Em busca de Godric's Hollow
- Tem Certeza de que sabe o que fazer – Perguntou Harry impaciente vendo Hermione desorientada com o mapa de cidade! Estava segurando-o de cabeça para baixo e o que era mais preocupante é que enquanto ela procurava pelo bairro, Rony e ele montavam guarda no meio de um subúrbio em Londres segurando as varinhas bem alto e olhando para todas as direções como loucos.
- Calma ae gente, eu não estou conseguindo encontrar – disse a garota em sua defesa girando novamente o mapa. – parece que o lugar foi encantado pra não ser localizado!
Era incrível como as ruas londrinas poderiam ser bem movimentadas a noite. Havia bêbados, baderneiros, garotos que saiam pra curtir a noite e até garotas fazendo programa em frente a uma casa noturna próxima a onde os garotos estavam parados montando vigília! Foi quando uma prostituta chegou para Rony e lhe disse que queria brincar com a vara dele, Hermione decidiu que precisavam de um lugar com mais privacidade, isso logo depois de ter queimado seu rosto. A mulher ficou apavorada e saiu gritando em direção ao bordel anunciando ter sido atacado por três vampiros.
- Nós não temos cara de vampiros, temos? – perguntou Hermione irritada assim que aparatou junto aos garotos em uma rua mais adiante e mais deserta.
- Claro que não minha gatinha – disse Rony se aproximando de Hermione com muito chamego. – Você parece uma deusa, isso sim.
- Nem vem RONY WEASLEY, NEM VEM! – disse Hermione apontando a varinha bem cara de Rony e este ficando assustado pôs as mãos para o alto. – EU VI QUE REALMENTE VOCÊ QUERIA BRINCAR DE ESCONDER A VARINHA COM AQUELA MUHER.
- AHHHHHH, você nem imagina o quanto Hermione – disse Rony agora se rendendo a vontade de discutir e começando a se alterar também. Agora o único que observava sem reação era Harry.
-Hey... – tentou Harry!
- EU SEI QUE VOCÊ QUERIA REALMENTE TRANZAR COM AQUELA MULHER, NEM TIROU OS OLHOS DO PEITO DELA.
- Hey... – tentou mais uma vez
- APOSTO QUE ELA PELO MENOS IA FAZER MINHAS VONTADES NA CAMA.
- Hey...
-AHHHHHHHHHHHHH, ENTÃO QUER DIZER QUE EU NÃO TE SATISFAÇO NA CAMA?
- HEY, CARAMBA, EU NÃO QUERO OUVIR SUAS PERVERÇÕES SEXUAIS! – gritou Harry muito insatisfeito e até chocado pensando nas possibilidades do que poderia continuar ouvindo. – Ainda temos que procurar Godric’s Hollow Lembra?
- Ah, ok! Como eu dizia antes daquela “putana” aparecer...
- Pelo menos eu...
- CHEGA! Eu vou procurar Hollow sozinho! – disse Harry puxando o mapa da mão de Mione e começando a andar pela rua.
Como Hermione bem dissera, o local parecia ser encantado para não poder ser localizável. Somente com um feitiço pra localizar bem forte ele conseguiria achar o tal lugar. Foi aí então que ele lembrou de Dumbledore. Se ainda o tivesse, ele talvez o ajudasse a encontrar Hollow. E para seu ânimo, Rony e Hermione haviam parado de discutir e estavam cada um de um lado seu.
A briga parecia ter sido bem feia, pois haviam se dito muitas verdades sobre relações íntimas de extrema importância. Harry então se deu conta de uma coisa: nunca havia tido relações sexuais com ninguém. Esse seria um assunto que teria de conversar com Rony mais tarde e procurar saber de muitas coisas. Foi aí que mais algumas perguntas surgiram em sua mente. Será que ele perdeu a virgindade com a Lilá? E Hermione, será que foi com o krum ou com o Cormaco? Talvez os dois perderam até juntos, pensou ele, mas talvez Rony tenha resolvido pular a cerca quando ainda estava em Hogwarts. Meu deus! Que pouca vergonha o pensou novamente.
- Harry? Harry?
Será que eles andavam fazendo sexo pelos cantos da Toca sem que nenhum o percebesse. Seria de pensar que os senhores Weasley sabiam de tais relações? Foi aí que Harry começou a se aprofundar num êxtase sobre sexo. E Guilherme já transara com Fleur?
- HARRY! – gritou Hermione.
- Ah, que foi? – perguntou o garoto se sobressaltando e ficando com o coração disparado.
- É a fênix do Dumbledore, Harry. Como você acha que ela chegou até aqui? – perguntou Rony parecendo agora ter até esquecido a discussão. Harry também havia feito o mesmo.
