Déjà Vu
- Foi Malfoy! – disse Harry aos Weasley assim que estes chegaram até o St. Mungus.
Fred e Jorge estavam checando todo o quarto a fim de encontrar alguma pista enquanto a enfermeira chamava a segurança. O sr. Weasley tentava acalmar a esposa que chorava copiosamente no sofá, Lupin e Tonks faziam o mesmo e Rony, Hermione, Carlinhos, Gui e Fleur estavam próximos a Harry, ouvindo atentamente.
- Harry, a vigilância é muito rigorosa aqui – disse Lupin – Como Draco Malfoy poderia entrar e sair com ela sem ninguém perceber?
- Ainda não sei como, mas foi ele quem a tirou daqui. – insistiu Harry pegando o diário sobre a cama e mostrando a Lupin. – Está vendo as iniciais na dedicatória?
O sr. Weasley pegou o diários nas mãos parecendo perturbado.
- De onde Gina tirou isso? – perguntou o sr. Weasley pasmo.
- Gina tinha mencionado um novo amigo que encontrou no Beco Diagonal – disse Harry.
- Daniel McCoy – disse Hermione – As mesmas iniciais.
- Aposto que deu isso a ela – disse Harry com raiva.
- Ele foi inteligente – disse Rony – Assim jamais descobriríamos.
- Tudo bem, mas ainda não sabemos como – disse Carlinhos.
- Existem milhares de meios: - disse Gui – Aparatação acompanhada, ele poderia sedá-la.
- As paredes daqui são anti-aparatação – disse Tonks – Verifiquei com a segurança. Vamos Molly, tente ficar calma. – completou ela tentando tranqüilizar a sra. Weasley.
- Não há lareira no quarto – disse Hermione – Não existe jeito de usar pó-de-flu sem sair do quarto.
- Capa de invisibilidade? – sugeriu Gui – São bastante raras, mas acho que não seria problema para o filho de Lucius Malfoy.
- Não daria para cobrir os dois e, mesmo assim, Malfoy teria que entrar e sair do quarto. Certamente teriam visto a porta abrir e fechar. – disse Carlinhos.
- Chave de portal – disse Hermione – Não seria nem mesmo difícil.
- Hermione tem razão – disse Rony – Mas pra onde ele a teria levado?
Houve um silêncio desagradável, durante o qual todos pensaram em onde estaria a caçula da família.
- Ele certamente quer atrair o Harry para algum lugar – disse Hermione – Deve estar com Snape.
- Dizem por aí que ele quer ser o novo Senhor o Mal – disse Fleur.
- Humpf – disse Rony – Como se já não bastasse o cara de cobra.
E então, Harry entendeu.
- Eu sei onde ela está.
Abriu os olhos e deparou-se com o chão frio e úmido. A camisola de seda amarela que vestira no hospital estava molhada e suja de algo que ela suspeitou ser sangue.
Próximo a ela, estava o diário que ganhara de presente há algumas semanas e a caneta com a qual escrevia no mesmo. Em torno de si haviam diversas colunas entrelaçadas com cobras em alto relevo e, às suas costas, uma estátua gigantesca se erguia. Assustou-se ao encontrar uma enorme cobra caída à frente.
Aquele lugar parecia familiar. Ela já o vira uma vez em um sonho.
- Na câmara secreta? – indagaram Rony e Hermione ao mesmo tempo.
- Ele a levou para me atrair. – disse Harry – Só pode ter sido para lá.
- Mas achei que Dumbledore havia se certificado de que a Câmara nunca mais seria aberta – disse Lupin.
- Mas Snape estava com ele na época, não? – sugeriu Harry.
- Ainda assim – disse o sr. Weasley – Hogwarts está sendo vigiada justamente pois Snape está à solta. Ele não poderia aparecer lá sem mais nem menos.
