Rua dos Alfeneiros



Deitado em sua cama na Rua dos Alfeneiros nº 4, estava Harry Potter observando o lindo céu azul crepuscular, pensando nas reviravoltas da vida.

Como achar e destruir os horcruxes, o enigma de quem seria RAB, o ódio pelo seu professor Defesa Contra as Artes das Trevas; Severo Snape, por ter matado o maior bruxo de todos os tempos Alvo Dumbledore.

Se sentindo a pessoa mais infeliz do mundo, o garoto pensava como pode ele que já perdeu tantas pessoas queridas como seus pais, seu padrinho, seu colega Cedrico, Dumbledore; ser o eleito? O menino destinado a enfrentar o maior bruxo das artes das trevas de todos os tempos???

Sim, mas estava decidido a enfrentá-lo, por todos aqueles que já se foram. Irá para batalha disposto a matar ou morrer e caso morra, com certeza levará junto o maior número de comensais da morte que puder.

Os pensamentos do garoto foram deixados de lado por um barulho de algo se esborrachando na parede. Erol, a coruja da família Weasley, entrou pela janela e foi direto para parede...

Na perninha dessa, havia uma carta, a qual Harry puxou o pergaminho, mas antes de ler o que continha na carta, fez um cafuné na coruja e deu alguns biscoitinhos.

Ansioso em saber as novidades, pelo seu melhor amigo, deitou-se em sua cama abriu o pergaminho e começou a ler...


Harry, como vai cara? Não faça nenhuma burrada, hein. Eu e a Hermione não desistimos e nem vamos desistir de te acompanhar.
Um dia antes de seu aniversário ás 18:00hrs, alguém da Ordem irá de buscar, afinal a proteção só vale enquanto você for menor de idade, e para sua segurança passará seu aniversário conosco.
O casamento de Fleur e Gui vai ser no dia 14 de Fevereiro e, aqui em casa já está tudo uma loucura... Mamãe está pensando em fazer a festa na Toca.
Vamos fazer o teste de aparatação juntos, papai marcou para o dia 1 de Agosto as 10:00 horas.
Mande respostas
PS. Não sei o que está acontecendo, mas desde que chegamos de Hogwarts, a Gina vem agindo misteriosamente..., Conversaremos sobre isso quando estiver aqui.

Um grande abraço
Rony Weasley


Depois de ler a carta, Harry sorriu ao perceber que tem amigos de verdade e que pode contar com eles, mas mesmo assim um medo se apossou do moreno. Medo que algo acontecesse a seus amigos, e isso ele não poderia suportar. Como poderia viver carregando a culpa da morte de Rony, Hermione, Gina entre outros.

Com esse pensamento voltou a reler a carta. -Como assim, a Gina agindo misteriosamente, o que será que se passa com ela, será que está doente? -Pensou.

Imediatamente se levantou e pegou a pena, um pergaminho e mandou a resposta de Rony.

Rony,
Estou bem, mas gostaria de avisar que você e a Mione não precisa me acompanhar, não ficarei chateado se vocês resolverem voltar para Hogwarts (se ela for reaberta).
Estarei ansioso esperando o pessoal da Ordem no dia 30/07, Vai ser muito bom poder ficar com vocês no meu aniversário e também poderei ajudá-los no que for preciso para o casamento de Gui.
Não vejo a hora de chegar a Toca, para conversamos sobre você sabe o que e saber o motivo do comportamento de Gina.

Um abraço de seu amigo

Harry Potter



Leu a carta, verificou se faltava alguma coisa, visto que não, enrolou o pergaminho e prendeu na perninha de Erol que deu meia volta e voou, Harry ficou vendo aquela ave sumir céu a fora.

Pegou outro pergaminho para escrever para sua grande amiga.

Hermione,
Tudo bom?Eu estou bem e gostaria de saber quando você irá para Toca. Precisamos conversar sobre aquele assunto e não vejo a hora de sair daqui.
Aguardo sua resposta.

Um abraço
Harry Potter

Prendeu o pergaminho na perna de Edwiges, e pediu para que levasse para Hermione.

Um dia antes de sua partida, acordou com Edwiges que trazia a resposta de Hermione, deu um pulo da cama e correu para ler a carta da amiga.

