De Volta À Toca
Capítulo II
"De Volta À Toca"
Os dias que se seguiram em casa dos Dursley passaram vagarosamente, mas o pensamento de que abandonaria aquele lugar em breve faziam com que Harry não detestasse tanto estar na companhia da sua família. Ainda era Domingo, mas já nem as provocações cada vez mais frequentes da parte dos três Dursley o deprimiam, e isso os irritava profundamente.
Estavam todos na cozinha a jantar calmamente, incluindo Harry, que lançava olhares confusos à família por não estarem a criticar tudo e todos, o ignorando completamente (havia algum tempo que tinham desistido de tentar provocá-lo). Sem qualquer aviso, o tio Vernon se dirigiu a Harry, quebrando aquele silêncio invulgar naquela casa:
-Você tem mandado cartas àqueles… hum… como você? - perguntou. Harry sorriu imediatamente, fazendo o rosto do tio tomar um tom arroxeado, mas continuou em silêncio. Queria divertir-se com a reacção dele com a possibilidade de responder negativamente.
Quando voltara a Kings Cross, havia apenas algumas semanas, Moody Olho-Louco e outros membros da Ordem ameaçara o tio Vernon que, caso não tivessem notícias de Harry três dias seguidos, iriam a sua casa buscá-lo, e o tio nunca quereria "aquela gente" em sua casa. Mas o tio continuou:
-Aquele seu padrinho que fugiu da prisão não lhe bastava? Agora também precisa de um bando de esquisitóides a ameaçar-nos?
O sorriso de Harry morreu no instante em que o tio Vernon se referiu a Sirius. Por muito que já tivesse aceite que Sirius não voltaria, uma dor gélida tomava posse do seu coração sempre que pensava nele. Não lhe bastava já as noites sem descanso que passava desde o que acontecera no Departamento de Mistérios? Agora até o tio Vernon o atormentaria com isso?
Sem aviso prévio, Harry levantou-se a fim de se fechar no seu quarto, mas o tio impediu-o.
-Volte aqui, garoto, você ainda não me respondeu. - chamou, aumentando o tom de voz - GAROTO!
-SIM! O QUE FOI AGORA? - Harry esforçou-se por não explodir, não fosse provocar mais algum "acidente mágico", como acontecera à pobre tia Marge. Mas foi inútil, logo a seguir um ornamentado vaso que estava num móvel do pequeno hall ao lado dele desfez-se em pedaços, com um ruído agudo, fazendo os três Dursley darem um salto.
-VOLTE AQUI! - repetiu o tio Vernon ainda mais alto, que parecia ter-se recuperado do susto rapidamente.
Harry bufou de raiva, mas aproximou-se do tio, arrastando os pés.
-Acho bom que não tenha dito nada de errado a essa gente - ameaçou o tio - porque se eu voltar a vê-los, você vai ter problemas!
Harry tentou manter a calma.
-Já posso ir para o meu quarto? - limitou-se a perguntar.
O tio Vernon olhou-o furiosamente, e Harry entendeu aquilo como um "Desapareça!" e obedeceu de bom grado. Subiu as escadas a dois e dois, entrou no quarto, fechando a porta com força, e sentou-se na cama tapando o rosto com as mãos. Custava-lhe tanto saber que nunca mais voltaria a falar com ele…
Levantou-se, atravessou o quarto até alcançar o seu malão de Hogwarts, de onde tirou um pequeno álbum de fotografias, que lhe fora oferecido por Hagrid no final do seu primeiro ano na escola de magia. Deitou-se na cama e folheou-o, recordando momentos retratados nas fotografias. Ao ver algumas com ele próprio com Ron e Hermione, a vontade de se juntar a eles cresceu no seu peito. Continuou a vasculhar no seu álbum, até o encontrar. Lá estava ele, juntamente com os seus pais, no casamento deles. Muito mais novo e atraente do que quando o conhecera, após 12 longos anos em Azkaban, a prisão de feiticeiros, que lhe deram um aspecto sinistro.
Mais tarde descobriu que dar uma olhada ao seu álbum não fora uma boa ideia, pois tudo o que ganhara com isso fora mais uma noite de pesadelos.
* * *
Harry agradeceu internamente por não ter sido abordado nos dias seguintes como fora no Domingo. Provavelmente, a tia Petúnia teve medo de perder mais uma das suas preciosidades.
