Seqüelas



Luzes, clarões, gritos e uma luz verde vindo na sua direção, depois disso Harry não se lembra de mais nada.

-Ele acordou! -Harry escuta uma voz feminina emocionada gritando, mas ele está com tanto sono, tão cansado que volta a dormir.


-Eu juro -disse Hermione- eu o vi abrir os olhos.

-Hermione, minha filha, às vezes você queria ver tanto isso, que imaginou. Ninguém culpa você por isso – disse a sra. Weasley.

Hermione, não conformada com isso, saiu e foi ver Harry novamente. Ela tinha certeza que não fora imaginação. Ela o viu de olhos abertos, nem que fosse só um pouquinho, mas eles estavam abertos.


Harry acordou com uma enorme preguiça, esticou a mão em direção do criado mudo procurando seus óculos, os colocou e viu que Hermione havia dormido em cima de suas pernas.

Harry não se lembrava o porquê de estar no hospital se é que realmente era um hospital. Então como se fosse um raio, todas as suas lembranças voltaram. Lembrou-se da batalha contra Voldemort e que o Sr. Weasley pulara na frente do feitiço lançado pelo bruxo, para que Harry tivesse a chance de matar Voldemort usando um feitiço descoberto por Dumbledore, antes do mago morrer.

Depois disso Harry não se lembrava de mais nada, tentava se controlar, mas lágrimas fugiam de seus olhos. Ele chorava como se fosse uma criança, lembrava do rosto do Sr. Weasley logo após ser atingido por Voldemort, um rosto frio e sem brilho nos olhos, estava morto.

Hermione começa a escutar um barulho e olha para Harry, este estava meio sentado na cama, chorando muito. Ela então, o abraçou e começou a consolá-lo.

-Calma Harry, tudo acabou, não tenha medo. -disse Hermione ainda abraçada a Harry.

O Sr. Weasley... ele morreu por minha culpa, se eu não tivesse me descuidado, ele ainda estaria aqui! -disse Harry em prantos e soluçando.

-Harry, ele sabia o risco... todos nós sabíamos, e mesmo assim ele foi com você. Ele morreu da maneira que ele queria, lutando ao seu lado. -disse Hermione.

-Não Hermione, a culpa foi minha e eu não devia ter deixado nenhum de vocês ter ido.
-Acalme-se Harry, beba isso, você vai se sentir melhor.

Harry bebeu sem ao menos perguntar o que era aquilo, e logo após terminar de beber, um sono enorme o invadiu e Harry se deitou, adormecendo a seguir.


Ao acordar, Harry pegou seus óculos no criado mudo do lado da cama e tentou se sentar, mas suas pernas não se mexeram. Ele achou estranho e tentou novamente, mas nada aconteceu.

Harry já estava entrando em pânico quando um medi-bruxo, ao que parecia, entrou no quarto.

-O que foi meu jovem? -perguntou encostando-se na cama de Harry.

EU NÃO SINTO MINHAS PERNAS! –gritou assustado e confuso.

O medi-bruxo ficou espantado e começou a lançar feitiços sobre Harry. A cada feitiço a expressão do medi-bruxo ia ficando mais dura e fria.

-Meu jovem, eu tenho uma notícia ruim a te dar. -disse o medi-bruxo enquanto guardava a varinha no bolso. -Você foi vítima de vários feitiços, parece que um deles definhou os músculos das suas pernas, mas só pudemos perceber isso agora.

-Mas isso tem cura não é? –Harry perguntava esperançoso, afinal, pensava que no mundo dos bruxos nenhuma doença era incurável.

-Infelizmente como não sabemos quais foram os feitiços que o atingiram, nós teremos que fazer um tratamento de tentativa e erro.

Para Harry, aquilo foi um choque. “Como assim um tratamento de tentativa e erro?” –pensou receoso.

-Você tomará várias poções até que nós achemos a certa para o seu tratamento, isso pode ser rápido ou lento.

-Eu quero. -disse Harry rapidamente.

-Tudo bem, eu vou pegar as poções para você, mas alguém responsável terá que assinar os papéis, se responsabilizando a cuidar de você até acabar o tratamento.

-Certo. Desculpe, mas qual o seu nome?

-A sim, é Dr. Rogério muito prazer. -disse o medi-bruxo saindo da sala e indo buscar os formulários e as poções.

