartilhamos este corpo. Ela me deu uma vida com a promessa de que eu não o prejudicaria. Uma vida por outra melhor dizendo."
Snape estava confuso. Este versão de Hermione estava falando por enigmas. "Deixe-me falar com ela então. Deixe-me ouvir as palavras pela boca dela, não da sua. Ajude-me a compreender e talvez eu possa ajudar-lhe."
Hermione ficou em silêncio considerando sua oferta. Lentamente, os braços vieram ao redor de si mais uma vez e começaram a balançar de novo. Os ombros começaram a tremer. "Severo, ela está certa. Por favor, diga a eles para me soltarem e me deixarem ir. Eu concordei com tudo isto. Era a única maneira."
Severo cruzou a distância entre eles rapidamente e envolveu um braço forte em torno dos ombros delas, puxando-a do pequeno encosto da cama e trazendo-a de encontro a ele. Sentiu suas mãos erguerem-se e impedir seus braços de segura-la. "Por que, Hermione? Por que você a deixou ficar? Esta é sua vida, sua vida é aqui comigo." Enterrou seu rosto nos longos cachos de seu cabelo.
Sua voz estava mais macia agora e tinha um leve tom amedrontado. "Severo, você se lembra do festim de Halloween?" Ele fechou seus olhos e girou-os para descansar sua bochecha no alto da cabeça dela e assentiu-os. "Eu perdi meus poderes por um tempo naquela noite e por vários dias depois eles ficaram enfraquecidos. Muitos de meus feitiços falharam nesse tempo, também."
"Ela quis terminar com isso, Severo. Eu não podia deixar. Cada vida merece uma possibilidade, não importa como foi trazida para existência. Eu não queria esta vida tanto quanto ela; mas cada vida merece uma chance. Assim nós entramos em um acordo. Eu concordei que ela poderia continuar enquanto somos nós e ela concordou em deixá-lo viver."
O que sua Hermione dizia não fazia mais sentido do que a comensal. "Eu não entendo."
Ela se afastou dele e desenrolou seus braços de seu corpo. Lentamente girou ao redor e seus olhos encontraram-se com dela imediatamente. O rosto de Hermione estava molhado de lágrimas e ele trouxe ambas as mãos até suas bochechas e secou-as; Somente foram substituídas por novas. Severo envolveu seus braços em torno dela e puxou seu corpo para abraçá-la. Como um tapa bem dado na cara, ele compreendeu o que ela explicava. Não podia puxá-la para mais perto. Ele deixou cair seus braços em choque e regressou ao passado ao olhar para ela.
Severo desequilibrou-se para trás e sentou na borda de uma das camas, estarrecido pelas pistas que ele teria sido capaz de juntar. Como não notou isto? Tinha lhe dito aquela noite, depois de seu ataque, "Mas não me deixe, não acho que tenho qualquer capacidade mágica agora."
A voz de Papoula encheu sua cabeça, "Você faz o Adversus Conceptio para ela?"
"Não, ela usa os feitiços."
Até o Lorde das Trevas tinha tentado lhe dizer. "Sinto que qualquer criança nascida de tal união seria verdadeiramente um bem não apenas para vocês dois, mas para mim também."
Vômitos, perda de peso, retraimento; por que não tinha previsto isso? De repente, um tiro de dor encheu sua cabeça e o forçou a fechar seus olhos. As visões de nove homens pairaram diante dele. Um após outro, possuindo-a. Misturando-se a isto, suas próprias noites de amor com ela. Forçou as imagens em sua cabeça e abriu seus olhos para olhá-la mais uma vez; olhou-a de verdade.
Os braços de Hermione elevaram-se outra vez e descansaram sobre seu estômago muito elevado. Estava grávida.
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