Finalmente chegara a ansiada Quarta-feira! Finalmente chegara o dia em que deixaria a casa dos tios para se juntar aos seus melhores amigos, assim como aos que considerava há muito tempo a sua família. Foi este o pensamento de Harry ao acordar, após pôr os óculos e olhar para o calendário que ele mesmo fizera, para contar os dias que faltavam para o seu regresso a Hogwarts. Não pode deixar de esboçar um sorriso.
Sentindo-se mais animado, desceu até à cozinha para tomar o café da manhã. Já lá estava o resto da família, mas era como se não estivesse. Ele nem se importava que o ignorassem, até preferia que assim fosse. Servindo-se de uma torrada, se sentou à mesa pensando que em breve estaria com Ron e Hermione. Perguntou-se se os seus amigos já estariam juntos n'A Toca e, se assim fosse, se já teriam posto as suas "pequenas discussões" em dia.
À tarde, arrumou todos os seus pertences que precisaria em Hogwarts. Tentou entreter-se com o Kit para Tratamento de Vassouras que Hermione lhe oferecera no seu terceiro ano, mas a sua Flecha de Fogo estava em perfeitas condições. O cabo estava limpo e brilhante, não havia galhos a cortar… Harry foi até à janela do seu quarto e ficou a ver o Sol tornar-se avermelhado e começar a esconder-se atrás das casas de Privet Drive. Já estava ficando nervoso. Será que tinha acontecido alguma coisa? Estremeceu só de pensar nisso. Voltou a ler a carta que Ron lhe mandara no seu aniversário. "Na Quarta-feira, ao fim da tarde". Não tinha especificado a que horas viriam. Agora que pensava nisso, não tinha especificado nem quem ou como iriam buscá-lo.
Os seus pensamentos foram interrompidos por três fortes batidas na porta da entrada do número quatro, fazendo-o dar um salto. Encostou o ouvido à do seu quarto, tentando ouvir algo que lhe dissesse quem estava à porta. Ouviu o trinco da porta abrir-se, mas não ouviu nada mais durante uns segundos. Depois, um grito encheu a casa.
-GAROTO! - chamou o tio Vernon.
Harry não percebeu o que estava a acontecer. Os Dursley nunca o chamavam quando tinham uma visita. Um pouco confuso, abriu a porta e dirigiu-se às escadas, mas parou antes de descer o primeiro degrau, surpreso com o que via.
O seu tio olhava-o furioso, a sua face novamente arroxeada. Harry logo descobriu o porquê: à porta esperava-o Moody Olho-Louco, com o mesmo chapéu de coco puxado para baixo de modo a tapar o olho mágico que usara da última vez que o vira em Kings Cross. Ao seu lado estava Lupin, com o rosto mais marcado pelo cansaço que nunca, juntamente com Tonks, com o seu cabelo cor-de-rosa pastilha elástica. Ambos lhe sorriram discretamente, atentos ao comportamento do tio Vernon.
Harry desceu as escadas rapidamente e foi ao seu encontro.
-Oi, Harry! - cumprimentou-o a jovem.
-Como está, Harry? - perguntou Lupin, enquanto lhe apertava a mão. Harry quis responder-lhe que estava bem, mas ao lembrar-se do que passara nas últimas noites, não conseguiu. Manteve-se em silêncio.
-Tudo bem, Harry, sei exactamente no que está pensando - continuou o ex-professor, num tom mais baixo, de modo a que apenas Harry o ouvisse. O tio Vernon olhava de Harry para Lupin, e de Lupin para o cabelo invulgar de Tonks. - As tuas coisas estão prontas?
-Sim, estão lá em cima. Vou buscá-las. - respondeu o garoto.
-Eu ajudo-te - prontificou-se imediatamente Tonks.
Ao ouvir a jovem desconhcida, o tio Vernon impediu-lhe a passagem mas, ao ver o olhar ameaçador de Moody, afastou-se de imediato. Os dois subiram as escadas com largos sorrisos e entraram no quarto de Harry. Ficou aliviado ao constatar que estava um pouco mais arrumado que nos dias anteriores, pois o seu malão de Hogwarts já estava pronto. Contudo, ainda havia algumas coisas espalhadas. Hedwig, que estivera a dormir profundamente, abriu preguiçosamente os seus olhos cor de âmbar e lançou-lhes um olhar penetrante. Harry reparou que a sua gaiola esta suja com restos de ratos e excrementos de coruja.
