A vida tem dessas coisas
*Perdi a hora, mas encontrei você aqui
Desde aquela noite, eu nunca mais me entendi*
-Eu não sei explicar bem o que acontece comigo, eu posso ter todas as mulheres que quiser, mas eu quero ela... Ela não me sai da cabeça... Sou um jovem empresário, bem sucedido, auto-suficiente, rico, lindo, inteligente...
-Talvez o que lhe atrapalhe é esse seu ego.
-Ah Ricardo, cala essa sua boca e tenta me ajudar, por favor?
-Acho que estamos evoluindo, você me pedindo por favor.
Dois homens conversam dentro de um escritório, um deles, Draco Malfoy, alto, bonito e loiro, considerado um dos empresários mais bonitos e mais ricos de toda Londres. O outro, Ricardo Itikawa, de descendência japonesa, bonito, entre os empresários mais cobiçados, escutava o amigo enquanto se distraia jogando uma bola de borracha contra a parede.
Draco estava assim desde que trombara com uma moça na rua, e os seus olhares tinham se cruzado. A vontade que ele teve foi de ficar ali pra sempre, olhando dentro daqueles olhos verdes.
-Sabe no que você deveria se concentrar?? Na escolha da nova secretária. A sala de entrada esta cheia de moças esperançosas e a gente aqui, discutindo sobre a minha vida amorosa. – Draco disse se levantando e indo em direção a porta. – Você vai fazer as entrevistas dessa vez.
*Você levou meu coração, levou o meu olhar
Eu sigo cego e infeliz, querendo te encontrar
Pra conversar
Te convencer
Te confessar
Quero só você*
-Ah, me desculpe, me desculpe... – Foi tudo muito de repente, abrira a porta, trombara com alguém, e esse alguém estava em seus braços agora e lhe pedia desculpas. Os mesmos olhos verdes.
-Não... não foi nada. Erh... Pode entrar. – Ele disse desviando o olhar. Era incrível, tantas mulheres na face da terra poderiam estar fazendo aquela entrevista, mas era a mesma moça com quem trombara outra vez.
‘A vida tem dessas coisas mesmo...’ pensou ao sair do prédio onde ficava o escritório.
*Não esqueci seu nome, seu rosto, sua voz,
Outro dia eu te vi, numa tarde, tão veloz
Você passou no circular, pela praia do Leblon
Corri atrás, tarde demais
Perdi a condição
De conversar
De te convencer
Te confessar
Quero só você*
Estava louco. Era isso, só podia ser! Não conhecia a garota, só a achava atraente. Aqueles cabelos vermelhos em contraste com a pele branca. Era isso.
Ligou para Ricardo e disse que não voltaria mais aquele dia. Precisava resolver uns negócios, e antes que o amigo perguntasse quais negócios desligou o celular. Foi pra casa. Era sexta e ele precisava dormir, descansar, assistir um pouco de TV. Relaxar.
Mas não era do feitio de Draco ficar parado, olhava no relógio toda hora. Eram 7 horas ainda, acabava de escurecer e ele já não agüentava mais ficar ‘preso’ em seu apartamento. Pegou as chaves do carro e resolveu sair.
Foi ao The Railway, um barzinho que mantinha as mesas ao ar livre, adorava jantar ali. A comida era excelente.
E sentado ali, saboreando sua porção de mexilhões com batatas fritas, a viu. E isso já estava virando perseguição pra ele. Não que ele estivesse reclamando, queria encontrá-la e perguntar, ao menos, seu nome. Segui-a com o olhar. Fez um sinal para George, o dono do estabelecimento, dizendo que voltava depois.
Levantou-se e caminhou a uma distância dela. Viu-a parando no ponto de ônibus, e viu ali sua chance. Mas ela entrou em um ônibus antes que ele pudesse manifestar sua presença. Ainda a viu sentada num dos últimos assentos. Voltou ao barzinho. Pagou e foi pra casa. Agora sim precisava descansar.