A fênix voou lentamente até Harry e abriu as asas mostrando lindamente suas penas avermelhando fazendo um gracejo insinuando pousar nos braços de Harry, sendo assim correspondida. Notaram que havia prendido em sua cauda, um pequeno pedaço de pergaminho e tal pássaro parecia ter renascido, pois se encontrava mais jovial do que da ultima vez que Harry vira.
- O que será que é? – Harry desprendeu o pedaço de pergaminho e tentou abri-lo e logo ele se transformou em um pedaço de pelo menos trinta centímetros. – É do Dumbledore. – e logo começou a lê-lo.
Somente o puro de coração encontra coragem dentro de si para buscar a verdade. Harry sei que a muito quando ler isso, já estarei morto a mais de 10 dias, porém, graças a um antigo feitiço, minha morte foi apenas corporal. Sei o que está pensando meu bom jovem e devo logo lhe acrescentar que nunca, jamais teria coragem de criar um hurcrux. Espero que esteja seguindo minhas ordens de permanecer na casa de seus tios, caso contrário, ficarei muito revoltado com tal desobediência de quem eu mais me sacrifiquei por. Pode concluir-se que ainda estou vivo, e escrevi essa carta na mesma noite em que fomos a caverna para lhe adiantar umas coisas:
1º- Eu estou vivo, segurado apenas por uma lembrança sua, caso queira se comunicar comigo, envie Fawkes com o bilhete que ela saberá onde me encontrar, porém nunca será possível me ver novamente.
2º- Eu realizei mais um feitiço e proteção em volta de você o que te ajudará a se manter enquanto não completar 20 anos, mas creio eu que até lá, Lorde Voldemort já estará morto e espero eu que seja por suas mãos.
3ª- Lembre-se que a profecia não significa nada e que quando chegar a hora saberá como usar o amor.
4º- Severo Snape é de confiança e na noite em que ele matou minha matéria corporal, estava enfeitiçado por mim. Com certeza agora o feitiço já cessou e ele continua do nosso lado.
Muito bem Harry, espero que tenha absorvido essas informações e também espero que esteja bem seguro agora. E espero que esta informação ajude-o a encontrar Godric’s Hollow: está no lugar mais óbvio em Londres.
Graciosamente,
Alvo Dumbledore
PS: Minerva é de confiança, ela também sabe sobre as Horcruxes.
- ELE É DEFINITIVAMENTE LOUCO –explodiu Harry em plena madrugada londrina na rua deserta e calma onde vário cachorros começaram a latir de tão intensa que sua voz foi.
- Harry, não se grila, ele sabia o que estava fazendo...
- VAI SE FERRAR HERMIONE, A VIDA TODA ELE FICOU “LUTANDO” E SE SACRIFICANDO PELO QUE ELE ACHAVA QUE ERA CERTO! EU NUNCA PEDI ISSO. E AGORA ELE MANDA O VIADO DO SNAPE MATÁ-LO! EU SEMPRE ODIEI ESSE CARA! ELE PODERIA TER, PELO MENOS, ENFEITIÇADO OUTRA PESSOA.
- Mas cara, Dumbledore é muito cabeça, ele sabe o que faz e se ele se sacrificou por você, é porque ele acredita em...
- ELE É APENAS UM VELHO GAGÁ FILHO DE UMA...
Fawkes naquele exato momento virou fênix em fogo e começou a explodir em cima de Harry lançando lhe penas em chamas. O garoto sacou a varinha e lhe começou a tentar expelir o passaro com feitiços que poderia feri-la, se não, pior, matá-la.
- SECTISEMPRA.
- PARA – gritou Hermione seus olhos perdendo todo o tom esbranquiçado em volta da pupila e no exato momento Harry caiu pra trás e sua varinha voou para bem longe fora de seu alcance. Fawkes recuperou sua habitual aparência e pousou no ombro de Rony, onde logo encontrou clama e lançou a Harry um olhar severo e penetrante.
Hermione caiu ajoelhada e horrorizada com o que acabara de fazer. Harry, que estava no mínimo a 8 metros de distância, levantou-se de costas e olhou para Hermione que o encarava. Ele reparou momentaneamente que os olhos de Hermione estavam totalmente negros e apresentavam poder, amargura e até mesmo sensualidade.
- O que foi isso? – perguntou Harry a garota que agora recupera seus olhos lentamente.
- Acho que o sangue me subiu a cabeça e eu fiz alguma mágica involuntária...
- Foi extremamente forte. Você chama isso de involuntário?
- Me desculpe, eu não tive intenção – ela aprecia apavorada e até mesmo surpresa como se aquilo já tivesse acontecido antes.
