Ministério Sob Império



Capítulo 20: Ministério Sob Império





A manhã clara exibia raios de Sol amarelados que atingiam graciosamente o
batente da sacada da casa numero sete no vilarejo bruxo de Godric's Hollow.
No dia anterior, Harry atendera a uma aventura proporcionalmente mais difícil
do que imaginara. Mas sua fadiga não significava que a expedição não tivesse
valido a pena. Aprendera, assim como seu pai, uma arma nova contra o legado de
Voldemort e chegara num ponto, pensava ele, em que qualquer carta na manga
pudesse esconder a diferença entre perder e ganhar.

Tratava-se de algo muito simples de entender, porém quase impossível de se
realizar. Os problemas de Harry resumiam-se a destruir as horcruxes fazendo
Voldemort se tornar novamente mortal, escapar dos comensais da morte eliminando-os
ou os prendendo, e só então escapar vivo e destruir o mais terrível homem que
já pusera os pés na Terra. E caso houvesse ainda mais tempo e chances, reconquistar
sua vida amorosa ruída em pedaços pelo próprio Voldemort.

De fato, eram problemas gritantes, mas naquela manhã Harry não pensava em nada.
Dormia tão pesada e tranquilamente que nem os sonhos ousavam lhe perturbar.
Lá embaixo, fora do alcance da ciência de Harry, seus dois melhores amigos no mundo
adentravam a casa que dividiam herdada de Alvo Dumbledore, que misteriosamente
deixara a casa perfeita para eles. Teria ele adivinhado o que aconteceria?

Embora os dois fizessem um barulho atípico para as primeiras horas da manhã,
Harry continuou imóvel, perdido na calma de sua sonolência.
Nem mesmo o barulho do bater de asas de Edwiges que regressava de sua caça
noturna aparentemente satisfeita consigo mesmo conseguiu acordar Harry.

Somente quando Rony e Hermione fizeram um estardalhaço no corredor com um forte
baque Harry abriu lentamente os olhos. Ele se espreguiçou e levantou-se ainda
com gingado de quem deseja muito prosseguir com o sono.

Ao abrir a porta, encontrou Rony meio ferido de ombros dados com Hermione.

-Mione! Ron! O que aconteceu? -Perguntou Harry aflito.

-Harry!? -Exclamou Hermione- Ontem, nós fomos até a ordem dos videntes lembra?
Aqueles caras estranhos que se dispuseram a nos ajudar a destruir as Horcruxes.

-E eles fizeram isso com o Rony? -Perguntou Harry enfurecido.

-Não Harry, nós conversamos sobre maneiras de deter Voldemort. Eles nos chamaram
pra aconselhar algumas coisas e nos deram um vaso estranho que está na sala. -Continuou
Hermione- E de algum jeito eles já sabiam que tinhamos em mãos um objeto que precisavam
destruir... E disseram que poderiam fazer isso por nós. Quando voltamos, você não estava
mais aqui, e até o momento não tinhamos encontrado o bilhete que você escreveu, então
fomos com a horcrux até lá presumindo que você fosse aprovar...

-É... -Consentiu Harry- Eu aprovaria...

-Mas, -Continuou Hermione- Quando eles destruiram a Horcruxe, e acredite, foi muito difícil,
uma espécie de espectro negro avançou contra Rony e o derrubou. Foram horas e horas de batalha
contra o sétimo de alma negra de Voldemort. Até que por fim, eles conseguiram.

-E Rony... Como ele está? -Perguntou Harry observando de esguelha seu amigo molenga
que estava sendo segurado frouxamente por Hermione.

-Mal Harry, mas ele vai melhorar! Caso ele não esteja bom até amanhã vou levá-lo para
o St.Muggus. -Disse a garota.

Harry adentrou seu quarto mais uma vez e sentou-se sobre a sua confortável cama.
Foi quando um medalhão arredondado e grande chamou sua atenção.

Ele se levantou e seguiu até lá, ao apanhar o pesado medalhão falso,
admirou-o com um pesar maior do que esperava. Muitas vezes julgava ter
superado a morte de Dumbledore, mas isso era a prova definitiva que não era verdade.

