Interrupções e Mudanças

Harry acabava de entrar na casa junto com os gêmeos quando ouviu o barulho de gente chegando via flú e foi logo para a sala, receber os amigos que estivera esperando durante o dia inteiro. Já tinha atravessado metade da sala ao encontro de Gina, seguindo o impulso do monstro que rugia em seu peito, quando, de repente, estancou ao vê-la saindo do abraço dos pais e vindo até ele.

_ Oi, Harry. Não sabia que você estava aqui - ela agora estava parada à sua frente, pronta para o abraço que não veio.

_ Oi, Gina... - subitamente ele teve consciência de que o fato de ter passado a tarde inteira desgonomizando o jardim, junto com Fred e George, havia lhe dado um aroma muito parecido com o de um trasgo. - Desculpe... eu estou horrível.

_ Tudo bem. - ela tinha um sorriso indecifrável.

_ Vocês três. Agora. Pro banho. - a senhora Weasley empurrava os gêmeos e Harry na direção da escada. - Depois ficam sabendo das novidades, durante o jantar.

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Não esperava vê-lo em sua casa. Tinha imaginado que Harry só voltaria no final do mês. Então, o que ele estava fazendo ali? Se fosse seguir seu coração, Gina iria correndo até ele perguntar, mas ela ia ser forte e esperar. Terminou de separar as lembrancinhas que havia comprado para os pais e foi para a cozinha encontrá-los.

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Quando entrou na cozinha, apenas quinze minutos após ter sido empurrado escada acima, Harry se esqueceu momentaneamente da guerra, da profecia, de tudo. Só conseguiu perceber a jovem ruiva que estava sentada à mesa, contando uma história, pelo visto engraçada, junto com o irmão, para o senhor e a senhora Weasley. Desistindo de resistir, sentou-se ao lado dela no momento em que terminava de falar.

_ ...e a gente só não foi novamente, porque a Hermione estava com uma cara de que ia vomitar a qualquer momento, não é, Rony?

O ruivo assentiu rindo e perguntou:

- Qual era o nome daquilo mesmo?

_ Montanha... Montanha Fuça... sei lá, qualquer coisa assim.

_ Montanha Russa. - interviu o moreno.

_ Isso mesmo. - Rony virou-se para o amigo. - E aí, cara. Quando você chegou?

_ Cheguei na quinta. E como está a Mione?

_ Ela está bem. Foi muito legal ver como é lá, com os trouxas.

_ Ainda bem que os Granger são bem diferentes dos Dursley. - Harry falou rindo.

_ O Roniquinho só não gostou de ver como as trouxas se vestem, não é?

_ É claro! Aquela bermuda parecia mais uma roupa de dormir, e as saias então, dava pra ver a perna toda! - ele agora estava tipicamente vermelho.

_ Aquilo não eram bermudas, Rony, eram shorts. E as trouxas usam as saias daquele jeito mesmo. Mini-saia está na moda.

_ Eu quero só ver se o Harry vai deixar você usar aquelas roupas que comprou, Gininha.

Gina nem teve tempo para rebater o irmão quando ouviu a voz do rapaz ao seu lado e sentiu sua mão entrelaçando a dela.

_ Qual é, Rony? A Gina sabe muito bem o que pode ou não vestir. E eu não vou me meter nisso. - e completou num sussurro que só alcançou os ouvidos da garota. - Mas se você quiser me mostrar, eu vou adorar ver você desfilando pra mim.

Rony não ouviu o que o amigo disse para sua irmã, mas pôde perceber que ela agora estava ruborizada, e não era de raiva. Isso era um sinal de que aqueles dois iriam se acertar logo. Ouviu os passos dos gêmeos descendo as escadas e em seguida sua mãe serviu o jantar.


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Depois de apreciarem o delicioso cozido, os gêmeos aparataram para seu apartamento em cima da loja de logros e Harry, Gina e Rony foram jogar snap explosivo, enquanto Molly, para desespero de Fleur, escutava Celestina Warbeck na rádio bruxa. O moreno sabia que seu amigo só estava esperando uma oportunidade para que pudessem conversar tranquilamente. Depois de algum tempo e após dar boa noite à todos, foi para seu quarto. Fechou a porta, sentou-se em sua cama e contou: 5... 4... sabia que Rony subiria em seguida, 3... 2... toc-toc...1.

_ Entra, Rony.