- Eu... sem problema. Olha, me desculpem também por ter começado a gritar, e principalmente com você Fawkes – a fênix acenou com a cabeça graciosamente afirmando que o perdoava – mesmo assim ainda não consigo crer que ele se matou por minha causa, quero dizer...
- Ele acreditava em você Harry, eu sei disso – disse Rony agora falando pela primeira vez depois dos acontecimentos que presenciara.
- Não é justo Rony – Harry havia caído no choro – Eu praticamente teria bebido a poção se ele tivesse me deixado fazer isso, eu não queria que ele morresse, ele foi meu pai.
Fawkes voou lentamente até o ombro do garoto e também chorou junto com ele, caminhando até um poste próximo e caindo ao seu pé. Hermione que já parecia ter se recuperado do choque de poder que fizera, agora se sentava ao seu lado e Rony fazia o mesmo, só do seu outro lado.
- Eu acreditava que ele me ajudaria a matar o Voldemort quando chegasse a hora, eu queria que fossemos atrás das horcruxes juntos.
- O que será que ele quis dizer com Somente o puro de coração encontra coragem dentro de si para buscar a verdade? – perguntou Rony curioso ao tempo que puxava o pergaminho do seu bolso.
- Bom, eu acho que ele se refere as horcruxes, mas se esse for o caso, o que será que ele quis dizer com “... puro de coração...” e “... buscar a verdade...?” – questionou-se Hermione também.
Harry recuperou-se do choro e se levantou limpando as lágrimas dos olhos. Parecia até mais convicto agora que recebera tal notícia. Parecia até mais forte com a fênix ao seu lado apoiando-o. Olhou mais uma vez para sua vida e se perguntou se Dumbledore merecia tal desobediência.
- Vamos voltar - disse ele com convicção – porque eu não posso desobedecer uma ordem direta dele, não depois do que ele fez por mim. Temos que voltar e eu vou pra casa dos meus tios.
- Harry, não podemos voltar agora, bom... Pelo menos não agora que eu sei onde fica Godric’s Hollow – disse Hermione olhando com suas feições triunfantes para o mapa. – Este é um mapa turístico e o ponto mais óbvio da cidade que visitam, é o Big Bang.
- Você é uma gênia Mione, e é por isso que eu te amo – disse Rony agarrando Hermione e dando lhe um beijo sufocante. Aprecia que ela também já tinha esquecido o incidente com a prostituta.
- Quero que você informe ao Dumbledore que... – tentou explicar Harry – que não posso mais suportar a estada na casa dos meus tios e estou indo pra Godric’s Hollow e pergunte-lhe também como ele sabia que eu ia pra lá.
- Vamos logo Harry – disse Hermione ainda abraçada com Rony, porém já tendo terminado o beijo.
Harry tirou carinhosamente Fawkes de seu ombro e lançou a no céu, a ave, porém parou e retornou em direção ao seu bolso para pegar a varinha.
- Hey, me devolve isso - gritou o garoto pra fênix, ela por sua vez nem deu ouvidos.
O bicho rompeu em chamas e Subiu o mais alto possível. Parecia ter comido a varinha que agora havia desaparecido, mas a bola de fogo que Harry supôs que fosse Fawkes, parecia maior agora iluminava toda a rua fortemente pronunciando seu majestoso canto da fênix. Foi quando o fogo foi terminando e a varinha de Harry terminou formando asas em sua punhadura e parecia mais precisa, forte e fina. Até o garoto sentiu mais força ao segurá-la.
- Mas como eu vou me comunicar com Dumbledore se ela está aqui agora? – perguntou Harry sem entender muita coisa.
- Dumbledore é um gênio e tenho certeza de que ele saberá o que fazer quando chegar à hora.
Harry deu-se por conformado e logo tratou de segurar Hermione pelo braço, onde esperava ser guiado pela garota até seu destino. Os três então agora pareciam que não aparatavam mais, mas sim, viajavam em grande velocidade. Viam pessoas que também passavam como borrões perto deles e logo se viram lado a lado de Ludo Bagman. Um ex-funcionário do Ministério da Magia.
Harry conhecia Bagman de outras heras, onde, na qual, ele oferecera-se para ajudar o menino a sobreviver no grande Torneio Tribruxo. Bagman acabou envolvendo-se com grandes apostas e até mesmo com duendes mal encarado que queriam reaver seu ouro o mais rápido possível.