Seus olhos se marejaram quando ele abriu novamente a carta que já não lia a tanto tempo,
mas definitivamente sabia de cor.






Ao Lorde das Trevas,


Eu sei que estarei morto muito antes de
você ter lido isto, mas eu quero que você
saiba que fui eu quem descobriu o seu
segredo. Roubei o verdadeiro Horcrux e
pretendo destruí-lo assim que eu puder.
Encaro a morte com a esperança de que,
quando você encontar seu igual, você
esteja mortal novemente.


Assinado: R.A.B.




Harry pensou com amargura como seria mais fácil seu caminho se ao menos Dumbledore
estivesse lá para guiá-lo. Para, como tantas outras vezes no passado, iluminar os
passos de seu tortuoso e árduo caminho até seu destino contra Lord Voldemort.

Mas por fim, Harry percebeu que não deveria lamentar a perda de seu amigo e de
suas, agora impossíveis, ajudas, mas sim, deveria agradecer tudo que ele fizera até
então e todos os sábios ensinamentos que passara ao longo de sua convivência com ele.

Seu olhar recaiu na gaiola de Edwiges, onde um jornal pendia para o chão desarrumado pela
própria coruja. O garoto levantou-se e foi até lá.

Ao pegar o jornal, Harry viu novamente a notícia que anunciava a morte do ex-Ordem da Fênix,
Mundungo Fletcher. ele apanhou o jornal e começou a raciocinar rapidamente.

No ano passado, Mundungo fora preso em Azkaban, Harry lera no jornal e ouvira as alfinetadas
de seu então professor Severo Snape. Porém, após o retorno turbulento da rua dos Alfeneiros,
o próprio estava em liberdade, sendo isso quase impossível levando em conta que o ministro
da magia, Rufo Scrimgeour era um grande figurão que queria mostrar serviço para a comunidade
bruxa.

Agora que parara pra pensar, havia muito tempo que ele, Rufo Scrimgeour não tentava aliar
Harry ao ministério, para passar uma imagem de esperança e segurança do ministério.
Teria ele desistido?

Harry imaginou por algum tempo a razão de Mundungo ter sido brutalmente assassinado.
O que fizera para provocar uma cólera tão grande de Voldemort?

As multilações, cortes, edemas, fraturas e diversos tipos de brutalidades indicadas
na foto revelavam certo exagero, uma vez que a Avada Kedavra resolveria as coisas em
um piscar de olhos. Harry tinha certeza de que não importa quem fosse o assassino,
seu objetivo principal era tortura, não apenas a tortura magica pelo cruciatus, mas
algo além da física.

Pensando melhor, o estado do corpo de Mundungo, lembrava bastante o quadro que ele vira uma
vez na sala de Severo Snape quando professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Os quadros da sala mostravam uma pessoa urrando de dor quando atingida pelo Cruciatus,
outra pessoa sem alma devido ao beijo do dementador, e uma massa sangrenta no chão destroçada
por um Inferi.

Teria sido aquilo obra de Inferis?
Segundo o ministério, Inferis eram seres de calamidade pública, e caso fosse avistado
algum objeto estranho, deveria ser contatado diretamente a eles.
Mas o que queriam dizer com objetos estranhos? O que teriam os objetos a ver com Inferis?

Decididamente não importa qual foi o método usado para aniquilar o vigarista da ordem,
a afronta que ele fizera ao Lorde das Trevas deveria ter sido de estrondosas proporções.

Harry dobrou a carta de R.A.B e o jornal velho e desceu as escadas. Por alguma razão
repentinamente a morte de Mundungo pareceu ter um signnificado de maior importância
do que aparentara até então.

-Hermione, -Começou ele enquanto a amiga preparava uma poção esverdeada com fumaças espirais
também verdes para Rony- Lembra da morte de Mundungo?

-Claro Harry... O que que tem? -Respondeu a garota sem se virar para ele mexendo a poção
cuidadosamente.

-Bem, eu estive pensando, você não acha que a morte dele foi meio... Bem... Meio que atípica?

-Porque Harry? -Perguntou a garota sem dar muita atenção.