Ligou para Ricardo, simplesmente para perguntar se ele tinha acabado a seletiva. Uma tal de Judith, ou qualquer coisa assim havia sido escolhida, na segunda a conheceria.
*Quero só você
Sei que isso não tem importância
Pra você não faz sentido*
Toda manhã, ele caminhava no Princess of Wales , um parque perto da sua casa, e aquela manhã de sábado não seria diferente.
Corria para manter a forma. Era duro ser bonito e conhecido. As pessoas cobram muito de você.
E correndo, esbarrou em alguém, que o fez se desequilibrar e cair no lago.
-Ah meu Deus, eu sou muito desastrada mesmo. Ai moço, você esta bem???
Draco saiu do lago todo molhado.
-Olha aqui sua desengonçada. Você ao olha por onde anda não?? Olha o que você fe... – Parou de súbito, era incrível como a vida estava brincando com ele ultimamente. Era ela.
-Ai me desculpa, me desculpa... – ela disse puxando ele pra fora do lago e, inutilmente tentando enxugar o rosto dele – ei, eu te conheço, você estava naquela empresa ontem, foi em você que eu esbarrei, não foi?
-Foi sim.
-Poxa, dizem que o raio não cai no mesmo lugar duas vezes. Quem disse isso estava errado, eu consegui esbarrar com o mesmo cara dois dias seguidos! Incrível. – Ela começou a rir, risada gostosa de se ouvir, daquelas verdadeiras, que dão uma vontade de fazer a gente rir também. E quando Draco menos esperava estava rindo com ela.
-Pra me desculpar, por duas vezes – Draco quis corrigi-la, eram três, mas óbvio que ele não lembrava. – topa tomar café comigo?
-Topo, se você prometer não esbarrar em mim outra vez. Mas primeiro eu preciso me trocar, sabe, seria estranho entrar assim em algum lugar, você não acha? Já volto.
Ele realmente se sentia estranho e nunca foi tão rápido do Princess até sua casa, trocou de roupa e voltou, e lá estava a ruiva, sentada, olhando para o topo das árvores, distraída.
-Vamos? – Ele chegou perto e disse, só para assustá-la, riu do resultado.
-Ahh, que susto. Ah sim, vamos sim. – Ela sorriu pra ele, e notou o quão perfeito ele parecia. Era lindo, engraçado, educado e tinha um lindo sorriso.
*Mas a noite aumenta a distância
Me perdi no seu caminho
Me encontrei falando sozinho*
E por algumas horas, conversaram muito enquanto tomavam o café. Ele se sentia simples e pleno ali, conversando com ela. Era como se ela o entendesse. Um completava a frase do outro.
-Ah meu Deus, olha a hora. Estou atrasada, prometi pro meu irmão que ia cuidar dos pequenos hoje.
E quando ela ia pagar, Draco a impediu, afinal ainda restava um pouco de cavalheirismo no mundo.
-Mas eu que te convidei. – ela disse indignada.
-Não discuti... Qualquer dia eu deixo você pagar pra mim, ta bom assim? – ele disse após uma grande relutância dela.
E quando ela estava saindo, correndo, claro, a única coisa que Draco lembrou de dizer na hora foi:
-Amanhã no Princess, na mesma hora?
Ela se virou e sorriu, depois foi embora. Deixando um loiro sorridente para trás.
Chegando em casa, jogou-se no sofá e começou a pensar um pouco. Tinha se deixado levar tanto pelo momento que não perguntara nada do que deveria ter perguntado. Nome. O que deveria ter sido a primeira coisa, certo? E, claro, e se ela fosse a nova secretaria? Não, ai seria coincidência demais. Certo? Pergunta pro Ricardo como a tal de Judith é... Boa! Bem pensado!
-Você ligou para Ricardo Itikawa, no momento estou impossibilitado de atendê-lo. Deixe seu recado e assim que possível, retornarei. Obrigado.
Teria que esperar até o dia seguinte mesmo. E perguntaria para ela. Porque se fosse depender do Ricardo, ele, ahn... digamos que se divertia muito nos fins de semana.
