Reencontro
22° Capitulo:Reencontro
Como isto pôde acontecer comigo?
Eu cometi meus erros
Não há pra onde fugir
A noite continua
Simple Plan - Untitled (traducão)
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-- Gina?
Harry não podia acreditar no que estava acontecendo, não era possível, era uma miragem, só podia ser mais ele sabia que não era nenhuma miragem, era Gina Weasley quem estava parada na porta olhando para ele, Harry não podia acreditar que a mulher que passara cinco anos de sua vida atrás, estava parada na sua frente, não sabia o que fazer, esperou tanto por isso dia ensaiou tudo o que tinha que falar, mais quando chegou o grande dia ele não sabia o que fazer.
O que Harry não sabia era que Gina, estava igual ou mais confusa do que ele, ela não podia aceitar que o destino lhe pregara uma peça, não podia acreditar que Harry era pai da garotinha que ela tanto se apegara, simplesmente só podia ser uma brincadeira, isso uma brincadeira, alguém estava brincando com a cara dela, mais isso era impossível, ninguém em sã consciência, brincaria com Gina, ainda mais agora que ela se tornara, uma mulher forte e independente.
Tanto Gina quanto Harry não sabiam qual sentimento se apoderava deles naquele momento, ficaram se olhando diretamente nos olhos, se esquecendo completamente do mundo lá fora, eles só queriam se olhar, aquele olhar que ficaram tanto tempo longe, o mundo parou naquele momento para ambos, não sabiam se riam ou se choravam, esperaram tanto por esse reencontro, mais agora que estavam vivendo ele, não sabiam como agir.
Mais Gina foi forte, e quando finalmente conseguiu desviar o olhar de Harry, percebeu que não podia continuar mais ali, perto dele, ou cometeria alguma besteira, se virou para ir embora, o que fez Harry acordar de seu transe, e tomar alguma atitude, e primeira coisa que lhe ocorreu na cabeça foi pedir para ela esperar.
-- Gina espera.
Quando Gina escutou a voz de Harry, sentiu um leve arrepio percorrer sua espinha, sabia que não poderia ser fraca na frente dele, não depois de anos sem se ver, mas algo mais forte do que ela a vez virar e encarar mais uma vez aqueles olhos verdes-esmeraldas.
-- Desculpe-me, mais o senhor deve estar me confundindo com outra pessoa.
-- Gina, não fuja de mim novamente, por favor.
-- Não me chame de Gina, nem ao menos nos conhecemos, para você ter tal intimidade comigo.
E novamente Gina se virou para ir embora, mais foi impedida por Harry que a segurou pelo braço.
-- Do que você esta falando Potter? –Gina suspeitava do que Harry queria falar, mais não podia dar nenhuma bandeira.
-- Do que você fez esses anos!- Harry nem ao menos notara, que ainda estava segurando o braço de Gina, e continuou segurando, afinal também não se incomodara com o contato.
-- E o que foi que eu fiz? – Gina finalmente se deu conta de que Harry ainda a segurava, e puxou o braço de volta.
-- Entre e vamos conversar, não posso mais adiar essa conversa. – Harry passou as mãos no cabelo, como um gesto de nervosismo, e suspirou cansado quando Gina fez mais uma pergunta irritante.
-- E por que eu entraria?
-- Porque precisamos conversar.
-- E sobre o que precisamos conversar?
-- Sobre os gêmeos.
Harry sabia que pegara no ponto fraco de Gina, os gêmeos era um assunto ao qual Gina não podia simplesmente ignorar. Gina passou por Harry entrando na casa, mais quando pos os seus pés naquela casa, todas as lembranças voltaram, do primeiro dia que entraram na casa, de todas as lembranças boas que aquelas paredes vivenciaram, Gina olhou para a casa, e viu que toda a continuação continuava igual, nada foi tirado do lugar, nem um único quadro, caminhou até a sala, e viu vários porta-retratos com fotos de Harry e Lílian, fotos de quando Lílian era apenas um bebê até os dias atuais.