Harry,
Fico feliz em saber que você está bem, e vou para Toca amanhã cedo, Rony me disse que a Gina não está bem. Mas você sabe como ele é exagerado, então irei cedo para saber o que acontece com ela.

Abraços e até amanhã.
Hermione Granger

Depois de ler a carta da amiga, resolveu descer para tomar seu café da manhã, não antes de tomar um bom banho. Desceu minutos depois e escutou seu tio lhe chamar.

- MOLEQUE DESÇA JÁ AQUI! -Berrou tio Valter.

- Já estou indo, tio Valter. -Respondeu já descendo a escada.

-Isso são horas de acordar? -Reclamou tia Petúnia.

-Desculpe, mas acho que posso levantar a hora que eu bem entender. – retrucou Harry.

- SEU ANORMAL, NÃO SEJA MALCRIADO COM SUA TIA QUE LHE DEU UM LAR! –Gritou seu tio.

-Me deu um lar, mas não carinho, amor e atenção – Harry respondeu já ficando alterado, era como se tudo o que o garoto sentiu durante anos estivesse prestes a sair.
-Você só pode estar brincando, não é. Além de dar um lar para uma aberração como você, ainda gostaria de ganhar afeto. –Disse Duda, seu primo num tom debochado.

-Duda, Dudinha, amado primo, tenho certeza que apesar do carinho que seus pais lhe dão, você jamais vai receber amor e carinho de amigos verdadeiros, afinal você não passa de um imprestável.

-COMO SE ATREVE A FALAR ASSIM COM MEU DUDOQUINHA??? VÁ JÁ PARA SEU QUARTO! –Disse Tio Valter tremendo de ódio dos pés a cabeça.

O moreno resolveu voltar para seu quarto, separou as penas, pergaminhos, tintas, livros, enfim tudo que se diz respeito ao mundo bruxo jogou no malão. Separou seu uniforme também, apesar de não voltar a Hogwarts levará tudo que lhe pertence. Momentos depois, tudo já estava no malão, para partida do dia seguinte.

Harry passou o resto dia no jardim da casa de seus tios. A noite resolveu entrar e ir direto para o quarto pegou um livro de DCAT em seu malão e resolveu ler até adormecer.

No dia seguinte levantou e resolveu que já era hora de avisar sua partida aos tios. Antes mesmo de entrar na cozinha, escutou seu tio gritando novamente...

-SEU ANORMAL, ENQUANTO EU ESTIVER NA COZINHA NÃO QUERO SUA PRESENÇA... -Esbravejou tio Valter.

-Não vou ficar brigando com vocês, afinal estou indo embora hoje mesmo e para sempre, não precisarei ficar olhando mais essa cara gorda do Duda. – respondeu se segurando para não gritar.

-Então você vai embora mesmo? - Foi a vez de sua tia perguntar.

-Vou sim, no final da tarde e espero nunca mais ter que voltar, mesmo porque não tenho nenhuma recordação boa de vocês. -Respondeu o garoto calmamente para sua tia.

-Por que só vai ao final da tarde? –Perguntou tio Valter. -Vai dizer que aquele velho rabugento, não pode vir buscá-lo buscar mais cedo?
Nesse momento um ódio tomou conta de Harry, como pode um trouxa como seu tio insultar o maior bruxo de todos os tempos. Sacou a varinha e colocou bem no pescoço de seu tio.

-N-U-N-C-A... NUNCA MAIS SE ATREVA A FALAR DO PROFESSOR DUMBLEDORE COM ESSA SUA BOCA SUJA! – Berrou Harry.

-Ah, moleque, você vai fazer o que, hein? Não pode fazer magia fora da escola. – Tio Valter respondeu já começando a tremer.

-É tio, mas a partir de amanhã serei maior de idade e poderei dar um par de orelhas de porco para seu filhinho Duda. -Respondeu Harry, com sarcasmo.

Ainda com muita raiva, preparou seu café da manhã em uma pequena bandeja e foi para o seu quarto tomar ser café da manhã tranqüilamente. Deixando seus tios e primo apavorado com a idéia do menino-que-sobreviveu, poder fazer magia fora da escola. Seria medo ou apenas remorso por tudo o que fizeram com o garoto ao longo desses dezesseis anos que passou com eles.

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