Voldemort se Interpõe



Capítulo 15: Voldemort se Interpõe



Os quatro voltaram para Godric's Hollow muito machucados e exaustos, porém felizes.
Haviam obtido com sucesso a Horcrux de Helga. Havia agora uma pedra a menos no
caminho de Harry.

-Harry... Perguntou Rony enquanto era tratado do braço por uma carinhosa Hermione.

-Oi Ron? Perguntou ele sorrindo.

-Como pretende destruí-la?

-Com os artefatos haridants... ou algo assim.

-Ah certo... AI!!! Mione..


Dois dias se passaram sem maiores novidades, mas foi então que a coruja do
profeta diário tornou a trazer más notícias.







"Ataques aos trouxas cresceram 347 por cento.


Nesse último mês os ímpetos das trevas foram tão estrondosos que
podemos considerar uma sorte dos trouxas não desconfiarem de nosso
mundo.

Em Londres, na Inglaterra houveram centenas de mortos num acidente
"inexplicado" durante uma conferência. Na Turquia, oito homens foram
pegos torturando e matando pessoas de um modo "estranho", os homens dizem
não se lembrar de nada. Os mortos não possuem sinais de violencia, nem
sequela nenhuma, como se estivessem apenas ido dormir. Sabemos se tratar
de casos das maldições Império, Crucio e Avada Kedavra..."




"Quedas de aparelhos voadores trouxas (aviões) tem se tornado frequente

Só nesse fim de semana mais de seis acidentes aéreos mataram cerca de mil
e trezentas pessoas. As companhias aéreas nao sabem explicar o fenômeno e
para ficar mais intrigante, uma das caixas pretas registrou uma risada
sinistra, agúda e fria. Os aurore acreditam ser de...



-Voldemort! Completou Harry sem conferir se acertara no jornal.

-O que aurores podem fazer? Estão com tanto medo quanto pessoas normais... Disse Rony

-Nem todos Rony... Respondeu Harry muito sério.

-Ah! Qual é Harry, são do ministério. Me diga um auror que preste!

-Alastor Moody. Respondeu ele fitando o amigo.

-É verdade... Moody, King e Tonks.

-Moody é o melhor de todos. Disse Hermione subitamente.
Olho tonto capturou mais de cem bruxos das trevas, entre eles
comensais da morte e quase o próprio Voldemort.

-Quase capturou Voldemort? Perguntou Harry curioso.

-É. Respondeu a menina com simplicidade. Inclusive, foi a serviço de um dos
planos da primeira ordem da Fênix, junto de seus pais e dos de Rony.

-E... Como foi isso Mione?

-Não sei. Não li detalhes. Mas o caso é que somente seus pais, alastor e
Dumbledore sabiam de todo o plano, sendo assim, só Olho tonto guarda esse segredo até hoje.

-E ninguém perguntou a ele?

-Claro que sim Harry! Queriam saber como foi que ele momentaneamente derrotara o lorde
das trevas. Mas os quatro se recusaram a revelar, e por vezes escaparam de poções veritasserum
e de oclumências.

Harry permaneceu em silêncio imaginando como seria tal plano.

Nesses momentos de reflexão, Harry foi abordado por uma coruja alta e marrom que lhe trouxe
um envelope amarrado a pata esquerda.



"Para Harry, Sirius, Hermione e Rony.


Olá amigos como estão?
Percebemos movimentos estranhos
das trevas. Não sabemos exatamente
o que esta pra acontecer, mas é algo
relacionado a você-sabe-quem.

Nosso novo espião não é de todo
confiável, mas informou algo relativo
ao Olho-de-Tigre e ao Stonehenge.

Venham a toca o mais rápido possível.


Tonks... Só Tonks."



-"Só Tonks"? Perguntou Rony erguendo uma sombranselha.

-É Ron, lembra que ela não gosta do primeiro nome?

-É verdade. E qual é mesmo?

-Ninfadora eu acho.

-Certo pessoal, vamos já pra lá! Disse Sirius.

-Vamos. Responderam os tres em coro.

nem dez minutos se passaram e eles ja aparatavam nos jardins da toca.

Após cumprimentar a todos(A sra Weasley deu um abraço duas vezes mais forte do que o normal,
e parecia muito aflita e apreensiva.) Eles se sentaram a mesa muito lotada de gente.
Sr e Sra Weasley, Os gêmeos Weasley, Ninfadora Tonks, Minerva Mc Gonagall,
Remo Lupin, Gui Weasley, Rubeous Hagrid, Flintwic, Alastor Moody, Aberforth Dumbledore,
Kingsley Shaclebolt e Horácio Slughorn.

Aberforth levantou-se e começou a falar.

-Prezados amigos, na falta de um líder a altura de meu irmão, decidimos fazer da ordem uma
democracia. Propomos os planos e votamos no melhor.
No momento, temos motivos pra acreditar que Voldemort busca o Olho-de-Tigre.

-Desculpe senhor... Mas o que é o Olho-de-Tigre? Interferiu Harry.

-Ah, que bom que perguntou Harry. O Olho-de-Tigre, é uma pedra mágica que fica localizada
na Grécia.

-Mágica?

-É. Ela indica ao seu portador premonições de perigos e lhe proporciona métodos de
evitá-los. Mas dizem que por alertar o perigo, ela também acaba por atraí-lo...

-E Voldemort(Caretas habituais) a quer exatamente pra que? Perguntou Harry.

-Aí é que está Harry. O motivo? Você!

Harry teve um grande susto em ouvir aquilo.

-EU?

-É Harry. Dumbledore não é mais o único a quem ele já temeu na vida. Ultimamente ele
deve ter levado em consideração o número de vezes que você já lhe escapou, e isso
não é normal uma vez que na maioria você não era um bruxo exelente. Ele está começando
a levar isso de "O Eleito" a sério demais.

-E usando a pedra saberia quando estou forte o bastante ou está sendo ameaçado.

-Exato.

Todos na mesa permaneciam em silêncio digerindo as informações.

-E onde esta essa pedra? Perguntou Harry ancioso.

Quase dez segundos se passaram até que Moody girou seu olho azul elétrico observando
todos a mesa e disse com sua voz grossa:

-Comigo.

Moody retirou a pedra de dentro das vestes e exibiu a todos.
Shacklebolt olhou de olhos arregalados ao seu lado.

-Então qual é o problema? A pedra está conosco.

-Por hora Harry. Cabe a nós, ou melhor, a mim, protege-la. Disse Alastor Moody.