-Porque, coloque menos pó de mandrágora, vai empapar -Disse ele interrompendo sua própria fala,
segundos depois sentira repulsa por se lembrar do dono do livro que lhe ensinara sobre a poção,
Hermione também amarrou a cara- Desculpe, como eu dizia, as outras pessoas que aborreceram
Voldemort, foram vítimas de Cruciatus e Avada Kedavra, mas só o Mundungo foi abatido físicamente.

Hermione pareceu não ouví-lo por uns segundos, mas sua interrupção abrupta na maneira como mexia e
adicionava ingredientes para a poção indicou raciocínio.

-É verdade Harry... Ele deve ter feito algo além do que pensamos... Mas como vamos saber?

Harry não soube responder, mas quando olhou o jornal novamente a procura de pistas ele percebeu
uma grande oportunidade de descobrir, assim como vira no dia da notícia, Quingsley Shacklebolt
estava na foto junto dos aurores e investigadores, e quem melhor que um auror membro da ordem para
passar informações?

Harry sorriu e disse:

-Quin Shacklebolt!

Hermione balançou a cabeça em concordância e disse:

-Brilhante Harry!

Harry subiu as escadas saltando de dois em dois degrais, e ao chegar no último lance de escadas deu
um salto particularmente grande escancarando a porta de seu quarto. Ele guardou a carta de R.A.B.
dentro do medalhão e o jornal junto a suas coisas.

Uma coruja preta de olhos cor de âmbar aterrisou em sua cama fazendo Edwiges estalar o bico ameaçadoramente.
Harry apanhou o jornal preso a sua pata esticada e depositou uma moeda bruxa em uma bolsinha de couro presa
na outra pata do animal.

O profeta diário trazia em sua matéria de capa uma notícia realmente assustadora.










RETORNAM AS MAIS VIOLENTAS DAS CRIATURAS: OS INFERIS


Ontem ao pôr-do-sol no povoado bruxo Hollingtons à encosta de
Newcastle, vários bruxos avistaram estranhos objetos não
identificados, o que poderia, óbviamente indicar a existência
de Inferis. O Ministério foi acionado e os Aurores chegaram ao
local cerca de cinco minutos após a chamada. Mesmo com a velocidade,
eles chegaram demasiadamente tarde para salvar os habitantes do
vilarejo. Mais de vinte pessoas foram violentamente destroçadas
cruelmente por Inferis. Até os próprios aurores tiveram dificuldades
para detê-los. Os Inferis continuam soltos por ai seguindo as ordens de
Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Há boatos de que (cont. p.3, coluna 2)





Ele piscou os olhos e virou a página com violencia para ler a continuação
da notícia. Que dizia:



Há boatos de que aqueles que estão morrendo pelas mãos de Inferis e seus corpos
continuam em condições de andar e se movimentar se tornarão posteriormente outros
Inferis a se somar ao exército de Você-Sabe-Quem. Rufo Scrimgeour, o ministro,
disse ter colocado o novo chefe da seção de Aurores do ministério na caçada dos
Inferis, e ter ordenado prioridade máxima em sua execução e neutralização.
Mas o moral do ministro não anda as mil maravilhas desde que foi visto com o
assassino foragido Severo Snape. Scrimgeour jurou que na data em questão ele
colhia informações que seriam preciosas na captura de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado
e por isso, não o prendeu naquele mesmo dia.






Harry ficou estarrecido com aquela notícia. Rufo Scrimgeour "colhendo" informações com
o segundo homem que mais odiava na vida Severo Snape. Era algo realmente enfurecedor.
Ele amassou o jornal e o atirou para um canto de seu quarto. O ministério fora longe
demais.

A fúria de Harry só foi contida quando Hermione o chamara para o almoço.
Aquela altura, Rony estava melhor.

-Caramba Harry, você não faz idéia do que é ser atacado pela alma de você-sabe, digo,
Voldemort. -Exclamou o amigo chocado e cansado.

-Então eu não sei Ron!? -Perguntou Harry lembrando dos momentos sombrios em que Voldemort
tomara posse de sua mente ao fim de sua jornada durante o quinto ano, no ministério da
magia.

-É verdade... Cara... É mais terrível do que se pode espressar...

-É. -Concordou Harry sabendo que o amigo estava com toda a razão.

