Observador De Estrelas



...Há muito, mas muito tempo atrás, quando o mundo ainda era um lugar de mistérios e, magia e, castelos gigantescos; em algum lugar, existia uma faísca de calor, uma esperança no olhar, um suspiro, de uma vida...





Harry Potter

&

A Árvore Da Vida



Por:



Potter



Capítulo 5: Observador De Estrelas

-Tuas Alturas Podem Ver Além-





__________A noite anterior fora muito curta. Seus pensamentos eram rápidos e certeiros, sem descansar. Sua calma se esvaiu. Sua face bela não mais parecia tanto, pois estava como se fosse uma guerra, prestando atenção em tudo e cuidando dos que estavam ainda desacordados. O sol demoraria a nascer naquele dia. Seu corpo doía e suas roupas estavam sujas demais. A água daquele túnel para a Aldeia fora um dos fatores.

__________O chão era frio, e a terra era áspera. As suas mãos estavam desprotegidas. A Napoli estava falando com o grande chefe. Ela não saberia o seu nome. O menino estava aninhado em seus braços, como muito antes outro alguém também estivera. Ele tinha os olhos fechados e as costas suadas e tremendo. O sono o tinha levado há poucos instantes. Ele tinha ficado acordado até perceber que o perigo estava só em sua mente. Ele sabia. Mas ela não acreditava naqueles centauros. Afinal foi um da raça deles que fez aquilo com ela. Que fez com que passasse a maior parte dos anos de sua vida, os melhores anos da sua vida, como a órfã de uma tragédia.

__________Fora um centauro quem matou a sua mãe. Há muito, na China, a sua terra de origem. Depois disso ela teve que seguir com seu pai para a Inglaterra. Onde estava a sua família paterna, e onde estava aquela que fez o sorrir voltar as suas expressões.

__________A sua querida avó materna.

__________A matriarca da sua família de ninfas da natureza.

__________O mesmo sangue mágico da raça encantada corria nas suas veias. White era meio-fada. Mas seus poderes não eram como os da sua avó, que era uma por completo.

__________A suas amigas de infância a adoravam. E muitas queriam ter uma igual.

__________E uma até sentia inveja.

__________A traidora.



__________Os centauros eram uma sociedade organizadíssima. Cada um com a sua função, e se necessitasse ser substituído era no exato momento. Suas casas eram bastante diversificadas, talvez fosse por causa das funções que cada um deles possuía. Existiam casas sob arvores gigantes. Casas dentro de alagadiços. Casas sobre pequenos morros. E existiam as casas de fronteira. Onde guerreiros habitavam por curtos períodos sempre em rodízio. Contornado todo o território dos centauros.

__________Suas armas eram tão somente lanças, arcos e flechas, e redes. Alguns ainda usavam machados e martelos de guerra. Entretanto eram poucos. Napoli era uma sacerdotisa, ela não podia usar armas. Mas mesmo assim sabia como, se algum dia precisasse. Na sociedade de cascos eles todos aprendiam a ser um pouco clericais e um pouco soldados. Ela apreciava ter como arma um sabre. Feito de dentes de grandes animais. Afiado como se nunca tivesse sido usado. E também serrilhado, para que o ferimento da vítima não pudesse cicatrizar em pouco tempo, dando vantagem a ela. Era uma arma especial, surgiu da morte de um ente querido... Seu avô. Ou na verdade o adulto que a tinha criado, pois Napoli não conhecera os progenitores. Devido a seu propósito.

__________Devido a sua função.

__________Existia outro que também tinha uma historia parecida. Obviamente, sua contraparte masculina, o arquiarqueiro... Firenze era conhecido por sua função. Tal como um kyle, ou arquiespadachim, o kyba Firenze tinha muita popularidade entre as crianças e os idosos. E também entre as senhoritas, no obstante ele também era proibido.

__________Proibido de viver sua vida por suas vontades.

__________Firenze e Napoli, sempre foram amigos, desde potrinhos.

__________Todavia a verdade os fez mudar.

__________Quando eles estavam entrando na fase de mudanças, em que as crianças eram separadas e criadas assim até a fase adulta, suas vidinhas pareciam ter virado de pernas para o ar. Napoli que nutria uma paixão infantil pelo amigo, sem mesmo notar isso, fez com que seu coração fosse estrangulado e a sua inquietude e a sua propensão a não obediência fizeram com que esse pequeno amor fosse sendo deixado de lado, escondido e não crescendo mais. Porém, ele ainda estaria lá no futuro, bem escondido, nas trevas do seu coração. Esperando para um dia ver a luz do sol novamente.