Harry perguntou novamente:

-Vocês disseram algo sobre um espião... Quem é?

-Não podemos dizer Harry. Disse Aberforth. Somente eu, Horácio e Kingsley
sabemos sobre isso.

Harry pensou sobre isso mas não deu total prioridade uma vez que tinha problemas
maiores em mãos.

Uma semana depois, Harry estava sentado na varanda de sua casa enquanto raios
de Sol avermelhados nasciam com explendor. Aquela temperatura morna de início
da manhã fizeram os pensamentos de Harry voarem até Gina. Pelo que soubera, a garota
estava indo muito bem com Dino Thomas, e ele teve de admitir que provavelmente bem
mais feliz do que ja estivera junto dele. Afinal, nos poucos meses que estiveram
juntos não puderam desfrutar da melhor maneira possível uma vez que Harry tinha as
"aulas" com Dumbledore, o Quadribol, as tarefas extra-salas que engrossaram no sexto
ano, as suspeitas a Malfoy e suas habituais precoupações de sempre. Com muito pesar
Harry assentiu para si mesmo que não fora um namorado dos mais atenciosos.

"Maldito Harry disse ele."
"Ele não foi justo... Me usou para alcançar Gina..."
"Como eu gostaria de por minhas mãos nele."

Foi então que naquele belo horizonte avermelhado tão atípico que algo estranho
aconteceu.as cores pareciam sumir da vista de Harry, e ele tremia.
Estava realmente muito tonto, como nunca estivera antes. Algo estava errado.

Harry sentia que estava apagando. Momentos depois, ele se viu em meio ao vilarejo de
Hogsmeade. O que estava acontecendo?

BUM

Seu coração deu um salto, mais de vinte comensais invadiam as ruas explodindo tudo
que viam pela frente, Avadas Kedavras eram invocados por vezes tirando alguem do
caminho deles. Suas capas pretas farfalhavam com os ventos das explosões.

Seria aquilo real?

Harry correu em direção aos comensais empunhando sua varinha, mas não foi visto, sequer
conseguiu invocar um feitiço, o que o fez perceber que não estava físicamente ali.

Uma das piores sensações lhe aflorou a pele arrepiando até o seu último fio de cabelo,
tres coisas mortalmente ruins aconteciam ao mesmo tempo.

A primeira, era Voldemort emergindo em meio aos comensais.
A segunda, era Dino e Gina juntos, de mãos dadas nas calçadas da Dedosde Mel.
E a terceira, era que O lorde parecia seguir até a direção deles.

-Ora ora... Vejamos quem está aqui! Dizia Voldemort com suas habituais zombarias.

Dino empalideceu, mas Gina tomou a dianteira e falou:

-Curtindo a semi vida que resta pra o mundo bruxo por culpa sua!
Isso deveria ter muito mais pessoas não fosse pelo medo de seus atos loucos e maníacos!

-Vejam só!!! Disse Voldemort para os comensais que não sabiam se riam da menina ou
assumiam um tom ameaçador pela afronta. Snape, venha aqui!

Snape afastou a capa das pernas e seguiu em passos largos até onde estavam os tres.

-Milorde?

-TRAIDOR!!! SEU VERME!!! COMO PÔDE SNAPE!!! COMO PODE... Gritou Gina para o homem
que acabara de se aproximar.

-Cale-se! disse ele sem se alterar.

Tudo começou a rodar. Harry tentava focar os olhos em algum lugar
mas tudo estava muito estranho, foi então que ouviu uma voz embaralhada
dizer algo que soava como avada kedavra. Uma luz verde cintilava em meio
aos rodopios gerais.

Logo após Harry visualizou sangue. estava escorrendo lentamente muito grosso
e escuro. Sua cicatriz ardeu como se pegasse fogo. sentiu um aperto estranho
de tristeza no peito. Harry assistiu um olho gigante se partir em mil pedaços
Não saberia explicar o porque, mas estava muito triste.
Logo depois ele vislumbrou um pedaço de papel amassado. Ele sentiu ódio pelo
possível bilhete e pelo que podia representar. Mas ao mesmo tempo queria pega-lo,
ler todo o seu conteudo vezes e mais vezes.

Mas quando ia por as mãos nele uma sensação mórbida de depressão o embargava
e arrastava pra um lugar muito estranho. Era uma espécie de templo. Haviam
estátuas reptílicas lá e muito musgo na parede. Devia estar a muito abandonada.
Harry sentiu novamente a cicatriz arder e assistiu Lord Voldemort duelando
contra alguem. Era um exelente duelador. Parecia ser muito corajoso. Mas
quando o estranho virou-se num ângulo mais favorável a visão, Harry percebeu
quem era.

Nada mais nada menos do que... Harry Potter.
Ele mesmo estava ali, duelando ferozmente contra Voldemort, quando num momento
de distração de Harry Voldemort gritou:

-Avada Kedavra!!!

tudo começou a se embaçar e girar novamente. Harry se sentia confuso. Tinha medo.
Foi quando aterrisou ao lado da loja dos Weasleys. Harry sentiu muito calor.
Algo realmente muito ruim se apoderou dele. Quando tudo parou de girar e começou
a tomar forma, a loja estava pegando fogo, e a frente dela haviam dois homens.

Pareciam prestes a duelar, um deles era Harry. O outro, Severo Snape.
Uma mão apertou o ombro de Harry. Ele se sentiu afundar em trevas e em seguida
respirou muito fundo se engasgando ao perceber que voltara a varanda de seu quarto.

Hermione tinha as mãos em seu ombro.

-Harry! O que houve?

Ele fez menção de abrir a boca pra falar.
Mas... Falar o que exatamente?
Quanto mais Harry tentava lembrar o que aconteceu mais difícil parecia.
se sentia mal por alguma coisa, mas nem imaginava o porque. As informações sumiam
mais rapido do que seus pensamentos e concentrações para busca-los.
Como não conseguiu uma resposta melhor, Harry respondeu apenas:

-Estou bem... Apenas cochilei aqui na varanda...

Harry se sentiu desconfortável durante horas, até que recebeu uma carta trazida por
uma coruja mais branca do que Ediwiges. A coruja não foi embora, deu um rasante sobre
a mesa e aterrisou sobre o outro extremo como se esperasse alguma coisa.
Harry abriu curioso e leu:




"Querido Harry,

Essa semana, comemoro meu aniversário
de dezoito anos. Meus pais vão dar uma
festinha pra mim, e eu ficaria realmente
lisonjeada se pudesse comparecer como
meu "convidado especial". Posso contar
com sua presença especial? Espero que sim!
Mande a resposta imediatamente após ler se
assim for possível. Com muito carinho de
quem te quer muito.