O medi-bruxo saiu da sala e Harry ficou deitado na cama, estava assustado.
“E se esse tratamento durasse muito tempo?” –pensou, não queria ficar sem movimentar suas pernas, Harry achava que nunca estivera tão ansioso assim.

-Hermione, você poderia assinar os formulários para mim? Afinal você já é maior de idade. –perguntou quando a amiga voltou a visitá-lo naquele dia.

-Não Harry, eu não poderia, é muita responsabilidade. -disse Hermione parecendo assustada.

-Por favor, Hermione! –Harry pediu com carinha de cachorrinho pidão.

-Tudo bem Harry, o que eu não faço com você me olhando com essa carinha, hein?

-Aqui estão os formulários e os remédios. -disse o medi-bruxo entregando uma caixinha com cerca de 60 tubinhos com várias poções.

-Obrigado doutor. -disse Hermione assinando os formulários e os entregando para o medi-bruxo.

-Agora que você assinou os formulários, terá que cuidar dele até o final. A senhorita acabou de assinar um contrato mágico e só você poderá cuidar dele agora.

-O que? -disse Hermione -Como assim eu terei que cuidar dele até acabar o tratamento?

-É isso mesmo, você não leu o contrato aqui disse claramente, que você teria que cuidar do paciente até o fim do tratamento.

Então Hermione começa a ler o contrato rapidamente e vê escrito:
“O responsável pelo paciente terá que cuidar dele até o final de seu tratamento.”

-Agora eu tenho que ir. -disse o medi-bruxo se dirigindo para fora da sala.

-Boa sorte no seu tratamento senhor Potter. -disse o medi-bruxo já saindo do quarto em que Harry estava.

-Como eu vou ter que cuidar de você até o final do tratamento, o que pode ser um tempo pequeno ou grande, nós teremos que ficar juntos. Então pensei que você poderia passar o resto das suas férias lá em casa.
-Eu não quero te dar trabalho Hermione. Pedi pra você assinar só pra que eu pudesse sair. Assim que eu sair, você me deixa na sede e eu me viro! –Harry fala decidido, jamais poria esse peso nas costas de Hermione.
-Nem pensar, até porque eu assinei um contrato mágico e isso é muito sério! Sem falar que você é meu melhor amigo e está doente, jamais deixaria de te ajudar. –ela fala decidida e ao ver que ele parecia querer protestar, faz um gesto e continua. –Além do mais, você poderia ter algum problema e não ter ninguém pra te ajudar e isso comprometeria todo o tratamento.
-Tudo bem então, mas como nós vamos e quando? –Harry perguntou dando-se por vencido, afinal não poderia por esse peso nas costas dos Weasley num momento tão difícil, Lupin ainda se recuperava da batalha e os Dursley’s não queriam vê-lo nem feito de ouro.

-Vamos de carro, depois de amanhã no entardecer, tudo bem pra você?

-Tudo ótimo pra mim, mas você poderia pegar minhas roupas na mansão, por favor?

-Claro, eu passo lá e pego. Bom eu tenho que ir e você se cuide e se comporte.

Hermione deu um beijo na bochecha de Harry e foi embora.

Harry se deitou e endireitou-se na cama, ficou pensando em tudo o que havia acontecido com ele até agora e principalmente como Hermione estava sendo companheira, gentil e amiga fazendo tudo isso por ele, foi em meio a esses pensamentos que adormeceu.


Harry acordou, mas desta vez estava sozinho no quarto do hospital, ainda se sentia culpado pela morte do Sr. Weasley. Ouviu um barulho e olhou pra porta da enfermaria, por onde estavam entrando Tonks, Rony e a Sra. Weasley, as duas últimas pessoas que ele queria ver nesse momento.

-Oi Harry, está melhor hoje? -Perguntou Tonks.

Harry limitou-se apenas a balançar a cabeça.

-Duro na queda hein Harry! Nem parece que ficou em coma por mais de um mês. -disse Tonks chegando até Harry e o abraçando.

-Você foi muito corajoso Harry. -disse Rony.
-É mesmo, Harry, muito corajoso. -disse a Sra. Weasley com um lencinho na mão, parecia que ela havia chorado muito ainda pouco.