__________Firenze não tinha maturidade suficiente naqueles tempos, só queria saber de brincar, lutar, e aprender, tudo o que um pequeno centauro podia fazer sem ser importunado por um adulto. Firenze também foi para a vida só com os seus irmãos. Ele não sentiu falta de nada, exceto talvez no inconsciente de um toque de desafio ao que era vigente, e isso ela tinha de sobra. Mas ele já não estava se lembrando mais da sua imagem.

__________E naquele dia fatídico eles voltaram para o convívio normal, já como adultos, e com seus corações mais amenos. Napoli ainda lembrava daquele moleque que corria pelos campos atrás dela, ela sempre fora a mais rápida. E sempre chegava primeiro. Seus coraçõeszinhos pulsavam de alegria. Mas não sabiam que aquele sentimento não era chamado de alegria.

__________Aquilo era o prelúdio para o amor.

__________Era um dia frio de outono. As folhas estavam a decorar toda a paisagem, e eles estavam chegando de longe. Dois opostos no grande território. E lá estavam todos em uma cerimônia inimaginável.

__________Era o Noivado.

__________E eles não sabiam.



__________Os centauros os haviam acordado. White e o jovem estavam espantados, eles não perceberam quando o sono os havia dominado.

__________Firenze estava cuidando os machucados nas pernas do menino. E Napoli a estava massageando as costas com hematomas. Elas estavam dentro de uma das ocas deles. E White estava com muito medo, e muito asco. Ela detestava os centauros, ela ainda não os havia perdoado. E se dependesse disso para viver ela estaria morta.

__________Napoli foi quem começou a falar:

__________‘Eu queria poder mudar seu passado.’.

__________‘Como você sabe?...’, Ela se havia esquecido de que a centauro era um tipo de vidente, ‘...Ah! Eu me esqueci que você lê a mente das pessoas.’, Disse em um tom de sarcasmo.

__________‘Eu queria que você nos perdoasse. Eu sei que quando os trouxe para cá a havia perturbado muito, e sabia o porquê... Foi do mesmo jeito com a sua...’.

__________‘Foi...’, Disse curta e grossa.

__________‘Ela foi pega em uma emboscada. Ela era a melhor no que fazia, e muitos a invejavam, ela morreu por um centauro que era um assassino de aluguel. Ele a matou por prazer. Não pelo dinheiro, por que já o tinha demais...’.

__________Napoli a estava escutando falar de suas lembranças, ela era um ombro amigo, ela nunca estivera sendo tão sincera.

__________‘Eu o conheci depois.’.

__________‘Eu também sei o que você fez logo após. As duas coisas. Você se machucou muito minha jovem...’.

__________White estava com lagrimas de ódio nos olhos, e elas escorriam-lhe a face.

__________‘Eu tive que fazer tudo aquilo, para vingar a morte de minha mãe. Ela que sempre foi tudo para mim. Ela não podia ter me deixado. Não naquele momento. Não por uma brincadeira do destino...’.

__________‘O Destino brinca muito. Ele não tem coração.’, Disse Napoli, como se estivesse falando com outra pessoa.

__________As feições de um garoto se formaram ao mesmo tempo em que se apagavam no ar que ventava lá fora. Napoli sabia que ele a estaria vigiando. Estaria vigiando as duas, ela e a menina.

__________Lá fora Firenze estava agachado cuidando as pernas pálidas do menino. Eles se olhavam nos olhos. Firenze sem expressão. Enquanto que aqueles cabelos loiros tampavam os olhos que poderiam estar chorando por dentro. Inundando aquele corpo de criança.

__________Ele teve suas pernas enfaixadas com folhas de palha e uma loção de ungüento, para tirar qualquer marca de dor ou ferimento.

__________Firenze o levou no dorso até a cabana onde estava Napoli. E deixou-o com ela e a mulher. Que estava despida de costas. O garoto virou-se e tampou os olhos para que a moca pudesse se vestir. As dores já lhe haviam passado. Nos dois. Ambos revigorados.