- Arthur tem razão, Harry – disse Tonks tentando acalmar a sra. Weasley aos soluços ao seu lado – Vamos, Molly, vamos tomar um chá. Não adianta nada você ficar aqui.
Ela carregou a sra. Weasley para fora do quarto e Harry viu o restante dos Weasley acompanharem a mãe com os olhos nervosos.
- Espero que ela não tenha um acesso de preocupação – disse Gui – É melhor eu ir com elas por precaução – completou ele e, em seguida, saiu com Fleur do quarto.
- Eu sei que Malfoy a levou para lá – disse Harry – Snape saberia como entrar, de qualquer jeito, e Malfoy conhece as passagens secretas.
- E o que pretende fazer? – indagou Hermione.
- O que você acha? – disse Harry pegando a varinha sobre a cama – Vou atrás dela.
Levantou-se do chão lentamente, sentindo o tornozelo doer com o movimento. Devia ter torcido. Somente, então, reparou que as mãos estavam amarradas em uma espécie de corda. Olhou em volta: não havia ninguém. Pensou em gritar, mas não achou que chamar a atenção fosse uma boa idéia.
Procurou a varinha e a encontrou atirada longe dali, fora de seu alcance. Não lembrava-se de muita coisa, apenas de uma luz sair de dentro do diário e uma voz conhecida gritar “estupefaça” antes de desmaiar.
Observou as amarras das mãos, tentando se livrar delas. Precisava sair dali. O fedor do animal morto invadia suas narinas, fazendo com que ela sentisse ânsia de vômito. Então, de um túnel próximo, surgiu uma figura loira que ela já conhecia.
- Ora, ora, vejam quem acordou – disse o homem aproximando-se dela.
- Daniel? – disse ela embasbacada – O que está havendo aqui?
- Me chame de Draco – disse ele ainda mais próximo – Draco Malfoy.
Sentiu sua cabeça girar, sua mente ficar confusa. Conhecia o nome, mas não lembrava. Certamente mais alguém de seu passado cuja identidade ela não reconhecia.
- Mas você disse...
Malfoy riu e apontou a varinha para ela.
- Cruccio
Dor. Ela não pensou em nada, apenas sentiu. Mais dor do que jamais imaginou existir, passando por seu corpo, correndo por suas veias, arrebentando seus ossos. Dor e somente dor.
Caiu no chão, contorcendo-se em pura agonia sem conseguir distinguir mais nada em seu entorno. Então parou. Mas não parou. A dor parara de vir, mas ela estava dolorida, seu tornozelo latejando mais do que as outras partes, as quais, naquele momento, ela mal conseguia distinguir.
- Você não achou que eu daria meu nome de verdade para você correr para contar ao seu namoradinho patético, achou? – disse ele – Não, não quando eu precisava de você. – completou – Cruccio!
Gritou. Foi a única coisa que se deu conta de fazer ao mesmo tempo que sentia novas ondas de dor tomarem conta de si. Dores que ultrapassavam a própria capacidade de doer, irrompendo-a, estilhaçando seus órgãos, dando a sensação de que não havia outro destino senão a morte.
Então a dor parou e ela se viu atirada no chão, as cordas prendendo seus pulsos moles, quase fazendo-os sangrar. Tentou levantar-se, ao menos para parecer um pouco mais digna, embora estivesse suja e esfoliada.
- E o que você quer de mim? – perguntou ela com a voz ofegante, mal dando-se conta do abrir e fechar dos próprios lábios.
Malfoy gargalhou.
- Essa é uma pergunta bastante ampla – disse ele aproximando-se tanto que quase encostou seus narizes – Mas estou certo que poderemos explora-la bem.
Ele levantou-a pelos pulsos, puxando-a para junto de si e Gina debateu-se em seu braços sentindo todo o corpo pulsar em repulsa. Tudo em vão; as cordas em seus pulsos, presas à grande estátua de pedra, a impediam de executar muitos movimentos e, mesmo que conseguisse, não tinha forças para tanto. Sentiu as mãos frias dele correrem por suas pernas e sentiu nojo ao perceber o caminho que trilhavam.
