Visitante Inesperado
Capítulo 6 – Visitante inesperado
Dumbledore olhou para ele. Não acreditava que ele apareceria ali. Deu uma olhada para o garoto, que o fitava com uma expressão interrogadora e depois olhou de novo para aquele que estava ali ao seu lado.
- “Não, Dumbledore.” – Disse a pessoa. – “Ele não pode me ver. Eu consegui bloquear a forte ligação que há entre nós. Só você consegue me ver neste momento.”
- “Saia daqui. Imagine o quanto Harry ficará triste, se ele romper este bloqueio que você criou e chegar a te ver.”
- “Tudo bem, Dumbledore. Eu posso até sair, mas antes você tem que me prometer que contará tudo ao garoto.”
- “Está bem. Eu contarei tudo ao garoto... um dia.”
- “Um dia... tudo bem... pois quando este dia chegar, eu estarei com vocês. Dê lembranças minhas a ele, por favor.” – E, dizendo isto, desapareceu.
Harry olhava para Dumbledore interrogativamente, pois o diretor de Hogwarts estava olhando para o nada, às vezes, franzindo o cenho.
- O senhor está bem? – Perguntou o garoto para Alvo Dumbledore.
- O que? Ah! Sim... sim, eu estou bem. – Disse o velho mago, parecendo despertar de um transe.
- Então? O que aconteceu com eles?
Dumbledore decidiu que seria melhor deixar o garoto descansar primeiro, para depois informá-lo do ocorrido.
- Tudo a seu tempo, Harry. Descanse um pouco agora, pois ainda está enfraquecido pelo que aconteceu na casa dos Dursleys.
Harry ficou mais um dia na cama, sem falar com ninguém, a não ser com Gina, que era a única que vinha lhe fazer visitas enquanto estava acamado. Ela era a única que lhe trazia as refeições pois, no dia anterior, única vez em que a Senhora Weasley lhe trouxe algo para comer, ao vê-lo, esta começou a se debulhar em lágrimas e acabou por deixar o jantar de Harry cair no chão e saiu correndo para fora do quarto. Ele estava começando a se preocupar com a atitude da Molly mas, no dia seguinte, quando perguntou para Gina o porque daquela atitude, a menina respondeu que era porque ela não agüentava ver o garoto do jeito que estava.
- Eu estou com uma aparência tão ruim assim, Gina? – Perguntou o garoto, olhando para o teto.
- Não, Harry. Você não está com uma aparência ruim. – Disse ela, observando o físico do garoto, sem que este percebesse.
- O que aconteceu na casa dos meus tios, que me deixou assim, tão... esgotado?
- Eu já te disse que não fui informada disso.
- Porque o Rony e a Mione não vieram me ver? – Indagou ele.
- Eles não vieram te ver, Harry, pois Dumbledore não permitiu. Parece que ele disse que era para os dois esperarem você se restabelecer antes de virem te visitar.
- Mas... e você? Ele te liberou a vir me visitar?
- Pra falar a verdade, não. Como a minha mãe não lhe traz comida e eu já tinha te visto quando você ainda estava muito fraco e antes deles, acabei me oferecendo para trazer as suas refeições e o Dumbledore não me impediu de vir, com a condição de eu fazer com que você coma um pouco de tudo o que eu lhe trouxer. Agora eu irei, pois tenho que ajudar as pessoas na cozinha, ou não haverá mais refeições nesta casa. – Disse isso e saiu, deixando Harry sozinho com seus pensamentos.
Ele, após a garota sair do quarto, sentou-se na cama e pôs-se a observar melhor o cômodo em que se encontrava, descobrindo que as suas coisas já haviam sido levadas para lá. Levantou-se da cama, sentindo-se melhor depois de ter comido tudo o que Gina lhe trouxera, foi até o seu malão e verificou que todos os seus pertences continuavam ali, menos a sua varinha. Procurou em tudo quanto é canto da mala, até que alguém que havia aparecido no quarto sem que ele percebesse, lhe disse:
- “Se você olhar na cômoda ao lado da sua cama, encontrará o que procura.”
Harry olhou para a pessoa que estava sentada na mesma cadeira em que Gina havia dormido no dia anterior e levou um susto tão grande que quase desmaiou. Ao recuperar-se do susto, ele olhou para a cômoda que a pessoa havia indicado, localizando assim, a sua varinha.
- “Você lutou muito bem na casa dos Dursleys. Mostrou que é digno de ser descendente dos Potter. Seus pais estão muito orgulhosos de você.”
Harry voltou-se para o ser que estava no seu quarto e pensou que estava delirando. Como é possível que ele saiba mais que eu sobre o que aconteceu na casa dos meus tios, perguntava-se o garoto, confuso por estar vendo alguém que não poderia estar ali.
- Mas... eu...
- “Você não se lembra de nada, não é?”
- É... e você...
- “Eu não poderia estar aqui, não?”
- É... isso mesmo... como?
- “Como eu estou aqui? Simples. Do mesmo jeito que você está aqui também.”
- O... o que você está fazendo aqui? – Perguntou o garoto, quase atropelando as palavras antes que elas saíssem completamente da sua boca.
- “Oras, Harry... eu só passei aqui para dar um “oi” mas vejo que você prefere que eu não apareça mais.”
- Não! Não faça isso! – Disse o garoto, que ia perguntar como ele sabia do que havia acontecido na casa dos Dursleys, mas era tarde demais. A pessoa que lá estava a alguns segundos atrás já havia desaparecido.
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