Everyday-Bon Jovi
Harry Potter, o menino que sobreviveu, finalmente se deitava ao fim daquele dia mais que cansativo; Duda quebrara a tv e dissera que fora Harry, e este, com mais raiva do que podia suportar, atirou gelatina na cara do primo. Seus tios ficaram extremamente zangados, mas isso não era nada comparado ao que aquele porco de peruca loura, na opinião de Harry, sentia.
Não era bem o caso de que seus pais não acreditavam mais nele, mas porque eles pararam de se implicar com omenino e não o acusavam mais de tudo o que acontecia de estranho naquela casa.
Bem...- murmurou Harry - Só faltam três semanas, sim, mas...Ah!!!
E adormeceu. Estava tendo um sonho esquisito, os Dursley haviam o trancado em seu quarto, mas nada que seis anos de magia não pudessem resolver (tudo bem que eles não podiam usar magia fora da escola, mas isto era só um sonho!). Estava indo descer para beber água no meio da noite quando escutou um barulho esquisito e suspeito vindo da sala de estar.
Desceu o que lhe faltava da escada e foi direto para cozinha, passando pelo hall.
Harry pôde escutar uma gargalhada fria e cortante acompanhada de um lampejo ofuscante e verde que pareceu a Harry familiar. Quando pôde ver o que estava acontecendo, levou as mãos à boca num gesto involuntário. Aquela montanha de banha caída ali, com uma expressão de susto e terror estampada no rosto. Válter Dursley, aquele cético nojento, jazia no chão da sua sala de estar a poucos metros de distância do corpo de sua esposa, Petúnia, irmãda mãe de Harry, Lílian, também morta.
Era uma cena ao mesmo tempo triste e revoltante. Duda estava recolhido perto da lareira, choramingando de medo e horror. Do outro lado da sala estava aquela criatura semi-humana, aquela alma sem corpo, que não tinha dó, nem piedade. Voldemort dava gargalhadas ao ver mais um casal de trouxas que ele assassinava.
Harry sentia sua cicatriz ardendo na testa, mas isso não era nada comparado ao que ele via naquele momento. Mas que gargalhante, Voldemort apontava a varinha para Duda, e Harry pôde ver mais uma vez aquele lampejo verde. Duda estava morto.
- Com peninha, Harry?! - disse aquela voz gélida.- Fique tranqüilo, tua hora chegará!
E dizendo isto apontou sua varinha para Harry. O garoto não conseguiu esconder o medo e o espanto, mas enfrentou o monstro com bravura, se ao menos estivesse com a sua varinha...
-Vamos logo com isso! - Harry se ouviu dizer.
-O quê?? Achas que vais morrer assim, sem nenhum dor?? Crucio!
Harry sentiu aquela dor excruciante invadir seu corpo, foi como de centenas de blocos pontudos de gelo estivessem perfurando cada centímetro de sua pele. Voldemort experimentara essa maldição em Harry outras três vezes e o garoto não estava agüentando mais quando Voldemort disse:
-Já chega, chegou sua hora Potter!
E no momento em que Voldemort levantava sua varinha para matá-lo Harry se via no chão do seu quarto. Sim, havia tido um sonho.
O desespero tomou conta do seu corpo, e se aquele sonho fosse um aviso, como os demais, seus últimos familiares corriam perigo. Mas isso não faria tanta diferença para Harry, não?
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