O NOVO AMOR DE PADMA



Estava fazendo um belo dia de Sol.
Papai estava planejando nos levar para assistir um jogo de Quadribol que iria acontecer durante a tarde. Era a decisão do campeonato e eu, evidentemente, não queria perder de jeito nenhum. E, para variar, a Padma arranjou um jeito de fazer a gente perder o jogo. Deve ser por isso que eu detesto ela até hoje.
- Ah, papai! Parvati e eu não estamos nem um pouco interessadas nesse jogo de Quadribol! E além disso, eu preciso me preparar para conseguir aquela vaga no Gringotes! - reclamou a Padma durante o café da manhã.
Padma e Parvati já haviam terminado os estudos e pretendiam seguir carreiras diferentes. Padma estava interessada em trabalhar no Gringotes, o banco dos bruxos, junto com o meu pai. Já a Parvati, queria ser Curandeira e trabalhar no hospital Saint Mungus.
Papai estava muito feliz com a escolha de Padma. Ele vivia falando para todo mundo que a Padma era uma ótima filha por ter escolhido a mesma carreira que ele. Quando via isso, tinha a terrível sensação de que iria vomitar.
- Tudo bem, minha filha! Você e a Parvati podem ficar aqui com a mãe de vocês enquanto eu e o Paulinho vamos assistir ao jogo! - disse meu pai em resposta.
- Mas, pai, pensei que o senhor iria me dar umas dicas de como conseguir o emprego - disse Padma com excessiva meiguice - Não é o senhor que fica o tempo todo falando que não é mole entrar para o Gringotes?
- Tem razão, Padma! É meu dever como pai ficar com você num momento como este...
Ao ouvir isso, não pude me conter e falei enraivecido:
- E também é seu dever como pai cuidar do lazer de seu filho!
- Paulinho, por favor! Parece um menino de doze anos! Não vê que sua irmã precisa de mim?
- Não!
A raiva subia em minha cabeça.
- Muito bem, mocinho! Eu posso até deixar você ir sozinho para esse jogo!
- Sério, pai? - perguntei esperançoso. A minha raiva tinha sumido.
- Não!
Passei o resto da tarde sozinho em meu quarto com um grande sentimento de raiva dentro de mim. Não podia deixar aquilo como estava!
- Senhor?
A nossa elfo doméstica, a Ieda, estava parada em frente à porta do meu quarto com uma bandeja carregada de comida nas mãos. Não sou muito a favor da escravidão na qual os elfos domésticos, em geral, são submetidos. Por isso, tratava a pobre Ieda da melhor maneira possível.
- Sim, Ieda?
- A senhora Patil mandou eu trazer o jantar do senhor, jovem Patil - disse Ieda demonstrando medo, como sempre fazia.
- Muito obrigado, Ieda - falei tirando a bandeja das mãos da pequena criaturinha.
- Posso fazer alguma coisa pelo senhor, jovem Patil? - perguntou a elfo.
- Na verdade pode sim, Ieda. Será que você poderia me informar onde a Padma está nesse exato momento?
- Posso sim, jovem Patil. Não conte para ninguém, por favor, mas as gêmeas Patil estão na lareira da sala conversando com um rapaz que se diz ser namorado da senhorita Padma.
- Namorado de Padma? Não é possível! Você sabe o nome dele, Ieda?
- Ah sim, jovem Patil! O nome dele é Neville Longbottom

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