-Harry, queria que soubesse que nós não te culpamos em nada pelo que aconteceu com papai. -disse Rony tentando não chorar.

-É, Harry, você não teve culpa nenhuma, aliás, se não fosse por você, a Gina não estaria mais conosco. -disse a Sra. Weasley não agüentado mais e começando a chorar.



Harry estava sentado na cama com uma roupa normal que Hermione havia deixado para ele. Era o dia em que ela viria buscá-lo. Ouviu a porta e se virou para vê-la entrando com uma cadeira de rodas. Harry fica triste quando vê a cadeira, era como se ele tomasse consciência de que tudo aquilo que estava vivendo era real.

-Vamos Harry, eu já vou ajudá-lo. -disse Hermione.

-Não precisa, Hermione. -disse Harry querendo demonstrar que não precisava da amiga para tudo.

Harry segurou nos braços da cadeira de rodas e tentou usar os braços pra se mover, mas como a cadeira era de rodas e não estava travada, a cadeira foi para frente e Harry caiu no chão.

-Harry! -disse Hermione se abaixando para ajudá-lo.

-Não, Hermione. -disse Harry.

Ele se arrastou até a cadeira e travou as rodas, se segurou nos braços dela e se levantou. Hermione não pôde deixar de admirar a coragem e a persistência de Harry, além de também não conseguir deixar de reparar nos braços fortes do amigo, certamente o quadribol e o treinamento, haviam feito o menino magricela que conhecera, se transformar em um homem... um belo homem.

“Para com isso Hermione. Harry é só seu amigo e ele não está em uma situação boa! Você não deve ficar pensando nisso.” -se repreendeu mentalmente.

-Vamos? -Harry fala já pronto pra irem.

-Claro. Meu pai já está esperando lá fora.

Harry e Hermione saíram do quarto, pegaram um elevador e chegaram à recepção. Eles saíram do St. Mungus pela porta da frente, o pai de Hermione estava com o carro parado na rua, que era pouco movimentada e, portanto, não tinha problemas em estacionar.

Hermione abriu a porta do carro e Harry se segurou na alça acima da porta, pra tomar impulso e se sentar no carro. Hermione, depois que Harry entrou, levou a cadeira de rodas para o porta-malas do BMW cinza clássico, muito confortável na opinião de Harry, além de muito bonito também.

O pai e a mãe de Hermione estavam no carro, então Hermione se sentou atrás junto com Harry.

-Tudo bem crianças? -perguntou o pai de Hermione.

-Tudo pai. -respondeu Hermione.

-Então coloquem o cinto que a viagem será longa e só chegaremos amanhã bem cedo. -disse o pai de Hermione prendendo o cinto e saindo com o carro.

Eles foram conversando boa parte do caminho, Harry até se esqueceu de sua condição.

Estava cada vez mais escuro e Harry achava que já passava de meia noite.

-Harry, será que eu posso deitar no seu colo? -perguntou uma Hermione meio sonolenta.

-Claro Mione, o máximo que pode acontece é minha perna dormir. -disse com um sorriso no rosto.

-Seu bobo! -disse Hermione soltando o cinto e deitando no colo de Harry.

Em menos de 5 minutos, somente Harry e o pai de Hermione estavam acordados no carro. Ficaram conversando sobre futebol, carros e mais alguns assuntos de homens.

-E então, Harry, qual sua relação com minha filha? -pergunta o pai de Hermione.

-Eu...é... quer dizer, nós somos somente amigos, sabe? -disse Harry gaguejando enquanto falava.

-Ela fala muito de você em casa, diz que é uma ótima pessoa, é Harry pra cá, Harry pra lá... preciso ajudar o Harry.

Harry se sentiu orgulhoso em saber que Hermione pensava nele. -“É claro que ela pensa em você, seu retardado! Você é o melhor amigo dela.” -disse Harry pra si mesmo. -“Mas e se não for assim, como amigos, que ela pensa em você?” -disse uma voz em sua cabeça. Harry chacoalhou a cabeça, achava que estava ficando louco, estava discutindo com ele mesmo.

-Ela também fala muito sobre um tal de Pony, Dony, não, não, é Rony isso! Esse é o nome.

-Ela fala muito do Rony? –não entendia porque havia feito aquela pergunta, mas quando viu já havia perguntado.

