Bring me to life
Em uma noite sombria, os servos do Lord das trevas se preparavam para atacar Hogwarts, porque há àquela hora, todos estariam dormindo. Severo Snape, em sua masmorra, não parava de andar de um lado para o outro, pois sua marca negra queimava muito. Como ele sabia, Voldemort iria atacar, mas ele, como de costume, já tinha avisado Dumbledore. Na torre da grifinória, Hermione Granger não conseguia dormir, pois ainda estava muito abismada com o que tinha ocorrido naquela manhã. Ela e seus amigos estavam assistindo à aula de poções quando Snape se sentiu mal e caiu no chão desacordado. Os alunos, assustados, saíram correndo da masmorra para pedir ajuda, mas Hermione não conseguiu sair de seu lugar. De repente ela se levantou e foi até o professor que não se movia, mas tinha algo estranho, seus olhos estavam completamente abertos. Hermione tocou levemente o rosto de Snape e olhou no fundo de seus olhos. Ela reparou que passavam várias cenas da vida dele diante de seus próprios olhos e o viu sozinho no escuro pedindo ajuda. Hermione não sabia o que fazer para ajudá-lo, mas ela queria fazer algo por ele.
Ao se lembrar disso, Mione sentiu um forte arrepio e bem no fundo de sua alma, ela sentia que algo estranho estava para acontecer.
Voldemort armou todas as suas táticas e já estava na parte exterior do castelo com seus comensais. Dentro do castelo, Snape não conseguiu se conter e subiu correndo para o escritório de Dumbledore. Hermione, por sua vez, não conseguia ficar quieta, pois estava sentindo algo estranho. Era muito estranho mesmo, pois parecia que ela estava acompanhando todos os passos se Snape. Ela não se conteve e saiu da torre da grifinória em direção ao escritório de Dumbledore.
Quando Hermione chegou, viu Dumbledore e Snape muito nervosos. Eles a olharam incrédulos e Dumbledore perguntou curioso:
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-O que a Srta. está fazendo aqui há essa hora?
Hermione respirou fundo e respondeu se esforçando para não demonstrar medo:
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-Eu estou sentindo que há algo de errado acontecendo, e por incrível que pareça, eu acho que tem haver com Voldemort.
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-Como a Srta. soube disso?
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-Eu não sei – respondeu Mione contrariada – eu só senti algo estranho.
Os três se olharam repentinamente e se assustaram, pois ouviram um grande estrondo na parte exterior do castelo. Dumbledore se desesperou e saiu correndo para chamar os aurores que só esperavam a ordem do diretor. Snape e Hermione ficaram assustados e de repente se olharam incessantemente. O olhar de Hermione era diferente, não tinha ódio, tinha muito respeito e carinho. E Snape, bem, ele também a olhava, e nutria uma grande afeição por ela. Os dois de repente se lembraram do que tinha acontecido e saíram a procura de Dumbledore.
Quando eles estavam chegando ao salão principal, Snape sentiu seu corpo travar e caiu agonizando no chão. Hermione, que estava mais à frente, sentiu seu corpo queimar e se virou instantaneamente, e viu Snape no chão. Ela correu ao encontro dele e, mais uma vez eles se olharam. Por um instante, ele a olhou e não conseguiu emitir nenhum som. Mas não precisava, Hermione ouviu de longe sua voz pedindo ajuda. Ela se arrepiou dos pés a cabeça. “Como é possível?” indagou ela “ Ela não disse nada, eu não vi seus lábios abrirem”.
De repente, Dumbledore saiu do salão e viu Snape no chão. Ele ajudou Hermione a levá-lo para o salão e, pediu que ela ficasse lá para cuidar dele e se proteger, pois Voldemort, mais cedo ou mais tarde entraria no castelo. Mas enquanto ele pudesse evitar, todos no castelo estariam a salvo. Snape estava deitado em um saco de dormir e Hermione estava ao seu lado segurando sua mão. Por um instante Hermione viu Snape de pé, olhando para ela e dizendo:
“desperta-me, não me deixe aqui , salve-me dessa escuridão, por favor!” Hermione levou um grande susto, pois pegara no sono. Ela o olhou e ele ainda estava lá, imóvel. Ela então pensou sabiamente: “ Ele consegue se comunicar comigo, como?”, “ Eu tenho que ajudá-lo a acordar, mas que tipo de feitiço eu poderia usar? Será que existe algum?” Hermione continuou pensando e de repente Harry entrou no salão completamente suado e disse preocupado:
“Mione, por favor, não saia daqui. Tá tudo muito perigoso, Voldemort não recua, ele só irá quando o corpo de Snape for entregue, pois a alma dele já está com Voldemort.”