__________Napoli os levou para fora, onde encontraram todos os outros com suprimentos e em ótimo estado.

__________Napoli a abraçou. Não esperando receber um abraço em troca.

__________A professora deitou a cabeça no ombro, que ficava um pouco mais alto, e deixou que a centauro acariciasse seus longos cabelos.

__________Como a sua mãe fazia, há muito, muito tempo.

__________E como a um sonho, ela escutou o que parecia ser mentira.

__________Ela escutou a voz da sua mãe, morta, como se estivesse vindo das profundezas de onde foram deixadas as suas cinzas.

__________Ela retornou a sua cabeça ao lugar e olhou Napoli nos olhos.

__________Não eram os olhos da centauro.

__________Eram os de sua mãe. E também assim era a face, e o corpo. Não estava abraçada com uma de cascos.

__________Ela chorou.

__________‘Muito obrigado... Eu não tenho como agradecer...’.

__________E a voz da mãe disse-lhe aos ouvidos, como se fosse um segredo, como os segredos antigos que as duas compartilhavam, como se fosse uma confidente:

__________‘Você nunca precisou me agradecer por algo que faço por minha vontade. Você sabe disso, minha querida estrela do norte. Você sabe disso, minha filha. Você já me agradece por simplesmente viver. Minha tempestade da névoa, Polaris.’.

__________Esse era o nome da professora, o nome que não ouvia desde que uma de suas melhores amigas morreu precocemente.

__________Polaris estava sem palavras, como por muitas vezes ficava quando era criança e vivia sob as asas mornas da mãe. Asas que nunca queria ter deixado.

__________‘E não se esqueça de uma coisa muito importante, minha filha.’. Dava ela um dos últimos conselhos que tinha falado quando era viva ainda. Como fazia todas as noites antes da menina dormir, dando-lhe beijos de amor pelas bochechas, sem parar.

__________‘Não se esqueça de uma coisa, minha filha...’.

__________‘O que é mamãe?’.

__________‘Eu te amo.’.



__________Napoli antes da hora de noivar, ela não sabia. Fora arrumada como uma princesa. O mesmo aconteceu a Firenze. Ela perguntava o porquê, mas no fundo sabia que aquilo do passado se aproximava.

__________Ela não queria transformar o amigo em amante. Sem nem saber se ele a amava. Ela suspeitava quando criança de que ela própria pudesse ter uma grande propensão a se enamorar por ele. Mas por que arriscaria perder a imagem de forte justamente para ele?

__________Isso ela nunca faria.

__________Talvez por isso ele nunca tinha percebido que o quê ele também sentia era um tipo de quase-amor...

__________A cerimônia foi um desastre.

__________Napoli corria por toda a aldeia, e Firenze parado quieto, sem perceber o que estava acontecendo. Ele não pensava nisso. Ele não sabia do preconceito da situação em que se encontrava. E ele não sabia que ela sabia. Ele pensava que tudo aquilo era só um baile de boas-vindas a vida adulta. Recepcionando a chegada das responsabilidades, e dizendo adeus às brincadeiras de crianças. Pois eram para as crianças. E eram elas quem agora deveriam descobrir tudo o que eles descobriram na época deles.

__________Firenze tinha sabedoria o bastante para acatar as regras.

__________E Napoli tinha ímpeto suficiente para dizer que ela estava à parte daquilo tudo, que aquelas regras idiotas e tolas não poderiam ser aplicadas a ela.

__________Agora para ela Firenze tinha se tornado um babaca bobo que se recurvava sobre as leis e tabus. Ela pensava que ele não gostaria de encarar junto a ela tudo e todos, preconceituosos e infames.

__________Ela tinha coragem de sobra. Mas ele não aceitaria mais aquela coragem, como nos velhos tempos. Ele havia mudado. Muitos diziam que ele mudara para melhor. Entretanto, para ela, ele se tornara em mais uma decepção do passado.

__________O noivado não pôde ser consumado, e nunca eles tentaram novamente. Pois sabiam que agora Napoli havia se tornado arisca demais para arriscarem todo um período de paz.

__________Eles sabiam que o ato se consumaria. E quê, quer os dois queiram quer não, todos os centauros viveriam um farto e belo período de ausência de guerras.

