Discurso
Capítulo 19 – Discurso
Harry, Rony, Mione e Guilherme adentraram o Salão Principal e se acomodaram à mesa da Grifinória. Guilherme olhava para o teto encantado como se o analisasse, meio assombrado.
-Nunca havia estado em Hogwarts antes, Guilherme? – perguntou Hermione.
Guilherme riu antes de responder “Não. Nunca estive aqui antes Mione.”
A balburdia pelo Salão era grande, mas ela silenciou em um instante quando Minerva McGonnagal, professora de Transfiguração, colocou sobre um banco um Chapéu muito velho e gasto.
Minerva não se demorou muito com o Chapéu, se dirigindo rapidamente para a porta, por onde trouxe uma fila de alunos novatos.
A surpresa, no entanto, era que não havia apenas os garotos jovens de todos os anos, mas alguns adolescentes mais velhos, talvez da idade de Harry e dos outros.
Assim que uma fila única se formou frente ao Chapéu Seletor, ele abriu um rasgo que deveria ser sua boca, e se pôs a cantar uma canção, que além de distinguir as qualidades de cada uma das quatro casas, também avisava sobre o iminente perigo de Voldemort.
Todos os presentes no Salão aplaudiram com fervor. Embora logo tenham se aquietado pelo olhar que Minerva lançou às quatro Casas.
Começou a ler um pergaminho, primeiro pelos alunos que iriam cursar o 1º ano, pra apenas depois passas aos demais alunos que esperavam na fila.
Esses garotos mais velhos eram um grupo não muito grande de cerca de 9 ou 10 jovens.
Minerva os chamou calmamente:
-Jason Burks. – disse em alto e bom som e um garoto avançou rapidamente colocando o Chapéu e sendo selecionado para a Corvinal e fazendo com que uma salva de palmas viesse daquela mesa.
-Susan Peterson. – chamou Minerva calmamente, fazendo com que uma bonita garota de cabelos negros, pele alva e olhos incrivelmente azuis avançasse.
-Grifinória! – berrou o Chapéu alguns segundos após ela coloca-lo na cabeça.
Uma salva de palmas explodiu àquela mesa, como era costume quando um novo aluno era selecionado.
-Patrick Tear. – chamou Minerva novamente.
E assim prosseguiu até que todos fossem selecionados e estivessem acomodados às suas mesas.
Quando Minerva saiu do Salão com o Chapéu, Dumbledore se levantou para discursar:
-Boa Noite a todos e Bem-vindos à Hogwarts! – começou ele alegremente – Tenho alguns avisos a dar antes de iniciarmos o delicioso banquete que nos foi preparado. Em primeiro lugar, quero dar boas vindas aos novos alunos e ao nosso novo Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Professor Maximus Clapham! – disse Dumbledore com os olhos cintilando e fazendo um gesto para a ponta da mesa dos professores, onde um homem se levantou: Ele era um homem alto que usava longas, caras e formais vestes a rigor, de pele bronzeada, com cabelos castanhos, um curto cavanhaque que cobria seu queixo por completo e possuía um sorriso gentil no rosto, usava óculos de armação de metal, escondendo o que nenhum aluno poderia ver: seus olhos cinzentos e frios, que não compartilhavam o calor de seu gentil sorriso.
Ele fez um cumprimento em direção à mesa da Sonserina, com uma expressão que demonstrava ligeiro asco ao olhar naquela direção.
Fez também um cumprimento à mesa da Lufa-Lufa, com uma expressão que demonstrava simpatia e gentileza.
Outro cumprimento à mesa da Corvinal, a qual fez surgir no rosto uma leve expressão de sabedoria infinita.
O último cumprimento foi à mesa da Grifinória, onde fez aparecer em seu rosto um sorriso forte e corajoso, de quem nada temia. No entanto, ao passar os olhos pela mesa da Grifinória, algo estranho ocorreu em seu semblante.
Ele passou os olhos, ainda sorrindo gentilmente, por vários alunos, até chegar à ponta da mesa onde estavam Harry e seus amigos. Olhou Rony e Hermione sorrindo, e demonstrou ligeira surpresa ao reparar na cicatriz em forma de raio na testa de Harry, para no instante seguinte, seu sorriso desaparecer de imediato ao passar os olhos por Guilherme.
Guilherme também o encarava com uma expressão séria e feroz, muito parecida com a que o Professor demonstrava, embora Clapham soubesse disfarçar melhor.
Apesar da troca de olhares entre Guilherme e Clapham terem durado apenas alguns segundos, foi tempo suficiente para que os alunos acabassem de aplaudir o novo professor.