Mudaria algo se ela fosse a tal de Judith? Claro que não. Mas seria estranho. Estranho. Essa palavra o estava acompanhando demais ultimamente. Ele era um estranho para ele mesmo.
E quase não dormiu direito, porque o encontro do dia e o que estava marcado para o dia seguinte martelavam em sua cabeça, adormeceu assim, pensando.
*Sigo sempre sem destino
Pra te encontrar
Pra conversar
Te convencer
Te confessar
Quero só você*
Acordou cedo naquele domingo. Mas o sol já entrava pela janela esquecida aberta na noite anterior. Foi para o Princess e ficou sentado em um dos bancos. Distraiu-se com os pássaros. Alguém tampou-lhe os olhos.
-Deixe eu tentar adivinhar quem é. Deve ser um monstrinho ruivo meio atrapalhado que sai esbarrando em todo mundo. Acertei?
-Monstrinho? Não gostei dessa parte sabia? – mas caiu na gargalhada, o que contrariou o tom bravo que ela tentou forçar na voz.
-Eu preciso fazer uma série de perguntas pra você. Posso? – ele disse
-Deve!
Eles estavam sentados um do lado do outro, na beira do lago.
-Sei que eu deveria ter te perguntado isso há algum tempo atrás, mas... como você se chama?
-Gina, quer dizer, não Gina, Gina, Genevra, mas odeio esse nome, todos me chamam de Gina, então, Gina.
Gina? E quem era Judith? Ele não a veria todos os dias? Eles não trabalhariam juntos?
-Então você não conseguiu passar no teste daquela empresa?
-Pra ser sincera eu só estava ali porque queria falar com um tal de Draco Malfoy, eu queria alugar o andar de cima, e soube que a empresa dele estava instalada no prédio ha alguns meses já. Eu queria saber como eram as coisas, sabe... Se tudo funcionava.
-Falou com ele?
-Não, falei com o sócio dele, Ricardo itikawa, bem simpático.
-E o que achou do prédio?
-Descobri que o prédio era do Draco Malfoy, engraçado né? Eu ia pedir pra esse Draco me falar sobre ele mesmo. Vou voltar amanhã pra falar com ele. Mas, minha vez. Nome?
-Draco... Malfoy.
-Poxa, acho que não vou precisar ir até lá amanhã. – e ela caiu na gargalhada novamente, era incrível, ela tinha aquele ar de felicidade, e quando ela ria, contagiava. – Mas não estamos aqui pra falar de negócios, então deixa pra lá. Vamos ao Heath?
O Heath, um enorme gramado com espaço de sobra para esportes como futebol e cricket, é considerado um dos melhores lugares de Londres para se soltar pipa. Não é difícil ver praticantes das modalidades mais ousadas, como o kiteboarding e o kitebuggying, arriscando manobras radicais com suas super-pipas.
-Fazer o que lá?
-O que as pessoas vão fazer no Heath? Um lugar daquele tamanhão, gramado, descampado. Pipa lhe diz alguma coisa?
-Fazem anos que não solto pipa, e acho que você também já passou da idade não acha?
-Tem idade pra isso é? Vamos, você vai gostar. Vamos pelo menos pra ver o pessoal praticando kiteboarding, é tão bonito ver aquelas pipas enormes e coloridas.
A insistência foi tão grande que ele acabou aceitando.
E a tarde do domingo foi passada ali no Heath também, onde Draco se aventurou a empinar uma daquelas pipas enormes. O que rendeu muitos risos por parte de Gina.
*A vida tem dessas coisas
Olhe só, nós dois aqui
Presos num elevador
Zero hora no relógio*
Segunda. Após a corrida matinal no Princess (não a encontrara dessa vez), estava se dirigindo ao prédio da empresa, no rádio uma música tocava e ele começou a cantarolá-la. All ou need is love dos Beatles.
Entrou no prédio, Ricardo o esperava no salão de entrada para apresentá-lo a Judith. Uma morena, alta, olhos azuis, muito bonita. E, se fosse em tempos antigos, ele esqueceria aquela coisa de patrão-empregado, mas, a imagem de uma certa ruiva veio a sua mente. E ele sorriu.
