Thomas Félix
O dia seguinte amanhecera com o céu ensolarado e poucas nuvens. Tonks acordou mas não se levantou da cama. Olhou para fora da janela e viu o dia bonito que se fazia lá fora. Caminhou até a janela e inspirou o ar puro que o vento trazia todas as manhãs para o Largo Grimmauld. Trocou de roupa e desceu para o café.
A Sra. Weasley preparava ovos mexidos no fogão. Sentados à mesa estavam o Sr. Weasley, os gêmeos Weasley, Gina, Harry, Hermione, Rony e Lupin deliciando-se com o café cheio de variedades.
- Bom dia!- disse Tonks com um sorriso, sentando-se à mesa e servindo-se de torradas.
- Bom dia, querida! Dormiu bem esta noite?- respondeu a Sra. Weasley com ar maternal.
- Muito bem, obrigada- disse Tonks passando geléia em sua torrada.
Lupin observava Tonks que agora estava degustando a torrada com geléia. Tonks cruzou com seu olhar e ele logo o desviou para o outro lado. Tonks comeu mais uma torrada com manteiga, um pedaço de torta e bebeu uma xícara de café com leite. Levantou-se de sua cadeira e olhou para Lupin que conversava com o Sr. Weasley. Deu um suspiro e se dirigiu para o escritório.
Tonks bateu na porta e uma voz de dentro do cômodo disse à ela que podia entrar. Tonks abriu a porta e encontrou com Minerva sentada atrás de uma escrivaninha lendo vários papéis e os separando em pilhas.
- Profª. Minerva?- disse Tonks.
- O que deseja?- disse Minerva com ar de cansada.
- Tem algum trabalho para a Ordem, que eu tenho que fazer hoje?
- Hum...- disse Minerva pensativa- Ah, sim! Você poderia fazer o favor de comprar os livros do Harry e Hermione deste ano? Eu não quero que eles saiam. Molly e Arthur cuidarão do material dos irmão Weasley.
- Vou sim, Minerva- disse Tonks com um sorriso. Um passeio pelo Beco Diagonal lhe faria bem.
- Me antecipei e tirei dinheiro para os livros. Certo? Obrigada, Tonks.- disse Minerva voltando a ler e separar os papéis sobre sua mesa.
Tonks saiu do escritório fechando a porta atrás de si. Caminhava distraída pelo corredor quando, de repente, esbarra em Lupin. Os dois se olham e, por um momento, Tonks pensa em agarrá-lo e lhe dar um beijo. Ele, como que soubesse o que Tonks estava pensando desviou o olhar e continuou seu caminho. Tonks fica imóvel por um instante pensando no que acabara de pensar. Balança a cabeça, para afastar o pensamento de sua mente e segue em direção a porta.
Lupin terminou seu café e conversava com o Sr. Weasley. Quando este teve que ir trabalhar, ajudou a Sra. Weasley a limpar a mesa e depois seguiu em direção ao escritório.
Andava pensativo, quando, sem perceber, esbarra em Tonks. Encarou-a como se quisesse decorar cada detalhe de seu belo rosto. O tempo pareceu correr muito devagar e ele pensa, por um instante, em dar um longo e romântico beijo em Tonks. Volta à realidade, desvia seu olhar com o de Tonks e entra no escritório.
- Desculpe, Minerva, por não ter batido antes de entrar- diz ele quando percebe que entrou de repente no escritório de Minerva sem antes ter batido na porta.
- Não se preocupe, Remo- disse Minerva colocando um papel sobre a pilha mais baixa de papéis.
- A senhora mandou me chamar...
- Mandei sim. Sente-se, por favor- disse Minerva apontando para uma cadeira à frente da escrivaninha onde Lupin imediatamente sentou- Lupin, ontem na hora do jantar, fiquei preocupada com a briga entre você e Tonks. Não comentei nada com ela pois já suspeitava do que ela iria me falar. Mas eu fiquei em dúvida sobre o que você iria me responder, por isso serei breve, você gosta de Tonks?
Lupin sentiu um arrepio subir por sua espinha.
- Gosto, claro. Como gosto da senhora, e do restante dos moradores desta casa- disse ele um pouco nervoso.
- Você sabe muito bem de que não é desse gostar de que estou falando. Você ama a Tonks?- disse Minerva.
Lupin olhou sério para Minerva.
- Eu não sei direito...- disse levantando-se da cadeira e dando voltas pelo escritório- Agora mesmo, esbarrei nela e senti uma vontade de beija-la. Não sei se isso pode ser sinal de amor...
Minerva fechou os olhos e sorriu.
- Está certo, Lupin. Pode ir.- disse ela.
Lupin saiu do escritório e seguiu para a cozinha.
Tonks aparatou no Beco Diagonal, em uma ruazinha sem muito movimento. Mesmo que aparatasse no meio da Floreios e Borrões, ninguém ligaria, pois todos ali eram bruxos. Caminhou até a livraria e encomendou todos os livros pedidos por Hogwarts para o sétimo ano em dobro.