Dumbledore adivinhou o que estava acontecendo, por isso pigarreou e continuou:
-Obrigado Professor Clapham. Sim, já pode se sentar. Continuando, é bastante provável que vocês tenham notado que esse ano estamos recebendo alguns alunos a mais do que o normal. E eu vou explicar o porquê: Voldemort voltou. – simplificou ele – E com o retorno de Lord Voldemort, a sociedade bruxa atual ficou bastante abalada. Por isso, em recente decreto do Ministério da Magia, entramos em acordo com as mais poderosas e conhecidas Escolas Bruxas da Europa. Concordamos que a segurança dos alunos nesse momento é o mais importante. Por isso, estamos recebendo estudantes em intercâmbio, por tempo indeterminado. No decorrer do ano, provavelmente, chegarão mais alunos, e espero que todos os moradores de Hogwarts os tratem bem. Hogwarts está abrigando alunos estrangeiros, por que Hogwarts é o local mais seguro de todo esse continente. O Ministério da Magia colocou aurores de vigia o tempo inteiro ao redor da escola, por isso, é impossível que alguém entre ou saia sem o conhecimento ou permissão dos funcionários da escola. Peço a todos os alunos que não tentem sair da escola sem permissão, para que não sofram nenhum acidente com ataques de aurores. Eles têm seus meios de descobrir Capas da Invisibilidade e disfarces. Aviso também que a Floresta que faz parte da propriedade de Hogwarts é proibida e está sendo vigiada, portanto, ninguém deve sequer tentar entrar para explorá-la. Por enquanto, isso é tudo o que eu tenho a dizer. Só lhes digo mais duas palavras: Bom Apetite! – e se sentou.
As mesas se encheram instantaneamente do farto banquete de sempre enquanto as conversas se voltavam ao discurso de Dumbledore.
***
Quando todos foram dispensados, os alunos saíram rapidamente das mesas, se dirigindo a seus dormitórios.
Harry, Rony e Mione saíram do Salão Principal ainda discutindo o discurso de Dumbledore, com Guilherme um pouco atrás. Até que ele avistou uma cabeleira negra subindo as escadas de mármore junto com os novatos.
-EI, SUSAN! – berrou ele em meio aos sons da multidão que se deslocava pra seus dormitórios.
Muita gente se assustou, chegando a dar um pulo de susto, mas não foi o caso dela. Ele sabia que ela era imensamente corajosa e que não se assustava por bobagens.
Ela parou na escada, imóvel. Ficou assim por vários segundos. Completamente imóvel.
***
Susan havia se alimentado bem no banquete e naquele momento só queria ir para seu novo quarto dormir. Mal colocara os pés na escada de mármore que alguém a chamara.
-EI, SUSAN! – berrou uma voz que ela conhecia. Ela sentiu o corpo inteiro gelar. Parou imóvel na escada. “Não pode ser ele” pensou. Mas sabia que era. Reconheceria aquela voz doce em qualquer lugar. Continuou imóvel tentando acreditar que tudo aquilo era um sonho ou, talvez, um pesadelo.
Depois de tudo o que passara, ele não poderia voltar a aparecer. Não agora. Lentamente ela se virou na direção da voz.
E lá estava ele, um rapaz de cerca de 16 anos, seus cabelos negros caídos displicentemente sobre os olhos cor de mel, e seus olhos demonstravam firmeza e calmaria, transmitindo aquela estranha tranqüilidade, segurança e bondade que sempre transmitiram.
***
Guilherme sorriu de orelha a orelha. Tinha certeza que era ela, no instante que a vira.
Susan. Ambos ficaram sem reação. Em um segundo, ela desceu os poucos degraus da escada e se jogou nos braços dele, dando um apertado abraço.
Um minuto depois, ela se separou dele, de repente. Se afastou alguns passos e o olhou de modo firme e sério. E do nada, deu um sonoro tapa no rosto do rapaz.
Guilherme apenas virou o rosto com a força do tapa. Voltou a olhá-la longamente. Se encararam nos olhos por vários segundos com uma multidão ao redor, observando a cena. Então, ambos deram um passou a frente se abraçando, e dando um longo e apaixonado beijo. Ficaram se agarrando no meio do Saguão, sem se importar com a multidão de curiosos que se formava ao seu redor.
O beijo era apaixonado, lento, cheio carinho. Susan lhe dava um beijo lento e carinhoso. “Ela não mudou nada. Continua a mesma!” pensou Guilherme enquanto sentia que ela estava com as mãos em sua nuca e acariciava seu cabelo, sensações que lhe proporcionavam deliciosos arrepios. Ele colocou as mãos na cintura dela, para depois passar os dedos de leve pelas costas dela. E então, outra vez, Susan se afastou de Guilherme, ambos ofegantes, sem fôlego e bastante corados, e novamente lhe deu um sonoro tapa no rosto. Novamente, todos ficaram surpresos e sem reação, inclusive Guilherme, que apenas voltou a olhá-la depois do segundo tapa.
Ela, depois, deu as costas sem dizer uma palavra e se afastou escada acima com passos firmes.
Guilherme tocou os lábios recém beijados e depois tocou a face esquerda, vermelha e marcada pelos tapas. E sorriu. Passou os dedos de leve pela marca vermelha no rosto. Harry, Rony e Mione, um pouco mais atrás se entreolharam.
-Vai entender... – disse Rony antes de começar a subir com os outros em direção aos dormitórios.
Guilherme, por incrível que pudesse parecer, em seus gestos demonstrava que os tapas tinham tido muito mais significado para ele que o beijo.
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N/A: Desculpem a demora... Espero q gostem do novo cap... Mtas surpresa pela frente hein... Vlw a tds q tem lido... Espero q gostem desse novo cap... Mtas coisas irão acontecer daqui pra frente na história e ateh msm os minimos detalhes serão importantes... Abraços e comentem...
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