Capítulo XXVIII



N/A Como prometido, está aí o novo cap... espero que gostem, como eu gostei...
Entre [i] e [/i] os pensamentos

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[...] Pois naquele momento Draco Malfoy estava parado no meio do campo de quadribol com um pequeno objeto brilhante nas mãos, e com certeza não era uma moeda!

Draco segurava o pomo com tanta força que a mão já estava vermelha. Havia uma sensação de felicidade que nunca havia sentido. Um pouco de alegria, poder e calma invadia seu corpo. Todos os jogadores foram ao seu encontro para cumprimentá-lo enquanto os alunos gritavam seu nome. Mas antes de qualquer coisa, o que mais lhe chamou a atenção foi um rosto imóvel que olhava em sua direção. Quando tentou dar impulso para ir até lá, foi impedido por abraços e tapas nas costas. Alguns segundos depois, após se livrar de um pouco de gente ele olhou novamente para a arquibancada, porém não encontrou quem procurava.

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Hermione não conseguia acreditar. Estava petrificada havia dois minutos, sem falar, sem se mexer, simplesmente olhando para o pomo brilhante na mão do sonserino. Quando percebeu que ele olhava em sua direção foi que lembrou das palavras de Draco: [i]Se nós ganharmos... Você vai ter que me beijar.[/i] A mera lembrança da tola aposta fez a garota sair imediatamente do estado de choque em que se encontrava. Viu que vários grifinórios já desciam das arquibancadas e resolveu segui-los. Foi em direção ao vestiário do time, onde era possível ver as caras de desânimo e impotência de todos pelo caminho.

Bateu na porta várias vezes, mas não obteve resposta. Encostou o ouvido na madeira e pôde ouvir berros generalizados pelo ambiente. Achou melhor aguardar todos saírem, a ir direto para o salão comunal. Esperava que eles não demorassem, pois não queria topar com nenhum sonserino vibrante pela frente!

Alguns minutos mais tarde, todos saíram do vestiário. Harry e Rony andavam rapidamente cochichando algo e não notaram Hermione ao lado da porta.

- Ei! – A garota chamou dando alguns passos. – Aonde vocês vão?

- Vamos para o salão comunal. – Respondeu Harry seriamente. – Até mais!

- Espera! – Ela deu mais um passo a frente. – Cadê a Gina?

- Está terminando de se arrumar. – Disse Rony colocando a mochila nas costas. – Vamos Harry!

Os garotos seguiram pelo corredor sem nem ao menos olhar para trás. Hermione cruzou os braços e encostou-se novamente à parede.

[i]Humpf! Além de tudo ainda tenho que aturar a cara emburrada desses dois! Eu por acaso tenho culpa que eles perderam pela primeira vez? E a Gina que não vem logo?[/i]

Enquanto observava o céu azul pela janela ouviu passos próximos, e virou-se achando que a amiga havia terminado de se aprontar. Porém se enganou, pois quem acabara de chegar era Draco Malfoy!

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Draco tentava caminhar entre os alunos, mas era praticamente impossível, afinal todos queriam cumprimentá-lo pela vitória sob a Grifinória. Demorou uns 15 minutos para poder chegar até o corredor que levava aos vestiários. Estava irritado, pois tinha perdido Hermione de vista após o jogo. E com certeza a garota arrumaria um jeito de fugir da aposta. Porém, ao virar para o corredor da Sonserina notou uma pessoa próxima a janela.

Ele sorriu internamente e aproximou-se devagar, enquanto a via mover-se para ver quem era. Com certeza não esperava vê-lo ali, pois o modo como ficou estática denunciava a surpresa da garota.

- Fugindo de mim, Granger? – Disse ele erguendo uma sobrancelha, há alguns passos de distância.

- Não tenho medo de você. – Ela disse seriamente. – Porque fugiria?

- Porque perdeu a aposta. – Ele respondeu com um risinho cínico. – E ainda não fez sua parte no acordo.

- Eu sei. – Ela disse, olhando-o nos olhos. – Vou cumprir com o que combinamos.

- Então... O que está esperando? – Perguntou ele abrindo um pouco os braços.

Hermione sempre odiara o jeito arrogante de Draco, ainda mais quando sabia que não podia simplesmente ignorar. Aproximou-se lentamente ainda o olhando nos olhos, e nem sequer os fechou quando encostou a boca na dele. O beijo foi tão rápido que o rapaz nem teve tempo de sentir os lábios nos seus. Ela simplesmente deu um passo para trás como se tudo houvesse sido resolvido e só estivesse esperando ele ir embora.

- O que foi isso? – Ele questionou e ela deu de ombros. – Você chama isso de beijo?

- Porque, você não? – Ela respondeu com sarcasmo, rezando para que não tivesse que beijá-lo novamente. Só de sentir o perfume dele ela já desejava aprofundar o contato.