Cho Chang"




Harry babou um pouco do seu leite em cima da carta ao ler o nome da garota.
Fora seu primeiro caso. Harry gostara da garota desde o dia que colocou os
olhos nela. Diferente de Gina, por quem demorou anos pra descobrir uma pontinha
de carinho.

Como se tivessem apertado um botão de play na cabeça dele, várias ocasiões que
envolviam a garota começavam a surgir na mente de Harry.

A vez que a vira voar contra ele no Quadribol, O seu atrapalhado e atrasado convite
para o baile em pleno corujal, seu primeiro beijo com a garota...

Mas Harry sacudiu a cabeça para afastar aqueles pensamentos. Era a Gina a quem ele
pertencia agora.

"Espere ai... Gina está com outro!"
"Não pertenço a ela!"
"Se quisesse realmente ficar comigo ficaria me esperando! Sozinha!"
"Não devo nada a ela!"

Harry estava realmente indeciso sobre ir ou não ir na tal festa.
Foi quando Rony entrou na cozinha carregando uma saca de compras da
ex-loja do Florean.

-Rony! Sim ou não?

-Hã?

-Responda, Sim ou não?

-Pra que?

-Não interessa! só quero que me diga sim ou não.

-Errrr... Sim!?

-CERTO! Valeu Ron!

Harry escreveu um rápido sim com uma pena preta e entregou de volta a coruja
que partiu imediatamente após receber a carta.

-O que era aquilo Harry? Perguntou Rony erguendo uma sombranselha.

-Nada demais... Um convite.

-Ah sei. Respondeu Rony parecendo meio perturbado.

-Algo de errado Rony?

-Errado? Não não...

-Ron...

-Certo... Talvez esteja.

-Quer contar?

-Bem... Adivinha quem está conversando com Hermione lá fora?

-Hummm... Não seria eu nem você seria? Disse Harry com um leve sorriso.

-O Vitinho.

-Vitinho...!? AHHH sei, Vitor Krum!

-É.

Harry sabia da inveja e ciúmes que Rony sentia do Vitor Krum desde que o rival
tivera um caso com Hermione em seu quarto ano de escola durante o torneio tribruxo.

-Rony, relaxa cara. Ela é sua namorada. No fim das contas quem ganhou foi você.
Você ganhou, ele perdeu.

-Será Harry...!? Rony pareceu murchar em infelicidade ao dizer isso.

Harry cruzou a sala rumo os jardins decidido a conversar com os dois, mas antes que pudesse
abrir a porta, Harry viu de abrupto dois vultos colarem no vidro da janela,
revelando apenas uma forma embaçada de duas pessoas.

Harry parou à porta sem reação, decididamente era Vitor Krum e Hermione.
Harry se deslocou para o lado para ouvir o que diziam, e num volume muito baixo
a voz de Krum disse:

-Hermini, vocé num poderr me largar de vezz por caus de quele garoto Weasley.

-Não só posso como ja larguei Vitor! Estou bem com o Rony obrigada!

-Hermininha... E quanto as promessas que fizemoss pellas cartes? Non contar mais?

-Vitor... Eu... Sinto muito.

-Isso non vai ficarr assim Mionne! Me bejje!

Harry foi virar-se lentamente para recuar quando deparou-se com um estranho Rony transloucado.

-Ouviu isso Harry? Perguntou ele sem desgrudar os olhos da janela.

-Sim Ron... Calma... Você viu que ela não quer!

-Vou matá-lo!

-Ron! Não faça nenhuma besteira!

Mas era tarde demais. Naquele momento Rony estava abrindo a porta com violencia e gritando com
um homem duas vezes mais largo de aparência incontestavelmente forte.

Hermione tomara um grande susto com a súbita aparição de Rony.

-Maldito Krum!

-Weasley... vocce ser um garoto de sórte... Esa sorte vai cabar!

Rony empunhou a varinha na altura do rosto, Vitor o imitou entendendo o convite para o duelo.
Os dois possuíam uma expressão de puro ódio no rosto. Fizeram um rispido movimento para a direita
e se curvaram levemente.

-Um... Contaram os dois.

-Parem! Disse hermione a beira de lágrimas.

-Dois... Contaram eles novamente.

-TRES! AVADA KEDAVR... Começou Krum, mas foi atingido por um jorro vermelho no peito.
Não saíra das mãos do assustado Rony, nem das mãos trêmulas de Hermione, mas sim da de Harry,
que acertara Krum após ler sua mente e descobrir sobre o ataque com a maldição da morte.

Krum voou cerca de seis metros e perdeu a conciência ao cair.

-INFERNO HARRY!!! SERÁ QUE NEM PELA MINHA PRÓPRIA HONRA EU TENHO O DIREITO DE DUELAR?

-Mas Ron, ele ia te mat...

-CALABOCA HARRY! PORQUE NÃO CONFIA EM MIM???

-Ron... Não é o caso! Contra a Avada Kedavra não existe defesa!

-NÃO IMPORTA HARRY! QUANDO EU VOU DUELAR SOZINHO???

Harry fez silêncio por um momento antes de responder sem se alterar para o amigo:

-Acho que nunca Ron... Porque somos amigos. Melhores amigos. E é o que amigos fazem,
lutam junto do outro.

Rony pareceu ter recebido um soco no rosto pela maneira com que suas feições se contrairam.
Ele deu meia volta e saiu andando apressado em silêncio pelas ruas de Godric´s Hollow.

-RONY! VOLTE! NÃO SEJA CABEÇA DURA!

Rony virou-se sombriamente e disse:

-Se meu destino é viver eternamente sob a sua sombra Harry, acho
que está na hora de muda-lo!

-Rony! Você é meu melhor amigo! O que queria que eu fizesse?
Deixa-se você morrer?

-Se fosse duelando pela garota que eu amo seria menos humilhante
do que ser salvo.

-Rony! Ele não duelou limpo! Ele ia te matar!

-É o que eu teria feito se tivesse a chance.

-Você não mataria... Mataria?

-Sim Harry. Não sou perfeito e calmo como você.

-Para com isso Ron!

-Vou sair por um tempo. Mamãe disse que todos vão ao beco diagonal hoje e
convidou vocês pra irem até lá.

-Certo. Você vai?

-Não sei. Talvez Harry... Por hora preciso de um tempo sozinho.