Hermione se desesperou, “como? Como a alma de Snape poderia ser tirada de seu corpo?” “deve ser um grande feitiço de magia negra!” “Claro! Então é por isso que eu o ouço, ele está dentro de mim.” Hermione de repente se lembrou da aula de poções e que conseguiu ver a vida dele passar diante de seus olhos. A partir daquele momento, eles estavam um dentro do outro.
Hermione pensou mais um pouco e teve que deixar Snape por alguns instantes, pois ela precisava ir até a biblioteca pegar um grande livro que ela tinha visto uma vez, certamente teria algo para trazer a alma de volta ao corpo de origem. Como madame Pince não estava na biblioteca, foi um pouco difícil achá-lo, mas ela conseguiu e levou o livro para perto de Snape. Hermione sabia que ele não estava morto, pois seu corpo estava na temperatura normal. Ela sabia que Voldemort era muito poderoso e que tinha aprisionado a alma dele, mas ela era tão inteligente quanto ele e iria salvar Snape de qualquer jeito.
As coisas estavam feias do lado de fora, mas Hermione não desanimava, lia todos os tópicos com muita atenção. De repente Hermione parou e riu pensando: “Dumbledore é bem esperto, ele sabia que se eu ficasse com ele, eu tentaria de tudo para salvá-lo. Mas que espertinho!” Hermione voltou a ler e pôs sua mão no braço de Snape, e viu que ele ainda tinha uma boa temperatura. Ela continuou lendo e de repente a varinha de Snape começou a rodar, era tão forte que as folhas iam passando rapidamente até que parou e, Hermione viu que era realmente o que estava procurando. Hermione leu com muito cuidado, nunca tinha visto um feitiço com palavras tão diferentes. Ela se concentrou, e com sua varinha, ela começou a conjurar as palavras. De repente começou a chover muito forte e o tempo fechou completamente. Dentro do salão algumas tochas se apagaram e outras continuaram acessas, Hermione estava ficando com medo mas não desistiu. Do lado de fora do Castelo, Dumbledore sorria pois sabia que Hermione estava conseguindo. Aos poucos, se formou uma grande nuvem prateada que pairou sobre o corpo de Snape. Hermione, de repente, olhou amedrontada e continuou a conjurar as palavras com muito fervor. Hermione estava gastando muita energia e se sentia muito fraca. Mas seu coração saltou quando viu que Snape estava de pé e olhava para ela com um olhar de agradecimento. Hermione não agüentou e desmaiou.
Hermione acordou de repente na enfermaria, e Snape estava ao seu lado. “será que estou sonhando, ou realmente consegui?” Snape apertou sua mão e disse levemente:
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-Obrigado por salvar minha vida!
Hermione o olhou e sorriu, mas continuava abismada e queria saber o que tinha acontecido com Voldemort e seus comensais. Hermione levantou a cabeça e viu que tinha muitas pessoas na enfermaria e que todos estavam feridos. Dumbledore, percebendo que ela havia acordado foi até seu encontro e disse:
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-Eu sabia que você ia conseguir, eu tinha fé que você ia conseguir.
Hermione sorriu e Dumbledore se retirou feliz. Snape se aproximou querendo dizer algo, mas não conseguiu. Hermione percebeu e disse calmamente:
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-Não precisa me disser nada, eu já sei. Eu posso ver e sentir tudo o que você vê e sente. Agora somos um só...
Snape se surpreendeu com a resposta dela e a abraçou ternamente. Agora ele tinha certeza que havia encontrado a pessoa certa para a sua vida.
Passaram-se os dias e Snape e Hermione pareciam entender tudo um sobre o outro. Faltavam poucos dias para o final do ano letivo e para que Hermione se formasse no 7ºano. Aos poucos, Snape e Hermione se afinavam cada vez mais e, ele tinha certeza que sua vida não seria mais escuridão e trevas, pois Hermione o salvou desse destino tão cruel. Agora, o pensamento dos dois era um só, e a alma, bem... a alma estava em completo equilíbrio.
Snape se maravilhava toda vez que olhava para Hermione e ela já sabia o que ele queria ou o que ele precisava. Os dois sabiam que, tudo o que aconteceu tinha um propósito, uni-los não só de carne, mas também de alma e espírito completamente afins. Agora seus destinos estavam traçados e eles teriam que seguir o mesmo caminho juntos. Mas, o mais importante era que eles haviam descoberto o amor e que só se separariam, depois que um não pudesse mais trazer o outro a vida.
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