- Não! – protestou ela tentando empurra-lo para longe, sem sucesso.
- Cale a boca! – disse ele segurando o rosto dela com uma das mãos, impedindo-a de falar – Fique quietinha, ruiva.
Tirando forças de algum lugar desconhecido, Gina equilibrou-se no tornozelo torcido e chutou-o entre as pernas. Malfoy soltou um grunhido de dor e caiu para o lado, assim como ela.
- Você vai pagar por isso sua vadia – disse ele
- Cruccio!
No milésimo de segundo antes de sentir seu corpo se contorcer novamente, soube que não fora Malfoy que lançara a maldição. Mas não conseguiu pensar em mais nada, pois seu corpo havia batido contra o chão frio novamente e, agora, parecia estar sendo destroçado por partes.
Harry, Rony e Hermione aparataram em Hogsmead e correram até Hogwarts sem prestar atenção em todas as pessoas que apontavam para Harry enquanto ele passava. Durante todo aquele período, tentara aparecer pouco em público para que as pessoas tivessem tempo para esquece-lo, mas, aparentemente, não havia funcionado.
Quando chegaram aos portões de Hogwarts e Hagrid se aproximou, Harry ficou feliz ao encontrar com o amigo.
- Harry, Rony, Hermione! – exclamou o meio-gigante – O que fazem aqui?
- Gina – respondeu Harry ofegante – Ela está presa na Câmara Secreta. Abra, Hagrid, precisamos encontra-la.
- Harry, do que está falando? – perguntou Hagrid
- Explicaremos tudo enquanto você nos leva até McGonagall – disse Hermione enquanto passavam pelos portões da escola e caminhavam em direção ao castelo.
O dia estava claro. As flores primaveris caiam sobre o gramado verde dos jardins do castelo e o lago parecia mais límpido do que nunca.
Talvez ela estivesse morta. Não se importaria se estivesse, ao menos não havia mais dor.
Estava sentada sobre uma árvore próxima à água, assistindo a Lula Gigante tomar um refrescante banho matinal, nadando para um lado e para o outro, parando apenas para espirrar água em alguns poucos estudantes que haviam acordado cedo.
- Bom dia – disse Harry sentando-se ao lado dela e beijando seus lábios levemente, ao que ela sorriu.
- Olá – disse ela – Acordou cedo.
- Resolvi aproveitar que Rony está dormindo feito uma pedra – disse ele – Assim não vai ficar fiscalizando a gente.
Gina apoiou-se no peito dele e ficou meio deitada sobre a grama.
- Quer dizer que desprezou seu merecido descanso dominical para ficar comigo? – indagou ela contente.
- E o que eu não faço por você? – disse ele tomando os lábios dela.
- Harry – murmurou ela com dificuldade.
Não havia morrido.
- Potter não está aqui – disse uma voz ao longe – Ainda.
Gina levantou os olhos apenas, pois não era capaz de fazer qualquer outro movimento. A figura ao longe era um homem de cabelos negros e nariz adunco, vestindo uma capa preta, a varinha apontada em direção a ela.
- Quem é você?
- É uma pergunta interessante – disse ele movendo apenas os lábios, sem nenhuma outra expressão passar por sua face pálida – Para Lord Voldemort, fui o melhor servo; para Dumbledore, fui o traidor; para Potter, fui o inimigo de seu pai; mas para você, sra. Weasley, fui apenas um professor.
Os olhos de Gina se contraíram enquanto ela lembrava.
- Snape – sussurrou ela – Seu nome é Snape.
- Severus Snape – disse ele – Vejo que a memória não está tão ruim assim.
- O que você quer de mim? – disse ela entre dentes.
Snape sorriu.