Observava um livro em exposição na vitrine quando, de repente, um homem esbarra nela derrubando um livro que carregava.
- Oh desculpe-me senhorita!- disse o homem agachando-se para pegar o livro que derrubara.
- Não se preocupe- disse Tonks para o homem que já estava de pé em sua frente.
- Eu conheço você!- exclamou o homem olhando para Tonks- Você estudou em Hogwarts, terminou há cinco anos, não é?
- Sim- respondeu Tonks.
- Você se chama Tonks?- perguntou o homem.
- Me chamo sim- respondeu Tonks surpresa.
- Fizemos Hogwarts juntos! Me chamo Thomas Félix, ao seu dispor- dizendo isso beijou as costas da mão de Tonks, que corou levemente.
- Thomas! Quanto tempo, não?- disse Tonks lembrando-se do rapaz e puxando sua mão de volta.
- Nem me fale. Você continua bela como sempre! Com certeza seu namorado tem muita sorte!- disse ele com um sorrisinho sedutor.
Tonks sorriu.
-S e eu tivesse um namorado, eu é que teria muita sorte- disse ela.
- O quê?- disse Thomas espantado- Uma metamorfaga linda que é você, não ter namorado? Em que mundo estamos vivendo?- disse ainda com a expressão de espantado.
Tonks mais uma vez sorriu.
- Em um mundo em que eu não tenho direito de ser feliz...- murmurou Tonks para o chão, com a lembrança do romance quase impossível com Lupin e uma expressão de tristeza em seu rosto se formou. Thomas pegou delicadamente em seu queixo e ergueu seu rosto para que olhasse para ele.
- Não é assim, Tonks...- disse Thomas em um tom de consolo para Tonks- você tem todo o direito do mundo de ser feliz como qualquer outro. Vem, eu sei o que fará sumir essa carinha triste sua: uma taça enorme de sorvete da Florean Fortescue! Eu pago!- disse oferecendo o braço direito.
Tonks balançou a cabeça em resposta como sim, mas recusou o braço oferecido por Thomas.
Lupin saiu do escritório e pensou em voltar para a cozinha mas no último minuto, seguiu para seu quarto. Fechou a porta e sentou-se em sua cama de frente para janela aberta. Refletia sobre seus sentimentos. Lembrou-se de seu amigo Sirius e nos conselhos que poderia dar naquele momento. Lembrou-se também da morte do amigo.
Sirius havia morrido e Tiago também. Seus únicos verdadeiros amigos que várias vezes tinham arriscado a própria vida para fazer companhia a Lupin nas noites de lua cheia, quando ainda jovens estudaram em Hogwarts. Cada momento que havia passado com Tiago e Sirius seria eterno. Agora estava sozinho.
Deitou na cama. Uma lágrima teimosa fugiu-lhe dos olhos e rolou pelo seu rosto já cansado, apesar de sua pouca idade. No momento em que esbarrara em Tonks, sentiu uma emoção diferente, quis beija-la, queria toma-la em seus braços e lhe dar um longo beijo, queria sentir que... “O que está acontecendo comigo?”, pensou “Nunca me tornei tão sensível, que lágrima é essa escorrendo pela minha cara? Por que tenho me tornado tão diferente em relação a sentimentos? Por que antes era um homem certo do que desejava e agora tão...tão inseguro?”
Tonks e Thomas caminhavam lentamente até a Florean Fortescue. Os dois conversavam animadamente, contando causos e histórias sobre suas respectivas vidas. Thomas contara que conseguira cargo de Chefe do Departamento de Segurança de Azkaban.
- Então agora você deve estar arrancando os cabelos com essa fuga em massa dos Comensais, não é?- perguntou Tonks quando os dois já estavam na Florean Fortescue sentados em uma mesa perto da janela que dava para o Beco. Thomas estava sentado no lado oposto da mesa, na frente de Tonks.
- Uhm...- Thomas fez uma careta- É...realmente tudo isso tem nos dado muita dor de cabeça mesmo... O Profeta Diário bate na porta do meu escritório toda manhã pedindo explicações que certamente eu não dou...não vejo a hora disso tudo acabar...
- Todos nós não vemos a hora de tudo isso acabar, Thomas. Não fique se culpando por isso. Você pode ser o Chefe do Departamento de Segurança de Azkaban, mas o culpado é Você-Sabe-Quem que liderou tudo- disse Tonks tentando consolar Thomas, que deu um longo suspiro e respondeu:
- Você tem razão Tonks. Bem, já pediu seu sorvete?- disse Thomas animado.
Tonks acenou a cabeça afirmante. Logo um garçom chegou à mesa com uma grande taça com sorvetes quase transbordando do topo. Um garotinho que estava sentado perto da mesa de Thomas e Tonks comentou com a mãe:
- Mãe, eu quero um sorvete que nem o da moça ali- disse apontando para Tonks.
