Telepatia

Capítulo 8 – Telepatia


Harry acordou na manha seguinte, com uma pilha de presentes aos pés de sua cama. Seus presentes de aniversário. Aconteceram tantas coisas que ele sequer se lembrara de abri-los.
Pensou por qual seria melhor começar, escolhendo, por fim um pacote fino e comprido.
-Eu não acredito! – disse num sussurro rouco. Ali em suas mãos estava sua Firebolt. Intacta. Vinha com uma pequena mensagem:

“Acho que isso pertence a você.
Aproveite, pois tenho certeza que Sirius lhe deu de todo o coração.
Tenha um Feliz Aniversário Harry.

Alvo Dumbledore”

Harry se sentiu extremamente feliz por ter sua Firebolt de volta. Iria começar a abrir outros presentes quando Rony acordou e o chamou para tomarem café. Por fim, desistiu dos presentes e o acompanhou.

***

O café da manhã transcorreu de forma calma na cozinha da Ordem, exceto por um pequeno detalhe: Lupin disse a Harry, Rony e Hermione que ele teriam a primeira aula do treinamento depois do café.
Harry se sentindo extremamente nervoso, esperou alguém chamá-lo para irem à aula, mas não esperava que fosse Snape.
-Potter, Weasley e Granger, me acompanhem. Darei-lhes a primeira aula do seu treinamento.
Harry olhou para Lupin, como se pedisse ajuda. Lupin, no entanto apenas levantou os ombros e sussurrou um “Sinto muito”.
Harry, Rony e Hermione se levantaram e seguiram Snape para fora da cozinha.

***

Assim que Harry, Rony e Hermione saíram, Lupin olhou para Guilherme que estava sentado ao seu lado e que sorria divertido.
-Guilherme, será que você... – começou Lupin.
Ele riu e respondeu enquanto se levantava:
-É claro. Por mim tudo bem. Eu posso dar a primeira aula para eles. – respondeu o outro adivinhando os pensamentos e o pedido de Lupin, e ainda sorrindo.
Guilherme saiu rapidamente da cozinha e alcançou Snape, Harry, Rony e Hermione ao pé da escada. Só então Harry pôde ver ele. Não notara sua presença no café da manhã. E ficou surpreso ao ver ele daquele jeito. As únicas vezes que Harry o vira, ele estava coberto por uma capa negra de viagem, dos pés até os ombros, deixando apenas o rosto à mostra, no entanto, naquele dia ele se vestia com um trouxa. Ele usava jeans com um tênis negro, uma camisa branca com as mangas dobradas, o que deixava à mostra várias correntes no pulso direito, um relógio prateado no pulso esquerdo e logo acima do relógio havia um bracelete adornado com símbolos estranhos, de cor dourada e cheio de pedras brilhantes e aparentemente preciosas.
-Ei, Severo. Espere. – disse ele.
-O que foi McKinnon? – perguntou Snape de cara feia.
-O Professor Dumbledore me pediu para dar a primeira aula deles. Ele quer que eu conte A História. – disse segurando o riso ao ver a cara que Snape fez.
-De novo? Você tem que contar essa História de novo? – perguntou ele fechando a cara.
-Sinto muito. Ordens são ordens. – disse dando um alegre sorriso, o que fez Snape fechar ainda mais a cara.
-Você está mentindo. – disse ele estreitando os olhos. – Dumbledore não lhe pediu nada, não é? – disse ele astutamente.
-Isso não lhe interessa, Severo. – disse Guilherme calmamente, sem perder a pose. – Eu vou dar a primeira aula deles, você querendo ou não. – Disse Guilherme encarando Snape nos olhos.
Harry, Rony e Hermione olhavam a cena de bocas abertas. Como Snape permitia que Guilherme falasse daquele jeito com ele?
Guilherme e Snape se encaravam nos olhos, sem ao menos piscar, até que Snape deu um passo a frente murmurando:
-Ora seu... – ao mesmo tempo em que enfiava a mão nas vestes, provavelmente à procura da varinha.
-Nem pense nisso Severo. – disse Guilherme calmamente enquanto batia com um dedo no bracelete dourado que usava.
Snape ao ver o movimento relacionado ao bracelete, pareceu pensar melhor e com um bufo irritado, virou as costas e voltou à cozinha.
Guilherme deu uma gostosa gargalhada e com um gesto simples, chamou Harry, Rony e Hermione para acompanhá-lo enquanto subia as escadas.
Uma estranha expressão de entendimento apareceu no rosto de Hermione enquanto eles subiam a escada.
Quando chegaram ao primeiro patamar ela disse:
-Você e Snape se comunicaram não foi? – perguntou se dirigindo à Guilherme.
Guilherme que aparentemente estava distraído, se virou para olhá-la em dúvida.
-Desculpe Hermione. O que disse? – perguntou olhando para ela.
-Você e Snape se comunicaram não é? –disse novamente.
-Do que você está falando? Você estava lá. Você viu e ouviu toda a conversa. – disse ele erguendo uma sobrancelha e formando um leve sorriso nos lábios.
-Não é à conversa que assistimos a que estou me referindo. Enquanto vocês se olhavam. Vocês se comunicaram com o olhar não foi? – disse ela olhando nos olhos cor de mel dele.
Ele não respondeu, apenas deu um sorriso, que foi interpretado com um “Sim” por Hermione.
Ele virou as costas e continuou a subir as escadas sacudindo a cabeça e ainda sorrindo.
-Hermione, do que você estava falando? – perguntou Harry enquanto recomeçavam a subir as escadas.
-Ora Harry. Vai dizer que não notou. – respondeu ela com uma ponta de deboche.
-Notei o que? – perguntou Harry confuso.
-Notou que eles se olharam e depois agiram como se tivessem tido uma longa conversa. – respondeu ela ligeiramente ofegante por subir tantas escadas.
-Ah... E o que é que tem? – perguntou Rony.
-O que é que tem? Rony, não seja burro. Não são todos os bruxos que podem fazer isso. Isso se chama telepatia. É uma arte muito antiga, que é explicada como uma conversa entre duas ou mais pessoas, sem usar as palavras, apenas se olhando eles conseguem conversar, é uma variação da Legilimência. – explicou Hermione.
-E o que tem demais nisso? – perguntou Rony sem entender.
-Tem demais, que isso é uma coisa que apenas bruxos muito poderosos conseguem fazer. Tem demais, que tem que ter enorme poder para usar a Telepatia, e tem que ser um excelente legilimente. – disse ela sem paciência.
Antes que Harry ou Rony pudessem responder, chegaram ao fim da escada, completamente ofegantes.
Estavam em um curto corredor que terminava em uma simples porta. Harry, Rony e Hermione se aproximaram de Guilherme que estava parado ao lado da porta.
-Bem, aqui estamos. – ele segurou a maçaneta e girou. – Bem-vindos à Sala de Treinamento. – terminou ele abrindo a porta.



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N/A: Bem, cap 8... Nd de mto interessante ou mta ação, mas nos proximos 2 caps, mtas coisas serão explicadas... Devo agradecer à Pri nesse cap, pq ela me ajudou com o maior problema q um autor tem (pelo menos no meu caso), eh qndo vc ñ acha a palavra correta, embora ela esteja na ponta da lingua... Mas fora isso, agradeço por lerem e COMENTEM!!!

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