Eles pareciam ter saído do tal túnel pelo qual as pessoas pareciam se mover em grande velocidade e agora se encontravam parados bem em frente ao grande relógio londrino, mais conhecido como Big Bang. Hermione deu um grande sorriso se demonstrando mais interessada agora para descobrir como penetrar na cidade. Seria um encantamento horário que eles teriam que enfrentar ou seriam apenas um caso de abrir mais uma porta que ninguém pudesse ver, a não ser os bruxos.
Eles caminharam por toda volta do prédio onde se situava o relógio e não encontraram absolutamente nada a não ser paredes, pessoas e luzes. Foi quando já cansados da noite fria e desgostosa que haviam passado, que sentaram na calçada em busca de idéias e reflexões das quais poderiam sugerir onde estaria a entrada para o vilarejo de Godric’s Hollow.
- Você realmente não faz idéia de onde podemos encontrar alguma chave Hermione? – perguntou Harry num murmúrio inquieto e até mesmo deprimido.
- Se eu tivesse, com certeza não estaríamos aqui agora – respondeu a garota secamente mostrando-se despontada consigo.
Eles caíram mais uma vez num silêncio profundo cada absorto em seus pensamentos. Procurando encontrar alguma maneira de ser útil àquela situação. Rony, quem menos esperavam Harry e Hermione, havia encontrado uma solução ou pelo menos assim haviam pensado os dois restantes.
- Dá uma olhada aqui – disse Rony apresentando uma expressão de triunfo.
- São runas – disse Hermione.
-Então traduz – disse Harry.
Hermione leu atentamente as escrituras cravadas na calçada mexendo levemente os lábio e quando terminou, estava com um sorriso muito radiante na face.
- Somente o puro de coração encontra coragem dentro de si para buscar a verdade! Foi isso então que o Dumbledore mencionou! Quer dizer então que estamos no lugar certo!
- Mas como fazemos pra entrar?
- Bom Harry, apenas os puros de coração! Eu e Rony com certeza não somos mais “puros”! E você é corajoso e a verdade se referia a encontrar o lugar!
Harry agachou-se e nem lembrava mais de ter levantado! Mirou profundamente a runa e pensou com toda força: Eu quero ver meus pais! E naquele exato momento, as letras produziram um fino feixe de luz e tudo na rua parou exeto os três garotos que ainda apresentavam triunfo! Uma porta de luz emergiu do chão e naquele exato momento puxou os garotos para dentro! Eles se viram em uma viagem por um tudo de luz dourada e clara que os levava em grande velocidade pra algum lugar.
Harry dava mil cambalhotas e parecia que demoravam nanosegundos até que ele desse outra. Estava se sentindo totalmente enjoado com aquelas viradas e reviradas; não conseguia mais parar de gritar e agora percebia que Rony e Hermione faziam o mesmo! Até que os três bateram em um muro totalmente sólido e até confortante pra quem girava descontroladamente em todos os sentidos de uma 7ª dimensão.
Harry havia perdido os óculos em pleno tumulto giratório e começou a tatear o chão a volta procurando o, até que Hermione veio entregar-lhe! Ele endireitou-se e colocou os óculos. Procurou mirar muito bem o lugar a volta e as primeiras palavras que saíram da sua boca quando o local entrou em foco, foram:
- O que e isso?
Essa sem dúvida era a pergunta que sairia da boca de qualquer um que encontrasse ambiente em tal situação.
- Parece que foi destruído – disse Rony.
- Não parece! Eu acho que FOI destruído!
O local tinha cara de um subúrbio do inferno se é que existia algum. Como os Potter conseguiram se esconder num lugar em tais condições. Todos os prédios a vota estavam destruídos e fogo queimava nas lixeiras próximas. O cheiro de enxofre que emanava do lugar era fortemente confundido com cigarro! Algo estranhamente bizarro.
- Acho que não foi boa idéia termos vindo – disse Hermione.
- Não, foi sim – disse Harry começando a andar decidido em frente. – Vamos indo.
Ele vasculhava as ruas com precisão a procura de qualquer alma que fosse capaz de sobreviver em tais condições miseráveis. Era realmente uma cidade atingida pelo juízo final.
Eles então caminharam pelo que pareceram horas, mas na verdade tinham sido apenas 5 minutos. Encontraram um homem velho, barba cumprida e preta que entrava em contraste com seus olhos amarelados que brilhavam ainda mais com a luz das chamas próximas. Andava com um cajado de apoio, embora aparentasse jovial força.
- Com licença – começou Harry – sabe o que aconteceu com este lugar?
- Ele sempre foi assim – disse o velho que produzia uma voz fria e penetrante que fez os pelos da nuca de Harry arrepiarem-se.
- Eu apenas gostaria de saber o que Harry Potter, meu caridoso neto faz em minhas terras depois de tanto tempo sem vê-lo!
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