Perseguição II
Angélica via assombrada a cena que se seguiu ali.
Uma mulher grávida fora arremessada pelo carro e agora se contorcia no frio chão da rua, onde uma gigantesca poça de sangue a rodeava.
A cena que seguiu foi pior ainda.
A tal mulher encapuzada ligou o veículo, que além de assustar todas as pessoas que por ali passavam, passou por cima do corpo da grávida.
Angélica começou a correr novamente, até que encontrou um beco. Um beco abandonado cheio de latas de lixo e ratos.
A menina achava que o carro negro jamais a encontraria ali. Fatal engano.
Ao longe, se ouviu um barulho de motor. Um barulho que cortava o silêncio e penetrava na alma. Quando virou pra trás, Angélica viu a porta do veículo sendo aberta , e de dentro dele sair a tal mulher encapuzada.
Ela, com sua bota preta, foi se aproximando da menina em passos curtos.
- Quem é você?? – perguntou Angélica
- O seu pior pesadelo – respondeu com uma voz maligna e ao mesmo tempo ameaçadora.
- Você é a......comensal que fugiu de Azkaban??
- Infelizmente sim.
- Infelizmente? – disse a garota curiosa.
- Não é fácil se esconder dos dementadores quando se está na capa de todos os jornais do mundo bruxo. Principalmente do profeta diário, que adora inventar o que não é verdade.
- Mais isso não é problema. Até porque, se você é tão poderosa como dizem, vai ser fácil se livrar dos dementadores.
-Às vezes Angélica, é mais prudente se esconder e ter tudo que você quer nas mãos, do que lutar e arriscar perder tudo.
A menina não havia entendido a fala da mulher encapuzada , mas o que quer que fosse, não devia ser boa coisa.
Silêncio. A única coisa que se ouvia era o barulho do vento.
- Eu sei o que você está pensando. – disse a mulher.
- Sabe?
- Claro que sei.
- Então no que eu estou pensando?
- Que provavelmente eu vim aqui pra matá-la e depois disso, matar seus pais.
- Sinceramente......eu estava pensando nisso mesmo.
- Angélica, você acha mesmo que eu teria coragem de fazer tamanha crueldade? Claro que não. Eu só queria conversar.
- Conversar?
- É. Só que pra isso acontecer, você vai ter que cooperar comigo. – disse dando um riso malicioso.
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