Após o almoço, Harry e Rony estavam disputando uma partida razoavelmente equilibrada de
xadrez bruxo enquanto Hermione fazia estranhas anotações e desenhos. No exato momento em
que uma torre de Rony destruía um bispo de Harry, Hermione perguntou:

-Harry, pode vir aqui um momento?

Harry olhou de esguelha para Rony, ao passo que esse fez sinal pra proseguir com a cabeça.
Ele se levantou e foi até a mesa onde a menina fazia suas habituais anotações.

O garoto observou vários nomes que lhe pareciam ser poções de cura, e algumas magias
recuperadoras. entre um dos ingredientes, um benzoar inteiro. Harry reconheceria esse nome
eternamente, uma vez que usara essa pedra de rim seco para salvar a vida do amigo ano passado.

-Mione, o que vem a ser isso? -Perguntou ele confuso.

-O que eu prometi Harry! Lembra do problema de seu primo? O Dude não é?

-Duda. E sim, eu me lembro. Pensei que você tivesse esquecido.

Harry agradeceu internamente pelo destino ter feito de Rony e Hermione seus amigos.
O trio se completava. E eles estavam interligados de tal forma que ele, Harry, já não
se via mais enfrentando Voldemort sem os dois ao seu lado.

-Não seja bobo Harry! É claro que eu me lembro! E digo mais, estou muito perto
de um resultado! -Disse a garota sorridente.

-Mas isso é maravilhoso Mione!

Embora Harry tivesse passado por infindáveis maus-tratos na casa dos Dursleys, ele
estava decidido a não virar as costas para os Tios e o primo.
E de fato, Harry não se surpreendeu de se ver secretamente contente pela possível
recuperação do primo.

Agora que voltara a lembrar dos Dursleys, Harry lembrou-se também que a rua dos Alfeneiros
fora destruída pelo ímpeto das trevas no dia em que ele atingira a maioridade, e
imaginou se já teriam reconstruído as casas atingidas pelo "furacão" como disseram os meios de
comunicação trouxa.

Após entrar em detalhes da dependência química do primo para que Hermione pudesse
continuar o preparo da cura mágica, ele retornou ao jogo com Rony.

Harry tinha de atender a uma reunião do time de quadribol a noite, por isso, aprontou-se
apressadamente ao receber um tardio cheque-mate de Rony no xadrez bruxo.

Ao chegar na sedie do Harpias de Holyhead, Harry viu uma espécie de festa de gala, e
não a tal "reunião" que esperava. Haviam bem umas mil pessoas no pátio gigantesco e chique
da presidencia do time. O salão deveria ter mais ou menos o tamanho de meio campo de quadribol
e tinha paredes que variavam entre cor de creme e dourado. Harry viu de relance vários rostos
conhecidos. Entre eles o de Guga Jones e Evangeline Sparrow, as artilheiras de seu time,
Luca Brazili o artilheiro, John Letter e Allan Spoke, os batedores, Margareth Spillmans,
a goleira, Ridick Antar, o presidente do clube, Rufo Scrimgeour, o Ministro da magia, Cornelio
Fudge, o Ex-Ministro, Alguns jogadores convidados de outros times(talvez para propostas de
contratações), e para sua surpresa, seus amigos Aurores, Kingsley Shacklebolt e Ninfadora Tonks,
a metamorfomaga atrapalhada de quem Harry aprendera a gostar bastante. Era bem verdade que no
último ano ela se deixara afundar na depressão devido a todos os problemas e a desilusão amorosa
de Remo Lupin, com quem ela estava junto agora, e sendo assim, recuperara sua alegria de viver.

Harry observou além deles muitos outros rostos que vira em sua visita ao ministério tempos atrás
em sua temida audiência disciplinar para a decisão se ele seria ou não expulso de Hogwarts
na ocasião de ter usado magia fora da escola para defender-se dos dementadores uma vez enviados
por Dolores Umbridge.

Após um exagerado gole em um copo de vinho élfico envelhecido, Rufo Scrimgeour começou uma marcha a
passos lentos na direção de Harry. Aos seus calcanhares, vinha o ministro deposto Cornélio Fudge,
demasiadamente magro, o ex-ministro tinha uma péssima aparência, peles pendiam frouxamente de seu
pescoço e sua palidez indicava uma provavel fraqueza. Para se somar aos maus agouros do velho homem,
seus cabelos estavam muito grisalhos e começando a rarear, o que indicava certamente um envelhecmento
precoce causado por uma boa dose de preocupação.