Harry e Hermione voltaram pra dentro da casa. Vitor Krum entrara sem convite segundos depois.

-Sim, pois não!? Perguntou Harry.

-Hermini, me escu...

-Saia da minha casa nesse exato momento Krum!

-Não me desaffie Harry, pra você non passar de um retardado exibicioniista!

-O que, o russinho de Durmstrang vai me matar vai?

-Cale-se Harry!

-Potter pra você!

-Muito bem Potter, você pediu!

-Parem os dois! Suplicou Hermione.

-Vamos pra fora agora Krum! Não sou o Rony. Estarei preparado pra suas covardias.

Krum deu as costas e caminhou até a rua.

-Harry, não faça...

-Mione... Sinceramente... O que deu na sua cabeça pra convidar Krum até aqui?
Você é idiota?

-Harry... Suplicou Hermione choramingando. Eu pensei que poderia curar Rony daquele trauma...
Se ele encarasse a situação, talvez...

-Certo... Seu plano foi um fracasso. Minha vez.

-Harry não...

Harry a deixou falando sozinha e foi no encalço de Vitor Krum.

-Muito bem Krum! Vamos lá!

-Vou callar sua boca eternamente.

Harry ergueu a varinha a altura do rosto e fez um rápido movimento para o lado da cintura,
após isso curvou-se levemente sem tirar os olhos do rival. Krum o imtiava passo a passo.

-AVADA KEDAVRA! Gritou Krum, fazendo um jorro de luz verde disparar pra cima de Harry e gerar
um forte estampido. Os jatos luminosos foram tão intensos que ofuscaram momentaneamente Hermione
e o próprio Krum.
Acabara tudo.
Harry estava morto e nada o traria de volta.

Hermione ainda de olhos fechados não queria abri-los pra não encarar a dura realidade.
Harry nada dissera o que a levara a acreditar que o amigo fora lento demais para reagir.
Foi então que a voz de Krum ressurgiu fazendo Hermione abrir os olhos.

-Mas... Diabbos... Onte está...?

Hermione vasculhou o local a procura do corpo do amigo, mas não havia nada lá.
Teria o Avada Kedavra Pulverizado Harry?
Mas a maldição matava sem deixar vestígios ou ematomas, não eliminando o corpo.
Foi então que uma voz surgiu por detrás dos dois:

-EI KRUM! OLHE AQUI!

Vitor Krum virou-se tão rápido que quase quebrou o pescoço.

-EXPELLIARMUS!

Krum voou pra longe largando sua varinha.

-ENCARCEROUS!

Cordas vermelhas prenderam o inimigo firmemente.

-HARRY! Gritou Hermione enxugando o rosto molhado de lágrimas
e exibindo um largo sorriso.

-Estou bem Mione! Quando antecipei o golpe dele eu desaparatei.
Mas tive pelo menos a honra de não atingi-lo pelas costas. E esperei
ele usar o Avada Kedavra, assim os aurores vão prende-lo em Azkaban...

-Genial Harry!!! Disse Hermione eufórica correndo pra dar um abraço no garoto.

Menos de dois minutos depois um forte estalo anunciou a chegada de duas pessoas.
Eram aurores.

-Olá Harry! Boa tarde espero. Cumprimentou um auror muito alto de chapéu coco.

-Sim senhor, obrigado.

-registramos o uso da maldição imperdoável por aqui, vocês não...

-Ele. Disse Harry apontando para Krum.

-Certeza Harry?

-Sim, tenho.

-Certo, levarei para aguardar a sentença em Azkaban... Ah Harry! Olho tonto
mandou dizer umas coisas estranhas...

-Coisas estranhas senhor?

-Sim, algo como, "está no bolso do casaco.." Faz algum sentido pra você?

-Não senhor. Respondeu o confuso Harry sabendo estar sendo sincero.

-Aquele velho olho-tonto... Decididamente está perdendo o juízo...
Tenho de ir Harry, vou levar o rapaz.. Até breve!

-Até! Mande lembranças a Moody!

Os aurores levaram Krum que fez menção de dar uma última encarada em Harry.

-Mione, temos de ir ao beco diagonal, os outros estarão lá.

-Certo. quem sabe não encontramos o Rony mais calmo por lá.

-É.

Duas horas depois Harry e Hermione estavam prontos.
Sirius estava chegando na casa naquele instante.

-Olá pessoal! Cumprimentou ele sorrindo.

-Oi Sirius! Respondeu Hermione.

-Vamos encontrar os outros no beco diagonal, você vai?

-Claro Harry! Vão na frente, eu vou arrumar algumas coisas aqui e já vou.

-Arrumar?

-É, tratei de apanhar algumas coisas pessoais com o Mundungo que ele
"pegou emprestado" de minha casa na minha ausência.

-Ah certo. Então até lá!

Harry e Hermione seguiram até calçada da praça e com um giro gracioso
que pareceu sincronizado, os dois sumiram no ar deixando pra tras apenas
os barulhos de estampidos.

Instantes depois, os dois apareciam à porta do caldeirão furado.
O velho homem chamado Tom sorriu ao vê-los.

-Em, que posso ajuda-los?

-Nada Tom... Desculpe! Apenas de passagem.

-A bolas... Ouço essa mesma frase a meses...

Harry sentiu uma ponta de pena pelo velho homem.

-Você lembra da ordem das batidas nos tijolos Harry?

-Lembro sim!

Harry imitou as batidas dadas a muitos anos atrás pelo gigante amigo
Rubeous Hagrid, fazendo a parede se desdobrar e revelar uma estradinha de
pedras que marcava o início do Beco Diagonal.

Harry desceu a procura de qualquer sinal dos outros.

-Mione, só podem estar na Gemialidades Weasley!

-É verdade, vamos lá!

Os dois desceram apressados pelas ruas do beco diagonal, e como previram,
a senhora Weasley acenava para os dois da porta da loja.

-Ola queridos!

-Ola senhora Weasley.

-Entrem queridos! Os outros estão lá dentro.

-Certo.

Ao entrar, depararam com o senhor Weasley, meia duzia de atendentes femininas,
os gêmeos weasleys, Fleur Delacour, King Shacklebolt que encontrou com eles na
porta enquanto saía,e para a surpresa deles, Neville Longbotton e
Luna Lovegod.

-Ei Harry!!! Cumprimentou Neville sorridente.

-Neville! Cara como anda?

-Estou legal... Bem, aconteceram coisas sabe... Mas mesmo assim...