Subiu com Ricardo, seus escritórios ficavam no penúltimo andar.
-Te procurei no final de semana, onde esteve? – Draco começou a conversa.
Em resposta, Ricardo sorriu, não seriam necessárias explicações, pois Draco sabia muito bem como Ricardo se divertira.
-E você? Esta com um ar feliz.
-Eu encontrei com ela Ricardo. Passamos o fm de semana inteiro juntos, até ao Heath ela me fez ir.
-Ao Heath? Poxa, e você ficou soltando pipa o dia todo foi?
Draco balançou a cabeça e saiu rindo do elevador.
-Esse elevador esta precisando de uns reparos, você não acha? Ele anda dando uns trancos estranhos.
-Ah Draco, esta tudo como deveria estar. Mas por via das dúvidas vamos chamar um técnico para vê-lo, esta bom assim?
Em seu escritório, tudo corria normalmente, mas, cadê ela? Certo, ele estava começando a desejar a presença dela. Cantarolando novamente a música que ouvira no carro. No meio da tarde, era quase fim do expediente, avisam no interfone que ela estava entrando. E mais uma vez ele sorriu, dessa vez involuntariamente.
Fecharam negócio. E não conversaram sobre mais nada. No parque ela estava de moletom e tênis, mas agora, ali, tratando de negócios, ela estava mais do que linda. Usava um vestido preto e justo, e sandálias pratas que trançavam na perna. Ela estava atraente demais. E seu coração passou a bater tão forte, tato que ele achou que, para conter toda aquela coisa prestes a explodir dentro dele, teria que gritar muito até perder o fôlego.
Ela sorriu, levantou-se e foi embora.
-Senhor Malfoy, podemos ir embora? O expediente já acabou, e Judith ainda tem que pegar o trem das 20h, senão nem chega em casa hoje.
Era a voz de Hannah, a outra secretária.
-Tudo bem Hannah, cadê o Ricardo?
-Ele já foi Senhor.
-Okay, obrigado Hannah, até amanhã.
-Até amanhã Senhor.
Espreguiçou-se. Estava cansado. Olhou no relógio, 23h30. Assustou-se. Ficara trabalhando e nem percebeu as horas passando. E Gina? Teria ido pra casa já, mas nem se despedira nem nada. Pegou sua mala, trancou o escritório e ficou esperando o elevador. Seu coração deu outro pulo ao perceber que o mesmo estava parado no andar de cima. Que loucura, ele realmente perdia o juízo.
Quando o elevador parou no andar, Draco encontrou uma ruiva muito cansada ali dentro. Porém sorridente, mesmo assim.
-Vejo que não fui a única a ficar até mais tarde hoje.
-Negócios minha cara.
E foi na passagem do 3º para o 2º andar que aconteceu. Um solavanco. A luz apagou e o elevador parou.
-Ah não! Esse elevador idiota tinha que enguiçar justo hoje?
E ele nem reparou que Gina estava perdendo o ar até ela gritar, claro.
-Eu não quero ficar aqui, não quero!
Draco, tentando acalmá-la, abraçou-a. E isso acabou funcionando.
-A gente vai ter que esperar até amanhã. Um técnico ia vir de qualquer jeito dar uma olhada nesse elevador mesmo. Algum problema esperar até amanhã?
-Tudo bem.
Sentaram no chão, ela apoiou a sua cabeça no ombro dele. E assim ficaram conversando. Meia-noite. Uma da manhã.
*Legal você está aqui
E amanhã pela manhã, a gente pode sair
E conversar
Se convencer
Se confessar
Quero só você*
E Gina acabou adormecendo. Draco ficou mexendo em seus cabelos, macios, achando que deveria dizer tudo pra ela.
O tanto que a queria. O quão ele estava ficando louco.
E começou a falar baixinho, como se conversasse com ela, mesmo sabendo que ela estava dormindo.