__________Eles, pelo que parece, não sabiam, nem tinham idéia, do tamanho da brincadeira que o Destino havia lhes preparado.



__________Polaris White.

__________Um nome que alguém lembrava tão bem quanto se a tivesse conhecido naquele instante.

__________E junto a esse nome também todas as lembranças. A sua verdadeira cara aparecendo sob a máscara. As suas amigas vendo no quê ela tinha se tornado. E todos aqueles que poderiam ajudar mortos.

__________Mas ela não estava morta.

__________E nem estava viva.

__________Tampouco era fantasma. Não um fantasma completo, mas estava sob aquela condição incorpórea.

__________A Pourtouttoi estava a vendo do alto daquela torre, junto a ela dois olhos claros viam tudo também.

__________Pauline tinha inveja, inveja de tudo o que os outros tinham e ela não. Seu pai sempre fora para ela um carrasco, enquanto para todos os outros se mostrava uma pessoa digna e feliz, sempre prestativo e belo. Todas as pessoas que pudessem ter ouvido Pauline comentar mal sobre o pai, quando o viam pela primeira vez, pensavam ver a um anjo. Ele era mesmo um mau caráter. E ela não estava seguindo outros passos.

__________Ela o odiava como nunca odiaria outrem. Ela tinha asco de si mesma por ser filha de quem era. E por não poder dizer ser livre daquelas influências. Mesmo tentando manter a maior distância possível entre ele e a sua pessoa. O pai ainda a mantinha sob vigilância constante.

__________Ela só tinha uma pessoa com quem contar. E ele apareceu na sua vida quando mais precisou. Talvez fora isso que tenha a estragado de vez. Talvez tenha sido isso que a tenha salvado de se tornar algo pior. Mas ela sempre lembrará dele com amor, mesmo que todos a tenham dito para parar de fazer pirraça com o pai e aceitar o noivado com quem ele já havia predeterminado.

__________Ela nunca diria sim a nenhum homem se não aquele. Mesmo ele sendo um garoto que vivia no mundo-da-lua, em uma lua como um queijo suíço...

__________Amarela e redonda.

__________Nesta mesma torre tais olhos que, enxergavam as ocorrências lá em baixo, pertenciam a uma menina. Cabelos ondulados castanhos claros. Olhos razel. Corpo acorrentado a duas pilastras. Por uma corda, que se chamava, Phlarsvamaina Caerutchenaus, também chamada de PhlarsCaerutche. Uma corda em forma de correntes que aprisionavam fantasmas a materiais sólidos.

__________Aqueles olhos pertenciam a um ser fantasma. Uma antiga garota para ser mais exato.

__________Um espírito que estava esperando para retornar a vida.

__________E fazer com que a profecia seja executada.



__________O grande grupo estava se preparando para debandar. Cada professor a seguir uma direção para o Bosque de Drust-Glifoj.

__________Polaris White e seus alunos, a maioria jovem. Estava ainda falando com Napoli sobre uma volta a Aldeia. Entretanto ela não poderia afirmar nada, pois aquilo fora uma enorme exceção feita por pedido de Dumbledore.

__________‘Ah! Meu querido Alvo... Ele foi como um pai para mim. Quero dizer para todas nós.’.

__________‘Eu sei disso também. Ele também me trata bem demais.’, Disse com uma voz de arrependimento, e nesse meio-tempo ela pensou sobre varias coisas que tinha em mente desde pequena. ‘...Mas tem alguma coisa nele que me irrita profundamente. Não consigo saber o que é. Uma desconfiança eu acho. Não acredito em tudo o que ele fala. E eu sei de coisas que...’.

__________‘Napoli, está na hora de irmos. Os outros grupos já se foram. Adeus e espero ver você mais uma vez.’, Disse abraçando a centauro novamente, agora abraçando Napoli realmente.

__________‘Espere só um momento, eu tenho um local para lhe mostrar. Eu já estou de retorno.’, Disse em meio a galopes correndo para achar alguma coisa.

__________E ela trouxe essa coisa, na verdade ela trouxe... Ele, que iria mostrar o caminho.

__________‘Napoli, por quê?... Ah! Já sei o que você quer... Olá Professora. Perdoe-me aos maus modos de minha amiga...’, Quando Firenze disse isso, levou duas pisadas de cascos, indo as alturas de dor.