-Entendo! Bom ver você de novo.

Harry virou-se para Luna sorrindo. A garota estava de certa forma bonita, pelos
parâmetros que Harry fora obrigado a ve-la, ela decididamente não estava numa
aparência normal.

-Alô Harry! Como está? Bem espero...

-Sim Luna! E o Pasquim?

-Sim sim!

Os gêmeos Weasley apareceram por detras do balcão e disseram:

-Alo Harry! Disse Fred sorrindo ao apertar a sua mão.

-Fred! respondeu ele sorrindo.

-Meu grande eleito favorito!

-Olá Jorge!

-Onde está o Roniquinho?

-Não sei caras... Foi resolver assuntos particulares.

-Sei sei... Escuta, aqui entre nós, é verdade que ele e a Hermione... Bem...
Como eu posso dizer educadamente... Estão "dando uns pegas"?

-Como disse!? Exclamou Harry sem graça pelo modo direto que Fred perguntara.
Bem... Estão namorando se é o que quer saber.

-Cara... E eu que pensava que era só um truque pra largarmos do pé dele.

Menos de dez minutos haviam se passado entre conversas e examinadas nos
produtos incríveis dos Weasleys até que vários gritos tomaram conta das ruas.

-AHHHHHHHHHHHH...

-Nãããããããão....

-Avada Kedavra!

-Crucio!

-AHHH... Paraaaaa!

Um jorro de luz negra atingiu uma região próxima a porta da loja.

-ENTREM TODOS PROS FUNDOS E MANTENHAM A CALMA! Gritou o senhor Weasley.

As atendentes, Luna, a Senhora Weasley e Fleur Delacour seguiram pra lá,
enquanto Harry, Hermione, os Gêmeos e Neville continuaram onde estavam.

-O QUE HÁ COM VOCÊS? VÃO!

-Não vamos a lugar nenhum papai. Esqueceu-se de que Gina está lá fora
com o Dino?

-MEU DEUS! GINA! Gritou o senhor Weasley.

O coração de Harry solavancou. Mais de dez Comensais da Morte subiam pelas ruas
invocando feitiços pra cima de todos que ficavam em seu caminho, e pra piorar a
situação, Gina estava na rua.

-VAMOS TODOS O QUE ESTÃO ESPERANDO? Gritou Harry.

-Não dessa vez Harry! Você-sabe-quem adoraria por as mãos em você. Deixe por
minha conta e dos meninos!

-Mas senhor weasley, eu...

-Nada de mais Harry... Você e Longbotton ficam.

Terminando essa frase o senhor Weasley escancarou a porta e seguiu no encalço
dos comensais da morte, seguido de perto pelos Gêmeos Fred e Jorge.

-Harry, Neville! Venham logo! Chamou a senhora Weasley pondo a cabeça de fora
do depósito.

Neville abaixou a cabeça e foi até lá, mas Harry olhou pra porta, depois tornou
a encarar a senhora Weasley dizendo:

-Desculpe senhora Weasley... Mas não! Não mesmo!

Ao terminar a frase Harry começou uma disparada pra alcançar os outros.

-HARRY!!!!!!!! Gritou a senhora Weasley quase aos prantos, Harry parou, mas não
virou-se. Continuara de costas para a mulher porque a considerava quase como uma
mão e não queria ve-la desapontada pela sua desobediência.

-Sim senhora Weasley!?

-Cuide-se Harry querido! Disse ela baixinho assentindo pra si mesma que ele
realmente devia ir.

-Cuidarei... Vocês também.

Harry retomou as passadas rápidas subindo o beco diagonal.
Fazia frio e as ruas tinham uma névoa estranha e muito agourenta.

O garoto sentia suas entranhas queimarem de frio enquanto exalava densas
fumaças de sua respiração arquejante.

Pelo caminho, haviam muitos corpos. Alguns estavam inertes, outros tremia de dor.

Foi quando Harry alcançou. Haviam mais de dez comensais em volta do senhor Weasley
e dos Gêmeos, que haviam sido obviamente capturados.
Harry recuou contra uma barricada de destroços com o coração lhe apertando pela garganta.

-Vamos levá-los de reféns! O mais velho trabalha pro ministério.

-Certo.

-Não vão gostar de me ter como hóspede! Eu como demais, e ronco durante a noite!
Disse Jorge em tom de fingida súplica, fazendo o senhor Weasley virar-se com um
desaprovador porem divertido olhar, e obrigando Fred a abafar uma risada pelo nariz.

-Cale-se! Ordenou o comensal.

Harry não pôde deixar de sentir admiração pela coragem dos Gêmeos numa hora complicada
daquelas. Os homens desaparataram junto dos tres. Harry levantou-se e continuou com cautela
a subida do Beco diagonal.

Harry sentiu mais uma vez um espasmo no peito, Lord Voldemort emergia em maio a
muitos comensais da morte. Seus cabelos se arrepiaram. Pra piorar a situação, ele estava
indo na direção de alguem. E quem era senão Gina e Dino Thomas de mãos dadas as portas da
antiga sorveteria de Florean nas proximidades da Dedos de Mel.

Aquela cena soou terrívelmente familiar para Harry. Mas onde é que ele já havia visto aquilo
antes? Onde ele não saberia dizer, mas de fato, ele adivinhou quais seriam os fatos que
ocorreriam a seguir.

-Ora ora... Vejamos quem está aqui! Dizia Voldemort com suas habituais zombarias.

Dino empalideceu, mas Gina tomou a dianteira e falou:

-Curtindo a semi vida que resta pra o mundo bruxo por culpa sua!
Isso deveria ter muito mais pessoas não fosse pelo medo de seus atos loucos e maníacos!

-Vejam só!!! Disse Voldemort para os comensais que não sabiam se riam da menina ou
assumiam um tom ameaçador pela afronta. Snape, venha aqui!

Harry sentiu como se já tivesse assistido aquela cena antes, e era angustiante e frustrante
tentar e não se lembrar, ficou na sua acabeça apenas a pergunta:
Como isso vai acabar?

Involuntariamente, lembrou-se de sangue escuro e um olho gigante, mas...
O que teriam a ver com essa situação?

Snape afastou a capa das pernas e seguiu em passos largos até onde estavam os tres.

-Milorde?

-TRAIDOR!!! SEU VERME!!! COMO PÔDE SNAPE!!! COMO PODE... Gritou Gina para o homem
que acabara de se aproximar.

-Cale-se! disse ele sem se alterar.