_ Me fala, cara. Como você conseguiu sair da casa de seus tios tão cedo? - fechou a porta e sentou ao contrário na cadeira próxima à escrivaninha, para ficar de frente para o amigo.

_ A Ordem percebeu que eu não precisava ficar o tempo todo lá. Só alguns dias já...

Toc-toc. A porta se abriu um pouco, tornando audível a voz de Gina.

_ Posso entrar?

_ Entra, Gi. - Harry falou um pouco antes de Rony exclamar rispidamente.

_ O que você quer? Não vê que a gente tá conversando.

_ Olha aqui, Ronald. Eu vim aqui pelo mesmo motivo que você. Eu também quero saber por que o Harry pôde voltar mais cedo e tudo mais. E se estiver incomodando... - olhou para o moreno, ainda da porta agora aberta. - ...é só me dizer que eu saio.

_ É claro que você pode ficar. E é melhor vocês se prepararem porque eu tenho muitas novidades.

A ruiva se sentou na beirada da cama, mas Harry puxou-a para que ficasse ao lado dele, na cabeceira, e a abraçou. Então contou-lhes sobre a descoberta de R.A.B., da suposta localização do medalhão e da morte da professora Trelawney.

_ A gente tem que admitir que não foi uma grande perda, não é?

_ Rony! - a garota exclamou.

_ Ué? Vai dizer agora que adorava as aulas daquela maluca. A gente devia era agradecer ao comensal que fez isso.

_ Por Merlin! Ninguém merece morrer desse jeito. - Gina falava exasperadamente. - Mas o que me intriga é por que mataram ela.

_ Voldemort ainda deve estar atrás da profecia. - disse Harry com os olhos esmeralda fixos na garota,

_ E será que ela falou alguma coisa?

_ Impossível. - falou sério. - Ela nem sabia que fez essa profecia.

_ Não falei que ela era doida! - Gina revirou os olhos pela declaração do irmão e perguntou.

_ E por que você veio mais cedo, afinal?

_ Bom, a proteção na casa ia até o dia do meu aniversário, e para renová-la eu só precisava ficar alguns dias. Pelo que Lupin e Moody me falaram ontem, depois que eu sai de lá, o pessoal das Trevas percebeu e provavelmente não atacarão mais a casa dos Dursley.

_ São outros que não iriam fazer falta... - Rony murmurou audivelmente.

_ É, mas mesmo assim, são a minha família e eu não ia agüentar a culpa pela morte deles também! - o moreno falou duramente.

_ Então foi mais para protegê-los. - Gina continuou ignorando o comentário do irmão.

_ Isso mesmo. Por isso quem está na mira dos comensais, agora, é a Toca. - o ruivo arregalou os olhos.

_ O que você disse?

_ Comensais foram vistos nos arredores da cidade, então até o final da semana, nos mudaremos para a nova sede da Ordem, até irmos para Hogwarts.

_ BOSTA DE DRAGÃO! E a Mione? Como ela vai ficar? - Rony agora andava de um lado para outro, pensando alto. - Eu vou lá falar com papai para saber como vai ficar a situação dela. - saiu batendo a porta.

Gina, que ficara impressionada com a atitude do irmão, apenas disse: _ Eu sabia que ele a amava, mas sinceramente eu não achava que ele ia mudar tanto.

_ O seu cheiro me deixa doido, sabia? - Harry, que não conseguira desviar seus olhos da garota praticamente desde quando ela sentara ao seu lado, proferiu seu pensamento sem perceber, só notando quando ela corou violentamente e disse

_ Harry! Por favor.

_ Desculpe. É que... eu... não consigo.

_ Não consegue o quê?

_ Parar de pensar em você, de querer abraçá-la...

Os olhos dela brilhavam devido à emoção que sentira ao ouvir aquelas palavras, porém ela os fechou ao sentir o toque suave dos lábios de Harry sobre os seus.

No momento que a língua do rapaz começava a pedir passagem para tornar o beijo mais profundo, a porta foi aberta abruptamente, dando passagem a um Rony bastante agitado.

_ Eles tinham esquecido da Mione! Podem acreditar? - o casal se soltou e Gina rapidamente se levantou, dizendo.

_ Boa noite. Eu... vou dormir.

_ O que aconteceu? - o ruivo perguntou, indicando com a cabeça a porta por onde a irmã acabara de passar.

_ Nada, Rony, nada. - Harry falou exasperado. - E a Mione?