Tal como no ano anterior, Tonks tratou do assunto:
-Expurgar!
Depois ajudou-o a carregar o malão e a gaiola com Hedwig. Ao voltarem ao hall, Harry viu o seu tio, ao lado da tia Petúnia e do Dudley, lançar olhares de ira a Moody e Lupin enquanto bufava de raiva. A tia Petúnia, que notara o regresso de Harry, olhava agora para o cabelo de Tonks, enquanto Dudley fitava, assustado, o nariz mutilado de Moody, mas este ignorava-o.
-Já tem tudo, Potter? Ótimo - comentou, entrando sem cerimónias na casa e dirigindo-se à sala, seguido por Lupin e o outros. A tia Petúnia deixou escapar um guincho. Harry percebeu a sua indignação: três pessoas das que mais desprezava acabavam de invadir a sua sala e ela não podia fazer nada.
Harry reparou que Lupin transportava alguma coisa nas mãos: uma bola de futebol furada e muito suja. A tia Petúnia também parecia ter reparado, pois estava a choramingar só de ver algo tão sujo na sua casa imaculada. Harry perguntou-se onde teria Lupin arranjado tal objecto, e se saberia para que os muggles o utilizavam.
-Harry, conseguimos este botão de transporte, que será activado daqui a dois minutos, por isso prepara-te - explicou, dirigindo um último olhar aos três Dursley.
Harry seguiu o seu olhar. Fez-se silêncio, mas acabou por falar:
-Bem, então vemo-nos daqui a um ano - declarou, sem esperar qualquer resposta.
Lupin ficou a olhar, intrigado.
-Aã... Está quase - informou, ainda olhando para o tio Vernon - Harry, aproxime-se… já sabe como funciona.
Harry prontamente levou um dedo à bola velha e esperou. Lupin, Tonks e Moody fizeram o mesmo.
-Cinco, quatro… - contou este último - três, dois, um…
Harry deitou um último olhar aos Dursley, mas logo sentiu o seu tão conhecido solavanco atrás do umbigo e o chão desaparecer debaixo dos seus pés, atravessando um remoinho de cores e vento, agarrado à bola.
Sentiu-se embater pesadamente contra o chão. O Sol ali já tinha desaparecido há muito tempo, porque a Lua já brilhava alta no céu, iluminando o que Harry reconheceu como sendo A Toca.
-Você está bem, Harry? - perguntou Tonks, enquanto o ajudava a levantar-se.
Harry acenou afirmativamente, apesar de ter caído fortemente de joelhos. Moody e Lupin juntaram-se-lhes e ajudaram-no a levar o malão. Foram até à porta da entrada e bateram. Durante algum tempo não se ouviu nada além do vento que soprava, mas pouco depois ouviram-se passos aproximando-se. Logo a seguir, uma voz ameaçadora fez-se ouvir do outro lado da porta.
-Quem está aí? - perguntou, e Harry reconheceu-a imediatamente. Era Mr. Weasley.
-Somos nós, Arthur, já temos aqui o Harry - respondeu Tonks.
Pareceu a Harry que Mr Weasley hesitara antes de abrir a porta, porque houve um momento em que ficaram à espera em silêncio.
- Harry! Tudo bem com você? - cumprimentou vivamente Mr. Weasley, enquanto se afastava para deixar entrar os recém-chegados - Entrem, entrem…
-Não, Arthur, obrigado, mas não nos podemos demorar - recusou Tonks, como que pedindo desculpas.
-Agora que o Ministério reconheceu que o Quem-Nós-Sabemos voltou, já não nos dão descanso. Foi uma sorte termos tido tempo para ir buscar você, Potter. - explicou Moody na sua voz roufenha.
- Bem, então adeus, Harry - despediu-se Lupin - Aproveite as férias!
-Nos veremos na Plataforma Nove e Três Quartos, - disse Tonks, acenando enquanto se afastava com Lupin e Moody.
-Não se esqueça, Potter, vigilância constante! - recomendou Moody, antes de Desaparatarem com um sonoro "crack".
