A Ordem da Fênix Continua
Capítulo 7: A Ordem da Fênix Continua
Na manhã que se seguiu os tres não comentaram muito sobre o incidente da madrugada,
estavam comendo alegremente na luxuosa cozinha e fazendo novos planos.
os planos para hoje eram ir ao Beco diagonal.
Após o café da manhã eles foram até o exterior da casa e Harry comentou:
-Ufa! Que bom que não precisamos mais de pó de flu!
Rony riu gostosamente e Hermione também sorrindo perguntou interessada:
-Algo que eu tenha perdido?
-Sim Mione! Disse Rony ainda aos risos acompanhado por Harry. Uma vez,
no segundo ano, Harry se enroscou todo e disse...disse..Como foi que voce disse
mesmo Harry?
-Eu tossi e disse B-be-co Diagonal! hahahahahaha....
-Nossa Harry! E aonde você foi parar? Perguntou Hermione assustada.
-Na Borgin&Burkes, quebrei o meu óculos e tive de me espremer pra me esconder
dos Malfoy, inclusive... Nesse momento a expressão de Harry tornou-se entre
triste e raivosa. Draco pediu a mão da glória para o pai!A mesma mão murcha
que ele usou pra enganar a gente e passar junto dos comensais da morte!
-Falando nele...Que fim levou Draco? Perguntou Rony.
-Não sei...Provavelmente está nas graças dos comensais agora não é? Afinal,
levou vários deles pra dentro de Hogwarts e desarmou Dumbledore...
mas naquele momento, a praça de Godric's Hollow perdeu a cor, tudo foi coberto
por uma névoa grossa e espessa. O céu claro da manhã ganhou abruptamente um tom
nublado e eles tiveram uma pesarosa e agourenta sensação de infelicidade, e
de súbido ouviram um grito rasgante do outro extremo da praça:
-ENXAME DE DEMENTADOOOOOOOOORES!!! FUJAM! FUJAM!
Harry olhou pra seus amigos com uma expressão "Á lá Sirius" no rosto e falou:
-Pensando no mesmo que eu?
Como resposta os dois lhe lançaram um sorriso enviesado, já com as varinha em punho.
então Hermione apontou pra a grande névoa, e exclamou:
-DISSIPARE!!!
no exato instante a névoa se dispersou e eles viram dezenas, centenas de dementadores
flutuando pra todas as direções, e várias pessoas fugindo apavoradas, algumas delas
sendo sugadas, então Harry disse:
-O assunto é sério! Rony, leve as pessoas pra um lugar seguro! De prioridade pra aquelas
que estiverem sendo sugadas! Hermione, cubra minha retaguarda, vou entrar no foco!
Dizendo isso Harry correu em direção ao meio da praça e no meio do caminho gritou:
-EXPECTO PATRONUM!!!!
Um enorme servo prateado saltou da ponta de sua varinha, mais sólido e brilhante do que nunca,
agora que Harry descobrira que a conversa com seus pais imaginada por ele no terceiro ano era
sim verdadeira.
O patrono de Harry se atirou contra cinco Dementadores que desciam numa investida à ele.
os cinco voaram pra longe caindo estatelados no chão, enquanto Rony levava um garotinha de
aparentemente tres anos no colo e o escondia por detrás de uma casa junto a um grupo de pessoas
apavoradas.
Harry não viu, mas um Dementador particulamente grande estava se esqgueirando pra ataca-lo de
surpresa, então Harmione gritou:
-EXPECTO PATRONUM!!!! E uma Lontra prateada imergiu numa investida contra o Dementador, que
quicou duas vezes no chão, antes de ser demolido pelo patrono de Harry, então Harry pensou:
"Preciso fazer do mesmo jeito que fiz no terceiro ano! Só assim vou poder espantar
todos de uma vez!"
Então Harry apontou para cima, onde vários Dementadores voavam em círculos em volta dele como
abutres a espera de mortos. Harry invocou toda a força de seu patrono, que começou a emanar ondas
de luz, que iam afastando, e machucando os Dementadores. Um a um eles foram desaparecendo por entre
a névoa, até que o patrono de Harry se desmanchou por completo numa última, porém poderosa emanação
de energia. Essa última onda fez os Dementadores remanescentes irem de vez.
Harry se desequilibrou e caiu de joelhos, ja era forte o suficiente pra aguentar o exessivo
esforço que não aguentara anos atrás.
-Harry! Você está bem? Perguntou Hermione.