Harry ficou muito confuso. Como sabia o que estava acontecendo?
Mas percebeu que algo realmente ruim aconteceria se ele não intervisse.

-É verdade Severo, que essa linda garotinha namorou o graaande Potter?

-Sim senhor. Disse ele sem encarar a menina.

-Não mencione o nome de Potter na minha frente seu monstro imundo! El é tão ruim
quanto você ou até pior! Mas dessa vez foi Dino quem gritou. Voldemort por um
momento pareceu tornar-se violento, mas depois de analisar o garoto de cima a baixo
respondeu:

-Pior do que eu não é? Vejamos, em que, exatamente Potter é pior do que eu?

-Vocês dois deveriam morrer! Seria melhor pra todos!

-Corajoso... Gosto disso... Me responda garoto, odeia mesmo o Potter?

-Sim! Mais do que qualquer coisa.

-Sei sei... Então como um último favor antes de mata-lo, sim sim eu vou matá-lo
pela sua rebeldia meu rapaz, mas como último favor, eu lhe prometo que aniquilarei
"o Eleito"!

Harry leu o inicio de intensão de assassinato na mente do desprevinido Voldemort,
e mesmo na presença de dezenas de comensais, Harry teria de arriscar sua aparição
para salvar Dino e Gina, por mais que tivesse vontade de deixar Dino pagar por seus
insultos, mas Harry mentalizou a magia não verbal:

-EXPELLIARMUS TRINITY!!!

Pegos de surpresa, Voldemort e mais dois comensais voaram contra a parede
deixando cair suas varinhas.

-DINO, SEGURE GINA! CARPE RETRACTUM!!!

Uma corda em chamas prendeu um gancho em brasa no braço de Dino e o puxou junto de Gina.
O rival gritava de dor enquanto os comensais começavam a disparar jatos de magia.

-PAREEEM!!! Gritou Voldemort. Já disse que ele é meu! Deixem Potter comigo!

-CORRA GINA! CORRA!

-Harry e voc...?

-EU VOU FICAR BEM! CONTANTO QUE VOCÊ ESTEJA SEGURA! CORRE!!!!

Gina e Dino seguiram a caminhada errante e veloz pela estrada do
Beco deixando Harry sozinho com vários comensais e Lord Voldemort.

Voldemort já se levantara novamente empunhando sua varinha e pondo-se de frente
para Harry enquanto os comensais faziam um círculo em volt dos dois.

-Aqui estamos mais uma vez não Harry! Algoz e vítima frente a frente...
Siiim... Um morrerá pelas mãos do outro não é isso? Sim Harry, eu sei!
Acredito que você tenha demorado demasiado tempo para aprender a oclumência!

Harry estava realmente encrencado, em meio a diversos comensais
e frente a frente com Voldemort.

-É Tom... Você acertou!

-Tom, Potter!? Tens a audácia de me chamar pelo nome de batismo?

-É o nome que recebeu... Porque não gosta dele? Não saio por ai pedindo que me chamem
de O Eleito ou de garoto-que-sobreviveu...

-Somos diferentes em muitas coisas Harry!

-Tenho de concordar que sim!

-Mas também temos muito em comum...

-Temos é? Isso sim é uma novidade pra mim.

-Então não temos Harry?

-Não pelo que me consta! Prove-me!

-AVADA KEDAVRA!

-EXPELLIARMUS!

Harry sentiu sua varinha tremer como se lhe desse um choque elétrico,
havia um fino trejeito de magia ligando a dele e a de Voldemort, que parecia
ter um controle muito melhor do que o que teve da primeira vez, tanto que foi ele quem
rompeu o elo antes que surgissem reflexos de espíritos e que eles levitassem.

-Percebe Harry? Você está dentro da minha mente nesse exato instante! Percebe as magias
que eu vou usar, e vice-versa! E mais, não é qualquer bruxo que se une atravéz do Priori
Incantaten, é preciso uma série de coisas em comum!

-Sei.

-Entenda Harry! Eu sou um grande bruxo, você é um grande bruxo! Temos apenas ideais
diferentes!

-Ai está toda diferença do mundo Voldemort! São nossas escolhas que mostram quem somos...
Não nossas habilidades!

-Uma frase típica de Dumbledore. Mas Harry, você perceberá que ele já não está mais entre nós!

-Ele estará enquanto houver quem seja leal a ele!

-Pra que tanta lealdade Harry? Não entendo... Dumbledore está morto!

-Nunca disse que não está, mas tudo que ele me ensinou e me mostrou ainda está
comigo!

-Certos gestos eu acho que nunca vou entender...

-Não Voldemort... Acho que não vai.

-Não tem medo Harry? Que eu decida o matar a qualquer instante?

-Pra falar a verdade tenho. Mas não agora. Sei que não estão nos seus planos me matar
nesse momento.

-A oclumência já não funcina mais direito pra nenhum dos dois lados não é Harry?

-É...

-Certo... Mas, até que ponto?

-Como posso saber?

-Sabe o motivo pelo qual estou te mantendo vivo aqui Harry? Sabe?

-Tenho que dizer que não...

-Bom... Um amigo seu, tem algo que eu quero. E ele virá te ajudar logo logo.
Quando ele chegar obterei o que quero!

-O Olho-de-tigre....

-Exato Harry!

-Medo Voldemort?

-Não sonhe Harry... Precaução... Não sou tolo de acreditar que você será meu
último rival. Mas talvez, quem sabe... O próximo seja potencialmente ameaçador.

-Como soube que eu estaria aqui hoje?

-Tenho meus meios Potter.

-Deixe-me duelar com ele senhor! Pronunciou-se um homem de capuz.

-Cale-se. Sou eu quem destruirá Potter. Estou começando a me incitar a isso!

Harry percebeu intenções reais de ataques vindas da mente de Voldemort.
Seria a hora?

-ESTUPEFAÇA!!! gritaram dezenas de vozes surgidas do nada.

Vários jorros de luz vermelha atingiram os comensais da morte fazendo-os voar
para longe perdendo a conciencia. Eram muitos aurores recem surgidos da aparatação,
entre eles, Harry reconheceu Alastor Moody.

-Alo Harry! Péssima tarde prejulgo eu!

-Moody!

O homem deslizou por entre os comensais com uma agilidade incrível para alguem
que além de ter a idade avançada usava uma perna de pau, a medida que avançava
para o núcleo dos comensais, mais corpos voavam estupefatos.