- Ao contrário do sr. Malfoy aqui – disse ele apontando para Draco que se encontrava sentado em um canto –, nada da srta. Estou esperando Potter vir resgata-la.
- Ele não virá – disse Gina – Não sabe onde estamos.
- Ah, mas eu fiz questão de deixar uma pista a ele – disse Snape. – Malfoy usou o diário que lhe deu para traze-la aqui; era uma chave de portal. Mas deixou para seu namorado uma réplica. Potter pode ser um grande desmiolado, mas estou certo de que, com algum esforço, entenderá que a trouxemos para cá.
- Harry vai trazer um monte de aurores junto com ele quando vier – disse Gina – Você não terá a menor chance.
- Você realmente não se lembra dele – debochou Snape – Sempre podemos contar com a impulsividade de um Grifinório nesses casos. – continuou – Ele virá sozinho quando descobrir. É uma pena para você, entretanto, que demore alguns dias, a julgar pela capacidade limitada que ele tem para resolver esse tipo de questão. – e com um suspiro, completou - Até lá, ficará aos cuidados de Malfoy.
Draco levantou-se de onde estava e começou a andar em direção a ela.
- Não! – murmurou Gina apavorada, tentando livrar-se das cordas.
Draco sorriu maliciosamente.
- Toda sua – disse Snape retirando-se dali, um riso enviesado no rosto macilento.
- Potter – iniciou a professora McGonagall após Harry contar-lhe o motivo de sua invasão àquela hora da noite -, mesmo que houvesse mais sentido em sua história, não posso autoriza-lo a entrar na câmara secreta sozinho.
- Conheço a câmara e não há mais basilisco vivo lá dentro – disse Harry – vamos, professora, Gina está lá dentro.
- Posso chamar a Ordem para investigar amanhã pela manhã. – disse McGonagall - Antes disso, receio que seja necessário esperar e procurar a srta. Weasley em outro lugar.
- Ela não está em outro lugar! – exclamou Harry – Ela está lá na câmara. Snape a levou para lá, tenho certeza!
- Potter... – começou McGonagall
- Professora – interrompeu Harry – Eu vou entrar naquela câmara de qualquer jeito – disse ele -, mas gostaria de ter sua autorização.
McGonagall crispou os lábios e encarou Harry por alguns instantes.
- Vou chamar a Ordem para ajuda-los, eles também conhecem a câmara. Se Snape está lá dentro, entretanto, pode ter feito algum tipo de modificação que atrapalhe nosso trabalho. – disse ela – Precisam me garantir que o sr. Weasley ficará na ante-sala depois do túnel e a srta. Granger, na entrada do banheiro, mantendo a passagem aberta.
- Mas... – começaram Rony e Hermione ao mesmo tempo.
- Ou isso ou nada feito – disse McGonagall severamente – É a minha forma de assegurar suas vidas e certificar-me que a ajuda chegará ao lugar correto.
- Está certo – concordou Harry – Agora vamos.
Ele aproximava-se cada vez mais dela, fazendo-a recuar até ficar completamente encostada na estátua de pedra ao fundo.
- Eu fico me perguntando – disse Malfoy pressionando-a mais contra a parede – Como é que uma traidorazinha do sangue como você pode ser tão bonita?
Gina sentiu nojo, mas não disse nada. Desviou os olhos dos dele e encarou o diário atirado ali perto e a caneta ao lado.
- Fico pensando - disse Malfoy colocando seus lábios no pescoço dela. - Como ele a beijava...
- Me solta – murmurou Gina, voltando sua atenção para ele, retesando-se.
- Como ele a tocava. - continuou ele tocando as pernas dela sob a camisola.
Gina apoiou suas mãos no peito dele numa tentativa de empurra-lo.
- Quantas vezes você foi dele – disse Draco ao mesmo tempo que pressionou o próprio corpo violentamente contra o dela.