-Estou legal! Disse Harry sorrindo e se levantando.
Os tres verificaram se todos estavam bem, recebendo aplausos e agradecimentos
do pessoal do vilarejo.
Então desaparataram dali para a entrada do beco diagonal.
Ao chegarem, perceberam que não estava vazio como da última vez que vieram,
as pessoas pareciam estar se acostumando, e tomando coragem pra sair novamente.
Harry sentiu em seu peito um súbito orgulho por aquelas pessoas, que pararam
de se esconder diante a tempos difíceis.
Harry se esgueirou pra dentro da nova filial do "tres vassouras", apanhando suas
novas bebidas favoritas, haviam trocado a cerveija amanteigada por Hidromel
envelhecido. Serviram-se de muito hidromel e algum úisque de fogo até que decidiram
dar uma passada nas "Gemialidades Weasley". Na saida encontraram Rufo Scrimgeour,
o ministro da magia, de quem Harry aprendera a não gostar.
-Harry! Que prazer em reve-lo!
-Hummm...Certo! Respondeu Harry que mais uma vez não retribuiu falsamente um cumprimento.
-Porque a pressa Harry?
-tenho compromissos a fazer!
-Compromissos é?
-É! Disse Harry com simplicidade. Gringotes se quer saber.
Dizendo isso Harry deixou o local fazendo gesto pra Rony e Hermione o seguirem.
Ao saírem desceram mais a rua até chegar na loja mais estravagante da rua,
a loja de Fred e Jorge.
Ao entrarem perceberam que era de longe a mais movimentada, lotada de gente
muito interessada nos produtos dos dois, que agora tinham muitas novidades,
como coletes, luvas, botas e novos chapéis repelentes de magia, pó de flu errante
(leva a pessoa pra alguma lareira do Tibbet), novos modelos das famosas vomitilhas,
e úisque de fogo que faz as orelhas da pessoa fumegarem.
Fred e Jorge não estavam no balcão, que agora continha meia dúzia de atendentes
femininas, entre elas a mesma que eles conheceram no ano passado, todas usando
uniformes da loja. Realmente parecia que os negócios estavam decolando cada vez mais.
-Onde estão Fred e Jorge? Perguntou Rony a uma das atendentes.
-Os senhores Weasley estão acertando as coisas pra a loja filial em Hogsmeade.
Devem voltar em dois dias.
-Ah...Certo, obrigado! Disse Rony.
Os tres seguram para Gringotes. Após alguns perturbadores instantes que Harry pensou
ter perdido a chave, eles desceram e ocuparam seus lugares nos veloses carrinhos.
Harry entregou sua chave para o duende que abriu o cofre.
Harry apanhou mais um montinho de galeões, nuques e sicles e percebeu então que os
seis anos de materiais escolares, vestes e despesas adicionais tinham abalado
inquestionavelmente seu estoque de dinheiro em gringotes, e pensou que logo mais ia
ter que arranjar um meio de repor, um trabalho.
Harry Rony e Hermione passaram em várias lojas entre uma e outra comprando coisas que
precisavam pra sua nova casa.
Ja era fim de tarde, e as pessoas começavam a deixar o beco diagonal para o conforto
e segurança de suas casas, os tres seguiram o exemplo e desaparataram para Godric's
Hollow. Harry arrumou seus estoques de comida nos armários, geladeira e dispensa,
enquanto Rony escrevia uma carta pra alguem e Hermione usava feitiços para limpar seu
quarto. A semana que passou não trouxe maiores novidades em suas pesquisas sobre
possíveis Horcruxes.
Na manhã de sexta feira, Harry recebeu uma carta trazida por uma coruja grande
e parda, com os seguintes dizeres:
'Prezado Harry Potter,
Gostariamos de contar com a sua
presença no Central de Charles
Gilderoy no dia 15 do mes que vem
motivo de seu interesse, esteja
aqui pontualmente as oito horas.
atenciosamente C.I.Q.I"
P.S: Venha de vassoura"
Então Harry começou a bolar uma rota geral do que iriam fazer, uma
espécie de planejamento. Primeiro, procurar as estruturas atuais da Ordem da Fênix,
como será que estavam agora que perderam seu grande líder? Depois, visitar Hogwarts
a procura de pistas de hocrux e da vida de Tom Ridlle. Após isso Harry iria esperar
o chamado de Aberforth para resgatar Sirius do arco da morte no ministério da magia.
