Reflexões
Mais uma vez naquele ano a névoa fria e densa se abatia sobre a Rua dos Alfeneiros, aquele frio em pleno verão era uma coisa muito estranha, mais as pessoas já haviam se acostumado, pois desde o ano passado estava daquele jeito. O mais estranho, porém era que essa névoa parecia se acumular um pouco mais densa em uma casa, esta casa era aparentemente normal na vizinhança, mas só aparentemente, pois nela morava Harry Potter, um bruxo.
Naquele momento Harry Potter se encontrava deitado imóvel em sua cama, os olhos vidrados encarando o lado de fora de sua janela, aquela névoa já começava a o incomodar, pois ele sabia o significado de tudo aquilo, significava que havia dementadores rondando por ali, e mais precisamente vigiando sua casa. Dali alguns dias ele faria 17 ano e se tornaria um adulto no mundo dos bruxos, o que significava que a proteção que sua mãe lhe conferiu quando morreu se acabaria. Isso significava que sua casa não era mais segura. Segurança, essa era uma coisa que Harry achava não existir mais no mundo bruxo, como poderia o mundo estar seguro com Voldemort solto pelas ruas, torturando e matando trouxas e bruxos que se opõem a ele. Era isso que o Profeta diário alardeava em suas manchetes diariamente, isso e a morte de Dumbledore, o maior bruxo de todos os tempos e o único que Voldemort já chegou a temer.
Já era passada a hora do almoço quando Harry mostrou sinal de algum movimento, seus olhos pareciam estar acompanhando o movimento de alguma coisa que voava do lado de fora da janela, ele só levantou quando percebeu que era a coruja que lhe trazia o jornal, abriu a janela rapidamente para a coruja entrar, pegou alguns nuques no fundo de seu malão e colocou na bolsinha de couro que estava na coruja, depois pegou seu jornal e se sentou novamente na cama observando a coruja sumir no céu. Ele abriu o jornal e logo na primeira página viu uma manchete que fez seu estomago despencar no chão. Estampado na primeira página estava a marca negra, não que isso fosse comum ultimamente, mais foi a manchete logo acima da foto que o chocou, escrito em letras garrafais bem grande estava a seguinte frase: “Você-sabe-quem ataca novamente e deixa um recado para o escolhido.”
Harry procurou com os olhos novamente a foto, logo abaixo da marca negra estava escrito em letras verdes:
“Dumbledore morreu, agora ninguém pode mais pode te proteger, você pode ter sido o escolhido, mais foi o escolhido para morrer, você não pode se esconder mais de mim.”.
Harry ainda estava em estado de choque quando viu uma coruja entrando pela sua janela, imediatamente ele reconheceu como sendo Pichitinho a coruja de Rony, ele pegou a carta da perna de pichitinho - depois de muito esforço, pois a coruja não parava de voar em volta de sua cabeça – e começou a ler a carta.
Caro Harry,
E ai como as coisas estão, acabamos de ler a noticia no profeta diário, mamãe e Gina estão desesperadas, falei com meu pai e ele disse pra você não se assustar que vão dar um jeito de te tirar daí. A Hermione já está aqui em casa para o casamento do Gui, o casamento vai ser neste sábado. Todos estão com saudades de você a Gina não para de chorar. Por mais está tudo bem por aqui, mande noticias.
Até mais.
Rony Wesley
PS: Deixa de ser cabeça dura e volta com a Gina, não adianta ficar fugindo dela.
Harry terminou de ler a carta e ficou mais calmo, deixou a carta em cima da escrivaninha do seu quarto e deitou na cama. Ultimamente o que mais ele fazia era ficar deitado, quase nem comia e sai do quarto, era raro encontrá-lo andando pela casa, ele não tinha mais vontade de fazer nada, só ficava pensando na morte de Dumbledore e como achar as horcruxes para derrotar Voldemort. Ele tinha se esquecido completamente do casamento de Gui, e se animou um pouco, pois pelo menos alguém conseguia ser feliz nesses tempos. Como ele queria estar alegre e feliz ao lado de alguém que amava, como queria estar ao lado de Gina, ultimamente andava refletindo bastante sobre sua relação com a garota, ele sabia que a amava muito, mais pensava que ficar ao lado dela só iria trazer problemas, Voldemort o perseguia e deixou bem claro no recado que ele não conseguiria se esconder por muito tempo. Ele não queria condenar Gina a viver correndo riscos estando com ele, por isso havia terminado o curto namoro deles no dia do enterro de seu querido diretor. Mas Harry também pensava se teria feito a coisa certa se afastando de Gina, sem ela ele parecia perder a vontade de viver e de lutar, parecia que sua maior arma tinha sido destruída. Ele lembrava nitidamente de Dumbledore lhe dizendo que sua maior arma era o amor, mas será que ele tinha razão, será que voltando com Gina ele estaria condenando-a a sofrer ou não.
Foi com esses pensamentos que ele adormeceu, pensando seriamente se deveria ou não voltar com Gina.
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