Harry apenas ficou a olhar para o sítio onde os três feiticeiros desapareceram, até que sentiu a mão de Mr. Weasley no seu ombro, conduzindo-o para dentro de casa. Não teve nem tempo de ver nada à sua frente, porque no momento seguinte foi envolvido num caloroso abraço de Mrs. Weasley.
-Harry, querido! - exclamou - Até que enfim chegou! Estávamos tão preocupados com você, principalmente depois do… - calou-se abruptamente - …que aconteceu. - ela acrescentou num fio de voz.
Harry baixou a cabeça. Estivera tão feliz por finalmente voltar À Toca, que se esquecera por momentos do que acontecera no Departamento de Mistérios.
Um silêncio instalou-se entre os presentes. Ninguém sabia bem o que dizer, até que…
-Harry! - exclamou uma rapariga que parou ao fim das escadas, enquanto afastava a sua cascata de cabelos cor de fogo, deixando à vista os seus olhos arregalados de surpresa, porém mostrando uma certa doçura. Correu na sua direcção e lançou-se nos seus braços, depositando-lhe um beijo estalado na face.
Ele, por sua vez, ficou meio atrapalhado. Não estava habituado àquele tipo de comportamento, principalmente vindo de Ginny. Definitivamente, aquela não era a Ginny que conhecera antes do seu segundo ano em Hogwarts, que não conseguia nem encará-lo. Mas depois lembrou-se da coragem que a garota demonstrara algumas semanas atrás, no Ministério, e percebeu que a tímida e insegura Ginny de há quatro anos dera lugar a uma doce e destemida. Retribuiu o abraço fortemente, sorrindo para si mesmo. Quando se afastaram, o olhar emocionado de Mrs. Weasley não passou despercebido a Harry, o que o fez corar ligeiramente. Ele e Ginny entreolharam-se, sorrindo abertamente.
-Finalmente voltou, todo o mundo estava morrendo de saudades! - confessou a ruiva.
-É bom estar de volta - suspirou Harry, alargando o seu sorriso.
-Ginny, porque não leva o Harry ao quarto do Ron? Seu irmão ainda não sabe que ele já chegou. - sugeriu Mrs. Weasley.
Ginny acenou com a cabeça e acompanhou Harry escadas acima, num silêncio que o deixava um pouco incomodado. O quarto de Ron ficava no quinto andar d'A Toca. Depois de subirem lances e lances de escadas, Ginny abriu a porta do quarto do irmão.
-Ginny, quantas vezes já lhe disse para bater na porta antes de… - começou Ron numa voz irritada, mas calou-se ao perceber que Ginny não estava sozinha. - …Ah! Harry, desculpa, não sabia que já tinha chegado… - explicou, com as orelhas já a tomar um tom rosado. Harry percebeu que o amigo continuava o mesmo ruivo desajeitado de sempre, com muitas sardas e um nariz grande, mas parecia ter crescido vários centímetros, o que lhe dava um ar ainda mais desajeitado.
-Bem, eu… vou á para baixou ajudar a mamãe com o jantar - declarou Ginny e, quando estava ao pé da porta, dirigiu-se a Harry - Estou muito feliz por você estar aqui connosco outra vez.
Os seus olhos transmitiam algo que Harry não conseguia definir, mas certamente era algo que o fez sentir-se feliz.
-Obrigada.
A garota lançou-lhes um último olhar e saiu, deixando um silêncio constrangedor. Foi Ron que falou primeiro:
-Er,... Então os muggles, chatearam-no muito esse Verão?
-Só o habitual - respondeu Harry.
-Pois… - Ron parecia querer dizer algo mas não conseguia. Finalmente deixou escapar o que estava entalado na sua garganta há alguns dias - Você tem sabido algo da...
-Hermione!!! - o grito de felicidade de Ginny que se fez ouvir da cozinha interrompeu-o e ouviram-se alguns risos.
Ron levantou as sobrancelhas, olhou para Harry e ambos saíram do seu quarto e desceram as escadas a correr. Ron parecia particularmente ansioso por alcançar a cozinha, pois saltava vários degraus de cada vez. Mas parou abruptamente quando lá chegou, com Harry logo atrás de si.