No dia seguinte, Harry Rony e Hermione aparataram na toca.
-Rony! Harry! Hermione! Por onde estiveram? Perguntou a senhora Weasley feliz,
porém preocupada.
-Em Godric's Hollow mamãe! Inclusive, Harry tem duas casas lá.
-Uma Rony...Não podemos chamar as ruínas de meus pais de casa.
-Ah sim! provavelmente a casa que pertenceu a Dumbledore! Entendeu a senhora Weasley.
A propósito, você e Hermione já pegaram suas cartas?
-Cartas? Perguntou Rony.
-Sim Rony, a parte de voces do testamento. Gina está toda feliz por causa de seu ouro
em gringotes. Arthur recebeu uma coleção de revistas de trouxas, um radio a pilha,
uma grande coleção de moedas de troxas de todos os países, e um manual de aviação
explicando passo-a-passo o funcionamento dos aviões. Ganhei uns livros muito bons sobre
culinária, Lupin recebeu grandes estoques da poção de acônito que alivia seu sofrimento
na lua cheia, e é só o que eu sei. Inclusive Harry, a segunda parte do testamento também
está lá na sala, junto a de Rony e Hermione.
-Segunda parte? Perguntou Harry.
-É. Respondeu a senhora Weasley. Muitas vezes o testamento é deixado em partes.
Os tres foram até a sala e apanharam as tres cartas que estavam jogadas sob a mesa de centro.
A primeira dizia:
"Senhorita Hermione Granger,
Hermione...Não tenho palavras pra expressar
o orgulho e admiração que tenho por você.
nesse tempo todo você sempre ajudou seus
amigos a escapar de grandes enrascadas,
e por que não citar, das provas escolares
hehehe...Creio que estão em tempos difíceis,
mas enquanto você, Harry e Rony estiverem
juntos sempre terão uma chance. A propósito,
ou muito me engano, ou seu coração bate de
um jeito diferente em relação ao jovem senhor
Rony estou certo? Espero que tudo de certo
entre vocês!
Gostaria de deixar alguns pertences que
acredito, irão te agradar:
-Minha coleção completa de livros variados
(a exeção dos livros de trouxas e dos livros
de culinaria ja cedidos para o sr e sra Weasley)
-Minha obra ainda não concluída:
"Os Vestígios de Magia"
-minhas anotações sobre Ridlle em mais de cem
pergaminhos.
Espero que sua inteligencia e bondade de coração
guiem nosso grande amigo Harry ao seu objetivo final.
Tudo de bom Srta Granger!
Votos de
Alvo Dumbledore"
Hermione ficou escarlate ao ler a parte que se dirigia a Rony, e sem conseguir segurar
a emoção de ler a carta de Dumbledore levou uma das mãos ao rosto para secar uma lágrima.
A carta respectiva a Rony dizia:
"caro Ronald Weasley,
É meu amigo...Você só me provou o
que eu estava farto de saber:
Todos os Weasleys são especiais!
Primeiro conheci seu pai e sua mãe,
grandes bruxos por exelência, após
isso veio a Hogwarts o jovem Carlinhos,
sempre um bom jogador de Quadribol e
ótimo aluno. Vieram também Gui seguido
de Percy, ambos alunos exelentes com
particularidades incríveis. Ainda antes
de você os fabulosos Gêmeos, não há
palavras pra expressar como me diverti
com os dois, e até hoje me emociono ao
pensar na maneira que eles deixaram
Hogwarts, na época da prfessora Dolores,
e então, veio você! Com o díficil encargo
de corresponder as espectativas que caiam
sobre você devido ao sucesso iminente de
seus irmãos.
É Rony...Sei que não é nada fácil ser um
dos caçulas de tantos irmãos! mas mesmo
assim, você superou as espectativas, e
como! sempre ao lado de seus amigos
enfrentou os mais diversos perigos, com
uma lealdade suprema e um coração que não
tem tamanho! Desejo muito sucesso pra
você e seus amigos Rony!
Gostaria que você ficasse com:
-Dois mil galeões já adicionados em sua conta
de Gringotes
-Uma vassoura de cor preta da marca Firebolt.
Espero que aprecie! O pacote está em meu antigo
escritório em Hogwarts.
Sem mais, me despeço!
(PS: Você deveria adotar uma postura mais
objetiva em relação a senhorita Hermione
Granger!)
(PS2: Sim eu sei!)