__________‘É por aqui, não é Firenze? Quero levá-los a um dos locais que eu mais gostava quando era criança, e de lá tem uma passagem para o bosque, uma das mais próximas do centro se não tenho dúvidas... É um dos locais mais magníficos que vi em toda a minha vida, não é uma arquitetura centáurea. É humana, ou talvez do Povo Encantado.’.

__________E eles iam seguindo o casal guia.

__________‘É uma torre, vocês verão como é linda, e me serve para muitas coisas, eu a uso muito para ler as estrelas. E Firenze a usa...’.

__________‘Eu a uso para ler a estrelas. E você a usa para ter aqueles seus transes...’.

__________O que se seguiu agora fora um coice.

__________‘Levou porque não sabe manter a boca fechada. Lembre-se: ‘Boca fechada não entra Mosca! Nem leva coice!!!’.’, Ela estava uma fera. Indomável, e se pisasse no calo então...

__________Eles haviam chegado.

__________Era uma torre enorme.

__________A tarde estava chegando ao fim. Era possível de se ver o sol iniciando a sua queda diária.

__________As pedras que a construíam estavam organizadas sem uniformidade, era uma torre torta, e parecia balançar com qualquer ventania. Era uma relíquia dos tempos antigos.

__________Provavelmente teria sido feita por Druidas.



__________Harry via no que a parede branca se havia tornado.

__________Era um buraco imenso. Dava para ver a terra que construíra Hogwarts dentro dele. E era longo muito longo. E escuro, tão escuro que não se poderia ver a própria mão dentro dele...

__________Harry não teve escolha. Adentrou o túnel de terra. Só com sua toalha...

__________Estava ventando lá dentro, e com sua varinha, ele não ia a nenhum lugar sem ela, fez um feitiço de iluminação.

__________‘Lumos!’. Uma mão na varinha, outra na toalha, para não cair.

__________Assim estava um pouco mais fácil. Conseguira ver a trouxa de roupa seguindo o caminho a gente.

__________E por volta e meia uma peça sua que estava sobre a trouxa caia no chão, de pedra, pelo caminho. E claro Harry ia as vestindo. A última a chegar foi a sua camisa listrada de branco e vermelho. Com a toalha nos ombros Harry conseguiu seguir correndo pelo túnel, mas a trouxa ouviu seus passos. E começou a correr.

__________Ele gritou para parar, mas a trouxinha não o escutou, parecia que ela somente ouvia o que lhe era de interesse.

__________Harry e a trouxinha chegaram quase junto a um local mais aberto. Uma grande área esférica, de pedra, e vários túneis chegavam a ela, túneis iguais.

__________E várias trouxinhas também seguiam seus caminhos até ali.

__________E pareciam esperar por algo a acontecer.

__________E este algo se deu, pois estava no horário.

__________De meia em meia hora passavam todos desses. Era como se fosse um teleférico. Um teleférico com asas... E seguro por um fio de metal, brilhante feito prata. E as asas eram brancas, brilhantes e longas.

__________Harry quase perdeu a sua trouxinha naquela confusão. Pois todas elas se direcionavam para lotar aquele que estava se pronunciando no fio no centro do local.

__________A trouxinha de Harry foi a mais rápida, e ele não a pôde deixar ir, sem saber o que era, e para pegar mais uma peça sua, uma meia.

__________Ele empurrou, fez o que pôde para chegar e sentar naquela imitação de montanha russa sem piso. Ela estava ao seu lado, sentadinha. Como uma trouxa de roupa poderia estar sentada?

__________Harry calçou a sua meia.

__________E de repente a trouxa se moveu. E jogou todas as roupas para um poço que se abriu próximo ao teto. Eles já estavam se aproximando de chocar com o teto abaulado. Mas foi quase nesse instante em que como gomos de uma laranja a esfera de abriu, de dentro para fora.

__________E ele pôde ver, o que a ex-trouxinha via todos os dias desde que fora trabalhar em Hogwarts.

__________Um hiper vazio. O nada que envolvia as profundezas esquecidas da escola de magia.

__________Uma etérea solidão o invadiu, e ele quis por tudo ter voltado ao seu dormitório e não ter seguido aquela criatura que estava sentada ao seu lado, naquele transporte maluco.






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