- Não! – gritou ela, debatendo-se nos braços dele, até que finalmente conseguiu empurra-lo para longe, correndo em direção ao diário.
- Cruccio! – urrou Malfoy e ela sentiu o próprio corpo cair no chão.
Harry, Rony e Hermione entraram no banheiro feminino e ficaram felizes ao não encontrar a Murta-que-geme por lá. Provavelmente, pensaram, ela estaria fazendo uma visita ao banheiro dos monitores-chefe.
- Fale em língua de cobra, Harry – disse Rony – Lembra como é?
- Não é como se eu diferenciasse, lembra? – disse Harry – Abra – ordenou ele .
Assim que a pia deu lugar a um grande buraco no banheiro, Hermione beijou Rony e ele e Harry desceram pela tubulação suja até a ante-câmara.
- Não achei que fôssemos ver este lugar de novo – comentou Rony tentando limpar as vestes com uma mão e empunhar a varinha com a outra.
- Nem eu – disse Harry fazendo um pequeno movimento com a varinha a fim de que uma luz se acendesse em sua ponta. – Deve ter havido mais desmoronamentos por qui, terá que remover algumas pedras.
- Isso não lhe parece familiar? – sugeriu Rony.
- Se você quiser uma imitação perfeita, podemos providenciar um professor narcisista e desmemoriado, o que acha?
- Nah! – disse Rony desgostoso – Estou bem assim.
Harry riu por um momento, mas logo em seguida viu um pedaço de seda amarelo sobre uma das pedras e um pouco de sangue nele. Imediatamente, sentiu o sangue parar de circular. Guardou o pano no bolso sem mostrar a Rony.
- Espere aqui, vou procurar a Gina. – disse ele passando por entre as rochas e começando a andar até a câmara.
- Déjà vu – ironizou o ruivo.
Ela não achou que já tivesse sofrido tanto alguma outra vez na vida, embora não se lembrasse. Estava deitada sobre o chão frio da câmara, sem corças para se mexer. Viu Malfoy aproximar-se de si, mas sabia que não seria capaz de resistir.
Olhou para os lados a procura de algo que pudesse ajudar. O diário estava ali, ao alcance de sua mão direita, juntamente com a caneta. Agradeceu mentalmente por tratar-se de uma caneta e não de uma pena. Moveu um pouco o braço direito, mas só o suficiente para não levantar suspeitas; aquela seria sua única chance.
Malfoy ficou de joelhos próximo a ela e, em seguida, posicionou seu corpo sobre o dela, ao que Gina aproveitou para mover o braço direito para mais perto da caneta.
- Se você prometer ficar bem quietinha – disse ele subindo sua mão pela perna dela, sob a camisola –, juro que não vai doer.
Gina sentiu vontade de empurra-lo para longe, gritar e fazer qualquer coisa para resistir, mas sabia que não seria capaz, então resolveu pensar friamente e, enquanto ele puxava sua camisola para cima, ela alcançou a caneta e segurou-a firmemente entre os dedos trêmulos.
- Potter realmente tem muita sorte – disse Malfoy encarando-a maliciosamente antes de começar a beijar seu pescoço e descer para o colo.
Então, percebendo que ele estava suficientemente distraído e reunindo todas as suas forças, Gina pressionou a caneta em sua mão, posicionou-a entre o corpo dela e o dele e forçou-a contra a lateral do dorso de Draco, sentindo a caneta perfurar a pele e o sangue jorrar.
O uivo de dor de Malfoy foi ignorado por ela assim como as tentativas dele de encontrar a própria varinha; Gina já havia pego do cós de suas calças e agora cortava as próprias cordas para libertar-se.
- Realmente, Harry tem muita sorte – disse Gina começando a amarrar as cordas nos pulsos de Draco – Mas eu tenho mais.
E dizendo isso, saiu correndo dali o mais rápido que podia, considerando a dor no tornozelo e no resto do corpo. No final da câmara, sorriu.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!