Atensciosamente
Alvo Dumbledore"
Harry sentiu um ímpeto de coragem nunca sentido antes, e uma força
renovada pelas novas palavras do diretor. lembrou-se desse detalhe
tão importante que havia deixado passar, o quadro de Dumbledore!
No último ano, Harry chegou a ve-lo adormecido na turbulenta noite
da morte do diretor.
Passaram o dia comentando os planos de Harry, discutindo Aberforth
e um insistindo pro outro mostrar a carta de Dumbledore, mais por razões
óbvias Hermione e Rony não deixavam os outros verem suas cartas.
Na manhã seguinte, era aniversário de Lupin e houve uma pequena reunião na toca.
Harry aproveitou um café da manhã particularmente cheio, e perguntou para Lupin
(um pouco mais saudável do que Harry havia visto últimamete):
-Professor...
-Não me chame de professor Harry! Não leciono mais!
-Desculpe, força do hábito! Lupin, como anda seu trabalho para a ordem?
Digo, sua espionagem entre os lobisomens de Greyback?
Na pronúncia desse nome Gui arrancou um naco enorme de seu bife mau passado.
-Espionagem? Não Harry, não faço mais isso há tempos! E perdoe-me a minha ingratidão,
mas não sinto o menor pesar por isso! Até porque eu tomei o partido da ordem durante o
ataque a Hogwarts onde o Lobo esteve presente, e ele não iria me aceitar de novo no bando.
Lupin sorria para Harry.
-Mas, a ordem, vocês não acabaram acabaram?
-Harry...Sem Dumbledore, não temos mais estrutura, planos, nem idéia do que fazer...
Dumbledore era a mente da ordem. Disse Tonks se lamentando.
Nesse momento todos haviam parado pra entrar na conversa, uma vez que grande maioria
da ordem estava lá para o aniversário de Lupin.
-Mas...Mas, não podem se render! Não podem! Voldemort está cada dia mais forte!
e sem a ordem para impedi-lo...
A menção do nome Voldemort alguns fizeram caretas contrafeitas.
-A ordem não tem mais poderes Harry...Não o mesmo que antes, Dumbledore era nosso
ponto forte! Respondeu a senhora Weasley.
-Mas desistir é o mesmo que se entregar de graça! Harry não percebeu mas começara a
falar anormalmente alto e soava como um discurso.
-Meus pais! Os Longbottons! Gideão! Sirius! Dumbledore! Não significam nada pra vocês?
OS ESFORÇOS DELES FORAM PRA NADA? Que diabos acham que eles estavam pensando quando
foram pegos ou sacrificados pelos comensais ou pelo próprio Voldemort? Que diabos acham
que eles estavam fazendo? Eles optaram por enfrentar cara a cara seus inimigos! Eles
sabiam que se todos se omitissem a derrota seria certa! AGORA VOCÊS VÃO DESISTIR?
Como vão lembrar de todos eles e saber que seus esforços foram em vão? Eles morreram
na certeza de que seus inimigos seriam vencidos por vocês!NÃO SEJAM INGRATOS!
Houve um silêncio mútuo, e algumas pessoas acentiam balançando a cabeça afirmativamente.
Outras, limpavam as lágrimas com a toalha de mesa ou algum guardanapo.
Então uma voz grave e imponente quebrou o silêncio:
-HARRY ESTÁ REPLETO DE RAZÃO! Aberforth havia adentrado a casa naquele exato momento.
-Nos últimos meses a ordem foi patética! Capengou, e ninguem sabia se estavamos ou não
em atividade! É mais do que hora de aceitarmos a perda de meu irmão e continuarmos nosso
ímpeto rumo a queda de Voldemort!
Mais caretas apareceram com o nome do bruxo.
-ESQUEÇAM ESSA FRESCURA POR FAVOR! É NOSSO INIMIGO E NÃO DEVEMOS TEME-LO
A ESSE PONTO!!! VOLDEMORT, VOLDEMORT, VOLDEMORT E VOLDEMORT! TOM RIDLLE!
ESSE É O NOME DE NOSSO INIMIGO E É POR ELE QUE O CHAMAREMOS!! Aberforth dizia essas palavras
em um som muito alto embora não aparentasse estar nervoso.
Alastor Moody levantou-se da mesa com um olhar sério, olhou as pessoas da mesa uma por uma
e disse:
-Então...Em nome dos Potters, dos Longbottons, de Sirius, de todos os outros, e é claro,
Dumbledore...QUE A ORDEM DA FÊNIX CONTINUE!!!
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