O Retorno.



Era uma noite sem estrelas, sombria e fria. Draco andava por uma estrada lamacenta com o vento congelante cortando-lhe a pele alva como facas, caminhava em direção a uma velha casa que outrora fora bela e imponente, mas agora parecia uma ruína aterrorizante. Ele empurrou o grande portão de ferro e seguiu pelo jardim de plantas mortas até a entrada da casa onde ouviu o som familiar da voz de seu pai.

Ao entrar na casa deparou-se com os maiores comensais da morte que já ouvira falar, Belatriz Lestrange, seu pai Lucius Malfoy, o professor de Hogwarts Severo Snape e sentado numa ponta com maior destaque o homem de rosto familiarmente ofídico e uma voz sussurrante. O homem levantou e veio ao seu encontro.
- conseguiu o que eu pedi? – perguntou o homem se abaixando para olhar Draco olho no olho.
- Sim senhor – o menino respondeu com o medo transbordando em suas palavras.
- Bom garoto! Então me dê! – a mão escamosa se abriu e recebeu um colar cuja pedra preta no centro parecia ter uma fumaça branca se mexendo dentro – Bom menino o seu Lucius, bom menino.
- Obrigado mestre. – lucius, um homem muito parecido com o filho de cabelos escorridos louros e olhos acinzentados, respondeu num misto de alívio e orgulho – Mestre se já não somos mais necessários aqui, creio que devo levar meu filho para casa.
- Fiquem mais um pouco. Eu insisto – disse o homem entregando uma taça de vinho Romeno para Lucius – vamos comemorar o nosso retorno, ao início da grande guerra que vai nos levar ao poder!

Todos brindaram com alegria, mas Draco não estava tão alegre como seu pai e sua tia, ele sabia que aquela guerra não ia levar a muita coisa apenas a mais sofrimento e dor. Por mais que ele não tivesse pena dos sangues-ruins, ele sabia que muitos sangues-puros também morreriam e ele não agüentava a hipótese de perder sua mãe ou seu pai numa guerra inútil.

Depois de muita conversa entre os comensais, Lucius chamou seu filho na porta da velha casa. Ele mandou o filho segurar firme que os dois aparatariam juntos. Em poucos segundos Draco estava defronte de sua casa uma bela mansão, sua mãe sentada no jardim aguardava ansiosa o retorno do filho.
- Meu filho que bom que tudo deu certo! – disse Narcisa Malfoy com lágrimas nos olhos.
- Foi difícil mãe – Draco abraçou a mãe que estava olhando-o de cima a baixo em busca de algum ferimento.
- eu acredito meu filho. Agora vá descansar! – o menino entrou na casa e Narcisa se virou para Lucius – Quando isso vai acabar? Eu não agüento mais!
- Eu não sei. Eu não sei. – Lucius sentou ao lado da mulher no pequeno banco de pedra. – Dessa vez eu achei que íamos perder nosso filho.
- Eu não posso mais entregar meu filho na mão do lorde! – disse a mulher com imponência – para ele usar meu filho como marionete?
- é o nosso dever para com o lorde – disse
- O nosso dever Lucius é proteger nossa família!
- e como nós dois vamos conseguir proteger nossa família da fúria do Lorde das Trevas? – os olhos de Lucius estavam vidrados no céu escuro.
- pedindo ajuda ao Dumbledore.
- Nunca! Está me ouvindo? Nunca! – lucius levantou e entrou na casa.

Narcisa não sabia mais o que fazer, ela precisava salvar sua família, mas sabia que seu marido nunca aceitaria a ajuda de Dumbledore ou de qualquer amigo dele para sair da opressão de Voldemort. Narcisa começou a elaborar um plano quando ouviu a voz do seu marido lhe chamar para casa.

Os Malfoy decidiram ir ao beco-diagonal comprar os livros para o sexto ano de seu filho. Lucius como sempre fazia todos os anos resolveu ir primeiro a travessa do tranco sessão de magia negra do beco-diagonal, enquanto Narcisa e Draco iam a Floreios e Borrões comprar os livros do sexto ano.

A lista de matérias não era muito longa já que a maioria dos itens já se tinha comprado nos anos anteriores.

Hogwarts.
Material escolar para os alunos do sexto ano.
Defesa contra as artes das trevas. 6ª série – Robert Percil.
1001 poções – Amélia Clark.
História da magia contemporânea – Ludmila Tompson.
Últimos conceitos de transfiguração – Adalberto Clampett.
Outros livros necessários já são de posse dos alunos, pois foram utilizados em anos anteriores. Qualquer livro que necessite ser usado que não conste nesta lista deverá ser encontrado na biblioteca da escola.

Atenciosamente,
A Direção.

- querido não tem aqui para comprar fardamento – disse Narcisa – mas o seu já esta antigo e pequeno, eu acho melhor comprar novos.
- está bem mãe. – disse o garoto.
Os dois foram na Madame Malkin e lá encontraram os inseparáveis amigos Rony Weasley, Hermione Granger e Harry Potter.
- Oh! Olha só quem eu vejo... pottinho, a sangue ruim e o baixa renda Weasley. – Draco detestava Harry por achar que ele só pensava em aparecer.
- que surpresa desagradável Draco – disse Harry sorrindo.
- eu garanto a você pottinho que vai ter várias outras surpresas desagradáveis no que depender de mim! – Hermione quase avançou em Draco, mas Rony a segurou.
- gente é melhor nós irmos, o draquinho deve estar querendo privacidade para se trocar. – os meninos saíram e Draco terminou o que tinha que fazer.
Narcisa e Draco se encontraram com Lucius e voltaram à mansão Malfoy. Na casa Draco foi recebido por um dos elfos domésticos que trabalhava com a família Malfoy.
- jovem mestre, chegou uma carta para você. – disse o pequenino elfo.
- me dê – disse Draco pegando a carta e subindo as escadas para seu quarto.

Era uma carta muito estranha, mas Draco sabia que já tinha visto aquela caligrafia em algum lugar. A carta dizia para que quando começasse o ano letivo em Hogwarts Draco fosse procurar imediatamente o diretor Alvo Dumbledore. Devia ser algo sério, pois a carta estava timbrada com a marca da escola.

Draco não entendera o que ele tinha que fazer na sala do professor, mas ele tinha uma certeza não seria nada bom para ele. O garoto dormiu pensando naquela carta e teve um sonho muito estranho, ele estava amarrado numa tora de madeira enquanto Dumbledore e Voldemort brigavam para ver quem levaria Draco, enquanto Lucius jazia no chão morto e Narcisa se esvaia em prantos.

A manhã chegara fria e sorrateira, Draco acordara espantado com o sonho que tivera e pôs a se arrumar para ir a King´s cross onde pegaria o expresso de Hogwarts.

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