Harry ficou um pouco atordoado com a rápida mudança de atitude de Gina, e quando se deu conta, Gina já estava na sala, fechou a porta e seguiu para sala esperando alguma reação de Gina, a qual só veio depois de uns cinco minutos em silêncio.
-- O que você quer falar sobre os meus filhos?
-- Que eu sei da verdade.
-- Que verdade?
-- Que eu sou o pai deles.
Naquele momento o mundo de Gina caiu, ela não sabia o que fazer, sabia que um dia Harry descobriria toda a verdade, mais não podia ser agora, ela tinha acabado de voltar para Londres, não queria ter de sair novamente, mais agora o mais importante era tentar se livrar daquela situação em que se encontrava, sabia que corria o risco de Harry querer lhe tomar Tiago, mais a situação já estava numa situação critica, não tinha mais o que fazer. Mais a única coisa que Gina queria saber, era quem tinha contado, quem acabar com a sua vida, e também sabia que dependendo da pessoa que tinha falado, ela podia alegar que era mentira.
-- Quem contou?
-- Priscilla.
Gina sentiu o chão sob os seu pés sumir, não tinha mais o que fazer, Harry descobrira toda a verdade, Gina caminhou até uma poltrona e se sentou, em seguida enterrando o rosto nas mãos, num gesto de total desespero.
-- Desde quando? – a voz de Gina, saiu embargada, pelas mãos, ela tentava arrumar coragem para olhar para Harry, mais não conseguia, tinha medo do que poderia encontrar no olhar dele.
-- Desde o dia que Priscilla morreu! – Harry estava parado em frente a poltrona que Gina estava, de braços cruzados, e a sua expressão não era de felicidade, nem de calma, podia se notar que ele estava nervoso, mais que nervoso ele estava com raiva.
-- Por que você nunca me contou? – Gina finalmente teve coragem, e levantou o rosto, encontrando o olhar de Harry, que agora estavam em uma tonalidade de verde escuro, demonstrando a raiva que estava sentindo.
-- Seria porque eu nunca te encontrei? – com certeza aquele tom de ironia não combinava com Harry, mais não durou muito e sua expressão agora se tornou seria.
-- Eu fui atrás do meu filho, eu lutei para poder ser um pai pra ele, mais você sumiu, eu nunca te encontrei.
-- O que você quer agora?
-- O que eu quero? Eu quero ser o PAI, que o Tiago nunca teve, quero ser amigo dele.
-- Ele nunca precisou de um pai, ele nunca Quis um pai.
-- Ele nunca TEVE a oportunidade de ter um pai ou não, ele nunca escolheu não ter pai, foi você que escolheu.
-- Eu fiz o melhor pro meu filho! – Gina não se controlando mais se levantou, ficando a poucos centímetros de Harry, na opinião dela, ele tinha que entende-la, não podia simplesmente jogar na sua cara o quão egoísta ela fora.
Harry por sua vez, não podia mais controlar a raiva e a magoa que se apoderou dele, tinha que falar tudo o que pensava tudo o que sentia agora, antes que fosse tarde demais.
-- Você fez o melhor pra você, você é uma egoísta!
-- EU NÃO SOU EGOISTA!
-- É SIM! VOCÊ PRIVOU O TIAGO DE TER UM PAI, ME PRIVOU DE SER PAI SABENDO QUE ESSE ERA O MEU MAIOR SONHO, E ISSO TUDO POR QUÊ? PORQUE FOI MELHOR PRA VOCÊ, VOCÊ SÓ PENSOU EM SI MESMA, NUNCA PENSOU EM MIM OU NO TIAGO.
Gina sabia que tudo o que Harry falara era verdade, ela fora egoísta ao esconder a verdade dele, mais ela só fizera isso, pois não queria mais sofrer, pensou que se falasse pra Harry que estava grávida, ele iria querer tomar as crianças dela, e mesmo quando teve coragem de contar toda a verdade, descobrira que Priscilla estava grávida, e de casamento marcado com Harry. Ficaram em silêncio se olhando, Gina já tinha desistido de ser forte há muito tempo, e começara a chorar em silêncio, por mais que tentasse não conseguia conter as lagrimas que teimavam em cair.