_ Ah, sim. Eles tinham esquecido, mas papai e Gui vão providenciar a remoção dela também.

_ Que bom. - falou desanimado. - Rony, você ficaria chateado se eu também quisesse dormir?

O ruivo arqueou a sobrancelha e disse:

_ Não. Tudo bem, amanhã a gente conversa.

Após o amigo sair e fechar a porta, Harry apenas ficou ali sentado na cama, ainda sentindo o aroma floral de Gina e pensando no que acontecera.


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Com a mudança para a nova sede da Ordem da Fênix, marcada para dali à poucos dias, a Toca vivia em uma eterna confusão. Todos os objetos pessoais estavam sendo guardados, ou para irem na mudança ou para ficarem protegidos. A senhora Weasley não queria deixar nada escapar e por isso todos foram intimados a ajudá-la na grande faxina, que ia do amanhecer até o anoitecer, deixando-os tão exaustos que Harry e Gina não conseguiram ficar tempo suficiente juntos para que conversassem sobre eles.

Na noite antes da mudança, a faxina tinha enfim acabado e um clima melancólico tinha se espalhado por todos os moradores. Enquanto Molly preparava o jantar, Rony e Gui ficaram jogando uma partida de xadrez de bruxo e Gina e Fleur olhavam algumas revistas trouxas que a ruiva tinha trazido de sua estada na casa de Hermione. Harry se sentiu um pouco, na verdade bastante culpado por ter sido o responsável pela mudança na rotina daquelas pessoas que considerava sua família. Deslocado, resolveu ficar um pouco no jardim, observando a noite.

Gina percebeu quando Harry passou pela sala, silenciosamente e saiu para o jardim. Num impulso decidiu ir encontrá-lo. Talvez pudessem finalmente se entender. Viu o rosto do rapaz olhando o nada. Chegou devagar e sentou-se ao seu lado no banco de madeira do jardim. Ele apenas a olhou. Ficaram em silêncio, lado a lado, durante alguns minutos até que a garota resolveu rompê-lo.

_ Me empresta?

_ Como? - Harry a olhou intrigado.

_ Me empresta?

_ O quê? - ele viu que os olhos dela brilhavam.

_ Seu ombro. Me empresta seu ombro pra eu apoiar minha cabeça... - ela deu um muxoxo. - ... tô cansada.

Ele apenas sorriu e passando o braço pelas costas dela puxou-a e fez com que ela apoiasse sua cabeça em seu ombro, conforme ela tinha pedido.

_ Não precisa se preocupar em devolver. - ela riu atiçando o monstro dentro do rapaz.

_ Vou aproveitar, então.

_ Tudo que eu queria era poder ficar junto de você para sempre. - parecia o momento ideal para resolverem aquela situação.

_ Eu também. - ela sentiu quando ele entrelaçou os dedos nos seus.

_ Mas você sabe que eu não posso...

_ Eu sei... eu não estou te cobrando nada...

_ Se eu pudesse fazer o que eu quero, nunca teria terminado.

_ Você vai fazer o que precisa.

_ Tem razão. Eu preciso terminar com isso, senão não vou ser livre para fazer mais nada.

_ Eu só quero poder ficar ao seu lado...

_ Eu não vou conseguir me conter. Se você ficar ao meu lado, vou acabar não conseguindo resistir.

_ Então não resista...

_ Eu tenho medo que ele descubra o quanto você é importante pra mim. Eu não iria suportar se algo acontecesse à você.

_ Nada vai adiantar. Snape e Draco já devem ter contado à ele.

_ É... você tem razão.

_ Eu só quero poder te abraçar depois de uma luta, beijar depois de uma vitória. - ela olhava-o nos olhos enquanto falava. - Quando estiver cansado, eu quero poder te tocar e te dar carinho.

_ Gina... eu te amo. Mas eu não tenho nada para dar em troca. Eu não sei o que vai acontecer comigo amanhã...

_ Shshshsh... eu não estou pedindo nada. Eu sei que não vou poder ir com vocês, encontrar as horcruxes, porque eu ainda sou menor. Mas isso não impede que eu ajude de outras maneiras.

_ Eu nem sei se tenho um futuro, Gina. E se eu morrer? Como você vai ficar?

_ Você não vai morrer!

_ Mas eu posso. Esqueceu da profecia? Um não pode viver...