Ginny e Hermione estavam abraçadas e exibindo grandes sorrisos. Atrás de Hermione, Mr. Weasley conduzia com a varinha uma grande mala para dentro de casa. A aparência de Hermione também não se alterara muito durante as semanas anteriores: continuava a mesma morena de cabelos cheios e revoltos.
-Hermione, querida, o Arthur ajudá-la-á a levar sua mala para o quarto da Ginny - disse Mrs. Weasley, quando as duas se afastaram, ainda sorrindo. - O Harry e o Ron vão ficar muito contentes por ver você!
-Claro que sim, mamãe - declarou Ron, claramente sem pensar no que estava a dizer.
Hermione deu um salto. Ninguém ainda dera pela presença dos dois que observavam a cena antes de Ron se pronunciar. Quando este se apercebeu do que dissera, as suas orelhas ficaram da cor do seu cabelo, assim cm Hermione. Harry e Ginny se entreolharam, com um sorriso maroto.
-Harry!... Ron! - exclamou Hermione quando finalmente recuperou a voz. Abraçou Harry fortemente e ia fazer o mesmo a Ron, mas parecia que afinal não achara isso boa ideia.
Harry lembrou-se imediatamente de que acontecera exactamente o mesmo havia mais de três anos, no banquete de final do seu segundo ano, e esforçou-se por não se rir.
-E que tal subirem para conversarem melhor enquanto eu acabo o jantar? - sugeriu Mrs. Weasley, vendo que nenhum deles falava. - Ginny, por favor, me passe a panela do armário aí do seu lado.
Sem mais palavras, os três subiram as escadas e foram para o quarto do ruivo. Harry reparou que o amigo ia olhando silenciosamente para Hermione, mas quando ela retribuía o olhar, ele o desviava imediatamente. O olhar hesitante de Ron fê-lo lembrar o seu espanto perante a maneira como agora Ginny o tratava. Perguntou-se como a Ginny que salvara da Câmara do Slytherin podia mudar tanto e tornar-se na Ginny que o fazia sentir-se estranho com a sua naturalidade. Na Ginny que o fazia esquecer o que o esperava… que o fazia sentir vontade de sorrir.
-HARRY! - gritou Ron mesmo ao lado do seu ouvido, chamando-o à realidade.
-Huh? Quê? - balbuciou ele, dando um salto. Notava agora que já estavam de volta ao quarto de Ron, e que os dois estavam sentados na cama do amigo, com Hermione sentada na cama à frente deles, onde Harry iria dormir. Aparentemente, os dois tinham estado conversando, mas notaram que Harry não respondia a nada.
-Não ouviste nada do que dissemos, pois não? - perguntou Hermione, olhando-o desconfiada, enquanto Ron se ria da confusão do amigo.
-Aã… bem, não, eu… estava distraído, desculpem.
-Ah, também não perdeu grande coisa - comentou Ron, encolhendo os ombros -, a Hermione só fala dos resultados dos NPF's…não sabemos nem quando eles vão chegar, e ela já está aí se remoendo… Mas em que você estava pen… - perguntou Ron, mas calou-se quando Hermione lhe deu um forte pontapé.
O silêncio instalou-se entre os três e Harry olhou para a janela que agora mostrava uma vasta escuridão, que transparecia curiosamente o seu estado de espírito. Cada vez falava menos, fosse com quem fosse, e Ron e Hermione notaram isso. Olhavam um para o outro tentando arranjar alguma desculpa para fazer Harry falar com eles. Quando Hermione abriu a boca para falar, um forte estampido fez-se ouvir e Fred e George, os irmãos gêmeos de Ron, aparataram de cada lado dela, que deu um salto.
-Oi, Harry… Hermione - cumprimentou Fred com um sorriso.
-Roniquinho - disse George em tom de surpresa mais alto do que era necessário - que bom ver você! - brincou, como se não visse o irmão mais novo há já muito tempo.
-Cala a boca, George - resmungou Ron, já com as orelhas vermelhas.
-Oh, não seja assim, Roniquinho, sentimos sua falta - confessou Fred, se fingindo ofendido.
Ron resmungou novamente, mas desta vez algo indecifrável.
-Viemos apenas comunicar a Suas Altezas que a refeição está sendo servida - informou George num tom de voz monocórdico.
Ron levantou-se de imediato.