-- Você me roubou o direito de ser pai, eu devia te odiar por isso, mais não consigo de odiar sabe por quê? Porque você me deu um dos bens mais preciosos da minha vida. – Harry agora não carregava mais a expressão de raiva, agora o único sentimento que se apossava dele era magoa, mais uma magoa a qual ele conseguia deixar de lado.
-- Do que você esta falando?
-- Da nossa filha que você acha que morreu.
-- como assim? – Gina estava confusa, não conseguia entender o porque daquelas palavras.
-- A nossa filha não morreu, a nossa filha esta viva.
-- Mentira! Você esta querendo me fazer sofrer, esta se vingando de mim. – Gina agora chorava copiosamente, não queria acreditar nas palavras de harry, não queria ter novas esperanças, pra depois saber que tudo não passara de uma brincadeira.
-- Não é mentira, a nossa filha nunca morreu, ela estava viva, te enganaram.
-- Chega, por favor, não brinca comigo, eu já sofri demais. – Gina, não soube de onde saiu forças para pronunciar a ultima frase, tinha certeza que sua voz sairá num sussurro de total desespero.
-- Eu nunca ia brincar com uma coisa dessas, a nossa filha esta viva, a nossa filha é a Lílian!
Gina sentiu suas pernas fraquejarem e quando se deu conta, estava sentada no chão, encostada ao sofá, abraçou seus próprios joelhos, e começou a chorar mais do que estava chorando antes.
Harry também estava chorando, era um sofrimento que ambos tinham que passar, para que no futuro não existisse magoas entre os dois. Harry se abaixou ficando na altura de Gina, e tocou-lhe o ombro, fazendo-a levantar a cabeça. Ficaram se fitando até que Gina resolveu quebrar o silêncio.
-- Por que você não foi atrás de mim? Por que você não me contou toda a verdade?
-- Eu fui atrás de você, eu percorri o mundo para te encontrar, mais nunca consegui seu endereço, você sumiu do mapa.
-- Mentira! Se você quisesse me encontrar você teria ido atrás da minha família, todo mundo sabia onde eu estava.
-- Mais eu fui! Mais sabe o que eles me disseram? Pra mim te deixar em paz, pois eu não a merecia que era melhor deixa-la com a sua família, pois eu só a fazia sofrer, e que se você quisesse que eu soubesse do Tiago, você mesma teria me contato, e não fugido de mim. Você acha que eu me senti como? Com toda a sua família contra mim, tendo um filho que não conhecia, e sabendo que a única mulher que eu amei, tinha mentido pra mim.
-- Eu nunca menti pra você.
-- Ah não? Esconder que eu ia ser pai, não é mentir, não é? Falar pra todo mundo que aquele tal de Diego era o pai dos meus filhos não é mentira, não é? Me poupe Virginia, nós dois erramos, mais eu estou disposto a corrigir o meu erro.
-- Você quer que eu faça o que? O que aconteceu não pode ser mudado.
-- Sei que não podemos mudar o passado, mais junto podemos construir um futuro.
-- Que futuro vamos ter? – Gina ainda chorava, mais era um choro de desabafo, não sabia onde Harry queria chegar, e tinha medo de descobrir.
-- O futuro de sermos uma família Gina, nós dois privamos Tiago e Lílian de terem uma família, não vamos tirar esse direito deles de novo. – harry sabia que era muito cedo propor isso para Gina, mais tinha que fazer, não sabia o que ela poderia fazer depois desse dia.
-- Não dá pra sermos uma família, eu não consigo. – por mais que Gina tentasse, as lembranças ainda a atormentavam, queria ter uma nova chance ao lado de Harry, mais tinha medo de passar por tudo novamente.
-- è só querer Gina, nada impede de que nós possamos ser uma família.
-- Não é tão simples assim Harry, eu não consigo te perdoar por tudo o que você me fez! Não dá pra esquecer a nossa briga, eu me lembro como se fosse hoje.
-- Gina, não podemos viver de passado, você também errou, nós dois erramos, mais eu estou disposto a corrigir o meu erro.