-Ei garota. O que você anda fazendo comigo heim? Acho que você nem lembra, mas há três semanas atrás esbarrou com um sujeito no meio da calçada, como sempre você estava praticamente correndo e distraída. Pediu desculpas, mas não olhou para trás. Eu fiquei que nem um bobo parado, os seus olhos verdes me marcaram. A sua imagem começou a me endoidecer, porque eu achava que nunca mais a veria. E mais uma vez você trombou comigo, desastrada você, heim? E no Princess também. É a vida tem dessas coisas com a gente mesmo, o raio caiu no mesmo lugar três vezes e olha só o que você me fez! Estou aqui, mexendo em seus cabelos, falando sozinho, praticamente me declarando pra você. Claro que não faria isso se você estivesse acordada. Nunca. O Ricardo bem que diz que eu sou orgulhoso demais. Eu sei. E sabe ontem no Heath? Eu tive vontade de te beijar, de te abraçar e nunca mais te largar, mas tudo bem. Como em dois dias posso estar apaixonado por uma pessoa? Acho que é loucura não é? E quando eu te vi hoje, você parecia uma princesa para mim. Você é linda. E eu daria tudo pra conseguir falar tudo isso olhando em seus olhos, mas deixa pra lá. É melhor eu tentar dormir assim como você fez, não acha? Boa noite, senhorita desastrada.
Draco adormeceu, com a cabeça apoiada na dela.
-Boa noite senhor orgulhoso demais pra me dizer tudo isso novamente.
Ela sussurrou para ele, passando a mão no rosto dele, mas ele, dormindo, não ouviu nada. Ela escutara tudo. Tudo. Se aconchegou mais nos braços dele e dormiu refletindo no que ele dissera. Como em apenas dois dias ela pudera se apaixonar por ele?
*Pra conversar
Te convencer
Te confessar
Quero só você
Eu quero só você...
Eu quero só você...*
Acordaram com os barulhos de um martelo e a porta do elevador sendo aberta.
A luz do dia quase os cegaram, eles levantaram e saíram do elevador. Doloridos, claro, tinham dormido tortos, mas nem isso tirava o sorriso dos dois.
-Draco, ei cara, bem que você falou que o elevador tava dando uns trancos engraçados. O técnico vai dar uma olhada. Logo imaginei que você tinha ficado preso no elevador, porque seu carro já estava no estacionamento. Impossível você tr chegado cedo. Sorte que a Hannah só deixou a porta do estacionamento aberta. Se não... – Ricardo puxou Draco e falava sem parar, mas o que o loiro queria mesmo era sair dali, levar Gina para algum lugar para que eles pudessem conversar. Mas quando ele olhou para o elevador, ela não estava mais ali. Talvez ela tivesse ido para a sala dela. Mas ele não deixaria passar. Subiu as escadas como um louco, e antes que chegasse ao 5º andar, trombou com ela na escada, descendo. Os dois caíram sentados nos degraus e começaram a rir. Era muita trombada para eles.
Ele levantou e ajudou ela a se levantar. Gina estava a um degrau acima do dele, e ficava exatamente da sua altura. Então os olhos se cruzaram e antes que ele pudesse dizer alguma coisa, ela tapou a boca dele delicadamente.
-Não precisa dizer nada não. Eu estava acordada ontem. Ouvi tudo.
E antes que ele pudesse dizer alguma coisa, ela se aproximou a ponto de que ele sentisse a respiração nervosa dela. Se beijaram, finalmente. E quando o beijo acabou, se olharam. Não precisariam maiores explicações. Sorriram.
Estava claro que haviam se apaixonado desde a primeira...
-Primeira vista? – a autora interrompe na narrativa de Draco.
-Claro que não... – ele responde.
-A primeira trombada. – Gina, sorrindo, puxa Draco pela mão. Caminhavam pelo Princess todos os dias agora, juntos e de mãos dadas.
*Pra conversar
Te convencer
Te confessar
Quero só você
Eu quero só você...
Eu quero só você...*
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