-Não tanto quanto de você, por isso perguntei se eram só amigos... você sabe, cuidado nunca é demais! - o pai de Hermione responde meio sem jeito por demonstrar ciúmes da filha.

Harry ficara muito feliz com o que o pai de Hermione havia falado. Era muito bom saber que Hermione falava muito mais dele do que de Rony, afinal ele era o melhor amigo dela.

-Harry, vai acordando Hermione que nos já estamos chegando. -disse o pai de Hermione ao ligar a luz do carro.

“Nossa! Olha só que pernas.” -disse a voz. Então Harry repara que Hermione estava com uma saia jeans cerca de três dedos acima do joelho, o que deixa amostra as belas pernas. Elas não eram muito grossas, mas bem torneadas. -“Pára, ela é só sua amiga!” –se repreendeu Harry, desviando o olhar das pernas de Hermione. –“E agora você pode sair da minha cabeça.” –fala tentando afastar a voz que o tentava.

-Hermione, nós já chegamos. -disse passando a mão nos cabelos de Hermione.

Hermione começou a se espreguiçar e foi abrindo devagar os olhos.

-Hum... E então suas pernas dormiram? -perguntou Hermione com um sorriso no rosto.

-Sabe que eu não senti nada? Acho que você deve ser muito leve. -disse Harry retribuindo o sorriso.

O pai de Hermione foi desacelerando e encostando o carro em frente a uma casa enorme. Hermione desceu do carro e levou a cadeira até Harry, que desceu do carro e pegou suas coisas, não ia deixar Mione levar por ele.

Harry subiu por uma rampinha na calçada e foi indo em direção a casa. O pai e a mãe de Hermione iam à frente e logo na entrada da casa havia uma outra rampa pra Harry subir.

Logo que entraram na casa, Harry percebeu que ela era preparada para receber uma pessoa deficiente.

-Como você pode perceber Harry, essa casa está preparada para um deficiente físico. Minha avó morava aqui, ela já morreu, mas quando eu soube de você, pedi pra alguém vir limpar a casa e comprar algumas coisas para nós passarmos um tempo aqui. -disse Hermione.

-Obrigado. -foi a única coisa que Harry conseguiu dizer.

-Vamos, vou te levar até o seu quarto.

Todos entraram em um elevador no fim do corredor. Ele tinha três andares, pararam no segundo andar. Os pais de Hermione saíram e viraram a esquerda, mas Harry e Hermione foram para o corredor à direita, onde andaram até o fim do corredor passando por vários quartos.

-Bom, Harry, o seu é o da direita e o meu o da esquerda.

Harry abriu a porta, era um quarto normal, tinha uma cama de casal que era um pouco mais baixa para facilitar o acesso. No banheiro tinha um banco de concreto no Box, pra ajudar no banho e a pia e o armarinho eram mais baixos.

Harry fechou a porta do quarto e sentou na cama, tirou a roupa com certa dificuldade, ficando só com uma samba canção e se endireitou debaixo no cobertor.

-Harry? -bateu Hermione na porta do quarto.

-Pode entrar.

-Eu só vim te dar boa noite e falar que nós começaremos o tratamento amanhã, está bem?

Hermione sentou ao lado de Harry na cama e se abaixou pra dar um beijo na bochecha de Harry.

-Boa noite, Harry.

-Boa noite, Hermione.

Foi a única coisa que Harry conseguiu dizer, pois quando Hermione se abaixou, ela, que estava com uma camisola folgadinha e sem sutiã, sem querer deixou Harry ver seus seios. Era grandinhos e rosadinhos.
“Está vendo? Eu disse que ela é muito gata!” -disse aquela voz novamente. -“Aproveita seu idiota! Já que você ta assim mesmo, alguma coisa você tem que aproveitar!” –a voz o provocava mais uma vez -“Mas ela é minha amiga, isso seria errado.” -disse Harry para a voz, mas sem tirar os seios de Hermione de sua cabeça. –“Vamos, cara, aproveita! Não vai ter nada pra você fazer nesses dois meses mesmo.” -disse a voz. –“Eu vou dormir, depois a gente vê isso.” -disse Harry pra si mesmo, mas sem nunca tirar a imagem da sua cabeça.

N/A: Brigado nay por betar pra mim....Eu disse q um dia saia o 1 cap viu..

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.