Quase que por instinto, Harry associou a chegada dele as suas inúmeras tentativas de aliar Harry
ao ministério da magia, para passar uma imagem de esperança ao povo e mostrar esforços do ministério.
Mas, para a sua surpresa, o ministro foi extremamente cordial ao dirigir-se a ele.

-Alo Harry! -Cumprimentou ele com uma olhada mais demorada em sua cicatriz- Como vai?

-Não tenho me queixado senhor. -No que se referia ao atual ministro, Harry não queria saber
uma palavra sequer.

-Muito bem meu garoto... Creio que não tenhamos sido apresentados ainda...
Mas é claro que sabe quem sou eu. -Complementou o ministro.

Mas algo estava errado... O ministro ja fora apresentado Harry. Inclusive enchera a paciência com todas
as suas inúteis tentativas de persuadir Harry a apoiar o ministério. Mas então, Harry decidiu apoiar a
farsa.

-Prazer senhor! Harry! Harry Potter! -Disse ele estendendo a mão para um aperto forte.

Harry pôde observar por cima do ombro de Rufo Scrimgeour que Fudge observava o homem com um olhar astuto
e intrigado, e deduziu que o homem também estava desconfiando do ministro. Ambos pareciam indferente
aos olhares astutos do também intrigado Kingsley, auror do ministério e membro interino da Ordem da Fênix.

-Ah! Que infelicidade garoto, preciso ir andando! Mas espero poder conversar contigo em breve!
Gostaria de tratar de alguns... Negócios! -Despesdiu Rufo Scrimgeour acenando com a mão e indo na direção
de Kingsley, talvez para dar ordens ou instruções, afinal, de certa forma ele era seu subordinado.

Ao passar por Harry, Fudge trocou um olhar significativo, que Harry retribuíu com interesse.
Isso significava que ambos haviam entendido que aquele, certamente não era o ministro, e quem
quer que fosse, precisava conversar com Shacklebolt, enganá-lo para que fizesse algo que só
o ministro poderia pedir e ser atendido.

Por alguns minutos o garoto ficou pensativo e deduziu que nesse momento, Scrimgeour estava
sob a magia Imperius, e imaginou que se o próprio ministro estava sob o Imperio, quantos mais
não deveriam estar.

Quem o trouxe a realidade foi Guga, a artilheira excepcionalmente boa que era ao mesmo tempo legal
e de certa forma metida. MAs seu ego inflado não parecia um grande obstáculo na convivência.
A mulher o agarrou pelo braço e lhe deu um beijo estalado no rosto dizendo:

-Alô Harry! Como vai?

-Guga! Oi... To legal! E você?

-Muito bem Harry! Pode me acompanhar um minuto? -Perguntou a garota.

-Claro! -Disse ele com uma curiosa expressão.

A garota o acompanhou de braços dados até chegar num canto mais isolado, por algum motivo insondável
Harry achou o lugar particularmente abafado.

-Escuta Harry, acontece que eu sou amiga do Horácio, sabe, o Slughorn, creio que tenha
sido seu professor...

-Foi sim -Respondeu o garoto lembrando que Hermione comentara o elo entre o professor e a jogadora
no ano passado.

-Então, ele disse que Lupin pediu pra ele entregar isso a você!. E disse também
que era urgente.

Guga tirou um envelope lacrado de sua bolsa de brilhantes chiques e o entregou a Harry.
Harry o apanhou e agradeceu, no que a garota sorriu e se afastou para a festa. Por detrás dele
uma família chique parecia estar posando pra uma foto pois o brilho do flash resultante
ofuscou seus olhos.

Após essa chamada a realidade, Harry voltou de sua dispersão para a festa guardando a carta no
bolso interno de seu traje a rigor. Tonks, que havia observado o garoto guardar o envelope no
bolso interno, sorriu para ele e deu uma piscadela.