_ Enquanto o outro sobreviver. Não, Harry, eu não esqueci. Mas eu também não esqueci que te amo. E o amor, pra mim, é mais importante.

_ Gi...

_ Se você pedir, eu saio do seu caminho agora. E procuro te tratar apenas como colega de escola, um amigo do meu irmão. - os olhos dela encheram-se de lágrimas.

_ Não... - Harry sussurrou enquanto os lábios se tocavam num beijo cálido.

_ Ei vocês dois! - o grito de Rony ecoou pelo jardim. - O jantar tá pronto.

O casal se separou assustado, e um pouco encabulados rumaram ara casa. Gina passou por Rony com uma expressão ligeiramente homicida.

_ O que aconteceu? - perguntou o ruivo.

_ Nada, Rony. Nada. - falou Harry irritado. Era a segunda vez que o amigo os interrompia.

_ Roniquinho, seu senso de oportunidade é de dar inveja, sabia? - a ironia na voz da garota o fez perceber que tinha atrapalhado alguma coisa.

_ Desculpa. Eu atrapalhei a conversa de vocês?

_ Ah, Rony. Cala a boca! - gritou a ruiva.


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Durante o jantar, Harry e Gina não conseguiram ficar sem se olhar. E também não conseguiram comer, conversar ou prestar atenção em quase nada. Assim que pôde, Gina se recolheu. Estava esgotada fisicamente, por causa da mudança e emocionalmente, por conta de sua conversa com o jovem de olhos verdes.

Harry já ia subindo atrás de Gina, quando esta foi dormir, mas foi chamado por Gui para acertarem a ida ao Largo Grimauld, pois Moody havia confirmado que Mundungo não tinha roubado o medalhão. No mesmo instante procurou se concentrar. Essa era a sua prioridade: acabar com Tom Riddle.

_ Depois de amanhã, nós vamos lá. Pode ser?

_ Pra mim tá ótimo. Quem vai conosco? - o moreno já estava totalmente atento à conversa.

_ Além de nós dois, Lupin, Tonks, Schackelbolt e Moody.

_E eu e Hermione. - Rony falou entrando na conversa.

_ É. Eles também. - confirmou o moreno.

_ Tomara que a gente consiga encontrar. - completou Gui.

_ Tomara que consigamos destruir, que é o mais complicado.

_ Não se preocupem. Nós vamos. - com um tapinha no ombro de cada rapaz, Gui se levantou. - Boa noite para vocês. Eu vou me deitar.

_ Eu também vou. - Harry se despediu de todos e subiu junto com Rony, que também decidiu ir dormir. O dia seguinte ia ser muito cheio.

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Apesar de terem acordado praticamente quando o sol nasceu, menos Rony que ainda parecia um zumbi andando pela casa, a manhã já estava terminando quando finalmente toda a bagagem foi magicamente enviada para a nova sede da Ordem. Todos os Weasley, Harry e Lupin, com uma chave de portal, também chegaram ao destino.

Depois de respirar fundo para aliviar o desconforto causado por aquele tipo de viagem, Harry se viu diante de uma paisagem bem diferente da imaginada: em toda sua volta só havia mato e um barulho de ondas que era ouvido ao longe.

_ Vamos. Temos que andar ainda alguns minutos até chegarmos lá. – Arthur falava enquanto começava a andar por uma trilha.

O grupo andou calado durante uns vinte minutos até encontrarem uma pequena estrada. Não se via quase casa alguma no lugar, apenas algumas cercas e uma ou duas entradas de propriedade. Mais à frente havia um desnível no relevo, que Harry pôde perceber ser um perigoso desfiladeiro. Para sua surpresa o senhor Weasley parou exatamente em frente a ele e falou:

_ Venham todos, leiam isso. – o senhor Weasley passava um pequeno pedaço de pergaminho de mão em mão.

Quando chegou a sua vez, pôde ler o bilhete. “A nova sede da Ordem da Fênix está situada na rua da Praia, número 10, Ilfracombe, distrito de Devon.” Procurou memorizar o endereço antes que o papel fosse destruído.

_ Decoraram? - todos assentiram. – Então podem lembrá-lo.

No mesmo instante o desfiladeiro sumiu dando lugar a um muro branco com um grande portão de ferro, e ao fundo uma grande casa no estilo colonial de dois andares. Lupin abriu o portão e todos puderam apreciar ainda mais a beleza do local.