O comensal que pedira permissão à Voldemort para duelar contra Harry avançou
furiosamente contra o menino.
Harry deu dois passos recuados ergueu a varinha e mentalizou:

"Rictusempra"!

O homem voou em rodopios muitos metros para longe. Enquanto isso Voldemort
cruciava muitos aurores de uma vez.

-Não podem me deter vermes malditos! Quantas vezes precisarei derrotá-los
para perceberem sua insignificância? AVADA KEDAVRA!

-OLHO-TONTO! CUIDADO! Gritou Harry ao perceber que Voldemort apontava para ele.

Por puro reflexo, Moody pulou antes mesmo do término da frase de Harry,
provavelmente tendo em vista Voldemort com seu olho mágico.

O raio da morte atingiu um outro auror muito alto de sombrancelhas grossas.
Voldemort esgueirou-se para onde estava Olho-Tonto.

-Alastor! Você de novo!

-Voldemort... Disse o sério Olho-Tonto.

-Muito tempo desde a última vez não?

-Receio que sim.

-Accio Olh...

-Protego!

-Reflexos rápidos Moody, ou será a sua vigilância constante?

-Não Voldemort, o efeito da pedra. Sei exatamente o que você vai fazer.

Pela primeira vez Voldemort mudara seu ar superior pra um que revelava confusão.

Quando harry menos percebeu, todos os comensais acordados haviam desaparatado,
E muitos dos aurores também, restando cinco ou seis. Voldemort apontou a varinha
sem olhar pra trás e invocou:

-Serpensortia!

Uma enorme serpente irrompeu da ponta da varinha de Voldemort.
Os comensais pararam de imediato.

-Mais um passo e serão esmagados e devorados. Disse Voldemort.

Harry sentiu um arrepio na coluna ao ouvir o tenebroso inimigo falando a
linguagem de cobra.

-Se algum deles se mexer, destrua-os!

Logo após, retomou sua fala humana.

-Pronto Moody! Só eu e você! Até o fim!

-Certo Voldemort!

O olho normal de Moody encarava Voldemort Impassível, enquanto o outro estava
focado em Harry.

-Harry, vá embora! Algo me diz que você não está nos planos de Voldemort por hora.

-Ficarei aqui Alastor!

-Cale-se e vá Harry!

Um grito estrondoso anunciava uma morte dolorosa.
Harry virou-se para assistir um dos comensais ser devorado pela cobra gigantesca.

-Vípera Evanesca! Gritou Moody gerando um lampejo dourado que queimou a cobra
pulverizando-a.

Harry não queria se afastar e deixar Olho-Tonto duelar contra Voldemort.

-Harry... Você gostaria se um homem, qualquer homem, pudesse quisesse se interpor no
seu destino?

-Não Alastor, por isso, Voldemort...

-Sim, Harry, Voldemort se interpõe sobre o destino de todos. Mas estou falando de você.
Um duelo é algo que põe em cheque a sua honra. O melhor de si. E você Harry, quer interferir.
Há uma hora em que um homem deve lutar pelo seu ideal, mesmo que com a vida Harry e cumprir
seu destino mesmo que esse seja a morte.

Harry assentiu que não gostaria que o fizessem com ele. E só então percebeu como Rony se
setíra naquela mesma manhã. Foi quando concordou com Moody assistindo a um Voldemort de sorriso
maldoso.

-Certo. Eu vou. Mas Voldemort, se Moody não acabar com você... Ainda nos veremos de novo.

-Certamente que iremos jovem Harry! Respondeu o debochado Lorde das Trevas. Mas... Por hora
eu tenho algo mais importante para correr atrás. Certo Alastor? Respondeu Voldemort
num tom que demonstrava todo seu desprezo pelos dois homens a frente e dizia com todas as
letras que ele já se considerava vitorioso.

-Certo Voldemort.

Alguns segundos se passaram até Olho-Tonto retomar a fala.

-Se não nos vermos mais Harry, adeus, realmente apreciei conhecer sua pessoa!
Muito esperto e tem um claro dom para auror! Grande coração Harry. Lembre-se
do recado que um amigo meu lhe entregou ha um tempo hã, e vigilância constante!

Os dois ergueram a varinha a altura do rosto, o que Harry entendeu como uma deixa pra se retirar.
Harry lembrou-se então que o senhor Weasley e os Gêmeos estavam em poder dos comensais. Mas o que
o preocupava agora era Gina. Estaria bem? Haviam comensais pelo trajeto anteriormente...
E se ela tivesse deparado com novos inimigos das trevas?

Como se seus temores ganhassem vida, Harry virou a cruzada que dava para a travessa do tranco quando
ouviu gritos de dor. Dino Tomas estava sofrendo da maldição Cruciatus, havia uma mulher de capuz
que se divertia assistindo os gritos do menino. Gina estava presa em cordas do encarcerous implorando
pra que a mulher parasse.
Harry apontou a varinha e gritou:

-Everte Statum!

A mulher levitou rapidamente como se fosse empurrada pela gravidade e se chocou contra o
muro de tijolos sujos da travessa do tranco.
Ao levantar e aprumar o capuz sobre a cabeça, Harry percebeu que se tratava de Belatriz Lestrenge.

-Maldita!!!

-Ora! Vejam só! O Harryzinho aprendeu truques novos não foi? Aprenda esse, LACARNUM INFLAMARE!

Um fio de chamas irrompeu da varinha de Belatriz seguindo até onde estava Harry que gritou
segundos antes do fogo o alcançar:

-Aquamenti!

um jorro de água reduziu as chamas de Belatriz a uma espessa fumaça negra.
Mas antes que tivesse tempo pra atacar, Harry recebeu com um forte impacto
de dor que reconheceu por ser o cruciatus.

-AHHHHHHHHHHHH!!!

-HARRY!!!!!!! Gritou Gina em desespero.

-Sofra Potter! Sofra como sofreram os Longbottons!

Mas a menção daqueles fatos trouxeram automaticamente um surto de informações na
cabeça de Harry. Informações que ele absorveu em questões de segundos.

Os Longbottons foram torturados até a morte, traumatizando e auterando para
sempre a vida do amigo Neville. Foram torturados a serviço da ordem da Fênix, onde
trabalhavam junto a seus pais. Tinham mais em comum do que ele pensava com os Longbottons,
inclusive na profecia, tanto seus pais com os de Neville quanto os dele com o próprio
amigo. Mas a maior coisa em comum era isso. A guerra incansável contra Voldemort e seus
comensais. Harry sentiu um subito de coragem lhe encher os pulmões junto com o ar gélido
que respirara fundo. Harry tentou se por de pé gritando:

-SECTUMSEMPRA!!!!