Harry retribui com um sorriso e continuou seus pensamentos agitados.
Algo lhe dizia pra ficar de olho em Scrimgeour, quem quer que o estivesse
manipulando com um Imperius, estaria do lado de Voldemort.

-Tudo bem Harry? -Perguntou a voz conhecidamente grave do senhor Calli.

-Olá! Que bom rever o senhor... Digo, você Hebert! -Disse Harry sorrindo.

-Pensei que demoraria mais a rever Harry... Esqueci de mencionar durante nosso
breve encontro que torço para o seu time!

-Uau, quem diria! -Sorriu Harry.

-O presidente do time, sabe, o Ridic, ele é meu primo por parte de casamento!
Sabe que uma vez, eu, ele e o velho franco fomos até...

Mas Harry não estava mais prestando atenção, pois Rufo Scrimgeour estava saindo
com King Shacklebolt, Harry precisava impedir, talvez ele estivesse o levando para
uma emboscada. Mas tarde demais, antes mesmo do Senhor Calli perceber a falta de
atenção de Harry, dois estalos longínquos ecoaram levemente de fora do salão.

Durante o resto da festa que era pra anunciar o planejamento do time, possíveis contratações
e patrocinios famosos, Harry não pensou em nada mais além de uma imagem de um ministério
inflado de comensais da morte.

Na manhã seguinte, Harry contou a Rony e Hermione sobre Rufo Scrimgeour, a possível
cilada a Kingsley e a probabilidade de haverem mais pessoas sob o comando de Voldemort no ministério.

-Mas isso é horrível Harry! -Exclamou Hermione exasperada- Kingsley pode estar morto!

-Harry!? Papai trabalha no ministério! -Disse Rony com um tom anormalmente sério-E se eles
o pegarem?

-Seu pai sabe se cuidar Ron... Eles não vão atacar a torto e a direito já que... -Começou harry.

-Harry, isso era quando Dumbledore estava vivo... -Interrompeu Hermione- Depois que ele...
Bem, se foi, as coisas mudaram... Eles tem atacado tudo quanto é lugar... E logo logo eles
devem por em prática a maior ambição dele... -Hermione deu um leve suspiro involuntario-
Acabar com os trouxas e os sangue-ruins...

Mas antes que harry pudesse retomar a palavra, ele observou a distância seu casaco
dependurado pelo avesso sob o porta chapéus, e de seu bolso interno escapava um envelope,
que ele lembrou ter sido entregue por Guga Jones. Ele caminhou até lá e o apanhou.

-O que é isso Harry? -Perguntou Rony erguendo uma sombranselha.

-Slughorn mandou... -Respondeu ele vagamente abrindo o envelope e dando espaço para os amigos verem,
e logo após juntarem as cabeças puderam ler os seguintes dizeres:












"Use esta carta como um mapa Harry"










Ele virou o pergaminho em busca de mais dicas, e como não achou mais nada
apanhou sua varinha, deu uma batida no papel e murmurou:

-Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom!

A carta começou a absorver os escritos de Lupin e ficou sem nada, apenas
com o amarelamento de sempre. Até que segundos depois, as letras começaram a
aparecer e se organizar formando uma carta inteira. Ao ver o efeito,
Harry sorriu, lembrava do mapa original que tanto o ajudara, os três observaram
a carta por uns instantes, e nela dizia:









"À Ronald Weasley, Hermione Granger e Harry Potter,



Desculpem se pareceu desnecessário esse enigma inicial, mas é importante que
ninguém além de vocês leia o conteúdo dela. Estamos escrevendo para convocá-los
para uma reunião no Largo-vocês-sabem-qual, "naquele" número à meia noite de hoje.
Certifiquem-se de que esta tudo seguro e calmo antes de entrarem.
Sem mais por hora,


Espero que estejam bem.

Remo Lupin"








Uma reunião na ordem da Fênix certamente significava muita coisa do jeito que as
coisas andavam. O que poderia ser? Desde a morte de Dumbledore, a Ordem vacilou,
quase chegou a acabar de vez, mas na atualidade continuava firme e forte.

Mas a verdade era que Harry ha muito não recebia notícias sobre ela.
Então quaisquer que fossem os dizeres da reunião, seria uma novidade para ele.

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