_ Arthur, que lugar é esse? – a senhora Weasley estava tão curiosa quanto todos ali.

_ É a residência dos Longbotton. A Augusta sugeriu que usássemos.

_ Uau! Essa é casa do Neville? - Rony estava impressionado.

_ Não, Ronald. Essa era a casa dos pais dele. Desde que foram atacados, Neville mora com a avó em Londres. - o pai do ruivo explicava. - Agora, devido às necessidades, Augusta nos ofereceu esta casa, que como fica bem isolada, pode nos proporcionar um pouco mais de segurança.

Quando chegaram à porta, esta se abriu dando passagem a uma senhora de aspecto rígido, que para Harry se assemelhava muito à professora Minerva, e seu neto Neville.

_ Bom dia. Chegaram bem em tempo de almoçarem. Sejam bem vindos! - Augusta Longbotton cumprimentava a todos com apertos de mão, mas ao chegar a Harry falou. - Harry Potter. Meu neto fala muito em você. Finalmente eu posso conhecê-lo. - abraçou o garoto. - Muito Prazer.

_ O prazer é meu, senhora Longbotton. - Harry falou constrangido. E virando-se para o amigo continuou. - Como vai, Neville?

_ Bem, Harry. E você?

_ Tudo na mesma.

Todos entraram e a senhora Longbotton começou imediatamente a mostrar a casa, desde as salas de estar e jantar, o escritório, a biblioteca e a cozinha no andar de baixo, até os quartos no andar de cima.

_ Não temos quartos suficientes para que cada um fique sozinho, então os rapazes vão ficar divididos entre dois quartos e as moças ficarão juntas em outro. Virá mais alguém, Arthur, ou serão somente aquelas pessoas que você havia falado? - perguntou enquanto terminava de subir as escadas.

_ Só mais uma moça, Augusta.

_ Sem problemas. Bem, cada quarto tem banheiro próprio. Nesses aqui ficarão os rapazes. - a senhora apontou para dois quartos no fundo do corredor à esquerda. - Neste, as garotas. E nesse em frente, o jovem casal Weasley. - Fleur deu um leve sorriso. - Molly, você e Arthur ficarão no primeiro quarto deste outro lado do corredor, e eu estou naquele quarto ao fundo. - mostrou o cômodo no final do corredor à direita.

_ Muito obrigada, Augusta. Seu apoio é realmente importante. - a senhora Weasley abraçou a anfitriã.

_ É o mínimo que eu posso fazer em nome do meu filho: ajudar a quem luta contra as Trevas. Agora venham almoçar e depois vocês se acomodam e conhecem o restante da propriedade.

_ A bagagem chegou direito, Augusta? - Molly perguntou quando desciam.

_ Chegou sim. Está no galpão que fica ao lado da casa. Após o almoço nós vamos lá.

Quando estavam chegando ao andar de baixo, ouviram um sininho tocando.

_ As pessoas que faltavam acabaram de chegar.

A senhora foi abrir a porta e logo Hermione, Tonks e Luna se juntaram ao restante do grupo. Em seguida foram todos almoçar uma deliciosa refeição preparada, para desapontamento de Hermione, pelos dois elfos domésticos pertencentes à família de Neville. Assim que terminaram, este levou os amigos para conhecerem o restante da propriedade que ficava na parte de trás da casa, enquanto a senhora Weasley ia separando a bagagem de cada um e enviando (magicamente) para os quartos, com a ajuda de Fleur.

Quando todos passaram pela porta, puderam avistar algumas árvores e além de uma singela cerca branca, a praia.

_ Esse lugar é lindo, Neville! - exclamou Luna se encaminhando junto com os outros para a faixa de areia nos fundos da casa.

_ É. É sim. - o garoto falou baixo, com o olhar longe.

Harry sabia o que o amigo estava pensando. Este deveria ter sido o lar dele, se Voldemort não tivesse mandado Belatrix atacar seus pais. Caminhou até Neville e segurou em seu ombro.

_ Eu sinto muito. Sei o que deve estar sentindo.

_ Não lembrava da casa, mas esse cheiro de mar... - Neville falou ainda olhando o horizonte. - Tudo poderia ter sido diferente, não é mesmo? Comigo... com você...

_ É, mas não podemos mudar o passado. Só podemos lutar para que não aconteça de novo, com outras crianças, o que aconteceu conosco. - Harry preferiu mudar de assunto e perguntou. - A sua avó está um pouco diferente, não é? Está mais... sei lá...