Thomas não havia feito pedido algum e observava, deslumbrado, Tonks comer sua taça de sorvete. Os dois haviam freqüentado Hogwarts juntos. Pertenceram a mesma Casa, Grifinória, assistiam as aulas juntos com o restante do turma. Mas nunca haviam realmente conversado. E Thomas se perguntava “Por quê?”
Por que nunca haviam se tornado verdadeiros amigos e nunca havia ocorrido nem um simples romance entre eles? Thomas sempre tivera uma atração por Tonks, mas ela não parecia reparar nele.
Thomas era um menino, na época, magricela, alto e, por isso, muitas vezes desengonçado, e quando abria a boca, revelava duas fileiras de dentes amarelados e tortos o que fazia não ser muito popular na escola. As únicas coisas que tinha de uma boa característica eram os cabelos negros em conjuntos com brilhantes e lindos olhos azuis.
Agora havia se transformado em um rapaz muito bonito. Era alto, mas agora forte, possuía um corpo bonito. Não era mais desengonçado, tinha postura de um nobre e agia como tal. Seu sorriso exibia duas fileiras de dentes brancos e corretamente enfileirados, além de ser também muito sedutor assim como o olhar que ele lançava. Seus cabelos negros estavam muitos bem hidratados e lindos. Finalizando o cavalheirismo e romantismo também o caracterizava. Enfim, “objeto” de desejo de muitas mulheres.
Tonks terminara sua taça e reparou que Thomas a observava.
- Que foi?- disse ela, olhando espantada para Thomas- Meu rosto tá sujo?
- Não, só estava reparando em como você é bonita...- disse Thomas romântico.
- Obrigada- disse Tonks levemente corada- Sorte que estou na forma da verdadeira Tonks!- sorriu.
- Seu sorriso é tão lindo...- disse Thomas chegando cada vez mais perto do rosto de Tonks. Mas ela afasta a cabeça, suspeitando das intenções de Thomas e empurra delicadamente a cabeça do rapaz para longe dela.
- Calma aí- diz ela.
-Desculpe-me- disse Thomas envergonhado- Já terminou seu sorvete, né?- Tonks concordou com a cabeça- Então vamos! Posso ser gentil e te levar até em casa?- terminou com um sorriso.
Tonks hesitou um pouco. Deixar Thomas saber onde ficava a sede da Ordem fornecia riscos, afinal não sabia o quanto confiável era o rapaz. Ma acabou deixando-o leva-la até o começo da rua. Thomas pediu que o acompanhasse até o Caldeirão Furado, onde estacionara seu carro na rua em frente ao bar.
Os dois saíram do bar e Tonks deparou com o carro de Thomas: um elegante carro esportivo vermelho berrante, brilhando. “Último modelo” dissera Thomas. O rapaz tirou um pano de flanela de dentro das vestes e limpou carinhosamente um pedaço do capô do carro deixando-o mais brilhante ainda.
Thomas abriu a porta do passageiro para Tonks entrar.
-Madame- disse, cavalheiro ao abrir a porta.
- Oh, obrigada- disse Tonks maravilhada.
Thomas deu a volta e entrou pelo outro lado.
- Sabe- começou ele- Comprei este carro para poder andar de dia por povoados trouxas. Voar de dia é muito arriscado, não concorda?- Tonks concordou com a cabeça- E, bem, que cavalheiro seria eu se acompanhasse uma dama até sua casa, aparatando ou indo de Flu, não acha?- disse dando mais um sorriso sedutor.
- É verdade...- disse Tonks comum sorriso- Mas você vai com esse carro ao trabalho também, imagino.
- Vou, é verdade- respondeu Thomas.
- Não precisa deixar na frente da minha casa, Thomas, me deixa no começo da rua e daí eu sigo sozinha- pediu Tonks um pouco antes de chegar no local onde ia desembarcar.
- Você é que manda, Tonks- disse Thomas.
Tonks mostrou a rua e Thomas parou. Ela desceu do carro, com as duas sacolas de livros e antes de se virar para ir para casa, Thomas disse:
- Tonks? Sabe, eu gostei muito do nosso passeio, gostaria de saber se a gente não poderia marcar um novo encontro qualquer dia desses...
- Claro! É só dizer o dia e a hora- disse Tonks apoiada no peitoril da janela do carro.
- Semana que vem está livre? Que tal na sexta, vou te levar para jantar. Eu te pego aqui às sete, está bem?- disse Thomas animado.
- Perfeito- exclamou Tonks desencostando-se do peitoril da janela do carro- até lá!
O carro deu a partida e saiu. Tonks andou sem pressa para casa dos Black.
N/B:Bem, bem, bem. Desculpe pela demora, mas terão um bonus! Dois capitulos de uam vez só!
^^
Bem, a Autora explica tuuuudo no final do próximo capitulo, ok?
Beijo, e comentem!
:D
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