-Sim, Ron, estamos todos com fome, por isso veja se não exagera dessa vez, para quebrar a rotina, viu? - comentou Fred asperamente, antes de Desaparatar.
-Ah, e… - acrescentou George antes de se juntar ao gémeo - ...veja também se acaba com seus roubos nocturnos. Nossas pastilhas Isybalda são preciosas, e não devem ser usadas por um Prefeito. Prefeito não deve matar aula!
Hermione deixou escapar um "Ron!" acusador e lhe lançou um olhar severo. O ruivo abandonou o quarto muito mal-humorado, e ela e Harry apressaram-se a segui-lo, revirando os olhos.
N/A: Oiii!! Ai esta, o novo capitulo... (novidadeeee...) enfim, falar o que? Gostei mt de ficar sabendo que vcs gostaram do 1º capitulo... espero que gostem deste tb...
Aos que comentaram... Brigadao a todos, ser, e mt bom ficar sabendo suas opinioes... eur ealmnt peco desculpa se eskecer de falar alguma coisa, eu k eu ja tinha passado td praki, mas n sei pk a Floreios disse k n estava logada... Assim, tenhu de repetir todas as respostas... Aqui vai:
Claudia Black: Fiquei muito feliz sabendo que vc gostou do capitulo, minha cara primeira fa! x) assim, espero k goste deste tb =) continue comentando, por favor *Bjao*
Purespirit: Maninhaaah! Espero que inda se lembre deste capitulo, senao, refresque a memoria =P Sim, brigadao por ter me ajudado, tanto na capa, cm no presente do Ron =) *Bjuz* (P.S.: sim, e realmnt hilario kando o _Double X_ se faz de brasileiro =P )
Luna Weasley: Amei seu comentario... E posso acrescentar que vc tem razao, a viagem da Hermione vai dar que falar =P e o mesmo posso dzr do presente... humm, cm dizer... "original" do nosso guarda ds campos =) espero que goste deste capitulo tb *Bjoes em vc*
Pipax Potter: PEEEGS! Lamento informa-la de que esta enganada, n foi vc a primeira a ler o capitulo... foi a laurinha =P mas de kalker forma amei ficar sabendo que gostou do capitulo e desejo mt que goste deste e dos proximos =) (sim, pk se vc realmnt ker ler cenas D/G da mnha autoria, inda vai ter mt k ler =P) Sim, de facto a capa foi uma grande obra de arte da Piwi, ela esta de parabens =P Esse capitulo e pra vc e pa Carolina, por terem voltado pra mim ^^ *Bjuz em sua bunda deslavada* =P
_Double X_: PIMOTXIII!! Adorei seu comentario, e hilario vc ficar escrevendo brasileiro =P serio, amei, e keru saber novidades de seu projecto de fic... gostou deste?? *Bjuz em sua bunda arranhada*
Cawowinah: Aiiii, winaah! Vc n e normal msm! Fique sabendo que vc quase me fez chorar com seu comentario, viu, garota? É, seuCoraçaozinho de Manteiga aqui quase chorou... mas ha k salientar o quase... Aii, foi realmnt bom relembrar os momentos passados no ATL tentado fzr experiencias na parte "historica" da fic... e tb nas aulas de ITIC, tentando escrever ou aceder na FLoreios sem o nosso prof com seu ego gay reparar... coitado, agr seu ego gay vai ser conhecido aqui na floreios... e se ele tb ler fics?? x) espero bem k n ... enfim, amei seu comentario, falar o k? pode deixar eu n tou pensando em parar a fic... n por agr... *sorriso malicioso* wow, isso de ser drastica como a Pipax e uma ameaça??? =/ *fingindo medo* Pois fique tb sabendo que (caso vc n tenha lido a minha resposta ao comentario da Pipax) que esse capitulo e pra vc e pra ela... por terem voltado pra mim ^^ enfim, acho que ja falei tudinhu... e isso entao *Bjuz grandis em vc*
Aos que leram e n comentaram... obrigado por lerem, mas seria inda mlhor se comentassem, e mt importante pra mim saber suas opinioes, independentemente de serem criticas ou n... isso ajudara a melhorar a fic... e votem tb ^^
É isso entao... Aguardem o Capítulo III!
*Bjuz em todos*
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