_ Simpática? - o rapaz deu um riso triste. - Sim, ela está mais agradável agora que me aceitou como eu sou: tímido, atrapalhado, desastrado...

_ Leal e corajoso. - Neville o encarou. - Sério! Você e a Luna foram os únicos que nos ajudaram quando precisamos. Isso pra mim é coragem e lealdade.

Mas a conversa foi interrompida pelos gritos de Hermione, que tinha sido carregada para dentro da água por Rony, que agora fugia da fúria da namorada.

_ RONALD BILLIUS WEASLEY! VOCÊ ME PAGA!

Mas o ruivo não deu ouvido aos gritos da garota, e ao fingir se proteger atrás de Gina, pegou-lhe pela cintura e fez com que ela se juntasse à amiga, no mar e nas ameaças.

Harry e Neville se aproximaram do amigo e enquanto este último carregava no colo uma gargalhante Luna para a água, Harry teve o árduo trabalho de empurrar Rony para se juntar aos outros, coisa que lhe custou todas as suas forças. No final estavam os seis, brincando nas águas calmas da praia deserta, como jovens normais.

O dia terminou rápido demais para o gosto deles. Tiveram, ainda, que arrumar suas coisas e Harry, Hermione e Rony tiveram que se recolher mais cedo que os demais, pois precisavam estar descansados para irem até o Largo Grimauld.




N/A: Oi amores, eu sei que prometi atualizar até o final de semana passado mas não deu. Meu marido seqüestrou o pc e este capítulo teve que ser totalmente digitado (se é que pode dizer assim) no palm. Pra quem nunca tentou, eu não recomendo, é um saco e bastante demorado. Bom, espero que estejam gostando e obrigada por lerem.



Douglas Chaves: Pois é, eu fiquei na dúvida se mandava a Gina pra casa da Mione, ou não. Aí eu achei que ela também precisava de uma distraçãozinha... Mas nesse só deu H/G, hehehe. Bjks

Manu Riddle: Como assim gosta só pra ficar olhando??? kkkkk Pensei que você fosse a "Herdeira do mal"! ashuahsuahsua. Eu também achei legal fazer o "outro lado" das descobertas. Espero que tenha gostado deste. Bjks.

Molly: Obrigada pelos elogios, sra. Weasley! hahaha. Viu, eu cumpri o que tinha prometido: só deu H/G neste capítulo (você podia puxar as orelhas do Rony pra ele deixar de ser inconveniente!). Espero que tenha gostado. Bjks.

Lady Eldar: Que seu o quê? Você me deu ele. Agora quer tirar!!!! Vou chorar, espernear, rodar a baiana (apesar de ser carioca), mas que ele é MEU é, pronto, ninguém tasca. HAUAHUAAHUA. Bom, minha querida, espero que tenha gostado. Mesmo o nosso Rony (nosso nada, meu Rony) sendo um tapado, eu também acho ele perfeito e perdoaria o que ele quisesse! (Ah, adorei o beijo, tinha sabor de canela...) Bjks.

Gabi: E aí filha, gostou a reação do Harry??? Bjks.

Marcio Rabino: E aí matou a curiosidade? O que achou? E não adianta você tentar me enrolar, na sua fic ele é poderoso sim, e eu adorei!! Bjks.

Lis: E aí, amore, o que achou? Esse não teve comentários entre parênteses mas teve H/G. Eu não te disse que quem atrapalhava era o Rony? Bjks.

Sally: Espero que o capítulo 11 que você tanto esperou, não tenha te desapontado. E que história é essa de bater a cabeça na parede? Isso é meu! Você não pode fazer isso, senão como ficam aqueles diálogos brilhantes que você escreve? Espero que tenha gostado. Bjks. (PS. Ainda tô esperando meu feijão, hein!)

Lize Lupin: Menina chique, mudou de nome!! E aí amor, gostou? Teve muito H/G do jeito que eu falei pra você no msn. Bjks

MarciaM: Taí o capítulo...olê...olê...olá... Tomara que tenha gostado. Bjks.

Amanda Magatti: Eu também fiquei imaginando o Rony descobrindo a variedade de canais da tv. Fiquei tentada a colocá-lo vendo futebol, mas achei que ele gostaria mais de ver uma aeróbica. Kkkkkk. Bjks

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