Belatriz gemeu os cortes fundos que lhe atingiram do braço esquerdo.

-Resista a essa então Potter! IMPERIO!!!

Harry perdeu-se em meio a seus pensamentos. Estava em calmaria, e uma voz ordenou:

"Mate a garota!"

Mas Harry lembrava-se de sentir algo parecido no quarto ano de estudo em Hogwarts, e
disse teimosamente:

"Não!"

Foi quando voltou a tona e encarou uma assustada comensal.

-Quem diabos é você afinal!?

-Quem sou eu? Harry Potter!
EXPELLIARMUS!!!

Pega em distração, Bela foi atirada para longe de sua varinha derrubando uma pilha de barris.

"Estupefaça!" Pensou ele lançando um jorro vermelho contra a comensal e fazendo-a desmaiar
sob os escombros de madeira quebrada.

Harry virou-se para Gina e ordenou:

-Finite incantaten! fazendo as cordas largarem Gina.

-Harry! Você está bem? Perguntou uma tensa Gina.

Harry demorou pra responder. O que queria mesmo era beijar a garota, contar a ela
que se sentia demasiado atraido por ela para ficar longe. Mas tres coisas o impediram.
A primeira, era que o atual namorado de Gina, Dino, estava se recompondo no chão a seu lado.
A segunda, era suas dúvidas constantes sobre o que sentia realmente pela menina, e um
terceiro empecilho era seu atual convite pra a festa de Cho Chang, convite que Harry havia
aceitado de sua ex-namorada. Não seria legal impor aquela situação. E foi por esses motivos
que Harry parou e disse apenas:

-Estou bem Gina. Obrigado, e quanto a você?

-Sim Harry! Graças a você!

O rosto dela foi se aproximando lentamente. A garota corria lentamente os olhos desde os
lábios até os olhos dele. Era quase irresistível para ele. Sentia seu tórax inteiro sumir
por longos momentos. Seu êstomago tremulava friamente o deixando muito nervoso. Harry
curvou-se também, pois era uma sensação inevitável... O que ele julgava ser paixão.

A primeira vez que Harry sentiu o tal amor, foi quando conheceu uma garota em Hogwarts de nome
Cho Chang. Era incrível lembrar do modo com que a garota mexia com ele pelo simples fato de
aparecer. Mas era algo mais puro do que sentia por Gina, pois surgira desde a primeira vez
que ele avistara a garota. Por fim, Harry conseguira namorar a garota, mas por um infeliz
capricho do destino, Cedrico Diggory abalou a relação entre eles uma vez que o amigo convidou-a
antes dele para o baile de inverno de abertura do torneio tribruxo.

Teria sido a garota perfeita não fosse Cedrico?
Porque ela havia de chorar tanto na menção de algo que lembrasse o garoto?

Mas lembrar de seu passado com Cho foi o que deu um incentivo a mais parar Harry resistir a
Gina. E sua demora de segundos foi o tempo que Harry deu para Dino levantar-se e berrar:

-MAS QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO? GINA... VOCÊ...

Mas Dino não acabou sua frase, Belatriz havia se reerguido dos destroços e apontava a varinha
na direção deles quando gritou com uma voz transloucada:

-MORRAM! AVADA KEDAVRA!!!

Harry empurrou Dino pro chão a frente caindo de costas com Gina no braços.
O raio verde da morte passou reto por eles derrubando as grades de um portão.

Mas Belatriz não prosseguiu. Segurou firme o braço que tinha a marca de Voldemort tatuado
a fogo e logo em seguida desaparatou.

-MALDITO SEJA HARRY POTTER! NUNCA TE PEDI PRA SALVAR MINHA VIDA!
Vamos Gina! Disse ele puxando a garota confusa pelo braço.

Harry permaneceu ali absorto em pensamentos quando ouviu estrondos vindos
do Beco Diagonal.

A medida que ele corria, a veia de sua têmpora pulsava
como nunca pulsara antes, um eco se repetia em sua cabeça como se já tivesse
em uma situação parecida.

Mas quando Harry alcançou a parte mais íngreme do beco diagonal assistiu uma das piores
cenas de sua vida. Algo que o marcaria eternamente. Seja pelo horror que representava,
seja pelo modo violento que aconteceria, seja por já ter visto e sentido aquela sensação
em algum lugar antes, ou seja simplismente por que assistia a morte de um amigo.

Harry assistiu a tudo como se o mundo ligasse uma camera lenta. Belatriz que havia sumido estava
duelando contra Remo Lupin, Tonks combatia dois comensais de uma vez, Sirius estuporava um homem
muito alto de aparencia herculóida, aurores combatiam comensais de igual pra igual, um enorme
patrono que representava um leão prateado derrubava meia dúzia de comensais, Voldemort e Moody
duelavam por cima da lacrada loja do Sr Olivaras, quando Voldemort gritou:

-AVADA KEDAVRA!!!

Um raio muito verde atingiu Moody no rosto, fazendo o olho mágico voar nas alturas e foi atirado para
trás caindo de costas de cima da loja até o chão de concreto. Era uma cena realmente horrível,
A nuca de Moody fora a primeira parte de seu corpo a atingir o chão seguido de seu corpo com um
pesado baque. O olho mágico de moody continuou caindo, até alcançar o meio da rua e se partir em
mil pedaços.

Aquele olho... Aquele terror... Onde Harry já havia presenciado isso antes?
Logo, uma poça de um sangue viscoso e muito escuro começou a escorrer lentamente da
cabeça de Moody. A poça se movia com uma levesa pastosa. Harry continuou a sentir
que isso ja havia acontecido.

-ALASTOR NÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!!!! Gritou Tonks baixando a guarda e sendo estuporada pelos comensais.

O patrono leão abaixou a cabeça e sumiu lentamente.
Harry entendeu como sendo o patrono de Moody já que este desaparecera.

-Ninfadora cuidado! Disse Lupin bloqueando um feitiço de Belatriz e recuando pra ajuda-la

Harry tremia. Calafrios o domavam da cabeça aos pés. O terror se infiltrara tão impregnado
em sua mente que ele não conseguia agir. Nenhuma reação foi possível. Era como se abruptamente
a realidade da guerra atual o atingisse com uma marreta. E essa guerra só acabaria quando ele
derrotasse Voldemort. Somente ele... Sozinho... Harry Potter, O Eleito.

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