-- Eu sei, Eu sei. – Gina se levantou, e começou a andar pela sala, sabia que em parte estava sendo tola, mais não podia esquecer tudo assim de uma hora para outra.
Harry se levantou, e segurou Gina pelos pulsos, obrigando-a a parar de andar, Gina sentiu um pequeno choque quando sentiu as mãos quentes de Harry sob sua pele fria, tentou olhar nos olhos deles mais foi inevitável, quando gina encontrou os olhos verdes de Harry, sentiu que estava segura, que nada nem ninguém poderiam a machucar.
-- Gina, eu te amo, o meu amor por você não acabou nesses seis anos, pelo contrario só aumentou, a cada dia que passa eu te vejo na nossa filha, e o amor que eu sinto pelas duas só aumenta, o meu amor por você superou tudo e todos, o meu amor é além do tempo.
E sem esperar qualquer reação de Gina, Harry a beijou ambos esperavam por esse toque a seis anos, seis longos anos de sofrimentos que ficaram afastados, no inicio o beijo foi apenas um leve roçar de lábios, mais quando Harry percebeu que Gina se entregara ao beijo, aprofundou o beijo, era um beijo calmo, sincero, um beijo que simbolizava que o amor deles superara até o tempo.
Quando se separaram para pegarem ar, gina percebeu que por mais que beijar Harry fosse bom, quando acabasse o beijo, tudo voltaria, e ela nunca conseguiria ser feliz.
-- Não dá Harry. – e dizendo isso Gina, saiu correndo para fora, e só reparou no temporal que estava lá fora, quando sentiu a água fria entrar em contato com a sua pele.
Harry ficou tentando entender o que tinha acontecido, e se deu conta quando ouviu o barulho da chuva lá fora, correu para fora, sem se importar com a chuva, olhou para todos os lados e viu Gina abrindo o portão para ir embora, Harry tentou correr até lá, mais a chuva dificultava, e a única coisa que fez foi gritar.
-- Ginaaaaaaaaa!!!!!!!!!!
Gina ouviu vagamente alguém gritando seu nome, e se virou se deparando com Harry perto da porta da casa, respirando apressadamente, Harry ficou esperando alguma reação da ruiva, mais a única coisa que ela fez, foi falar algo, que Harry entendeu como um Eu te amo, antes de entrar no carro, e sair.
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Durante o percurso para o restaurante, Lara, Sara, Fred, Jorge, Lily e Tiago, se divertiram bastante com as novas invenções da loja, chegaram no restaurante e fizeram seus pedidos, mas por mais que Lily e Tiago tentasse esconder suas ansiedades, seus tios perceberam o quão inquietos eles estavam.
-- Lils, Tiago, porque vocês estão assim? – perguntou Lara, notando a inquietude de seus sobrinhos.
-- Eu to curiosa pra saber o que ta acontecendo lá em casa.
-- Tiago, eu também estou curiosa, mais não era pra você ter falado isso, nossos tios não podem saber ainda.
-- lils para de ser chata, eles já sabem de tudo mesmo.
-- Eu não sou chata, você que é fofoqueiro.
-- Eu não sou fofoqueiro.
-- è sim!
-- Não!
-- Sim!
-- Não!
-- Sim!
-- CHEGA!!! Se vocês continuarem a discutir eu conto toda a verdade pro pai de você, entenderam?
-- Sim, tia Lara.
-- Fred posso saber o porque que você não para de olhar para a porta do restaurante? – Sara que até então só estava observando, percebeu que Fred não tirava os olhos de um casal que estava conversando com o metrê.
-- Ihh Sara, ele deve estar olhando para aquela morena gostosa, que esta na porta.
-- Para de ser trouxa Jorge, olha aquele cara, você não o conhece de algum lugar? – Jorge olhou melhor o homem, e teve a leve impressão.de que o conhecia de algum lugar, mais deixou pra lá, afinal conhecia tanta gente.
-- Deixa de besteira Fred, agora vamos jantar, pois a comida já chegou.
Fred decidiu deixar pra lá, afinal por causa das lojas conhecia tanta gente, devia ser um dos fornecedores, e decidiu se dedicar ao jantar.
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