- Nem que você fosse minha mãe, o que não é, eu diria que isso foi um beijo! – Disse ele com calma.

- Ah é?! – Ela falou colocando uma das mãos na cintura e com a outra passando uma mecha de cabelo por trás da orelha. – Só que é a única coisa que vai ter de mim.

- Granger, Granger... Você sabe muito bem que as apostas e contratos... – Ele interrompeu ao ver a cara de desdém dela. – Enfim, todo tipo de acordo mágico que não seja cumprido tem como castigo a morte da pessoa tratante. – Ele dizia como se explicasse que água e óleo não se misturam.

- Caso não se lembre eu sou a melhor aluna da Grifinória. – Começou com calma contida. – E sim, eu sei disso! – Ela gritou perdendo a paciência e dando dois passos à frente. – Eu te odeio sabia? – Falou baixo sem dar oportunidade para Draco responder.

Hermione segurou o pescoço dele com uma das mãos e o puxou para o beijo mais avassalador de sua vida. Ele sentia as unhas dela roçando sua nuca e ela parecia tremer de raiva. O beijo se tornara possessivo, mas ele não conseguia parar de corresponder. Por mais que ela lhe transmitisse ódio, rancor e amargura tinha uma parte que ele traduzia em desejo, paixão e loucura. Não ousava tocar nela, pois sabia que se encostasse as mãos na pele macia e perfumada da grifinória seria impossível tirá-las de lá.

Quando a garota foi parando o beijo devagar ele percebeu que não conseguiria parar de beijá-la naquele momento, e depois que ela separou os lábios dos seus olhando novamente em seus olhos ele teve a certeza de que ela também não queria parar ali.

Sem dizer mais nada ele a segurou pela cintura beijando-a novamente, desta vez mais calmamente, porém com a mesma intensidade de antes. Ela segurou seus braços, mas ao invés de afastá-lo, apertou firmemente os músculos torneados do rapaz.

Isso foi um combustível para a explosão de sensações que ambos sentiam. Draco aumentou a pressão do abraço fazendo com que os corpos se unissem ainda mais. Ele passava as mãos pelas costas da garota, acariciando seus cabelos sentindo a maciez da pele alva. Hermione, por sua vez, bagunçava o cabelo do loiro enquanto tocava em seu tórax definido. Eles pareciam ter esquecido que estavam num local público, pois eram comandados somente pelos hormônios.

Ambos tinham a respiração ofegante e a pulsação acelerada. Draco tentava se controlar, porém não conseguia ficar mais de cinco segundos sem tocar em Hermione. A pele dela era quente e suave, transmitia a ele uma sensação gostosa que ele não conseguia definir. Ele sentia o perfume dela que se desprendia quando tocava em seus cabelos, inebriando-o com sua fragrância.

Hermione tinha os músculos anestesiados, e por mais que tentasse desvencilhar as mãos do corpo do rapaz, mais elas iam ao seu encontro. A garota sentia cada depressão do abdome definido pela camisa fina e o cheiro de menta que se desprendia de seus lábios. Aquilo era entorpecedor e ela não sabia como evitar o contato daquele corpo junto ao seu. O beijo era intenso e ambos não se importavam com nada ao redor.

No momento em que ela sentiu Draco passar o polegar pela sua barriga por cima da blusa e um frio passar pela sua espinha lembrou de um poema que havia lido uma vez, que devia ser mais ou menos assim:

[i]Eu, Você...
Seres tão iguais e ao mesmo tempo
Tão diferentes
Eu céu, Você mar;
Eu água, você terra;
Eu sim, você não;
Eu longe, você perto;
Eu branco, você preto;
Eu claro, você escuro;
Eu paro, você continua;
Eu amor, você ódio;
Eu triste, você feliz;
Eu pra ele
Eu pra ti, tu pra mim.
Eu, Você...[/i]

Aquilo já estava indo longe demais! Foi o primeiro pensamento que ela teve quando retomou a consciência. Draco havia parado de beijá-la e agora distribuía pequenos beijos por seu pescoço, aumentando a intensidade conforme ia descendo até o ombro dela. O bom senso era uma das principais qualidades de Hermione, e foi ele que a fez mais uma vez afastá-lo de si.

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Draco já estava hipnotizado por aquela garota! A cada toque ele sentia mais vontade de tocar, a cada beijo mais vontade de beijar, e ao senti-la se arrepiar com uma simples carícia ele não pôde deixar de rir internamente. Aquilo era um sonho! Só podia ser... Hermione Granger estava ali, colada junto a ele, beijando-o e correspondendo a cada estímulo que ele provocava. Ele começou a dar beijos pelo seu pescoço e teve que piscar várias vezes quando a sentiu o empurrar levemente com as mãos em seu peito. O sonho não poderia terminar ali... Poderia?

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