De volta à Toca
Os quatro começaram uma violenta pesquisa na biblioteca, mas Gina não podia ajudar muito por ter tantos deveres. Harry, Rony e Hermione não eram obrigados a assistir nenhuma aula, como pediram à diretora, então tinham tempo de sobra para investigar o assassinato (e ainda eram apoiados pelos professores).
O caso é que Grasy e Gwen estavam realmente decididas a matar todos os fieis a Dumbledore. Isto é, só Grasy porque Gwen não podia matar ninguém.
- Decidi que deveríamos apelar um pouco. É melhor irmos direto ao peixe grande, ou seja, podíamos matar o Potter direto, não é, Gwen?
- E você tem coragem de matar ele direto assim?
- Ah, Gwen, a sorte de alguns é o azar de outros, lembra?
- Não acho que seja uma boa idéia, eu já ouvi a Gina dizer que o Lord das Trevas quer o Potter inteirinho...talvez você devesse matar um dos amigos dele.Qualquer Weasley parece um alvo perfeito e ninguém desconfiaria.
- Como não se eles já desconfiam?
Gwen ficou preocupada e elas decidiram matar mais alguns antes de atacar o grupinho deles, eu provavelmente seria o mais difícil.
Alguns meses depois, Gina acordou e percebeu que alguém tinha revirado seu malão As coisas não estavam esparramadas, mas estavam diferentes do que ela sempre deixava. Não que fosse bem organizado, mas na noite anterior ela deixara tudo bonitinho, pois voltaria para a Toca. Adorava férias de Natal, mas este ano estava tão preocupada que não tinha tempo para apreciar o que se passava.
Nos últimos meses os quatro ficaram procurando como doidos, inclusive perguntando a opinião de professores, mas não deu em nada. Gina achava que foi um incomodo ter tirado o trio de sua missão, mas eles sempre diziam que era dever de todos proteger a escola – e ela.
Harry sempre encontrava um jeito de demonstrar que gostava muito dela e que estavam separados por motivo de segurança. Quase sempre era ele quem a acalmava com um abraço e dizia palavras que a livrava de todo cansaço e preocupação. Agora iriam à Toca e lá estava Gina, olhando pasma para o malão.
Foi até ele e começou a mexer como se tivesse certeza de que encontraria alguma coisa lá. E encontrou um bilhete.
Gina
Tome muito cuidado com o que você faz para as pessoas. Diga adeus à sua amiga Luna, pois você será a ultima pessoa que ela vai ver.
Só isso, sem nenhum remetente. Ela tremeu e correu ao dormitório de cima mostrar para Hermione.
Grasy viu Gina desesperada e sorriu maldosamente.
- Veja isso, Gwen, olhe só o que fizemos com a coitada. Está na hora de agir novamente, depois de tanto tempo na moita.
- Tem razão, vamos logo antes que todos fiquem alarmados e a Lovegood fique bem protegida.
Luna saiu do banho, se trocou e correu para sair do salão comunal da Corvinal. O que será que ela queria que era tão urgente?
- Harry!!! Harry corre aqui!! – ele e Rony ouviram Hermione gritar do salão comunal.
Os dois saíram do dormitório ainda de pijama e sonolentos.
- A gente vai pra minha casa só depois do almoço... – resmungou Rony.
- Não é isso, aconteceu mais um assassinato! E agora foi a Luna, coitada...
Os dois pasmaram e eles saíram em busca de pistas.
- Vocês acham que devíamos procurar a Gina primeiro? – perguntou Harry.
Eles concordaram e só foram encontrá-la chorando nos jardins. Harry a abraçou e acariciou seus cabelos, enquanto os outros dois se sentaram em frente.
- Calma, Gina. Você não pode ter certeza nenhuma, querida.
- Eu...eu recebi um bilhete, Harry. Olhem. – e entregou o pergaminho para eles, que leram e fizeram uma cara confusa.
- A gente só precisa saber quem escreveu isso! – disse Rony, mas Gina fez uma cara desolada.
- Está escrito com a minha letra.
Só faltava Grasy e Gwen rolarem de rir, tamanha era a felicidade das duas.
- Mas agora teremos outro recesso porque eles vão ficar na Toca nessas férias, não é?
- Ah, Gwen, pense bem! A Toca é o nosso paraíso, todos lá são nossas vitimas! Se lembre do que eu sempre digo...
- A sorte de alguns é o azar de outros!
- E nós é que temos a sorte!!!
E ambas recomeçaram a rir.
Mas 10 dias depois, Gina estava sentada em sua cama e, até ali, nada de estranho acontecera. Mesmo com a sensação de que o azar estava aguardando o momento certo para chegar, a garota estava despreocupada. Ouviu batidas na porta e Harry entrou.
- Oi, Gina, você estava tão quieta no café-da-manhã. Tudo está bem agora, ou aconteceu alguma coisa que você não quer contar?
- Não aconteceu nada, mas é só uma questão de tempo com da ultima vez. Acho que nunca mais vou ter um dia sem me preocupar com meu lado assassino que eu nem sei como foi criado.
- Estava discutindo isso com seu pai e Lupin ontem à noite. Calma, eu não mencionei nada do seu caso, mas queria ter uma idéia do que acontece em sua mente. Você tem um lado assassino que você não controla, mas ele te controla e o pior: controla sua memória também. Eu não sei o que é, mas tem que ter um nome...
- Mas como ele surgiu, Harry? Eu não fiz nada de errado este ano!
Ele ficou pensativo.
- Gina, e se for uma conseqüência que Riddle te deixou?
Eles tiveram que admitir o fato de que essa teoria era bem provável, mas só serviu para aumentar o pavor de Gina. E Harry conseguiu perceber.
- Você não tem motivos pra se preocupar enquanto estiver comigo, pois estou de olho em você.
- Então vou ficar o dia todo grudada em você, Harry...
Ele a olhou firmemente e sem aviso ele a beijou, tão doce como da primeira vez. Ela começou a chorar e eles ficaram abraçados. “Harry tem razão. Enquanto ele me proteger, não vou poder fazer nada contra ninguém aqui”.
Ela estava totalmente errada.
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